POETRIX

EIS O PRESENTE QUE GANHEI DA AMADA ALINE ROMARIZ...
Gratíssima querida 🌹🌹 🌹

SOPA DE LETRINHAS DE SETEMBRO DE 2019... FIZ PARTE DO TIME DOS HOMENAGEADOS... APRESENTEI MEU ÚLTIMO LIVRO DE POESIAS "RENDAS DO SILÊNCIO" E FIZ UM BREVE TRAJETO SOBRE A NOVA AVENTURA... POETRIX E GRAFITRIX...




MEU NOVO BRINQUEDINHO... CRIAR POETRIX E DEPOIS GRAFITRIX...
Estes eu imprimi... Quero fazer uma exposição... E quiçá uma Oficina de POESIAS... E, é claro, publicar um novo livro...
Aguardem... Meus sonhos não ficam engavetados...



MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 26/02/2023 E MEDALHA DE PRATA NO MESMO GRUPO COMO MELHOR DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2023.


MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 08/01/2023


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX (17/09/2022)


MELHORES DO MÊS DE JUNHO/JULHO DE 2022

As Medalhas de Ouro concorrem às melhores do mês. Pela primeira vez, fui agraciada com dois troféus. Gratidão aos amigos da Confraria que votaram em meus Poetrix.


MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 27/07/2022


MEDALHA DE OURO NO GRUPO CIRANDA POETRIX 
MÊS DE NOVEMBRO DE 2022


MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 29/06/2022


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
EM 12/06/2022


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
08/11/2022


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX, EM 22/02/2023


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
01/05/2022


MMEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX (30/05/2023)


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
01/05/2022


M
EDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
 15/04/2022


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
24/08/2022


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX  28/04/5/2022


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
07/04/2022


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
20/06/2022


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX (17/12/2022)


MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CIRANDA POETRIX (10/05/2023)


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 01/04/2023


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
12/04/2023


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 
 16/10/2022

UM PRESENTE POR TER ALCANÇADO A MEDALHA DE BRONZE NA CONFRARIA CIRANDA POETRIX



O QUE É UM POETRIX?

POETRIX É UM TERCETO, COM CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS

Título obrigatório... O terceto pode conter até 30 sílabas métricas. O título não entra nesta contagem, portanto, pode e deve ser explorado... Começar versos com ou sem letra maiúscula... Sem rimas no terceto... Sem pontuação (a não ser se o significado exigir)... Concisão... Não pode conter frase única. O Haikai é uma pérola, o Poetrix é uma pílula. Para criar este poema mínimo é necessário LAPIDAR. Retirar dele todos os elementos que estão a MAIS: artigos, verbos, pronomes, tudo o que possa deixar em ABERTO o significado, para o leitor definir. A participação do leitor é significativa.

Uma das características do Poetrix é possuir um SALTO. Este, em especial, o tem no terceiro verso, onde há um fechamento inesperado... Ninguém espera que o ideal de uma flor seja ser pétala seca num livro qualquer.

Liz Rabello


O QUE É UM SALTO?


Salto é quando o escritor muda a linha de pensamento, sem se perder no mote. Neste poetrix, o autor vem falando de águas, oceanos e de repente, entra com lágrimas. Isso é um salto. (Luciene Maria Oliveira Avanzini)


SALTO E SUSTO


Tem susto no último verso, o elemento inesperado: VIOLENTOU-SE. As reticências dão um tom de mistério, deixam o susto maior. Mas há salto também, quando se lê, na multiplicidade de significados, que na camuflagem (título), a borboleta violetou-se. Cometeu uma fraude consigo mesma. (Luciene Maria Oliveira Avanzini)


CASA AMARELA - OUTUBRO DE 2019


TUDO EM MIM
Fruto de sonhos alados
Nada do que sou
Nasceu do acaso


SEM(N)HORA MARCADA Dona dos momentos do viver Sem esperas Sem pressa


DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO
Mudamos comunicação
Olho no olho? Não, não!
Celular ou televisão...


DESEJOS CONTIDOS
Insatisfações, irrealizações
C(S)into apertado
Corpo engorda

PRESSÃO EM ALTA
Medo escraviza as mãos
Vontades ultrajadas
Corpo fala quando a boca cala


NADA MAIS TEM SENTIDO
Significados impermanentes
A vida não persiste
... Coração desiste...

DORES DE CABEÇA
Incertezas
Dúvidas no ar
Fora da zona de conforto


RAIVAS ENRAIZADAS
Estômago arde
Nós em gritos contidos
Corpo calado estala

DORES CONTIDAS
Dor de garganta
Entope a vida
Corpo grita

ALERGIAS À VISTA
Perfeccionismo intolerável
Carências de aceitações
Corpo coça

RESFRIADO
Voz do coração calada
Olhos fechados à felicidade
Corpo chora

PEITO APERTA
Egos inflados
Orgulho escravizado
Corrente torturante

TEU CORPO, MEU PORTO
Viajo por ruas desertas
Noites secretas
Busca de um porto seguro

TEU CORPO, MEU PORTO
Curvas embriagadas
Rodopio de emoções
Licores delirantes

SONHOS AO VENTO
Está no DNA
Paz  há de voltar
Luta há de vingar


OLORES
Lençóis amassados
Roupas pelo chão...
Chuveiro pinga risadas

CAFÉ COM PÃO
Passa ampulheta
Escorre tempo pelas mãos...
Só não passa este cheiro bom

LAR NÃO TÃO DOCE LAR
Quintais com pedras no chão
Lesmas, lama...
Sapos que engoli


EXÓTICOS
São meus sonhos
Agitados no porvir
Partidas de nunca parir


DURMO EM CENA
Transmutação de trovões e relâmpagos
... Clarões de Estrela D’alva...
Incêndio de paixões ao fechar um livro


QUERO SER
Vento que te despenteia
Poeira que te rodeia
Chão firme da terra que tu pisas


UFA!!!!
Pecado carnal no cheiro
Chocolate com pimenta no tempero
Cama da vizinha...


CORPO EM BUSCA
Palavras são redemoinhos ausentes
Pedregulhos pousados
No fundo do mar

MESMICE
Chaleira chia na pia
Leite derrama...
Escorre vida em aromas

ACALMA TUA ALMA
Razão
lenço enxuga(dor)
Seca lágrimas

AROMAS EM CICLOS
Flores no pomar
Frutos na árvore
Café da manhã


SETENTAÇÕES
Corpo elástico
Desejos incontáveis
Ampulheta invertida... tenta


SUSSURROS AO OUVIDO
Cantigas de ninar
Madrugadas em carinhos
Massagens circulares


MEU CORPO
Magia real
Som musical
Cordas quebradas de um violão


ORGULHO DE LADO
Que tal nós nos amarmos uns aos outros?
De verdade, sem maldade?
Apagar egos é tão difícil assim?


ACORDO SECA
Sonho com manhãs incandescentes
Abraçando paz
Nascentes


DESERTO
Inútil busca
Gota tênue
Frágil cristal


PÉS NA UTOPIA
Ao chão, cascos
Muros quebrados
Eu, inteira, nas estrelas


DIFÍCIL CONJUGAR: VIZINHAR
Ofereço flores... Perfumes
Ganho cercas elétricas
Círculos de penitenciária


DESAFIO
Um gosto de açúcar
Engolido com fel
A vida chama-se vitória


MEU DESAFIO É VIVER
Grãozinho de areia
No infinito da eternidade
Não sou nada


MUDANÇAS INACESSÍVEIS
Persistir na utopia
... inatingível...
Inimaginável, até conquistar


FASES
Quero-te... Lua cheia
Minguante, nova
Sempre mutantes


EVAPOROU
Pendurei mágoas num varal
O vento secou as dores
Curou

EU DE ONTEM
Já era
Casulo rompido
Escancara janela


JURA DE PRIMEIRO AMOR
Amor eterno... E lá existe isto?
Quem te dá certeza
Nas constantes incertezas?

PERPLEXOS MUTANTES
Partes de mim pulam degraus
Outras completam ausências
Constantes desequilíbrio

PÓS COVID, UMA LÁGRIMA FELIZ
Há poesia em abraços
Apertos de mãos
Ausência de nós... Apenas, um sorriso

POR TRÁS DAS MÁSCARAS
Silêncios rasgando o tempo
Perdão para todo mundo
Almas sorrindo


TANTO BATE
Desafia o rochedo
Vence a pedra
Água in_defesa


MENINA BAILARINA
Bailou
... Silêncio do mudo piano...
Dançou sonhos que não realizou

AROMAS INFANTIS
Sai do túnel da janela
Menina de trança
Cinderela manca

CAIXINHA DE VELUDO
Banho de caneca, bater cara
Bolha de sabão, laço de fita
Cabe tudo... Falta nada


SOLIDARIEDADE
Muito além de mim
Pertinho demais daqui
Há o outro, igual a mim

ENIGMA
O que há além
desta vã experiência?
Novas vivências?

HÁ VIDA ALÉM DE MIM?
Depois do nada
Nada alma
Em águas paradas

ALÉM DE MIM NO INFINITO
É imensurável, inexplicável
Como assim?
Se cabe aqui dentro de mim?

AVESSOS, MUITO ALÉM
Encontro alteridade
No reverso do meu verso
A traição de mim


MUITO ALÉM DO MEU LUGAR
Na Terra do Nunca
Depois do chá de Alice
Consigo ver-me onde me cabe estar


ALÉM DE MIM
A eternidade
Antes de mim: possibilidade
No aqui, agora, o instante


PECADO GOSTOSO
Triglicerídeos altos
O francês é o melhor
Ai! Pão, meu tesão!

PECADO IRREPARÁVEL
Nestas andanças da vida
Deixei que amor incurável
Sufocasse minha lida

CASA VAZIA
Para além de mim
Seguem os filhos
Sonhos que concebi


VEM
Num segundo
Num piscar de olho teu
Sou rios de mel

VELOCIDADE EXTREMA
Pés no acelerador
Sem aMORTEcedor... Rodopiou
Abismou-se, sem pressa


ONDE ESTOU? ALÉM DE MIM?
Ou será cá dentro, enfim?
Luz procuro
Busca constante no escuro


MAÇÃS OUTONAIS
Em cada olhar
Mordo o novo
Sabor de primeira vez

PRIMEIRO AMOR OUTONAL
Escadinha da vovó
Netinhos chegando
Cada um com seu sabor


ORDEM, SEU LUGAR
Sem rir, sem falar
Virar de costa, bater cara
Vida de adulto ou de criança?

E SE... DE VERDADE
Nós nos amássemos uns aos outros?
Vivêssemos a solidariedade
Procura-se um cristão!

CORPO EM EBULIÇÃO
Nasce o novo
Desconhecido prazer
Multiplicado em orgasmos

NO ESCURINHO DO CINEMA
Beijos roubados
Lanterninha assanhada
Brincando de esconde-esconde


PARA O TRÁGICO VIVER
Sonhos e desgostos
Desejos e decepções
Basta um sorriso...

E SE... EGOS SE QUEBRASSEM
Em abraços se colassem
Mosaico perfeito de harmonia
Aprendizagens trocadas

E SE... MINHA RUA FOSSE MINHA
Cerejeiras com flores branquinhas
Banquinho de esquina
Eu, escrevendo poesia


INDEFINÍVEL
Saudade, um pouco de realidade
um tanto de despedida,
é o que vai, mas fica.

ALGODÃO DOCE
sombras nas nuvens
trazem saudades
açúcar e sal


SILÊNCIO
vida deserta
paz na certa
sem incêndios de dor

FESTA OCULTA
dançam borbulhantes
saudades
no silêncio da memória

PARTIDA
Sobrevivo,
como quem precisa
um vício superar...

ENTRE CASCAS
Sobrevivo
... sem...
teu cobertor

SEM RIMAS
Fome de palavras,
dieta de métricas,
sobrevivo... Sou poeta!


MERGULHEI NA VIDA
Não só sobrevivi,
fui feliz e
.

PAIXÕES
Sobrevivo de reticências,
resiliências,
intervalos...


TÃO LONGE
Tão perto
sentimentos quentes
sussurros a escutar


SUSSURROS AO VENTO
Ecos e gritos
perdem-se...
Sobram sons sibilantes


NO EMBALO DO VENTO
Borboletas voam
Sangram arestas
Criam pontes


ALEGRIA DO VENTO
Sacolejar a Lua
Transformá-la em vagalume
Pisca-pisca no infinito


SINGRANDO HORIZONTES
Insisto,
persisto,
nunca desisto de mim.


EU, FLOR
Floresce em mim
- Fé -
Inabalável


REINVENTAR-SE
Dar tempo ao tempo.
A cada dia, basta o seu
... momento....

TEMPO SOL
Nas tardes quentes de rendas,
lagartas expiram vida...
Voam borboletas Do Re Mi Sol.


ASAS LIVRES AO ACASO
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo solto, leve, volátil


MAGIA OU ARMADILHA?
Destino cruel
Enlaça... Estraçalha...
Em tramas de amor


MEU AMOR
Trouxe alegrias paz
Segurança carinho e de bandeja
Beijos desejos gozo em profusão


SÓ PRA TI
Escancaro janelas do coração
Me entrego com prazer
Para teu gozo e ilusão


NAMORADOS
De mãos dadas
A luz do luar
Me deixo enlaçar


CUIDADO
Tão longe... Tão perto
O coração decide
A luz da telinha adverte


PÁSCOA É TODO DIA
Renascer
Todos os dias
Ao alvorecer


INDEFINÍVEL
Saudade, um pouco de realidade
um tanto de despedida,
é o que vai, mas fica.


A MORTE CHEGOU
Fios de sonhos
tecidos perdidos
no tempo do jamais

CHUVA DE SAUDADES
Foto rasgada,
tempo aquarelou as cores
cinza água, lágrimas.


PASSADO A LIMPO
Revirar o baú, limpar o sótão,
rasgar mil fotos, recomeçar...
ampulheta é fera!


