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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
HOMENAGEM À QUERIDA REJANE BONADIMANN
Foram dez anos de namoro, entre
idas e voltas, brigas e juras de amor eterno. Eram dois pombinhos apaixonados,
se beijando de olhinhos fechados, carícias para tudo quanto é lado. Eu os
adorava. E no dia do casamento deles, era a mais alegre mãe no altar. Ria das
macaquices da dama de honra. Não parava um segundo sequer de mexer-se. Agonia
total. Não era à toa que aquela menininha havia se lançado para fora da janela
da perua, aos nove meses de idade, enquanto seu pai dirigia, atentamente, sem
correr, sem tirar os olhos da rodovia escura, durante uma noite fria em que
voltavam para casa. Mas isto é uma outra história que fica para outro conto. O
pajem, cópia fiel do meu filho quando criança, já estava até com uma parte da
camisa para fora e outra para dentro da roupa cara. Eram as figurinhas mais
arteiras e divertidas daquela cerimônia travessa, cujo padre, mais parecia um
moto boy, pego às pressas numa esquina qualquer. Errava o Português culto, que
a ocasião requer, o tempo todo. Estava tão feliz que sequer o percebia.
Depois de assinados todos os
documentos de cartório, porque as cerimônias foram concomitantes, numa linda
capela do Alfaville, entrecortadas por árvores belíssimas, paz e flores
naturais embelezando o local, lá foi o casal, ainda emocionado para as fotos de
praxe. Lindas! O álbum ficou uma raridade. Ali documentou-se todos os momentos
de emoção. Desde a entrada triunfante da noiva, uma princesa em noite de gala,
vestida de um lindo cor de palha, cravejado de pedras em brilho. Uma menininha
tímida que mal se sabia naquele véu de noiva que a ornamentava. Meu filho
tremia no altar, à espera da tão sonhada melodia do amor. Anos após, numa ida à
Aparecida do Norte, descobrimos que até promessa fizera para casar-se com
aquela flor.
Cerimônia finda, família todinha
reunida, aplaudindo, testemunhando, assinando e documentando realmente as juras
de amor eterno, que ambos faziam para sempre, nós nos encaminhamos para o salão
de festas. Ali já estavam os pais de minha nora, recepcionando os convidados
quando cheguei. O evento transcorreu às mil maravilhas até a chegada da torcida
corinthiana. Amigos do noivo que tomaram conta do salão. Ao contrário do que
todos temiam, até que se comportaram muitíssimo bem. Afinal, tudo o que meu
filho fazia, sempre tinha um ponto negativo. Nem eu, sua defensora perpétua,
acreditava que estava tudo tão certinho. Todos reclamam de mil problemas quando
há uma cerimônia assim. No nosso caso, a festa foi maravilhosa. Alegre como eu
estava. Feliz como só eu poderia me encontrar. Queria mais do que nunca a
felicidade do meu filho e a sabia estar ocorrendo naqueles instantes únicos.
Muitos convidados trouxeram
presentes e os levaram ao salão de festas, por conta da ausência de tempo
costumeira dos habitantes desta louca cidade de São Paulo. Na saída, enchemos
dois carros: o nosso e o da irmã da minha nora. Carregamos tudo para o
apartamento deles. E, é claro, o casal a tiracolo... Só que ele foi comigo e
ela, com a irmã. Logo de cara, a separação! Sem querer, sem perceber, estávamos
eu, a irmã e o cunhado, invadindo a privacidade da noite de núpcias dos noivos.
Primos haviam dado um presente numa caixa fechada, pesada demais, com um tic tac
estranho. Ficamos curiosos e resolvemos abrir somente aquele presente. E o
fizemos. Não era a bomba do Bin Laden, que rindo apelidamos. Apenas um simples
relógio de parede, em pedra talhada, um enfeite especial. A esta altura, duas
horas da manhã, a noiva já estava sem véu, sem sapatos e louquinha para tirar o
vestido. Meu filho não conseguia abrir os botões (quarenta e dois, por sinal).
Ela pediu ajuda à irmã, que pediu ao marido, que pediu a mim. E eu consegui!
