A vida quando é rotina
Impõe regras, rótulos
Caminhos certos
Previstos
Obrigações
Impede a fantasia
Impossibilita a utopia
Nostalgia o coração
Nocauteia a imaginação
Rouba a euforia
Há que se cuidar
Da esperança
Reinaugurar a aurora
Com o esplendor
De um novo sonho
Perder-se na beleza
Do inusitado destino
Que ninguém prescreve
Que ninguém cogita
Criação pura da alma
Redescobrir sempre
A alegria de viver!
(In MIL PEDAÇOS, por Liz Rabello, Editora Beco dos Poetas, 2012)