VOLVER O TEMPO
Soprar o vento ao contrário
deslizar manhãs perdidas
renascer sem perder a vida


CASULO
Na calada da noite
O silêncio é açoite
Pra sonho acordar


CAÇA JEITO
Liberdade...
Não há ninguém que não a queira
nem que dela não seja prisioneiro

LIBERDADE, LIBERDADE!
Abre alas
alvas, claras
minha prisão quer passar

CHUVA DE ESTRELAS
Liberdade alça voo
Em rabos de cometas
Despenca das estrelas

ALGODÃO DOCE
sombras nas nuvens
trazem saudades
açúcar e sal

FESTA OCULTA
dançam borbulhantes
saudades
no silêncio da memória

PLANETA PROPAROXÍTONO
Crônica assaz crônica
Mística, anêmica, esquelética
Lápide, fórmula sarcófago


SOU DONA DO DESTINO
Quebrei espelho
Passei debaixo da escada
Amarrei teu nome na boca do sapo


TRIBUTO A BAUDELAIRE
O tempo escorre
Verga ombros à terra... Tua sina
Embriaga-te de vinhos


NATAL DE 2020
Rainha sem coroa
Mula sem cabeça
Iemanjá te chama pro fundo do mar


AVESSOS NO ESPELHO
Eus se procuram
Sorrisos se dis(traem)
Opostos se atraem


ESPELHOS D'ÁGUA
Narcisos turvam-se
Poluição de imagens
Des(encontros) de opostos


ALTERIDADE
Múltiplos opostos em mosaico
Elos que não se encaixam
Um "nó"


MINHA IMAGEM PERDIDA
No espelho d'água
Do turvo lago
Des(encontros) de mim


ONTEM / HOJE
Dormi semente
Acordei chuva
Brotei flor no espelho d'água


PÉTALAS
Nas pedras da vida
Eu, flor tapete, pisoteada,
Perfumo ar


REMÉDIO CURA(DOR)
É tua alegria
Desfazendo ais em poesia
Desfilando fantasias


LENÇÓIS DE CETIM
Corpos
Colados suados
Absorvem gotas de vento


CURA FAKE
A(bunda)m provas
Senador comprova
Arm (ação) alheia


LUZ NA AUSÊNCIA DE LÍRIOS
Tratores em destruição
Campos em construção
Um passarinho pousa


APRENDIZAGENS EM GRATIDÃO
Pós tempestades
Brotam licores
Em jardim de dores


PINGOS DE GRATIDÃO
Chove dor por dentro
Chove flor por fora
Magia da vida aflora


DIS(TRAÍDA) NA GRATIDÃO
Doei meu coração
Conta bancária e ilusão
Fui Liz(traída) em des(união)


NAMASTÊ
Ventos outonais vivos em mim
Saúdam saudades
Cantos primaveris dentro de mim


MANIPULO O DESTINO
Arredondo pontas
Quebro regras
Acendo estrelas


CRIATIVIDADE NA INSÔNIA
Fechei os olhos
Cavalguei estrelas
Inventei você 


NOVO OLHAR
Ver além
Nada de mesmice
Surpreender o dia

NOVO OLHAR
Mistura de cores
Pincéis, espátulas
Tingir a vida de arte

EM BUSCA DA CURA
Nada espere dos outros
 Solidão incurável
É abandono de ti mesmo por ti

DANCEI
Pegadas
Andanças da vida
Bailes de vivências


PLANETA PROPAROXÍTONO
Crônica assaz crônica
Mística, anêmica, esquelética
Lápide, fórmula sarcófago

NOVOS BEIJOS TROCADOS
...Histórias...
Sepulcros de passados
Ilusões de futuros reinventados

BOLHAS EFERVESCENTES
Fechados, livros maturam segredos
Abertos, explodem histórias
Garrafas de champanhe


REIVENTE A VIDA
Rotina causticante
Ácida, mórbida
Não beba deste veneno


CRIATIVIDADE EM AÇÃO
Há pedras nos caminhos
Pule... Crie pontes
Alcance a emoção!


CORPO: MORADA DAS DORES
Gritos n'alma em silêncio
Tantos... Tantos...
Que acordam os ossos!


SOU MEU OÁSIS
Rasguei fotos
Queimei sonhos
Vivo bem sem teu cobertor


PALAVRAS VAZAM
Das janelas do olhar
Palavras não ditas
E em tudo entendidas


NOSSO LAR
Azedim de alecrim
Fel e mel
Bom demais


COLÍRIOS DE PAZ
Não se feche em botões
Floresça ao amanhecer
Seja lírios nos campos


PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DOS LÍRIOS
Aceito migalhas
Passarinhos a voar
Pelos campos de paz minha fome saciar


DÁ, LICENÇA, MEDO
Vou te varrer
Pular muros
Minha coragem vai passar


SEPARAÇÃO
Cama de casal
Dormem de costas
Muro intransponível


AO VULNERÁVEL TEMPO
Viajante insistente
Reinvento, apago
Um novo velho tempo


LIBERDADE
Além das grades
onde se quer estar
prisioneira de si


EM CIMA DO MURO
confortável, nem percebeu
ao cair, o lado que venceu,
foi justo o que não o absolveu


DESLIZANDO NO TEMPO
Alados voamos
Asas roçando, em cio
Unidos em criatividade


MEDO NA MINHA MÃO
Noite sem lua, sem estrelas
Eu, vagalume pisca-pisca
Driblando o lobo na escuridão


AVESSOS
Apaga ingratidão
Passa borr(acha)
Perdão


 O AVESSO DOS SONHOS
E o sabiá que cantava
De repente se calou
A pedra vingou


EXPECTATIVAS FELIZES
Passado a limpo
Ano velho, cinzas
Ano novo, ensina!


COMPLETAMENTE FELIZ
Cansaço no corpo
Gritos de alegria n'alma
Teus pezinhos, meu filho!


TEMPO VOLÁTIL
Impossível segurá-lo
Esvai-se, dente de leão
Deslizando ao léu


O DIABO FEZ A DIFERENÇA
Eu, feliz alfabetizadora,
Ela, aprendiz difícil de aprender
Da... De... Di... Sinal da Cruz!


E-BOOK QUE ME PERDOE
Que felicidade!
Perfume de livro novo
Em minhas mãos


QUATRO ESTAÇÕES
Primavera tem pressa
Inverno esfria... Verão esquenta
Outono interminável


TERAPIA
Ajuda para quem quer
Caminhar sozinho
Com os próprios pés


DES_EQUILÍBRIO
Paradoxo da cura
Sessões de tortura
Antes do prumo


BIPOLAR
Gargalhadas, bom humor
Cara fechada, sorriso apagado
Tudo junto, misturado


CHUVA OUTONAL
Pingos de amor
Pingos de dor
Gotas de saudades


PÓ... POESIA
Que venha a saudade
... Em torrões...
A mim encontrará e dela farei pó


SESSÕES
Analista, calmaria
Paciente, tempestade
Trovões e relâmpagos no caminho


BRINCADEIRAS DO VENTO
Pisca-pisca
Nuvens soltas
Levantam saias dos céu


COMO UM VENTO FORTE
Marcha das horas
Tempo passa
Leva rajadas de saudades pro mar


SEM CORPO
Sonhei que era só pano
Soprano de sons musicais
Ais de vendavais


AVESSOS NA TERAPIA
Para dentro do teu mar
Mergulhos de poesia
Dor amor angústia magia


OUTRO OLHAR
Sonho ser ilha
Cercada de ódio por todos os lados
Jogando colírio


RESPOSTAS
Fiz sonoterapia
Relaxei agonias
Acordei poesia


NAMASTÊ PÓS ELEIÇÕES
Loucos do manicônio
Saúdam loucos
Fora dos muros


LUZES
Sonho ser estrela
Brilhante no infinito
Acordo cometa... Passo finito!


INSTANTES FELIZES
Respirar
Inspirar
Presentes de Deus


PEQUENOS GESTOS
Descuidos do ocaso
Ternura da cura
Rara alegria infantil


NÃO PODE FALTAR
Para o bebê manhoso
Para um dia nublado
Um colo e abraço apertado


JOVEM CIENTISTA 
Caçador de vidas
Laçador de sonhos 
Cura ausência de livros


NORMALIDADE
Divã
Quebra de  pratos
Rotina da anormalidade


EXTÁTICA EM SONHOS
Sorvo em potes de mel
Carinhos do corpo teu
Êxtase de noites de amor


SOL DENTRO DE MIM
pelos rasgos
dos meus trapos...
fiapos de luz


FIOS DE PRAZER
Teus pelos, meu gato,
Invadem
Poros do meu jardim


MORTA POR DENTRO
Sonho estática
Inerte... Pausada
Pauta sem som


FIOS DE SONHOS
Teias multifacetadas
Tecidos perdidos
Tempo do jamais


FIAPOS DE LUZ
Caminhei na poeira do tempo
Cavalguei no balanço do vento
Deixei rastros de paz no meu chão


ETERNA BUSCA
Voo em busca do outro
Fujo da solidão e a ela volto
Viver é enfrentar o desafio


OLHOS DO PASSADO
Escapam da memória
Fiapos cor de mel
Menina que em mim viveu


TUDO VALE A PENA
Fios emaranhados
Nós desatados
Sou grata... Vivi!


CAMINHOS
A gente se encontra
A gente se perde...
Os caminhos continuam...


FIAPOS DE ACONCHEGO
Salamandras de alvorecer
Colam corpos: céu e mar
Tudo de bom pra se perder


FILETE DE ESPERANCA
Sem pressa... Espero!
Recolho passos
Há alguém atrás das pegadas


MORTE DE UMA MARIPOSA
Entre a sua tristeza
E a minha solidão
Permita-me a metamorfose


VACHINA
Grupo de riscos
De ricos?
Questão de cifra$$$


RENOVA-TE
Sedução de oceanos
Navegas na música
Bem longe do cais


PROCURA SOLITÁRIA
Acesa em minha solidão
Percorro caminhos tortuosos
Ei de me achar onde me perdi


CONJECTURAS OU ENSINAMENTOS
Nada é por acaso
Quem vem, guia do além,
Flores ou pedras


SOLIDÃO INSUSTENTÁVEL
Outros te abandonam?
E daí? A única incurável
É o abandono de ti mesmo por ti


PRELÚDIO DA VIDA
Beijos de arco-íris
Sol e chuva perdem-se de prazer
Orgasmos múltiplos


MINHA FORÇA ESTÁ NA SOLIDÃO
Sou forte na alegria das manhãs
Na esperança do fim do dia
No escuro da noite acesa


CICLOS VITAIS
Interdependência
Criador & criaturas... Vida!
Não é conjectura


OCUPE VAZIOS DA SOLIDÃO
Rasgue nós dos laços
Costure estrelas
Brilhe nos espaços


AMO A SOLIDÃO
Abraço-me a ela
Não estou sozinha
Sou sozinha... É opção!


EU, EM PEDAÇOS
Fotografias rasgadas
Saco de lixo furado
Chorando ao vento


EU, CRIANÇA 
Diálogo de ternura
Instinto materno...
 Cuidados com Totó...


FORA DA SOLIDÃO
Às vezes... O voo...
Raso ou gigante
Horizonte arrisca


CAIXINHA DE VELUDO
Banho de caneca... Bater cara
Bolhas de sabão... Latidos de cão...
Cabe tudo... Falta nada...


PARATY
Borrões de amor
Céu, mar, Sol, luar
Colam-se... Corpos em nós...


BUQUÊ DE PEDRAS
Recolho dores
Fecho-me em meus silêncios
Ofereço tudo a minha solidão


DO FUNDO DO BAÚ
Latas, peixinhos, pedrinhas
Sonhos de menina
Saco de lixo roubou


MUTAÇÃO
Cá estou... Lá voltei
Passado e presente
Não sou aqui... Sou eu por lá


DUPLIX

ONDE ESTÁ O VENENO? @Liz Rabello // CULPA CRISTÃ @André Figueira
na maçã? // traição
 no pecado? // desejo atravessado
...nos olhos de Capitu! // Bentinho revoltado!


ARME-SE!
Mito messias
Anjo da morte
Amar é coisa de fraco


ANJO SEM ASAS
Ícaro voando ao Sol
Peso do voo
Despenca


INFÂNCIA POBRE
Ausência de espelhos
Eu me sabia linda
Brilhava nas pupilas do meu pai


AUSÊNCIA DE GUERRA
Luta invencível
Mar abraça rochedo
Diálogo vence ódio


EM FRENTE
Evapore seus medos
Varal ao sol
Fé na intuição


ACORDAR POR DENTRO
Decepção
Porta fecha... abre
Renasce alma ferida


CAMINHOS TORTOS
Desentorto caminhos
Desafio pedras
Podo asas do destino


AMOR VIRTUAL
Tu querias... Eu, também...
Hesitei
... Dancei...


DIANTE DA MESMICE
Rasgar o medo
Pular o invisível
Enfrentar o novo!


NINHO VAZIO
Passarinho voa
Solidão solta no ar
Coração de mãe a sangrar


ABRAÇAR MUTAÇÕES
Sonhar sem medidas
Viver sem limites
Pular cercas da rotina


RASGANDO “NÓS”
Terra do Nunca
Chá de Alice
Eis-me onde me cabe estar


TRADUÇÃO 
Alteridade
Reverso do meu verso
Traição de mim


$$$$$
Vovó reclamava
Vovô retrucava
Abria o colchão


MINAS GERAIS
O vento levou doce Rio Doce
Barragem de lama
Minas mortais


BEIJOS EM DELÍRIOS
Mar e rochedos
Rastreados pela lua
Rasgados de nus


ILUSÃO DE POETA
PSoL farol
Olhai delírios
Campos verdes


DE LÍRIOS
Amor vence ódio
No pódio: lírios
Nos campos: povo sem medo


RASGUE O MEDO
 Levante do sofá!
O novo é fundamental
Coragem cresce


QUERO E NÃO QUERO
Outro eu que me complete
... Desvendamento...
Alimentar-me ou me trair?


TRADUZIR-SE SEM HIPOCRISIA
Uma parte de mim, as mentiras
Roupas roubadas...
A essencial, verdade crua e nua


TEU CORPO
Magia real
Som musical
Cordas do teu violão


DECIFRA-ME
Uma parte de mim fica
Outra não quer partir
Qual a parte que parte?


DESVELA-ME
Parte de mim, nua e crua
Outra, hipocrisia e cinismo
Uma parte, a outra fica


ESPLÊNDIDA
Luz divina
Deus tocando tambores
Pássaros no alvorecer


A PARTE QUE ME CABE
Quero encontrar um lugar
Onde possa estar por inteira
Sem pedaços me faltar


POLARIZAÇÃO
De um lado, fascismo
Do outro, democracia
Não existe terceira via


ALTERIDADE
Existo em plural
Heterônimos de um singular
Infinita busca


SOLIDÃO NAS REDES SOCIAIS
Tão grande solidão
Cabe dentro do coração
Em mil amigos virtuais


COISAS IM(PROVÁVEIS)?
Dedo de Deus visceral
Erros teus
Flechas certeiras


PARADOXOS
Entregar-me à solidão
Abraçar-me ao nada
Na plenitude de mim mesma


UM PASSARINHO SEGREDOU
Colha a vida
Nesta lida
O mais é acaso


QUARTEL SURREAL
Caneta e papel
...munições...
Nas mãos do escritor


COLHA O DIA
A rosa é única
Jamais se repetirá
Respire... Respire!