Metade dos botões abertos quando me dei conta de que eu, a sogra, estava sendo
“SOGRA”? Não, nem nos piores pesadelos da coitadinha da noiva, poderia haver
uma sogra em sua noite de núpcias. Fechei tudo rapidamente e fomos embora,
praticamente correndo! Não sem antes dar a meu filho alguns documentos a mim
entregues pelo rapaz do Cartório, que deveriam ser levados para um local exato,
em tempo hábil, conforme legislam as leis em vigor. Lembro perfeitamente que
meu filho os colocou no bolso do paletó da roupa do casamento.
Dia seguinte soube que perderam
um tempão com aqueles botões e que dormiram intenso e profundamente até nós os
acordarmos com um telefonema na madrugada, avisando que iríamos levá-los ao
aeroporto para a viagem a Natal, que já estava devidamente paga e programada. A
despedida foi emocionante demais.
Dez dias depois, casal de volta,
queimados pelo delicioso Sol do Nordeste, sorrisos lindos nos lábios, felizes
como nunca! E mais uma vez, família reunida para recepcioná-los e trocarem de
lugar para todos terem chance de ver as fotografias da viagem, o vídeo do
casamento e o álbum, com fotos, uma mais bonita do que a outra, documentando o
casamento que não ocorreu! Como? Que história é esta? Simples assim: havia um
prazo para entrega dos documentos, que foi excedido. Além disso, cadê os
documentos? Desapareceram dentro da roupa lavada, entregues pela irmã à loja de
aluguel. Resultado: Tiveram que esperar dois meses, para as tramitações
costumeiras e irem ao Cartório e realmente se casar, como manda a lei. Nossa
Senhora Aparecida teve que ser homenageada por meu filho, duplamente. Que amor
lindo dele por minha nora. Casou-se e casou-se. Só que teve que aguentar e
ainda aguenta as brincadeiras da família, que jamais entende as datas do álbum,
dos convites, com a inexatidão dos documentos oficiais.
Pior foi o sogro perdoar que o
genro lhe passou a perna, levando sua filha para o leito nupcial sem casar!
Liz Rabello
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
LÁGRIMAS
DE SANGUE
Era jovem, apaixonada pelo meu
marido. Já mãe do meu filho mais velho... Quando chegaram visitas para o
jantar... Um casal, ela, minha amiga pessoal; ele, amigo do meu esposo. Aquelas
visitas tornaram-se frequentes. Nós, também, retribuíamos os convites para
sairmos juntos. Até que comecei a perceber o interesse do amigo por mim,
telefonemas no meio da tarde, quando sabia, meu marido não estava, recados
absolutamente desnecessários. Um dia, aquilo me irritou e abri o jogo: “Se você
não parar com isto vou contar para sua mulher!” A resposta veio rápida: “Pode
deixar, eu mesmo conto!” E realmente contou. Nunca soube exatamente o quê, porque
minha amiga jamais voltou a falar comigo.
Os anos se passaram, não falei nada
a ninguém, nem ao meu esposo, sabia o quanto era ciumento. A morte levou meu
segredo para o túmulo. Primeiro o meu marido, depois o homem traiçoeiro.
Encontrei, recentemente, a amiga. Muito bonita (aliás, sempre foi!) Demos de
cara uma com a outra e não houve como não nos cumprimentarmos. Ela sorriu e eu
lhe dei um abraço e um beijo; disse-lhe ao pé do ouvido: “Meus pêsames pelo
falecimento do seu marido” – Ela sorriu, novamente: “Não sinta, eu sabia muito
bem quem era ele, mas o amava.”
Olhei para ela com olhos de quem
nunca a viu e a admirei por ser capaz de amar assim. Ela sempre soube a
verdade, mas o queria mais do que a nossa amizade e se sacrificou por ele.
Hoje, revejo os fatos: precisei de mais de trinta anos para me sentir
justiçada. Quantos anos precisarei para me renovar da injustiça de hoje?
