quarta-feira, 4 de março de 2015



BUQUÊ  DE  PEDRAS 

Há quem diga que não goste de solidão... Eu gosto... Costumo até dizer que me fecho em meus silêncios porque não estou sozinha... Sou sozinha!  Quer algo melhor do que caminhar com seus pensamentos por uma trilha deserta e observar a fuga da luz? Sentar-se à beira de um lago e encantar-se com um lindo por-do-sol? Caminhar pela orla marítima, durante o entardecer? Recolher conchinhas do mar, pedrinhas coloridas e delas fazer um lindo colar?  Amarrar todas as pedras de nossos pensamentos e delas criar um buquê para ofertar?  Filtrar nossas emoções ao extremo, para lapidar sentimentos que nos fazem sofrer? Esparramar-se em uma cama grande e dormir... Descansar da labuta e esquecer os problemas? Mas... há momentos, não raros, em que o corpo e a mente, como também o coração pede o voo e aí a gente se lembra que leu em algum lugar do passado que  “O ser humano é um pássaro de uma asa só e que é preciso se juntar ao outro para poder voar!” E então procuramos o Amigo, o Amante... E nos precipitamos no horizonte num voo raso ou gigante! E é lindo demais!
Liz Rabello


A NÓS,  MULHERES,  A DIFÍCIL TAREFA DE PLANTAR UM BUQUÊ DE FLORES EM PEDRAS