SEJA O QUE VOCÊ É
Só por instantes
Abomine aparências
Seja luz transparências


MEU EU SURREAL
Ostra ferida
Pérola brilhante
Renasce pra vida


NÃO SÓ POR HOJE
Meu corpo piano
Canção de amor
Tuas mãos a compor


ABRAÇO PAZ
Só por hoje
Esqueço mágoas
Divisões políticas


DANÇA COM O VENTO
Casulo amordaçado
... Libertação...
Borboleta voa



IN (VERDADES )
Contesto minhas verdades
Aprovo tuas mentiras
Por instantes de paz

EU, BUSCADOR DE MIM
Sigo a ponta do arco-íris
Aos confins do universo
Ei de me achar onde me perdi

INEXPLICÁVEL
Tempos estranhos
Tudo é surreal
No Brasil dos desenganos


EU, ESTRANGEIRA DE MIM
Aqui, ali, acolá
Nos confins do universo
Não há lugar pra mim


À PROCURA DE UM MILAGRE 
Sigo... Em busca de amor
Cara metade sem dor
Até os confins do universo


INIMAGINÁVEL
Pegar carona
Num cometa
Pra beijar estrelas


POR INSTANTES
Perdoe o próprio eu
Filtre emoções
Ame-se!

EM TEUS OMBROS
Mais do que tristezas 
Minhas certezas
Gratidão! Oh, Pai eterno!

INCONTESTÁVEL
Tudo é possível
Nas im(prováveis)
Surrealidades da vida

SÓ POR HOJE
Quero sentir o sol na minha pele
Toque suave do vento
Passos na areia do mar

TEU CORPO, MEU PORTO
Viajo por ruas desertas
Em noites secretas
Em busca de um porto seguro

PINGO DE ESTRELA
Eu, vagalume
Lua no chão
Gotas de luz na escuridão


VIAGEM
Subo deslizando
Insisto persisto
Ei de chegar ao topo da montanha

EM BUSCA DOS SONHOS
Tortuosas viagens
Por lugares longínquos
Persistir é o caminho

POLINDO ARESTAS
Arredondando pontas
Quebrando regras
Acendendo estrelas


ROTAS
Mapas de emoções
Navegam em correntes
Sangue da Vida


VIAGEM DENTRO DE NÓS
Numa corrente sanguínea
Onde navegam
Palavras paixões


É O MESMO VENTO 
Refrescante na orla do mar
Tempestuoso pro telhado
Do barraco arrancar


POEIRA DE ESTRELAS
Somos luzes
Espalhadas pelo vento
Na imensidão do infinito


NA VARANDA
Rede balança
Vento vai e vem
Beijos vão e voltam


FOI O MESMO VENTO
Levou minha alegria
Deixou sabedoria
Arrotou saudade


TEU CORPO, MEU PORTO
Viajo pelos meus pelos
Te laço nos pensamentos
Meu gozo em teu corpo... Desejos!


SENTIR MEDO
Preso na escuridão
Ausências
Coração sem paixão


MEDO PARALISANTE
Acordes de sonhos
Abraços à coragem
Impulsos


A MULHER QUE ENFRENTOU O MEDO
A fera ferida sangrou
Libertou-se da menstruação
Do soutien e do varão machista


TODAS AS TEMPESTADES PODEM VIR
Eu as recebo de cabeça baixa
É defesa, medo não!
Elas passam, sempre passam


VIAGEM POR RIMAS
Laço palavras ao vento
Crio conexões de momento
Sonho vertigens em pensamentos


OUÇO DEUS
No marulhar das águas
No embara_olhar da vida
Nos sorrisos infantis


ESTRELA
Farpas da noite
Toque suave de luz
Perfume de amor


VIAGEM PELOS SONHOS
Agonizam no passado
Sementes do futuro
E eu? Colho dia no presente


VIAGEM PELA VIDA
Sonhei sonhos de amor
Ilusão que a morte levou
Vida minha que se apagou


SE TU VOLTARES
Traz contigo as estrelas
Saudade? Que por lá permaneça
Só me traz felicidade


SAUDADES DE MIM
Camuflada na luz da flor
Linda Joaninha
Vem do passado a zombar

SAUDADES DE MINHA ESSÊNCIA
Passarinho passa pousa
Borboletas sobrevoam
A palma de minha mão


VIAGEM PELO COSMOS
Somos poeira de estrelas
Viandantes no infinito
Poesia escrita entre pousos


A POESIA NÃO MORRE
Versos paridos
Poetas mortos imortais 
Adubo para mais poetas


ROTA DA POESIA
Siga sempre os girassóis
Aponta Sol farol
Cinemas de amanhecer


SÓ A POESIA É CAPAZ
Travestir a solidão
Doces anéis  a se cruzar
Pautas musicais


DIS(TRAÍDA)
A poesia vê a mariposa
Enxerga borboleta
Olhos do coração


TEU CORPO, MEU PORTO
Em curvas embriagadas
Rodopiam emoções
Licores que ainda não delirei


VIAGENS POR SONHOS INTOCÁVEIS
Não me contento com os fatos
Preciso de utopias
Não posso ficar com o real


DESTINO DA FLOR
Nascer no amor
Crescer na alegria
Perfumar a dor


DESTINO DA FLOR
Embelezar o jardim
Perfumar o ar de jasmim
Temperar a vida de alecrim


PRESA FÁCIL
Assim sou
Quanto mais fujo
Mais a magia do destino me fascina


MAGIA DO QUERER
Nudez de estrelas
Cortam-me de lâminas da lua
Pra só boas lembranças fatiar


VIAGENS PELA POESIA
Preciso de poesia
Metáforas translúcidas de luz
Lua brincando com estrelas


FILHO PRÓDIGO
Ao lar retorna
Sede de rotina
Por trás da cortina


ESTRANHAMENTO
Fora do lar
Numa casa qualquer
Sou estranha no ninho


FEITIÇOS
Costurei teu nome na boca do sapo
Fiz oferendas à Iemanjá
Só pra ganhar teu olhar


BOMBAS DE GUERRA
Quem decepou a perna do Saci?
Mula sem Cabeça? Lobisomem?
Bicho homem...


VIAGENS PELAS CORES
Cores delicadas
Arco-íris no horizonte
Não consigo viver em preto e branco


ANDANÇAS POR 2020
Um filete de sangue
Fogo sela de cinzas
O coração do Brasil 


MUNDO CINZA
Amar tão difícil
Odiar tão fácil
Justiça impossível


INDIGNADOS POR MARIELLE
Cerraram olhos
Apagaram sorrisos
Mas não calarão voz uníssona de meu país


CONFINS DO INFINITO
Buraco negro
Infinitudes
Abismo da Terra


CONFINS DO INFINITO
É imensurável, inexplicável
Como assim?
Se cabe aqui dentro de mim?


RUÍNAS DE PETRA
Nem terremotos
Nem corrosão natural
Roubam-lhe beleza em arenito


CRISTO REDENTOR – BRASIL
De braços abertos
Na ponta do penhasco
Um Cristo abençoa o mar


 FLORESTA AMAZÔNICA
O que nos fascina?
Aldeias indígenas, rios, cachoeiras
Tudo por aqui há de estar


BAÍA DE HÁ LONG (HÁ LONG BAY) VIETNÃ
Costumes
Tradições
Em harmonia


CONFINS DA VIDA 
Cabe numa vala rasa
Com pétala murcha de rosa
Lá onde todos são iguais


NA VARANDA
Rede balança
Vento que vai e vem
Beijos que vão e voltam


QUERO
Chamas ardendo mentiras
Cinzas ao vento
Levando falsidades


O VENTO LEVOU
Minha alegria
Muita dor
Deixou sabedoria

PELOS CONFINS DO INFINITO
Bailam belas estrelas
Dançam músicas inaudíveis
Dentro do silêncio sem fim


MUNDO MUDO
Silencio palavras
Mudo o modo de olhar
O mudo olhar sem amor

NO MEU MUNDO
Livros escola feijão
Armas, não!
Sabedoria sem fome pra nação

MANHÃS DE CAMINHADA
Sete praias
Sete ondas
Sete bolhas nos pés


É PRECISO AMAR
Não existe amanhã
Sol sempre novo
Lua sempre azul


EU SÓ DE MANHA
Domingos rastejam
Manhãs frias
Não saio da cama

VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
Justiça e oportunidades
Armas palavras
Para o povo desta nação


PORTAS ABERTAS
Abro mão do controle
Liberdade pra ir e vir
Ficar ou partir


PERCO-ME NESTE MUNDO
Desrespeito ao Ser
Ao Planeta, aos animais
Às flores, ao pão que alimenta


VENTO, VOLTA, TRAZ UM LÁPIS
Vai e leva borracha
Apaga passado
Escreva o futuro


VENTO VOLÁTIL
Leve esperança
Semente
Pronta para brotar


O QUE SOMOS?
Retalhos de sentimentos
Caminhos entrecortados
Vento carregando desejos


NESTA RUA VIRTUAL
Caminhos se cruzam
Palavras se trocam
Beijos jogados ao vento


MESMICE DE SEMPRE
O dia se vai na rotatória
Gira mundo sem parar
Feijão na panela a cozinhar


NA TERRA DO NUNCA
Depois do chá de Alice
Consigo me ver num lugar
Onde me cabe estar


É O VENTO!
Arrepio na coluna
Trazendo cantigas
De um tempo lá atrás


VEJO-TE
No clarão do luar
No vento a dispersar
Tardes geladas


DA PALMA DO MEU OLHAR
Caem pingos de neblina
Ondas deslizam n’água
O vento mastiga estrelas


TEU AMOR É PERFUME NO AR
Inalo
Reabasteço meu ser
Devolvo ao vento


EU, BÚSSOLA
Leste, oeste, sul, norte
Em qualquer lugar perdida
Ponto cardeal a me procurar


É SÓ PROCURAR
Há sempre um banco
Um lugar, um cantinho
Onde o amor está


RENASCIMENTO, POR FAVOR!
Meus olhos verdes perderam luz
Em que você me transformou?
Mulher invisível, sim, senhor


PERDOAR-SE
É hora de desatar nós
Ao próprio Eu
Filtrar emoções


CHOVE SAUDADES NO MEU JARDIM
Pingos de amor, pingos de dor
Levam tristezas pro mar sem fim
Trazem de volta brisa e frescor


SETEMBRO ME ENDOIDECE
Não sei se amo mais o colorido
Ou se flutuo no verde
Onde me perco


QUERO SER A TUA LUZ
Apagar o ponto negro
Na penumbra
Que te traz o medo


POETA SOU
Delirante caminhar
Tiro pés do chão... Voo!
Amo divagar


BOMBA DA PAZ
Pomba mortal
Nasce novo Japão
Em voo de paz


SEM LUGAR NO METRÔ DAS SEIS
Fique em pé
Nem tente se mexer
Que não dá pé


EM BUSCA DO MEU FAROL
Num pisca-pisca etéreo
Apaguei escuridão
Virei vagalume


UTOPIA DA IMORTALIDADE
Eternidade, caminhos afora
Livro é oportunidade
Viver além do próprio tempo


O TEMPO ME ESCAPA
Escorrega das mãos
Chego perto demais
Se dilui por aí 


MÃOS DO CRIADOR
Em gratidão
Semente desgarrada
Brotou do chão


MÃOS DO CRIADOR
Semente desgarrada vingou
Uma criança alimentou
Gratidão, Senhor!


SEM LUGAR PRA MIM
Esbarro nas partes
Transbordo nas beiras
Me ausento do meio


FALAR COM DEUS
É cerrar os olhos
Ver luz do amor
Por trás das pálpebras


POLITICA
Tempos estranhos
Tudo é surreal
No Brasil dos desenganos


AMOR SURREAL
Girassol sob luz do sol
Energia vital
Escada de arame farpado


O VENTO VARREU
Valores e sapiência
Terra virou plana
Jesus subiu na goiabeira


O VENTO LEVOU
Democracia
Liberdade religiosa
Minhas lutas e vitórias


MEU LUGAR É ONDE O POVO ESTÁ
Quem sabe conscientiza
A quem se equilibra sem saber
Quem sabe luta por justiça, não Poder!


LUGAR VAZIO
Cada galho que se corta
Cada fruto que não se come
Cada flor que beija-flor deixou de amar


AQUARELEI UM GUARDA-CHUVA
Pra fugir da chuva
Tempestade de pingos
Dentro de mim


SÚTIL PERCEPÇÃO
Sol em doces raios
Aquarelando pétalas
No jardim dos sonhos


ARCO-ÍRIS
Cor energia
Aquarela do dia
Amálgama da paz


AQUARELA DA VIDA
Flor de Cactus
Espinhos não ferem
Protegem a flor


PODER DO TEU VÍCIO: PALAVRAS
Retorne às aulas
Retome as armas
Fim de greve, professor!


ENERGIZANDO PALAVRAS
Evapore seus medos
Varal ao sol
Fé na intuição


A POESIA ESTÁ NO AR
No degrau de uma escada
À beira de uma janela
No chão do teu quarto


DANCEI
Suave canção de amor
Meu coração entreguei
Ritmo acelerou, desafinou



CONTRAMÃO DA INSPIRAÇÃO
Mudez nostálgica
Versos sem luz
Dançam palavras
PAUSA ENTRE VIDAS... TRANSPLANTE
Memória enjaulada
Corrida contra o tempo
Pulsarão outros comandos
LABIRINTO
Perdidas paixões
Veias abertas
Mapa de emoções
ONDAS DO MAR
Levam poesia
Papéis enfeitados
Engarrafou-me coração
PRINCÍPIO E FIM
Efusiva, alegre união
Rotina causticante
... escultora de silêncios
DESENLACES
Mãos entrelaçadas
Dentro de mim navegam paixões
Fora, labirinto em solidão
SOGROS, GENROS, NORAS
Parentes para sempre
Ex ou atuais... Nunca são ideais...
Nem a morte separa
QUÂNTICA LIGAÇÃO
Vivência em amor
Anos-luz de experiência
Além da eternidade
TEMPERO DO AMOR
Sal da fidelidade
Açúcar da doação
Paixão: chocolate com pimenta
NOS CAMPOS
Pressa odeia calma
Silêncio tem sede de caos
E eu? Engulo ventos
NOITES DE VAGALUMES
Lua de mal com a luz
No céu, as estrelas
Na mata, pisca-pisca
MÉRITO DE DEUS
Produção farta
Mãos sementeiras
Tudo realizado por mim
ESPERANÇAR É VERBO
Verdes horizontes
Futuro em minhas mãos
Sementes de amanhãs
CADEIRA VAZIA
Dor doída
Sentir falta de você
Vaza saudades do coração
ROSAS E ESPINHOS
Felicidade e dor
Risos e lágrimas
Avessos que se abraçam
PAPEL EM BRANCO
A dor faz parte
Coragem para escrever uma história
Arriscar um risco
LIVROS
Vertentes
Imitam a vida?
Realidade transcende


ESCREVA POESIA NO AR
Sais de lágrimas
Lave o escuro da noite
Esprema entre dedos o amanhecer

NOS DEDOS DA POESIA
Recolha a lágrima a tempo
Não a deixe escorrer pelo rosto
Só marcas de sorrisos nos dedos

PONTA DO PENHASCO
Escuro da noite
Nenhum som de encanto
Palavras são notas desafinadas


SILOGISMOS
Palavras sem pernas
Asas em cada uma delas
Voando o indizível

MOLHADINHA DE POESIA
Pulo a linha
Pulo na chuva
Depilo pelos do coração

BRIGADEIROS DA VOVÓ
Raspo panelas e colheres
Enrolo docinhos
Nas saudades de ti


BILHETE À VOVÓ
Não sou do lar
Estudei, me formei
E é no lar que quero estar

BILHETE À VOVÓ
Tal qual você
Engoli amor
Sobrevivi à dor

GORDO E MAGRO NO CINEMA
Bolo de laranja
Pipocas e suco de limão
Mil gargalhadas, então!