Liz Rabello
UM BEIJO INESQUECÍVEL
Sete ou oito anos. Brincávamos no
fundo do quintal de minha casa. Cada uma de nós tínhamos por namorado uma das
árvores do pequeno pomar. Era apaixonada por uma goiabeira, de galhos
contorcidos, onde me sentava para ler Monteiro Lobato, Irmãos Grimm ou as
revistinhas de histórias em quadrinhos do Pato Donald, que adorava. Eu me
atrasei na escolha e fiquei com o pé de caqui. Naquele tempo também a gente
“ficava”. Abracei a árvore com todo ardor, fechei os olhos. Encostei os lábios,
de selinho, é claro. Um, dois, três... Lasquei o maior beijo numa taturana
preta! Mais tarde, boca inchada, tive que contar a história do beijo para um
montão de médicos e enfermeiras, que riam pra valer da minha ingenuidade. Meu
primeiro beijo de amor foi inesquecível! Aprendi a não fechar os olhos.
Quinze anos. Namorava. Brigamos! Ferida, magoada, falava sem parar, queria que me provasse que me amava. Ele gesticulava, não o deixava nem murmurar uma defesa... Não teve dúvidas, calou-me com um beijo inesquecível, maravilhoso, como jamais alguém me beijou, nem ele próprio! Eu o carreguei para o altar e juntos ficamos até bem depois da morte o levar.
Mais de trinta anos. Viúva.
Pós-graduação na PUC, Semiótica, Mestrado. Uma loucura de livros! Era
Coordenadora Pedagógica no colégio, dia de comissão de classe com professores.
Sexta-feira. Amigas me convidaram: Vamos dançar? Estava exausta, quase não sei
dançar. Como fazê-lo? Me carregaram. Fui a contragosto. Fiquei sentada na mesa
olhando. Observando os casais girando! E ali, do meio da multidão, ele veio,
atravessou o salão, me pegou pela mão e me levou, sem nenhuma palavra.
Deslizava meu corpo para todo lado. Só olhava para os olhos dele. Não sei se
foi o mundo que parou ou ele. Só senti seus lábios nos meus... Momento mágico!
Vi estrelas... Ninguém mais existia ali. Só nós dois. Não sei nem mesmo qual
era a música que dançávamos, pois só ouvi a melodia do meu coração. Ficamos
juntos por quatro anos. E até bem depois deste tempo eu o amei por demais.
Liz Rabello
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
POEMAS MINIMALISTAS - DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
SPINA
Uma das características do Poetrix é possuir um SUSTO ou SALTO. Em geral, encontra-se no terceiro verso, brincando com o título, oferecendo multiplicidade de significados.
Liz Rabello
Liz Rabello
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
POLÊMICA: SERÁ QUE AS PLANTAS E ÁRVORES TÊM CONSCIÊNCIA E PODEM ATÉ SENTIR DOR?
CURIOSIDADES SOBRE AS PLANTAS
Logo que comprei minha propriedade em Piedade, uma pequena chácara, plantei muitas árvores frutíferas e primaveras. Ao todo: vinte e três pequeninas plantas, que cresceram e se tornaram árvores frondosas. Entre elas, uma seringueira. Minha falta de experiência me fez cometer um erro gigantesco: eu a plantei perto da fossa negra, ao lado da casa. A menininha frágil cresceu como louca e suas raízes alcançaram, de um lado: a fossa e do outro, adentraram para debaixo da construção. Lógico que fomos obrigados a cortá-la. Uma semana depois, o tronco que sobrara chorava, e eu, sequer consegui fotografar a sua dor ou a minha.
Liz Rabello
A ciência já percorreu um longo caminho, mas a gente ainda não solucionou todos os mistérios da natureza. Um desses mistérios é como as plantas e árvores funcionam a nível sensorial, e também como se comportam, tanto individualmente como em grupo. Muitos de nós conversamos com plantas, até porque nos disseram que elas precisam de amor para crescer com saúde. Afinal de contas, árvores e plantas são seres vivos. Mas será que elas sentem dor? Será que se comunicam umas com as outras? Elas têm algum tipo de consciência?
A possibilidade de as plantas sentirem e/ou pensarem tem intrigado cientistas há muito tempo. Neurobiologia vegetal é o campo de pesquisas dedicado ao estudo de como as plantas processam informações a partir de seu ambiente.