QUE VENHAM TEMPORAIS
Enfrento todas as chuvas
De cabeça baixa
Sem medo, só precaução


CHOVE NO MEU QUINTAL
Pedras de gelo derreteram
Calor de afetos pairou no ar
Chuvinha fresca de brisa amar


DANÇA MACABRA
Pulei a poça
Cai de boca
Dancei na chuva

ESTRELAS NO BLECAUTE
O beijo tão esperado aconteceu
Só nós dois juntinhos
A luz surpreendeu

BRIGADEIROS DA VOVÓ
Raspo panelas colheres
Enrolo-me docinhos
Saudades de mim


É PRECISO A(MAR)
Renascer pela manhã
Sem amanhã
Pular ondas atuais
 
2020: VENTO HÁ DE TE LEVAR
Não sem antes consagrar
Beijos abraços
Desejados ao luar

JÁ TE DISSE ADEUS
Rajadas de vento
Martelavam no pensamento
Não te esqueças de mim


O ESCURO CONSTRÓI MUROS
Sinônimos de escravidão
Luzes negras de inverdades
Cadeias de submissão

MAIOR ESCURIDÃO NÃO HÁ
Do que àquela
Que perpassa pela alma
E encobre o coração

INTOLERÂNCIA
Não toleram nossa felicidade
Não aceitam nosso prazer
De viver a plenitude do amanhecer

PESCARIA DE AMOR
Jogas a rede
Eu, sereia, me enredo
A teus pés enamorada

O AMOR ESTAVA NO AR
Ficou sem ar
Namorada sem amor
É nada

RASTROS DE MIM
Estão na tua sombra
No teu cheiro
Nas tuas entranhas


NA MINHA ESCURIDÃO
Em teu corpo me aqueço
E até esqueço
Que tu és luz da imaginação


BLECAUTE NO CORAÇÃO
Pessoas ausentes
Vêm e vão
Permanecem do outro lado do muro


BOLHAS DE SABÃO
Sorrisos de mim
Explodem arco íris
Sorrisos em ti


MARCAS DO TEMPO
Emolduram rosto enrugado
Marcam sorrisos
Pela vida doados


GRATIDÃO
Arma pra viver
Planta sorrisos
Em cada entardecer


$ORRI$O$$$$ 13
o$ melhore$
tempo$ 13
do Bra$il


VOLVER O TEMPO
Correr contra o tempo
Chegar antes da hora
Pular o que não te apraz

BLECAUTE NO CORAÇÃO
Amores brilham distantes
Vagalumes eternos
Na noturna escuridão

ASAS DA VERDADE
Charges desvelam mentiras
Risos revelam verdades
Voos livres pelos ares


FAKE NEWS
Termo novo
Fábrica velha
De velhas politicagens

VERDADE & MENTIRA
Todos amam a verdade
Mas fazem dela maldade
E da vida, uma mentira

FAKE NEWS
Foram tantas mentiras
Com tanta veracidade
Que são verdades agora!


ECLIPSE
A Lua cobriu o Sol
E na penumbra
Meu corpo te pertenceu

RASTROS DE LUZ
Na escuridão
A meia lua
Brilha poesia na areia da praia

TRILHAS DA POESIA
Raios de sol 
Caminhantes de utopias
Serenas serestas de entardecer


RAIOS DE LUA
Chovem ao entardecer
Nas trilhas poéticas
Abraços em poesias

LUA PRATEADA
Filetes de luz
Faróis de olhar
Acompanham meu andar

LUZES  DE POESIAS
Nem bem anoitece
Chuva de raios prateados
Cobrem a vida de rimas


BEIJOS EM DELÍRIOS
Beijos de sol
Amarelo de girassóis
Alimentos de milharais

 BEIJOS EM DELÍRIOS
Beijos de suor
Trabalho dia e noite
Construção do amor

BEIJOS EM DELÍRIOS
Beijos de lágrimas
Em lábios secos rachados
A lapidar a dor


PRELÚDIO DO POETRIX
Sete vidas
Pulo do gato
E este susto que não vem!

COSTURA DE LUZES
Agarrei a tesoura dos desejos
Cortei laços com o passado
Saí das trevas da ingratidão

NUVENS DE POESIA
Transparente
Nua
Solto palavras ao vento


VENTO SELVAGEM
Destrói manhãs de Sol
Mastiga nuvens
Pétalas de girassol

TEU AMOR É PARA MIM
Vento soprando beijos
Despenteando meus cabelos
Acariciando meus seios

AO SABOR DO VENTO
Liberte teu coração
Deixe-o falar mais alto
Do que o pensamento


RECORDAÇÕES BROTAM DO NADA
Basta um cheiro
Sabor chocolate
Um papel Sonho de Valsa

QUARTINHO DE DESPEJO
Álbuns de fotos puídas
Abraços em covas guardadas
Memórias esvaecidas

PERFUME MATINAL
Café com pão
Doce ilusão
O Covid não chegou aqui


PERFUME DE MULHER
Sútil, volátil
Engana(dor)
Traz um pouco de amor

PERFUME NORDESTINO
Abraço é bom
Mas xerô do meu amô
É bom demais, sô!

CASA PERFUMADA
O mito da vassoura
Ou um bom livro?
Escolha!


A ESCOLHA É NOSSA
Onde estão nossas lembranças?
Cadeados em gavetas ou
Janelas escancaradas?

SOB A LUZ DAS ESTRELAS
Vou me cortar de
Lâminas da lua
Boas lembranças fatiar

PROIBIDOS POR COVID
Relações rompidas
Desejos despenteados
Sonhos despedaçados


CAIXINHA DE VELUDO
Cabem todas as lembranças
Uma aliança de ouro
Confiança que a morte levou

GAVETAS TRANCADAS
Morta por dentro
Vivo a cada dia
Como quem precisa um vício superar


RASTROS DE MIM
Estão na tua sombra
No teu cheiro
Nas tuas entranhas


PEGADAS
As nossas não são duas
Tantas pegadas numa só 
Agarrados, vivemos em nós


CHUVA DE LEMBRANÇAS
De dentro das gavetas
Lápides frias de cemitérios
Rostos, cheiros, saudades eternas


LÁ VEM O TREM!
Passa criança
Bola também
Vai e vem


INTOLERÂNCIA
Não toleram nossa felicidade
Não aceitam nosso prazer
De viver a plenitude do amanhecer


DESTINOS EMARANHADOS
Nós eternos
Juntos imperfeitos
Buscamos o caminho certo

DOR DE AMOR
A cicatriz sempre vai doer
Quando os revezes da vida
nos fizerem lembrar

DOR DE AMOR SEM CURA
Não sofremos por amor atual
E sim, por tudo aquilo
que a última dor nos fez recordar


NOS TRILHOS DO TREM
Menina rebola
Nem me dá bola
Que bela!

DA JANELA DO MEU TREM
Passam flores na favela
Crianças livres(os) mãos
Bueiros entupidos de ilusão

DELÍRIOS DE AMOR
Amor é água
Escorre pelas veias d’alma
Adentra pelos rios das lágrimas


DELÍRIOS EM MUTAÇÃO
Amor são flores
Perfumes que exalam paladares
Gosto que perfuma os ares

DELÍRIOS DE UM POETA
Do corpo escorre seda
Da maciez da pele
Deslizam dedos

TROCA DE OLHARES DELIRANTES
Teu olhar no meu
Outro olhar no seu
Enfim “só” a me olhar


PELA JANELA: BÓIA (ES)FRIA
Passa fábrica, passa gente
Marmita quente
Esfria sempre

JANELA DO TREM
Passa poesia
Amanhece o dia e eu aqui
Trem de carga dentro de mim

QUINTA ESSÊNCIA DO PODER
Ações bondosas para poucos
Maldosas para muitos
Descubra tua essência


QUINTESSÊNCIA
Desatar nós
Soltar amarras
Perdoar... Voar!

QUINTESSÊNCIA
Fluir gratidão
Ao universo em expansão
Muita paz e alegria

QUINTESSÊNCIA
Sintonia e harmonia
Entre todos para todos
Ubuntu no coração


LISTA PERIGOSA DE BARRAGENS
Outrora cultura, aventura
Marcante presença na literatura
Hoje, minas mortais

POR  DENTRO DA PAISAGEM
Portas rangem
Janelas abrem
Cheiros mineiros pelos ares

AO MEU DESTINO
Navega pelos mares
Frasco, minha luz retrato,
Esperança de mãos encontrar


TRAMAS DO DESTINO
Há de se amordaçar
Permitas a teu coração gritar
Que queres voar e amar

DESAFIE O DESTINO
Juízos pré-moldados? Não sei não...
Coração tem cem razões
Sem razão nenhuma a nortear

A ESCOLHA É NOSSA
Cadeados em gavetas?
Janelas escancaradas nos casulos?
Fiapos de esperanças?


PAISAGEM MINEIRA
 Sobe morro
Desce morro
Pedras rolam nos caminhos

BRIGADEIROS DE MINHA INFÂNCIA
Mesa farta
Fogão a lenha
Feijão matando fome de união

DELÍRIOS NUM JARDIM SECRETO
Numa ilha deserta
Numa trilha de verde coberta
Num arco-íris de concreto


PALAVRAS DELIRANTES
Palavras do mar
Volvem revolvem areia agitar
Levam e trazem conchinhas de paz

MUTAÇÃO DE_LÍRIOS
Paz, louvor
Sintonia total
Sinestesia... Sinta!

MUTAÇOES DELIRANTES
Amor é música
A mais linda que seus olhos ouviram
A mais bela que seus ouvidos viram


MINAS EM FUROR
Perpassam nuvens sombrias
Em meio a paz do interior
Barragens prestes a romper

SONHAR FAZ BEM
Que paisagem terna!
Luz seduz reluz
Eternidade da miragem

TELHADOS ANTIGOS
Escondem candelabros
Velas douradas de tuas igrejas
e mostram luzes de lampiões


CONTA-GOTAS DA HISTÓRIA
No fio do tempo perdido
Adormecem segredos
Lutas das inconfidências mineiras

A HISTÓRIA PERMANECE
Outrora pergaminhos
Hoje internet
Nuvens pra segurar o tempo

PELAS RUELAS DE OURO PRETO
Caminha-se, respira-se
Por sombras concretas
Do passado histórico


"LIVRO" MIL E UMA UTILIIDADE
Enredo fantasia
Mantém presa agonia
Fagulhas de alegrias

MIL E UMA MARAVILHA
Em cada página
Um novo respirar
Livro da vida  sempre a folhear

SILÊNCIO
Palavras
Redemoinhos ausentes
Pedregulhos pousados no fundo do mar


SONS AO MAR
Flui imaginação
Palpita coração
Do Re Mi Fa... Uma canção!

ONDAS GIGANTES
Quebram-se
Eu, rochedo,
A tudo enfrentar

MARÉ ALTA
Palavras tortas sangram na areia
Torrentes de revoltas
Devolvidas pelo mar


POR MIL E UMA NOITE
A donzela e as palavras
Força fé foco
"Ajuda-me a viver"


HERAZADE FAKE NEWS DE VERDADE
O livro da vida
Já era notícia
Mil e uma noite com criatividade

DOAÇÃO INTERROMPIDA
Decidiram no marejar dos olhos
Dedal da vovó na gaveta
O cheiro fez a diferença


CAPELETES, INHOQUES
Macarronadas
Quintas e domingos
Massas e molhos feitos em casa

BEIJO INESQUECÍVEL NUMA TATURANA
Olhos fechados
Caio de boca no meu namorado
Pé de caqui

BONECA DE ESPIGA DE MILHO
Era ela quem plantava
Gestava lacinhos coloridos
Eu só brincava

MIL HISTÓRIAS PRA VIVER
Ela inventou o poder
Seduzir
Permitir-se viver

PALAVRAS SÃO ARMAS
Xariar é a(traído)
Dis(traído)
Mil e uma noite de sedução

O VENTO ESPALHOU
Pela orla
Pro fundo do mar
Areia do tempo


OH, VENTO, VARRE ÓDIO!
Há uma força
Que nos conduz
A verdade vencerá

O VENTO VARREU
Valores e sapiência
Terra virou plana
Jesus subiu na goiabeira

O VENTO LEVOU
Democracia
Liberdade religiosa
Lutas e vitórias


TELHADOS ANTIGOS
Escondem candelabros
Velas douradas de tuas igrejas

Mostram luzes de lampiões

DELÍRIOS ESPE(A)LHADOS
Espantalhos de fé
Narcisos espelhos
Voltam todos pra mim

MUNDO MODERNO
Muralha da China
Mortalha icônica
Divisão das hierarquias


 TAJ MAHAL
Fios de ouro na cúpula
Amada muito amada
Jóia do palácio

MAC PICCHU PERU
Instigante por natureza
Cidade perdida dos Incas
Aguça nossos olhares

CHICHÉN ITZÁ – MÉXICO
Sítio arqueológico
Maias é lógico
É maravilha em atração


SALTA A BELEZA
Pacífica convivência
Muito maior que a aparência
Entre ser humano e seus Pets
EM SILÊNCIO
Existo no teu olhar
Tu entendes
Vibração de muito amar
FORTE LUZ
Em teu olhar
Em afagos de abanos
A força que me conduz


GATA NO CIO
No meu telhado passeia
Acorda desejos em mim
Só me traz este vazio
NARCISO
Vejo-me por olhos teus
Espelho joga confete
Tu te vês em olhos meus
SEM EIRA, NEM BEIRA
Meu gatinho balança sonhos
Pra lá, pra cá, de bobeira,
Embala instantes risonhos


INJUSTIÇADO
Lá vem o cão
Volta a quem o desfez pedindo perdão
Por algo que nunca fez
OLHAR IRRACIONAL
Diz-me ternuras leais
Mais doces que o racional
Direto aos meus
A HISTÓRIA PERMANECE
Outrora pergaminhos
Hoje internet
Nuvens de papel pra segurar o tempo

PELAS RUELAS DE OURO PRETO
 aminha-se, respira-se
Por sombras concretas
Do passado histórico

POEMAS DELIRANTES
São cápsulas verdinhas
Esperanças de alegria
Receitas de pura magia

DELÍRIO DE UM VOO RASO
Acompanho o rodopio
Sinto fugidio perfume
Deste meigo alçar


DELÍRIOS DE UM POETA
Onde navega o pensamento?
Neste imenso firmamento?
Em busca de estrelas pra namorar?

REALIDADE FICÇÃO
Eis que se agarram
Quatro mãos voando
Virando páginas da vida

O QUE É REAL?
O sonho da imaginação
Que você me inspira?
  Ou a solidão que não sinto mais?


SEMENTES EM GESTAÇÃO
Quero asas de borboleta
Para livrar-me da inércia
 Tecer rumos de imaginação

 CRIA ASAS PRA VOAR
De galho em galho
Na poesia dançar
Na imaginação pousar

EM CIMA DA GOIABEIRA
Fiel orava pela luz
No fim do túnel
E eis que vem... O trem a todo vapor!

SURREAL
Luz divina
Tocando tambores
Alvorecer
SURREAL
Dedo de Deus
Visceral
Aponta erros teus
SURREAL
Magia real
Som musical
Cordas do teu violão

QUANDO TE BEIJO
Na ponta dos pés
Alcanço estrelas
Voo da imaginação

COISAS IM(PROVÁVEIS)
A fé promove
Ressuscitar
Tornar a viver
ASAS DA IMAGINAÇÃO
Lágrimas salgadas no papel
São tintas...Pintam sofrimento
Escreva seu voo da liberdade


PRELÚDIO DA PARTIDA
Executado
Secou no asfalto
O adeus já esperado

PRELÚDIO DO ANOITECER
Voos de sangue
Sol e Lua esconde-esconde
Rabiscos de luz no horizonte

MANTER O BOM HUMOR
Em prol da convivência
Provocação é bem-vinda
Satisfação garantida


PASSARINHO ME CONTOU
Espertinho ficou no ninho
O bobão apressado voou
Despencou

UM PASSARINHO EM LIBERDADE
Gaiola aberta
Convite pra descobertas
Voou sem deixar saudade

PASSARINHO SUSSURROU
Um dicionário inteiro
De palavras de amor
Dos versos que te dou


PRELÚDIO DO ALVORECER
Sol desbota noite
Desfia neblina
Dia delira

GRITOS & ECOS
Pintam nosso chão
de vermelho
anti-heróis da Pátria “brasilis”
SEM LUZ VARONIL
Nossas matas queimaram,
verde desbotou na bandeira,
triste país: sangue vermelho Brasil.

ACORDAM OS OSSOS
Silêncios, gritos contidos,
ocultos para olhos nossos,
são tantos, dentro engolidos...
LUTO É VERBO
Luto pelos setecentos mil
Luto pela vacina
Luto não é substantivo
GRITE
Não feche os olhos
à podre indiferença
da podre sociedade...


HÁ DE EXISTIR
Ideias a mais para
Juntar retalhos
Colar asas de imaginação
PALAVRAS PERDIDAS
Podem ser reinventadas
Costuradas com linhas
E agulhas da imaginação

RELAXAMENTO
Deixe fluir a imaginação
Palpitar o coração
Sons ao mar de uma canção


ESCREVER
É ganhar asas para voar
Muito além... muito além...
Da página em branco.
GRAVIDEZ ETERNA
Papel tem mil braços para abraçar,
palavras secas para adubo gerar,
círculo vicioso da vida.
ESCREVA
Lágrimas salgadas no papel em branco
são tintas... Pintam sofrimento...
Alcance o voo da libertação!

ESTOU SECA
Palavras são pedregulhos na boca
Borrões de tinta no papel
Hipocrisias da minha alma
ORIGAMI
Dobras e dobras coloridas
... Voo...
Deslumbro teu olhar.
FOLHA SOLTA
É onde a poesia mora
Seu olhar demora
Delicadeza aflora.


ESCREVA
Palavra mal(dita)
Ben(dita)
Sem fake news a sujar o papel.
NO PAPEL
O farfalhar da folha
é minha risada...
Ecoa das palavras

NAS PÁGINAS ESCRITAS
Perdida
Irreconhecível
Juventude

UM DIA UMA CANÇÃO
 Veio mexer com meu coração
 Juntos entrelaçamos as mãos
Dançamos ao som da vibração
NOS ACORDES DA CANÇÃO
Nas ondas do pensamento
Uma pauta musical
Falando deste amor fatal

A ROTINA CORTA ASAS DO NOVO
Impede fantasias
Impossibilita utopias
Nocauteia imaginação

AO CORAÇÃO FERIDO
Qualquer canção de amor
Esmaga a flor
Que morre dentro de ti
A CANÇÃO ESTÁ NO AR
Não busques acordes
Tão longe assim... Respires
Está no ar ou bem dentro de ti

ESCOLHA A CANÇÃO
Tua vida é uma canção
Um dia amor, outro dor
Abre os braços pra esperança

FLORIR OU FERIR
Canção de paz pra se perder
 Violão e amor no coração
Ao invés de tiros de canhão
ORGASMOS MÚLTIPLOS
 Sou tua musa
 Nas pautas musicais
 Do teu olhar

ESCOLHA A CANÇÃO
Tua vida é uma canção
Um dia amor, outro dor
Abre os braços pra esperança

A MORTE É CERTA
Paradoxal é que escolhemos
As (in) certezas
Do simples viver
ASAS  OU PONTES?
Para não quedar-se
Para não quebrar-se
No meio do caminho das incertezas

A FORÇA DO VENTO
O vento varre desejos
Depila pelos do coração
Restaura paz e união


RODAMOINHOS
Giram sonhos
Vento leva, vento traz
Tudo passa... Tudo volta

TERNURA
O vento me veste de paz
Leva pras nuvens
Roupas de dor

ROUPAS VELHAS
Vento as leva
Deixa cheiros
Saudades nuas tuas

A VIDA SEGUE
Inconstâncias ao acaso
 Certezas esgotadas
Amor acaba
AMOR ETERNO?
E lá existe isto?
Quem te dá certezas
Nas constantes incertezas? 

VENTO VOLÁTIL
Leve esperança
Semente Curitibana
Pronta pra brotar


SÓ PRA TEUS CABELOS ACARICIAR
Olhar o céu anil azul
Nuvens bailando
Roubar o vento

É O VENTO!
Arrepio na coluna
Trazendo cantigas
De um tempo lá atrás

VEJO-TE
No clarão do luar
No vento a dispersar
Tardes geladas
FUJA DAS GAIOLAS DAS CERTEZAS
Perca o chão
Voe na imaginação
Alcance o vazio da liberdade
MARCHA DAS HORAS
Rumo ao infinito
Tempo abismo ciclo
Puras Incertezas, sigo!

GOTAS DA HISTÓRIA
No fio do tempo perdido
Adormecem segredos
Lutas das inconfidências mineiras

BORBOLETAS
Loucas sem noção
Em queda livre
Precipício de incertezas
A VIDA É UMA INCERTEZA
Precipício... Voo de risco
Asa delta rumo incerto
Paradoxo do pouso

ALÍVIO PARA A DOR
Lágrimas quando em tinta
...no papel...
são bálsamos.

FAKE NEWS
Rede de intrigas
Teias de fios tecidos
(in)certezas invertidas
INCERTEZAS EXATAS
Se respiramos, morte inexiste
Quando ela chega
Nós é que não existimos

O VENTO ESPALHOU
Sabedoria alcançada
Tempestade
De livros


O VENTO ESPALHOU
Ódio no coração
Tempestade
De fakes

O VENTO LEVOU DOCE RIO DOCE
Deixou barragem de lama
Minhas Minas Gerais
Hoje são minas mortais

VENTO CIRCULA
Sonhos de igualdade
Ao redor de uma estrela
Cercada de ódio que não sinto

VIDA REPLETA DE FLORES
Só por sentir
Teus perfumes
Vale a pena respirar

O AMOR ESTÁ NO AR
Sons por toda parte
Vida, oh vida!
Vale a pena te escutar

VENTO VOLÁTIL
Leve esperança
Semente Curitibana
Pronta pra brotar


SÓ PRA TEUS CABELOS ACARICIAR
Olhar o céu anil azul
Nuvens bailando
Roubar o vento

É O VENTO!
Arrepio na coluna
Trazendo cantigas
De um tempo lá atrás

VEJO-TE
No clarão do luar
No vento a dispersar
Tardes geladas

JANELAS ABERTAS
Manhãs de domingo
Vitrines primaveris
Saúde saúda Sol

COLHA O DIA
Madeira bruta
Entalhe detalhes
Sutis alvorecer

MASSAS E MAÇÃS
Tudo a seu tempo
Ando devagar a indagar
Por que há pressa?


REZE POR SP... O HAITI É AQUI
Se você vir ou não
Moradores de rua
Debaixo do minhocão

MANHÃS DE SETEMBRO
Seja qual for sua fé
Regue flores do lado de lá
Sem muros pra vizinhar

VOVÔ ERA UM HOMEM LINDO
Olhos azuis esverdeados
Mar turbulento em ação
Vovó ciumenta na união


HOJE SOU A VOVÓ QUE NÃO TIVE
Diálogos com neto
Sobre tudo
Amor, sexo, política, drogas

SÓ QUE ME SENTIA AMADA
Família italiana
Prioriza homem
Eu, mulher, não era nada

SÓ VOVÓ E PAPAI PRA ME AJUDAR
Mulher tem que ser do lar
Não pode estudar
E lá vinha o meu socorro

VIDA EM VERSOS
Reversos in(versos)
Diversos versos
Complexos
JARDINEIRO DO BEM
Semeie compreensão
Regue o amor
Seja a flor dentro de ti

ANTES DA MANHÃ ACORDAR
Eis-me coberta de flores
Perfumada de cores
Inebriada de vida


CEREJEIRAS SOL NASCENTE
Luz rosa púrpura
Aquarela amanhece
Suspiros orientais de alvorecer

AQUARELANDO A MANHÃ
No meio da folhagem molhada
Brota verde esperança
Sementes de sol girassol

AQUARELANDO O AR
Eis que o vento geme
Manda pra longe
Folhas de um girassol

O MAL DENTRO DE MIM
Sou  instante perverso
De Deus ao inverso
Fim das queimadas
DORME RIO DOCE UM SONO PROFUNDO
Mariana mar lama
Vida se nega ao encontro do mal
 Sangue se quebra na cortina de sal

PECADO IRREPARÁVEL
Nestas andanças da vida
Deixei que amor incurável
Sufocasse minha lida

RIO DOCE EM MORTE VISCERAL
Enlameando vidas
Matando tudo o que é vida
Deixando sede em tudo que é lugar
GRITO DAS ÁGUAS DOCES
Sedento, cedendo
Sigo em frente
Até a morte em sede

PECADO GOSTOSO
Triglicerídeos altos
O francês é o melhor
Ai! Pão, meu tesão!

ÁGUAS DOCES EM PESADELO
Nosso planeta berra
Gritos de socorro
Humanidade, escute!

INSENSATEZ
Jesus na cruz
Pelos pecados meus
Oro e peco infinitamente
ESCRUPULOSIDADE
Pedra afiada
Inspiração poética
Nunca sou perfeita o suficiente

O MAR AVANÇA SOBRE O RIO INDEFESO
Pobres águas doces
Arrancam terras, capelas,
E sobre a propriedade se dilacera

COR DA PAIXÃO
Pecados do corpo
Vermelho batom
Finge um frio coração
PERIFERIA DE MIM
Meu pecado
Viver à margem
Do meu próprio eu


MISTÉRIO NO REFLEXO DAS ÁGUAS
Sol, luz que reluz,
Sombras se cruzam com mágoas
E se desfazem em lágrimas
O MAR AVANÇA SOBRE A CALÇADA
Diante desta magnitude
Pobres pedras mansas
Desaparecem

TANTO BATE
Desafia o rochedo
Aos poucos, a água indefesa
Vence a pedra!

ACORDO SECA
Sonho com manhãs incandescentes
Abraçando paz
Nascentes
SE EU FOSSE UM RIO
Sempre vivo, novo, experiente
Não iria querer
Águas doces a desaguar no mar
AMARGO DES_GOSTO
Chuva ácida desmedida
Destruição, lavoura perdida
Sorvo última gota de sede

NATUREZA EM FÚRIA
Árvores se envergam
Torturam-se entre rajadas
De ventos e águas salgadas
ONDAS GIGANTES EM RESSACA
Rebelam-se, derrubam muros
Descortinam fumaças d’águas
Sobre a rodovia se dilaceram

AO SABOR DESTE VENTO
Vou libertar meu coração
Quem sabe se leva até ti
Meus desejos por você

GENTE LINDA POR DENTRO
Há olhos que falam
Que jogam ao vento
A própria alma


SAIA DO CASULO
Voa, voa, voa
Liberdade conquistar
Deixa o vento te levar
CORAGEM É DESAPEGO
Avessos do sucesso
... Excessos...
Desate o ego

PELES URBANAS
Concretos pintados de verdes
Gramas sintéticas secas de vida
Camuflagens desumanas

DESISTÊNCIAS
Sonhos agitados no porvir
Partidas de nunca parir
Chegadas abstratas
SUBTERRÂNEA
Colorido arco-íris
Ego inflado desbota
Terra escura, mesma cova
ESTRANGEIRA DE MIM
Esbarro nas partes
Ausento-me do meio
Transbordo nas beiras
FORÇA
Por trás das pálpebras
Luz do amor
Pule a lágrima
PARADOXAL FRAGILIDADE
Rompimento de mordaças
Implosão de medos
Voa... Coragem!
INCERTEZAS
Não sei se ganho ou perco
Crio coragem
Enfrento

SAI DA FRENTE
Trator
Tritura medos
Coragem passa, passa devagar
AVESSO DO MEDO
Coragem, não!
Sonhos murcham sem fé
Esperança segue além

SEJA QUAL FOR O TEMPO
Acreditar, sonhar, voar
Deixa o vento
Te levar


AGITAÇÃO
Ave presa na gaiola
Triste, murcha, não gorjeia
Debate-se na cadeia
INQUIETUDES
Chove águas ácidas sobre queimadas
Flores mortas
DESgosto de Deus

A POESIA PRÉ-EXISTE
Guardada nas palavras
Dizem tudo
Dizem nada


EU, BUSCADOR DE MIM
Quando meu pai partiu
Levou consigo a poesia
Eu me perdi de mim

A POESIA MORA NA DOR
De uma flor
Rodeada de espinhos
A lhe proteger com amor

PODE ME FALTAR TUDO
Eu me refaço
Se faltar a poesia
Morro

FLORESTA EM CHAMAS
Entre as rajadas de ventos
Sons longínquos de flautas
Rios de lágrimas em cascatas
PRUMIRIM EM UBATUBA
Rio desce e para
Lago doce, em vertigem, rola
Ribanceira, cachoeira, mar afora

TÃO ÓBVIO E TÃO ANÔNIMO
Aquilo que parece ser, não é
Avesso da mentira
Contrários de verdades

NO SONO DAS ÁGUAS
Semente desgarrada
Brotando ao sol
Vida carregada de futuro
CINZA, CHUMBO E FEL
Na selva do asfalto
Chuvas ácidas berram
Desesperadamente pelo verde

MÚLTIPLOS EUS
Na hora  fatal
Desfaço nós dos meus laços
E me rendo ao abismo
ENCONTRO COM MEU EU
De que adianta ter medo?
Não se escapa do
Instante fatal


 NO MEIO DO NADA
O mais doce sorriso veio
Entre roupas sujas e rasgadas
Da manhã orvalhada
MEUS PSEUDÔNIMOS
Flor de Liz
Rosa Luz
Estrela Sol

SOU IMPULSO DE SER “EU”
“Só” me vejo
Sem identidade, sem idade
“Eu”, estrangeira de Mim
EM BUSCA DO MEU EU
Sou saudades do que fui
Do que restou, onde não estou
Dos sonhos que de mim se ausentou

QUEM SOU EU?
Sou o que tenho dentro da mente
E não o que tu consegues mentir
Sobre mim ou sobre ti
BOM OU MAU?  ESCOLHA
O bem e o mal
Moram dentro de você
Alimente o que você escolher


DIÁLOGO COM PESSOA
Mário Sá se suicidou?
Pra conhecer
O outro lado da vida?
APRENDIZAGENS
Enfrentar os sentimentos
Segurança no palco do medo
Amor nos desencontros

O QUE É SER FELIZ?
É não ser vítima dos problemas
Assumir a construção
Da própria história
ONDE FICOU A PARTE QUE ME CABE?
Em algum lugar
Meu nada é tudo
Hei de encontrar quem fui onde restou

DESAPEGO É O SEGREDO
Desatar nós
Ao próprio Eu
Perdoar! Filtrar emoções!