As árvores são muito educadas umas com as outras. Um fenômeno conhecido como timidez da copa acontece em certos tipos árvores. É quando as copas das árvores não se tocam. Elas não se sobrepõem aos galhos uma da outra e permitem que a luz solar chegue ao solo. Isso que é saber respeitar o espaço individual!
Esse fenômeno vem intrigando os cientistas há anos e ainda não há um consenso sobre a razão desse acontecimento. Uma das possíveis razões é que as árvores fazem isso como parte de um mecanismo de defesa para ajudar a prevenir a propagação de doenças, bem como compartilhar a luz solar.
TIMIDEZ DAS COPAS
Curiosamente, nem todas as árvores se comportam assim. Isso é mais comum entre árvores da mesma espécie, bem como da mesma idade. Ainda assim, mostra que há algum tipo de reconhecimento do meio ambiente e de seus vizinhos.
Árvores que evitam se tocar compartilham a luz solar com seus pares, mas também compartilham outros recursos através de suas raízes.
Essas redes subterrâneas são
feitas de fios de fungos que crescem entre as raízes. Eles essencialmente
conectam toda a floresta. Plantas e fungos se comunicam usando essas redes, o
que inclui o compartilhamento de recursos como carbono e nitrogênio.
COMPARTILHAMENTO DE
RECURSOS
As maiores e mais antigas árvores
usam essa rede para nutrir árvores mais jovens, compartilhando os recursos
necessários para ajudá-las a crescer.
E essa história fica ainda mais
interessante: "árvores-mãe" parecem reconhecer sua família e, como
resultado, compartilhar mais nutrientes com parentes quando comparado a
estranhas.
PLANTAS CONVERSAM
ENTRE SI
Essas redes de fungos vegetais
são usadas para mais do que apenas compartilhar recursos. Elas também são
usadas para se comunicar umas com as outras.
PLANTAS SE AJUDAM
MUTUAMENTE
Uma árvore ferida envia sinais de
alerta químico para que outras árvores possam se preparar para o perigo.
Árvores que estão morrendo compartilham todos os seus recursos através da rede.
Parece que a floresta coopera e tem mais em comum conosco do que pensávamos
originalmente.
PLANTAS SE COMUNICAM ATRAVÉS DE CHEIROS
A comunicação entre árvores e plantas não é
feita apenas no subsolo. As plantas realmente têm um olfato e reagem a certos
odores.
As árvores de bordo (ou acer, aquelas com a folha parecida com a da bandeira do Canadá), por exemplo, usam cheiros para alertar as outras sobre o perigo, de acordo com um estudo. Odores são usados para enviar sinais de alarme para suas vizinhas, desde alertas sobre ataques de insetos até amadurecimento de frutas - e tudo que esteja entre essas coisas.
PLANTAS PEDEM SOCORRO
Falando em insetos, quando as
plantas estão sob ataque, elas liberam moléculas voláteis que compõem cheiros
particulares.
JASMONE
Uma dessas moléculas é a Jasmone, que é emitida por flores de jasmim para alertar plantas próximas sobre pulgões. Então, da próxima vez que você beber uma xícara de chá de jasmim, é melhor fazer isso longe das plantas, se você não quiser assustá-las!
REAÇÃO EM CADEIA
Moléculas como Jasmone também alertam insetos predatórios sobre a presença de agressores de plantas, para que eles possam atuar e realmente ajudar as plantas angustiadas (e fazer uma boquinha, lógico).
GRAMADO
Sabe aquele cheiro característico de um gramado recém-cortado? Sim, a grama está essencialmente pedindo ajuda enquanto está sob ataque.
PLANTAS RECONHECEM A
FAMÍLIA
Esse comportamento, mais comumente associado aos animais, também está presente nas plantas. Como resultado, as plantas que têm parentesco recebem mais recursos compartilhados através das raízes, mais luz e, consequentemente, produzem mais frutas e sementes. Elas são sonoras
PLANTAS CONSEGUEM OUVIR?
As árvores emitem frequências
sonoras. São infrassons de ultra-baixa frequência ou ultrassons de alta
frequência, por isso os humanos não conseguem ouvi-las. Outras plantas e
animais, no entanto, conseguem.