SE ELE PARTIR
Enfeite-se de estrelas
Toque uma flauta
Faça serenatas ao luar

SE ELE VOLTAR
Não apague a luz da lua
Toque clarins e tambores
Acordes aos dias de alegrias
VIVER EM SOCIEDADE NÃO É DIFÍCIL
O pior é viver comigo
E com todos os conflitos
Aqui dentro de mim

BOLHAS DE SABÃO
Explodindo ao vento
Ilusão de beijos
Tocando ar com desejos


CABELOS AO VENTO
Alegria do vento
Após despentear cabelos
É sacolejar a lua

ESPALHA FOTOS RASGADAS
Eu, bruxa,
Varrendo rua
De minha dor e sofrimento

BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Dentro delas dores mil
Saudades sem olhos úmidos
Vento, leve embora minha dor
ALMA MORRE DENTRO DO CORPO
Se tens consciência
Da morte em vida
Da floresta incendiada
ENFRENTE-A!
A pior prisão
É o teu medo
Da solidão

FOTO ANTIGA 
Tão perto dos olhos
Tão longe da respiração
Aconchego saudade ao coração


SAUDADES
Água doce do riacho
Abelha doce mel do meu licor
Vida saudável do interior
O QUE É A SAUDADE?
É um pingo de estrela
Lacrimejando
Do Céu
SENTIMENTOS
Não há remédio que os cure
Estão escritos na pele
Tatuagens de saudades

JANELAS DO OLHAR
Vem dos teus olhos
Palavras não ditas
Em tudo entendidas

SURREAL
Tudo é possível
Nas im(prováveis)
Surrealidades da vida

POLITICA
Tempos estranhos
Tudo é surreal
No Brasil dos desenganos


PRECAUÇÃO
Plantei um pé de mim
Raízes pra recomeçar
Caso o voo falhar

LIÇÕES DE ÍCARO
Prisão não é vida
Na incerteza, voe
Não tão alto que não possa cair

PRECE AO ANOITECER
Faça o milagre da divisão
Da multiplicação
Aquarele, oh Deus, a lama de Mariana!

SOU MAIS DO QUE SONHOS
Quero lavar o destino
com cascatas de querer
bem depois do Sol nascer

POESIA É AR
É vida, vento
É movimento
Sem ela não respiro

POESIA É TUDO
Verso e reverso
Verdade (in)verdade
Angústia e felicidade


SOU POESIA
Eis que me movo
E me perco e me encontro
Nas entrelinhas dos meus versos

VERSO E REVERSO
Sou eu em mim
Fora de mim
Poesia e fim

FOTOS PUÍDAS
Linha do tempo
 Ascendentes
Só eu sobrevivente

NÃO ME CONTENTO COM FATOS
Preciso de utopias
Sonhos intocáveis ao acaso
Não posso ficar com o real
MINHA ÁRVORE DA VIDA
Tem sabor de realidade
Verdades mutáveis
Erros de egos, status de vaidades

AMOR PRA SEMPRE?
Eu te amo, tu me amas
Eternidade afora
Dentro da finitude do corpo etéreo


AMOR CONTENTE?
Amor semente
Amor só, mente
Amor somente

SINTONIA
Luz, ponte de silêncios
Amor muda o olhar
Olhos nem piscam

SEM BRILHO PRÓPRIO
Não lê, não se informa, não participa
Repete opiniões
Deixa-se manipular por luzes alheias

OLHAR FAISCANTE
Amor, ponte de silêncios
Luz brincante
Diálogo mudo

AMIGO TÓXICO
Apaga a vela
Alimenta-se de tua luz
Brilha no teu velório

LUZES APAGADAS
Vermelhos ou verde amarelos
Sempre o mesmo lado que morre
Sempre o mesmo lado que mata

APRENDER NA ADVERSIDADE
Viver com intensidade
Lamber feridas
Sorrir da dor

É PRECISO MARCAR PRESENÇA
Somar idiossincrasias
Testar querências
Ser alguém na multidão

TERNURA
Há de se preservar
Doçura do olhar
Fragilidade de uma borboleta

CORREÇÃO DE CARÁTER
Urgente!
Erros... Observo nos outros...
Corrijo em mim

VOCÊ CHEGOU
No outono do meu viver
Quando já estava
Desistindo de sobreviver

QUANDO VOCÊ CHEGOU
Mancando de dor
Por não mais querer
Eu te abri as portas do meu viver

MINHA ÁRVORE DA VIDA
É assim: água corrente
Nas manhãs incandescentes
Abraçando sol lua paz nascentes
SEMEAREI RESTOS DE UTOPIAS
Pingos d’água em folhas secas
Sol em dias nublados
Vento no ar parado

NOS CAMINHOS DA UTOPIA
Sou educadora
Ambientalista
 Vivo navalha na carne

NA TRILHA DA UTOPIA
O improvável, minha sina
O impossível, minha meta
O que não pode, cabe!

AQUARELANDO A PAZ
Cuide de retirar do caminho da vida
Ervas daninhas
E colherás a PAZ

AQUARELANDO A BELEZA
Combinação do silêncio
Esmaecimento do anil azul
Fui eu que a descobri bela!


SONHOS DE ÍCARO
Coladas com cera
Apenas
Derretem-se penas

SINESTESIA
Poesia, luz do Sol
Calor olor perfumes
Antes de se derreterem penas em mim

O VENTO CIRCULA
Entre sonhos de igualdade
Ao redor de uma estrela
Cercada de ódio que não sinto


SONHOS AO VENTO
Está no DNA
A paz que há de voltar
Nossa luta há de vingar

NA PALMA DE MINHA MÃO
Caem pingos de neblina
Ondas deslizam n’água
O vento mastiga estrelas

TEU AMOR É PERFUME NO AR
Inalo
Reabasteço meu ser
Devolvo ao vento

SOMOS OSTRAS FERIDAS
Pérolas em praias desertas
Em ilhas secretas
Em mares intocáveis da utopia

SOL DAS ESTRELAS
Dedilho só
Ao violão, lua no chão
Crio meu som Do Re Mi Sol
UTOPIAS
Todo impossível se realiza
Nesta metamorfose constante
Eterna busca de (im)prováveis

NOS CAMINHOS DA UTOPIA
Sou ponto fora do fio
Arame farpado na trilha
Equilíbrio perdido na esquina

CURVAS DA ESTRADA DO VINHO
Caminhos do Paraíso
Asas ao volante
Vinho e pão em gratidão

NAS NUVENS
Remo rimas de algodão
E navego
Em teu coração

BARCO A ESMO
Envolta em névoa
Nua, te procuro
Nas nuvens de algodão

SONHOS
Das verdes margens do rio
Voo para as nuvens
Árvores de algodão
TE VEJO
Remo a mão
Rimando estrelas
Entre nuvens, névoas, blumas


MANHÃ DE DOMINGO
O que vamos sonhar?
Sol, vento, mar?
Cachoeiras, verdes ares pelo ar?

DOMINGOS DORMINDO
Acorda preguiça
Hoje é dia de linguiça
Churrasco, caipirinha, piscina

MANHÃS ITALIANAS
Macarronadas
Liz criança enrolada num
Avental de vovó

NOS CAMINHOS DA UTOPIA
Sou dente de leão
Esvoaçante
Ao léu
A UTOPIA
Apetece-me a alma
Seja lá o colorido que flor
Perfumado de amor

BARQUINHOS DE PAPEL
Embarco nesta metáfora
Solto palavras ao vento
Nuvens de poesia

MEU DIA VAI BRILHAR
Nuvens escondem raios de sol
Dobradura de barquinho de papel
Mistura a esmo de ilusão e mel
ENTRE NUVENS BAILANDO
Remendo sonhos
Vejo-te na transparência
Das miragens eternas!
ESPERA
Olho pro infinito
Tua visão se dissipa nas nuvens
Não há o que encontrar

METAMORFOSE NÃO TÃO UTÓPICA
Entre o infinito e
O árido chão
Uma borboleta em minha mão
MINHA UTOPIA É SER FLOR
Desfolhar a cada outono
Só pra me vestir
De primaveras
NINGUÉM ME TIRA A UTOPIA
Encaro o futuro a longo prazo
Não participarei da colheita
Morrerei semente

UCRONIA
Crio avatares
Em universos mágicos
Poesias em potes de ficção

DICOTOMIA
Ucronia... Visão idílica
Da vida tradicional
Hoje utopia nas redes sociais
PONTO DE ENCONTRO
Ucronia utopia
Alianças de ouro
Num pote de desejos

ENTRE UTOPIAS E UCRONIAS
Almas se perdem
Desejos de interferências
Pra trás ou pra frente
PARA QUE SERVE A UTOPIA?
 Se é impossível
De nada serve
Só que é suporte do meu caminhar
PARA QUE SERVE A UCRONIA?
Se é impossível tempo voltar?
Lembrar, refletir, questionar
Não repetir é o que há

CAMINHOS NOVOS?
Às vezes só precisamos
De um novo olhar
Dentro da mesma utopia
ENERGIZANDO A UTOPIA
Evapore seus medos
Num varal ao sol
Fé na intuição

UTOPIAS
São palavras sem pernas
Asas em cada uma delas
Voando o indizível

ABRACE A UTOPIA
Pendure fatos reais
Num varal
Que o sol os evapore
E DEUS CHOROU
Cinza banhado de sangue
Nuvem negra fez da tarde noite
Luto pelo ouro verde perdido
NAS  RUÍNAS DA UTOPIA
Vassoura na mão
Eu, bruxa, recolho
Pedaços de esperança


ENTRE A JANELA E A VIDA
Escolho flores
Perfumando sombras
Destrancadas de amor
MINHA INDAGAÇÃO
Olho pra mim
O que espero
Sentada na janela?
SOL DE ESTRELAS
Veio brilhar na janela
Dar beijos na face dela
Declarar amor por ela

CARTAS DE AMOR
 Seguem pedaços
Aos poucos de mim
Mosaicos em fiapos
CARTAS DE AMOR
Nostalgias ao avesso
Alegrias na saudade
Lembranças perdidas
TINTA NO PAPEL
São lágrimas
Salgadas de dor
Bálsamo de Saudades

ENVELOPE SEM CEP
Beijos secos
Salgados de adeus
Irrealizáveis na madrugada
PASSADO A LIMPO
Escreve um adeus
Rasga mil fotos
Cola envelope com lágrimas
ESCREVA
Lágrimas salgadas no papel
São tintas... Pintam sofrimento
Alcance o voo da libertação

NAS TRILHAS DE UMA CARTA
Chovem pensamentos
De ser existir caminhar
Palavras em versos e rimas
NEM BEM O SOL DESBOTARA A NOITE
Desfiava a neblina
Delirava o dia
Ela se colocava à janela

SONHO DE ETERNIDADE
Um livro é a oportunidade
De se viver além
Do próprio tempo

À JANELA
Nas tardes quentes
Tecidas pelo tempo Sol
Escrevo música Do Re Mi So
À JANELA
Os raios do sol
Perpassam vidros fechados
Viro poesia
NOS CAMINHOS DA VIDA
Danças de mão em mão
Danças na contramão
Mudanças, mais danças, andanças

CAMINHOS
Vou indo
Me enfeitando
Desviando dos espinhos
NOS CAMINHOS DA PAZ E DA GUERRA
Há de se honrar a ética
Esta fera rebelde que implora
Pelo coletivo pensar
CAMINHOS EM CONSTRUÇÃO
Cada ser que cruza minha vida
Deixa algo de valor
Um pote de açúcar ou dor

SE EU ME PERDER
Eu me procuro
Invento peças do meu mosaico
Mas se faltar poesia, morro!
NAS CURVAS DO TEU ABRAÇO
Encontro caminhos
Opostos
E brinco com desencontros
PERMITA-ME OS CAMINHOS DO AMOR
Entre a sua esperança
E a minha desilusão
Permita-se o enlace de nossas mãos

NA VIDA, CAMINHOS SECRETOS É REGRA
Solidão é palavra de ordem
Corrimão que da mão escorrega
Labirinto escuro sem trégua

CIÊNCIA E FÉ
Nada é efêmero
Só eu e você
Que passamos
CAMINHOS
A gente se encontra
A gente se perde
Os caminhos continuam
CAMINHOS OPOSTOS
Passos na escada
Rastros na esquina
Flores estilhaçadas
REVOLVER CAMINHOS
Dar meia volta
Retornar ao ponto de partida
Reviver escolhas perdidas
NA VIDA ABRACE A LUTA
Sucessos são rápidos
Fracassos, estéreis
O que vale é o caminhar

CAMINHOS DA VIDA
Todos estão dentro de ti
Permitas que a lua
Venha te abraçar
PISTAS NA ENCRUZILHADA
Deixei migalhas de mim
Rastros pra te fazer voltar
Pra caminhos de nós dois
PARA ONDE VÃO OS CAMINHOS PERDIDOS?
Será que a morte os libera
Para novas almas
Encantar?

PARA ONDE VÃO OS CAMINHOS PERDIDOS?
Será que a memória os esconde
Ou será que a alma transborda
Quando a morte chegar

ASAS LIVRES AO ACASO
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo solto, leve, volátil

PALAVRAS PERDIDAS NA MEMÓRIA
Podem ser reinventadas
Costuradas com linhas
E agulhas da criação


CRIATIVIDADE 
Há de existir ideias a mais
Para juntar retalhos
Fluir imaginação

AQUARELANDO A POESIA
Rimas delicadas
Metáforas translúcidas de luz
Lua brincando com estrelas
CAMINHOS INTERROMPIDOS
Éramos um
Na travessia
Você partiu... eu fiquei!

VOEI PELOS CAMINHOS
Escolhi o céu cinzento
Tempestade veio
Minha asa quebrou
ONDE OS CAMINHOS NOS LEVARÃO?
Trilhas de alvorada ou abismos?
Seja o que for seremos
Arco-íris no final do túnel
AMIGO CANINO
É puro amor, deleite
“Ama-me porque eu te amo” (Eu digo)
“Amo, porque amo” (Ele diz)

AMIGO QUATRO PATAS
Entrega sem cobranças
Abanos de rabinho com perdão
Confiança, proteção
BÍBLIA DOS CÃES
Ama teu próximo
Mais, muito mais
Do que a ti mesmo
NA GANGORRA DA VIDA
N'amizade verdadeira
Pedimos carona pra lua
Somos estrelas ou vagalumes

EM TUA AMIZADE
Amor fiel encontrei
Pra nunca mais viver só
Respirei expirei
NOS MOMENTOS MARCANTES
Amizade é mel nas veias
Açúcar na canção de lágrimas
Solo fértil em árido chão

NA GANGORRA DA VIDA
Amizade é fonte de água doce
Desce em cataratas
Desfaz sal

NO PRECIPÍCIO
Amizade é braço forte
Segurando o outro
Antes do abismo
AMIZADE É RISO FÁCIL
Gargalhando juntos na rotina
Vomitando vaidades
E egoísmos do dia a dia
SEJA ONDE FOR
No tempo, no espaço
Na rotina, no infinito
A amizade nos satisfaz

SEM ISTO VALE A PENA VIVER?
Amor em sintonia
Lealdade e amizade
Sinceridade e união
A MELHOR AMIZADE
Está por vir
A sete chaves guardada
Nas asas do tempo
TROCA DE ENERGIAS
Somos partículas de luz
Poeira de estrelas
Universo em comunhão

REDE DE ESTRELAS
Caminhei na poeira do tempo
Cavalguei no balanço do vento
Deixei rastros de luz pelo chão

IMITAÇÃO DE ESTRELAS
Passa passa pisca-pisca
Sussurrando mil luzinhas
Vagalumes semeando poesias
ORGASMOS
Chibatadas do coração
Chicotes no peito
Corpos cavalgando estrelas

BEIJOS DE AMOR
Precipícios... Voo de risco
Estrela cadente
Pousando no chão
ARMADILHAS DO AMOR
Piscam estrelas no infinito
Cupido pisca do chão
Joga flecha no coração

CAVALGANDO ESTRELAS
Corpos nus entrelaçados
Roubando fios de suor
Do universo

ALCANCE ESTRELAS
Ponta dos pés
Olhe sempre pra luz
Que vem do céu
ESCOLHO A MORADA DAS ESTRELAS
Sem nós
Nem preconceitos
Apenas nuvens de algodão
NUA PARA O UNIVERSO
Quero despir-me de mim
Deixar-me encobrir e vestir
  De luzes das estrelas

ÀS ESTRELAS
Uma seresta
Um violão
Canção de amor

LUA DE ESTRELAS
Veio brilhar na janela
Dentro dela perfumes
Olores do nosso amor
SOLIDÃO
Fechei os olhos
Cavalguei estrelas
Inventei você

VITÓRIAS
Há pedras nos caminhos
Pule... Crie pontes
Alcance estrelas
ESCRITO NAS ESTRELAS
Destino traçado
Eu e você
Nós, emaranhados em nós
NAS ONDAS DO MAR
Lua respira sal
Dançam estrelas
No meu leve caminhar

APAGAVA, EU ACENDIA
Colecionei vagalumes
Estrelas nas mãos
Constelação toda minha
BUQUÊ DE ESTRELAS
Pés no chão, menina!
E eu sonhava...
Luzes em minhas mãos
OFUSCA AS ESTRELAS
O homem cria bombas
Atômicas
Nebulosa lua nas noites escuras

PINGOS DE ESTRELAS
Ondas deslizam n'água
O vento mastiga estrelas
Tritura minh’alma
AQUI NO MEIO DO NADA
A lua respira sal
Estrelas dançam
Nas ondas do mar
DESEJO
Minha nudez d’estrelas pratear
Ou me cortar de lâminas da lua
E só boas lembranças fatiar


SOU EQUILIBRISTA
Em metamorfose constante
Driblando estrelas brilhantes
No infinito da vida
Maior farol não há
Do que uma estrela
A te guiar
LUZ DAS ESTRELAS
Em teus olhos
Encontro paz
Sigo feliz

NA DÚVIDA
Siga a intuição
Converse com estrelas
Elas entendem de amor
UM BEIJA-FLOR SEGREDOU
De dia
Estrelas se escondem
Pra energizar noites de amor
AULA DE LUZ
No buraco negro do infinito
Uma estrela nos ensina
Farol luz ao amor

SAUDADE É O QUE FICA
No ponto curvo da esquina
Onde a paisagem desatina
Esfumando perfil de quem partiu
SAUDADE É O QUE RESTOU
O sabiá que cantava
De repente se calou
A pedra vingou
SAUDADES DA DEMOCRACIA
Voto cassado
Opinião perdida
 Golpe sobre golpe dentro do golpe

SAUDADES EM POTES DE GRATIDÃO
Janelas d'alma
Espelhos sorridentes
Canções de ninar
QUEIMAM SAUDADES
Diário em chamas
Cinzas ao vento
Memórias que se apagam
(A)GOSTO DA SAUDADE
Não sei se amo mais o colorido
Ou se flutuo no verde de
Setembro, onde me perco

LABIRINTO SEM SAÍDA
Florestas incendiadas
Rios poluídos
Fome para ex bichos…

FILHOS PRÓDIGOS
Do lar ao lar
Trilhas sem norte
Retornos

RETALHOS DE SAUDADES
Seres passam em minha vida
Uma cor, uma flor
Um pedacinho de dor
SAUDADE DO FUTURO
Bateu forte no coração
Esperança perdida num furacão
De imundícies e mentiras fakenews

PARAÍSO ANGELICAL
Vinde verde...
... que te quero verde
Vertente Sol nascente

FELICIDADE SE FOI
Lágrima secou
Só lembranças de tua presença
Saudades se faz presente

SINTO SAUDADES
Dos sonhos que sonhei
Do que poderia ter sido
Do que jamais serei
MARIA FUMAÇA
Peguei carona num foguete
Distância faz esquecer
Saudade lembra devagar


OSTRAS FERIDAS
Saudades são pérolas
Sentimentos expostos à dor
Avessos ao amor
ONDAS DE SAUDADES
Às vezes capazes de nos afogar
Outras tantas tão suaves
Que só vêm nos acariciar
REDE AO VENTO
Balança pra lá e pra cá
Te leva e te traz
Saudades

TÃO LONGE... TÃO PERTO!
A distância não te esquece
A saudade me entristece
Voos de solidão
PLANTEI NO CORAÇÃO
Um pé de saudade
Sol girassol in memória
Luz que me faz brilhar
BUSCO NA SAUDADE
Reflexo no espelho
No brilho dos meus olhos
Minha face perdida


ENTRE FIAPOS DE LUZ
O Sol fulgia
Anjos cantando em harpas
Canções de paz

ANJOS ME ABANDONAM
Mãos de loucos diabinhos
Inferno em fogo queimo
Em pecado, sinto você comigo

METRÔ DAS SEIS
Sem lugar
Sem rir
Sem falar


SINTO SAUDADES
Dos poemas e beijos e abraços
Das belas frases de amor
Que nunca escrevi
TUDO EM VÃO
Volto do teu ninho
Trazendo espinhos
Decepções estilhaçadas no caminho
SILÊNCIOS
Vivo o acaso e o momento
Me divido, mil pedaços
E só na saudade me encontro


SAUDADES DE MIM
No fundo do quintal
Um pé de goiaba
Um livro de Lobato
SAUDADES GIGANTES
Da Liz flor
Imperfeita menina
Que já morou dentro de mim
LÁPIDE
Aqui jaz
Amor incondicional
Leal real saudade fiel mel

VEJO DEUS  REMANDO MEU BARCO
No orvalho da manhã
Elevo meu olhar
Ao infinito
BRINCADEIRAS
A maior alegria do vento
É sacolejar as nuvens
Criar desenhos em  barcos de papel
QUERO NUVENS
Pra remontar pedaços
Estrelas pra colar mosaicos
Barquinhos pra viajar nos sonhos

SÓ QUERO NUVENS DE ALGODÃO
Que entre minha alma e
A morada das estrelas
Não existam nós
SAUDADE
Você partiu pra
Morada nas estrelas
Rema rimas entre nuvens

MUTAÇÃO DE SENTIDOS
Nas nuvens remei música
A mais linda que meus olhos ouviram
A mais bela que meus ouvidos viram

INVERSO DO MEDO
É a Fé, não a coragem
Sem ela os sonhos murcham
A esperança vai além
ISTO É VIVER?
Medo de gente que mata gente
De gente que mente
De gente que acredita em quem mente
AMOR VIRTUAL
Coração de vidro
Sintaxe mecânica
Não é real

AMOR VIRTUAL
É por ti que meu coração bate
Que importa se não és real
Se, por fim, pôs fim à solidão banal?
ASAS DA IMAGINAÇÃO
Indago ao acaso: O que é real?
Tua energia que me inspira?
Ou a solidão que não sinto mais?

É PRECISO RASGAR O MEDO
Ser gigante na fé
Sonhar sem medidas
Sem limites

QUERO O NOVO
Quero manto da coragem
Medo me apetece a mesmice
A rotina apavora-me
ETERNIDADE
É não ter medo de morrer
Para seres outro
Tens que morrer no que eras

NO BRASIL PÓS GOLPE
Medo impera
Roubos e assaltos são normais
Olhos fixos em câmaras são fatais
MEDO DE ARRISCAR? JAMAIS!
Agir em prol do que sonhamos
Mudar estratégia da vitória
Adiar desejos secretos

SENTIR MEDO É ESTAR...
Morta por dentro
Vivendo a cada dia
Como quem precisa um vício superar

MEDO DE ARRISCAR? JAMAIS!
Saio do casulo
Agito asas frágeis
Arrisco o voo

MEDO DE SOLIDÃO?
Tenho não... É inevitável
O instante de encontro
Do nosso eu com o infinito

SEM MEDO DE ME COLORIR
Numa linda paisagem
Perco-me
Nem faço questão de me achar

O MEDO APRISIONA
Desate nós do teu medo
É ele quem te mantém
Dentro do cárcere

SEM MEDO NO CORAÇÃO
Lula continua livre
Consciência limpa
Aberto ao amor

DENTRO DO PURO AMOR
Na imensidão do infinito
Mar e lua se encontram
Sem medo do puro amor

A VERDADE VENCE O MEDO
Já não há como escondê-la
Grades não surtem efeito
Consciência limpa é tudo

LÁPIDE
Aqui jaz o medo
Ressuscitará logo que
A primeira decepção o acordar

QUINHENTOS ANOS DEPOIS
Índios andam nus
De terras, saúde
De fé... De liberdade

INDÍGENAS TRAZIAM ARCOS COM SETAS
Pousaram arcos
Tivessem lançados setas
Colonizariam os invasores

A POESIA ESTÁ NAS INSIGNIFICÂNCIAS
Palavras dão sentido
Ao nada exposto
Brincando no chão com formigas

SONS DA POESIA
Passos na escada
Rastros na esquina
Folhas amassadas

SONS DA POESIA
Rio sempre novo
Reciclando tempestades e lágrimas
Vento sacolejando lua

ARMAS PALAVRAS
Cruzar os braços... Jamais!
Ainda nos resta a Poesia
Que nunca "servil" a ninguém

A PRIMEIRA VEZ QUE ME SENTI POESIA
Arco-íris perpassou
Pelas frestas abertas do vitrô
Luz a perfurar folhas de alfac

PASSEIO DE TREM EM CAMPOS DO JORDÃO
É só luz
Magia de cores
A brincar com o verde dos penhascos

SÓ DEPENDE DE QUEM VÊ
Pele branca pele negra
Onde estão as diferenças?
Onde estão as riquezas?

NÃO CONSIGO VIVER EM BRANCO E PRETO
Preciso da magia
Cores delicadas, pétalas de rosas
Arco-íris no horizonte

SE ME FALTAREM LINHAS
Teço pontos ao acaso
Novas cores traçadas
No bordado rendado

SE ME FALTAREM LINHAS
Teço uma nova vida
Corte e costura de minhas desilusões
Artesanato pueril de ilusões

SOL AQUARELANDO A VIDA
Perpassa fios de rendas da cortina
Vento agita ares
Cores voam pela janela

ANTES DA LUA SONDAR A ESCURIDÃO
Tempestade de cores no horizonte
Aos nossos olhos
Autênticos borrões de amor

AQUARELANDO O ENTARDECER
Céu amarelo girassol
Fogo queimando tardes de verão
Acendendo luzes em contradição

QUERO ME VESTIR DE AZUL
Aquarelar meu coração
Deixar rastros de paz no caminhar
Só pra teu amor me encontrar

MOSAICOS SEM ENCAIXE
Galhos retorcidos em quimeras
Céu azul, anil, verde musgo
Aquarelando esperanças

PÉS NO CHÃO, MENINA!
Esqueceram de perceber
De nada adiantava me dizer
Já aquarelava nas estrelas

AQUARELANDO A PAZ
Cuide de retirar do caminho da vida
Ervas daninhas
E colherás a PAZ

AQUARELANDO A BELEZA
Combinação do silêncio
Esmaecimento do anil azul
Fui eu que a descobri bela!