À medida que plantas e árvores
emitem frequências, elas também podem detectar vibrações através do ar.
Particularmente, elas parecem detectar sons relevantes para sua sobrevivência,
como o barulho da água ou o som de insetos.
As flores também podem
"ouvir" o som das abelhas e reagir produzindo mais néctar,
tornando-as mais atraentes para os insetos e garantindo a polinização. Elas
podem "ver".
Embora as plantas não tenham olhos, elas são sensíveis à luz. Na verdade, elas têm órgãos semelhantes aos olhos chamados ocelli, que agem como lentes para detectar luz. Além disso, há também a possibilidade de que o ocelli seja capaz de sentir cores e formas.
PLANTAS PODEM APRENDER?
Através de seus sentidos, as plantas podem realmente aprender e ter a capacidade de lembrar. Acredita-se que façam isso através da aprendizagem associativa (por exemplo, associando a presença do vento à existência da luz), mas o mecanismo exato permanece desconhecido.
PLANTAS PODEM LEMBRAR?
As plantas também se lembram. Um estudo descobriu que uma planta que reagia movendo suas folhas quando tocada, parou de fazer isso depois de saber que a ameaça não era real.
PLANTAS SENTEM
DOR?
As plantas não têm os mesmos mecanismos de dor que os animais, então não sentem dor como nós sentimos. Elas, no entanto, reagem às lesões e produzem substâncias que suprimem dor, o que nos faz questionar quais são os motivos delas precisarem disso. Além do mais, descobriu-se que, assim como os animais, as plantas também respondem à anestesia.
PLANTAS TÊM CONSCIÊNCIA?
Então, podemos dizer que as plantas são conscientes? Bem, para começar, precisamos ter uma definição universalmente clara do que é consciência (o que não temos). O que sabemos é que as plantas parecem estar cientes de seus arredores e podem de fato se comunicar.
Um estudo também descobriu que
as plantas são capazes de "distinguir-se dos outros". Isso as
tornaria conscientes? Ninguém pode dizer com certeza. São necessárias mais
pesquisas para se chegar a uma resposta mais concreta.
Polêmica: Será que plantas e árvores têm consciência e podem até sentir dor? (msn.com)
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
TRÊS POEMAS MINIMALISTAS, ESCRITOS EM FORMAS DIFERENTES, PROPOSITALMENTE, DE ACORDO COM AS REGRAS BÁSICAS DE CADA UMA DELAS. O TEMA PROPOSTO FOI "FIM" (DIA DE FINADOS)
HAIKAI TRADICIONAL - TERCETO
Métrica 5/7/5... Sem rimas... Frase única... O Haikai se basta a si mesmo. Pontuação demarcada... Sem título obrigatório. Não iniciar versos com letras maiúsculas, a não ser se a pontuação exigir.
Liz Rabello
TROVA - QUARTETO
Métrica 7/7/7/7... RIMAS obrigatórias ac/bd... Frase única... A Trova deve conter todos os elementos cabíveis, dentro da métrica, em elisões: vogais, por exemplo. Seu significado deve bastar-se a si mesmo... Se o leitor precisar PENSAR, para INTERPRETAR, não é trova. Pontuação demarcada... Sem título obrigatório. Não iniciar versos com letras maiúsculas, a não ser se a pontuação exigir.
Liz Rabello
Título obrigatório... O terceto pode conter até trinta sílabas métricas. O título não entra nesta contagem, portanto, pode e deve ser explorado... Começar versos com ou sem letra maiúscula... Não usar rimas no terceto... Sem pontuação (a não ser se o significado exigir)... Concisão... Não pode conter frase única. O Haikai é uma pérola, o Poetrix é uma pílula. Para criar este poema mínimo é necessário LAPIDAR. Retirar dele todos os elementos que estão a MAIS: artigos, verbos, pronomes, tudo o que possa deixar em ABERTO o significado, para o leitor definir. A participação do leitor na decodificação da mensagem é fundamental. É proibido o grafismo.
Uma das características do Poetrix é possuir um SUSTO. Este, em especial, o tem no terceiro verso, que brinca com o título, oferecendo significados múltiplos.
Liz Rabello