SONHOS DE ÍCARO
Coladas com cera
Apenas
Derretem-se penas

SINESTESIA
Poesia, luz do Sol
Calor olor perfumes
Antes de se derreterem penas em mim

NUNCA DESISTO DE MIM
Dos céus, despenquei
Colei asas, voltei
Desertos de mim enfrentei

DESAFIO
Fuga!
 Labirinto de dor
Asa Delta... Voo libertador
Incertezas de um novo amor

MAGIA DAS AQUARELAS
Cores delicadas
Pétalas de rosas
Arco-íris no horizonte

AQUARELANDO MEU OLHAR
Reflexos de Narciso
Um, dois, três nuances diferentes
Quatro, cinco, seis do meu verde olhar

MANHÃS AQUARELADAS
Sol seca ramagens
Nenhuma raiz de orvalho
Finca pé nesta morada

PAISAGENS MÍSTICAS
Cerejeiras em flor
Tapetes do Criador
Perfumam esta nação

LÍRIOS DE ESPERANÇA
Em campos desertos
Luz no olhar da criança
Magia da poesia

HÁ ESPERANÇA
Uma borboleta voa
Pousa no lírio paz
Ouço canção de amor

DELICADEZA
Gueixas a serviço do amor
Na ponta dos pés
Aos pés do Senhor

FOME NÃO EXISTE
Hortinhas nas varandas
Vasos de hortaliças
Perfumam cantinhos de sol

LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Escondem casulos amordaçados
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras

LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Rosa desabrocha
Uma borboleta voa
Corpos adubos embaixo da terra

COISAS IM(PROVÁVEIS)
A fé promove
Ressuscitar
Tornar a viver

SURREAL
É a luz divina
Tocando tambores
No alvorecer

SURREAL
É o dedo de Deus
Visceral
Apontando erros teus

SURREAL
É a magia real
Do som musical
Das cordas do teu violão

SURREAL
Pegar carona
Num cometa
Pra beijar estrelas

QUARTEL SURREAL
Caneta e papel
São munições
No mundo do escritor

MEU EU SURREAL
Ostra ferida
Pérola brilhante
Renasce pra vida

SURREAL
É o casulo amordaçado
Liberar o voo
Da mais bela borboleta

AMOR SURREAL
Girassol sob luz do sol
Energia vital
Escada de arame farpado

DE PERNAS PRO AR
E foi a vez da menina
De inverter a situação
Rir muito sem parar

SOFISTAS MODERNOS
Power Point escambal
Viraram meu país
De pernas pro ar

RI RIOS
De pernas pro alto fiquei
Menina pergunta ao careca
Teu cabelo caiu pra barba?

NA REDE
Meu país nas mãos de loucos
E eu jaz  na varanda
De pernas pro alto

SONHOS DE PAPEL
Pós golpe
Voto cassado
Brasil de pernas pro ar
A PRESSA APERTA O PASSO
Na praça, o velho e a criança
O cachorro e o gato
O tempo solta o elástico
ASSÉDIO
Moral, sexual, intelectual
Às favas!
Quero mais é ser eu mesma
ESTEREÓTIPOS
São tantos, preconcebidos...
Realizações perfeccionistas
Aceito minhas imperfeições
PERMITA-SE
Cão viver
Adote, doe... Não abandone
Seu melhor amigo espera por você

MUNDO MODERNO
Muralha da China
Mortalha icônica
Divisão das hierarquias

 TAJ MAHAL
Fios de ouro na cúpula
Amada muito amada
Jóia do palácio

MAC PICCHU PERU
Instigante por natureza
Cidade perdida dos Incas
Aguça nossos olhares

CHICHÉN ITZÁ – MÉXICO
Sítio arqueológico
Maias é lógico
É maravilha em atração

COLISEU – ITÁLIA
Luta de gladiadores
Império romano
Palco de guerras modernas

CATARATAS DO IGUAÇU, BRASIL E ARGENTINA
Países rivais só no futebol
Na natureza partilham de belezas
Espetáculo sem igual

ILHA JEJU, CORÉIA DO SUL
Ilhas vulcânicas
Águas azuis
Celebram a pausa da paz

NÓS" NO PODER
Posturas divergentes, sim
Ódio, não
As pontas se separam
AVESSOS DO PODER
Portas abertas
Gaiolas destrancadas
Permanece quem conhece a liberdade
FAKE NEWS (O PODER DA MENTIRA)
Rede de intrigas
Teias de fios tecidos
(in)certezas invertidas

PARQUE NACIONAL DE KOMODO, INDONÉSIA
Praias paradisíacas
Em cenários vulcânicos
Preservam dragão

PUERTO PRINCESA, FILIPINAS
Formações rochosas
Escondem grutas e cavernas
Em praias de águas cristalinas

MONTANHA DA MESA, ÁFRICA DO SUL
Lar da fauna e flora
Vigia de seu destino
Abrigo da mãe natureza beleza!

LUZ DIVINA
Clarão no meio da árvore
Primavera cor de maravilha
Sol fustigando folhas e flores

NUM JARDIM
Cheiro de terra molhada
Perfume de flores
Visita breve de uma borboleta

MARAVILHAS DO MUNDO
Campos de flores
Brincos de princesa
Pássaros a beber seu mel

CAMPOS DO JORDÃO
Extasiante candura da serra
Hortências azuis
Mistura de ferro e trilhos

OÁSIS NA MONTANHA
Meu paraíso ali está
Farol cor do sol
Respingos de flores

OÁSIS NA SELVA
Em volta de mim
Armas palavras
Eu, livros nas mãos

AMANHECER
No horizonte um clarão
Oásis na escuridão
Luzes para meu coração

LUA CHEIA
Oásis pra alma
Canção de ninar
Música pra me acalmar

CORDAS DE VIOLÃO
Seresta ao luar
Desafia o silêncio
Oásis na penumbra

OÁSIS NO ASFALTO
Buracos furam pneus
Eis em um deles
Uma flor a respirar

UM OÁSIS NECESSÁRIO
Chuva intermitente
Frio angustiante
Represa crescendo

EM SÃ CONSCIÊNCIA
Inconsequentes
Tantas flores ao alcance das mãos
... as pedras rolando...
PENSAMENTOS LIVRES
Nós do inconsciente desatados
Voos conquistados
Jaulas abertas
SEM CONSCIÊNCIA
Jaulas abertas
Mergulha-me nas entranhas
Abismos abissais... Orgasmos
ASA DELTA
Alheio aos próprios atos
Sorrindo às gargalhadas
Consciência alienada... despenca...
DORES NO CORPO
Inconscientes gritos
Asas quebradas
Contidas, querendo voar
CIÊNCIA SEM CONS
Quatro paredes brancas
Travesseiro macio
Desaba em abismos
VIVER PARA O OUTRO
Coletivo é fundamental
Coisa de gente corajosa
Consciência individual

TEU OLHAR
Anseio te ver
No fim do dia
Oásis no caos

MEU GUARDIÃO
Anjo que me conduz
Oásis na escuridão
Força fé pro meu coração

ENTRE O CÉU E A TERRA
Segredos
Juízo final
Você e Deus
PISTAS PSICOLÓGICAS
Segredos selados
Abertos ao ser eleito
Escolha prévia de respostas
SETAS DE CUPIDO
Fechaduras do coração
Segredos bem planejados
Alvo flechado
EM QUEDA
A contou pra B
BCD
DA... Segredo novo?
COISAS NOSSAS
"Conta logo, Juju"
"É segredo"
"Se falar, deixa de ser"

OÁSIS
Carrego dores sem cura
Sem remédios e sem bulas
Aceitação faz a dor amenizar

FLORES NO PAPEL
Descobri um oásis
Palavras em poesias
Rimas soltas em alegrias

TINTA NA TELA
Espátulas pincéis
Oásis de cores
Desertos de vazios

OÁSIS DO ENTARDECER
Pingos vermelhos anunciam
Guarás em pouso ceg0
Riscam o horizonte azul

OÁSIS EM CARDS
Abraçar com letrinhas
Pintar favos de mel
Girassóis na ponta dos pincéis

OÁSIS NO DESERTO
Sinto teu beijo
Em lábios secos
Ressecados de tanta dor

OÁSIS EM SINFONIA
Minh'alma é orquestra
Tambores e violinos
Harpas e pianos

GESTO DE FLOR
Quero meu melhor sorriso
Oásis de amor
Primavera no olhar

VERTIGENS
Voos nas estrelas
Teu corpo
Meu oásis

BORBOLETÁRIO
Uma flor que voa
Pousou em minha mão
Oásis da poesia

OÁSIS DE INSPIRAÇÃO
Levei minha poesia pra praia
Areias palavras
Nas ondas do mar

OÁSIS SEM CRIATIVIDADE
Pincelei minha tela de tintas
Imitei as obras de Deus
Perfume barato, sem vida

OÁSIS EM PALAVRAS
A poesia tem pressa
Corram, venham depressa
Abraçar rimas em versos

OÁSIS DA FELICIDADE
O sentido da vida
É o amor
Perdê-lo é dor

NA LÂMINA DO TEMPO
Teu beijo
É oásis no céu
Da minha boca

EM DIAS DIFÍCEIS E FÁCEIS
Livros e poesia
Oásis de fantasia
Sinfonia de alegria

SÓ GOTAS
Chuva chove
Pingos molham
Gotas de amor

NAS TRILHAS DA POESIA
Chovem energias
De ser existir caminhar
Em versos e rimas

CHUVA OUTONAL
Pingos de amor
Pingos de dor
Gotas de saudades

PULE A POÇA D’ÁGUA
Não te enganes
Infiel uma vez
Sempre será

AO LUAR
Uma seresta
Um violão
Chuva de poesia

SEM POESIA, SÓ CHUVA DE SAUDADES
Mesmo que a foto se rasgue
Tempo umedeça cores
Ainda assim seremos nós por lá

NO SILÊNCIO DA MADRUGADA
Estrela cadente
Risca o céu
Faminto de galos cantantes

OPOSTOS DA MADRUGADA
Ouço calha em cascata
O que pra mim é música
Pra ti é goteira que castiga

ÚLTIMAS MEMÓRIAS
Pingos de orvalho
Mastigam estrelas
No silêncio da madrugada

SOLIDÃO
Gata no telhado
Namora ao luar
Eu, sozinha, a invejar

NA CALADA DA MADRUGADA
Vento canta de alegria
Geme de tristeza
Percepções opostas

NA CALADA DA MADRUGADA
Beija-flor acorda sol
Beijos de amor
Na pétala de flor

HÁ DE SE CUIDAR DA PAZ
Honrar a ética
Esta fera rebelde implora
Pelo coletivo pensar

COMO VIVER MELHOR?
Todo lado tem seu lado
Eu aqui do meu
Respeitando o seu

VIVER EM GRATIDÃO
Pelo ar saudável
Ao pão que te alimenta
Ao trabalho que te sustenta

VIVER EM GRATIDÃO
Trabalho, estudo, livros
Tudo junto
Em comunhão

A VIDA É CURTA
Longa demais pra doer
Na medida certa
Pra fazer sonhos acontecer

DOS CONFINS DO OCEANO
O sal salva(dor)
Da pureza d'alma
É tudo que vem para meu bom viver

SOU FLOR LIZ
Também sou Florbela
Nas lutas e vitórias
Que a vida nos revela

MULHER DE VERDADE
Intensa, poética
Que flor mais bela
Paradoxal violenta capela

ESPANCA MINHAS RIMAS
Teço versos
Pétalas de flores
Envergonhadas de rimas fáceis

O PERSEGUI(DOR)
O pensamento
 Mastiga flor
Dentro da alma, engole dor

ERA UMA FLOR
Vento despetalou
Pintor roubou-me luz
Pintou ar sem flor

INVISÍVEL FLOR
Camuflo minhas cores
Finjo alegrias e tristezas
Sinto e ninguém vê

SOU FLOR
Rosa bela
Raro momento
Único de primavera

UMA ÁGUIA ME CONTOU
Que de lutas
Vive o vencedor
Gaivota deve voar sem temor

UM PASSARINHO ME FALOU
Quer brigar
Pode xingar
Eu revido com amor

UM PASSARINHO SEGREDOU
Tece o ninho
Bem quentinho
O amor vem vindo

UM ANJINHO SEGREDOU
Deste lado eu te seguro
D’outro vem o malfeitor
Cabe a ti escolher o bem me quer de valor

UM BEIJA-FLOR SEGREDOU
Na pintura a óleo
Cerejeiras não se lambuzam
De beijos de amor

PASSARINHO SUSSURROU
Não engula sua dor
Mastigue devagarinho
Suas tristezas de amor

ABRAÇOS DE VENTO
Farfalhar de folhas
Cheiro de ciprestes
... E eu...

SE A FOME APERTAR
Maçãs perigosas
Pecados do paraíso
Pegar ou largar

SINTONIA SEM O SOL
Entardecer
Girassóis se abraçam
Carícias de amor

BORBOLETA EM POUSO
Luz, amor e voo
Na camuflagem: orgasmo
Frágil, doce clímax

AVENTUROU-SE O PASSARINHO
"Sou infinito"
Cada vez que voava
Topo da mais alta colina

UM PASSARINHO SUSSURROU
Quando ele voltar
Cante uma linda canção
Emita a luz deste teu coração

O NOVO ME APETECE
Desafio a dor da saudade
Sempre que a vida pede
Novo olhar pro futuro

PARTE QUE ME CABE
Persisto, luto
De nada adianta
Neste latifúndio de esculhambação

MEU DESAFIO É VIVER
Pulsão de alegria
Carregada de dor
Na imensidão do oceano

SETEMBRO VERMELHO... CORAÇÃO
Subornar vaidades
Desatar nós ao próprio eu
Perdoar-se!

AMANHECER DE UM DIA QUALQUER
Envolver-se no lilás
Respirar expirar azul laranja
Filtrar emoções

QUE DIA CINZA!
Que tal fazê-lo brilhar?
Tela em branco
Pinceladas e tintas no ar

COR DA ROTINA
Desgraça bate à porta
É vermelha, triste e feia
Rotina cinza, que saudades!

NÃO SEI VIVER EM BRANCO
A vida é hortênsias nos morros
Arco-íris em mutação
Branco na harmonia das cores

COR DA PREGUIÇA
Pijama, cabelos embaraçados
Cores alegres por dentro
Eita, que vida gostosa!

RENASCIMENTO DE MIM
No amálgama das cores
Está o branco
Paz, esperança, reinvenção

NÃO POR ACASO
Sou de Janeiro
Verão no coração
Branco de paz na alma

ARCO ÍRIS
Tesouro no fim da ponta
Primavera nos jardins
Perfumes de jasmim

NO DIA EM QUE NASCI
O vento varreu
Pétalas de manacá da serra
Eu, tapete, presente dos céus

A FELICIDADE TEM COR
É verde esperança
É azul rio, nascente
É amarelo, girassol, meu sol

A ALEGRIA TEM COR
É um arco-íris
Quando gira
É branco de harmonia

NAS TRILHAS DE VERÃO
Depilo pelos do coração
Energizo Paz
Brinco de ser feliz

MEDIAÇÃO DAS CORES
Fusão de cores em janeiro
Hortências azuis
Perfumes brancos de jasmins

TEMPESTADE DE CORES
Há paz dentro de mim
Sou de Janeiro, mês branco
Fusão de paradoxos

FUGA DO AMANHECER
Segunda feira cinza
Às nove já é laranja
Ao meio dia é sol

DIA DE MALHAR JUDAS
Sábado, não é dia qualquer
Depois da sexta tosca
Antecede a Páscoa, renascer

É MINHA ESTRELA
Treze, vermelho
Não é número de azar
Nem dia de liberdade comemorar

MARROM, COR DA MORTE
Lama tóxica, barrenta
Invade casas, quintais, pastos
Identidades, passado

MARROM, MORTE VISCERAL
Enlameando vidas
Matando tudo o que é vida
Deixando sede em tudo que é lugar

ABRIL AZUL
Cachoeira vertente
Nascente pingo d'água
Mar de azul contente

QUERO UM VESTIDO DE TAFETÁ
Transparente, pele a mostrar,
Deixar rastros de paz no caminhar
só para teu amor me encontrar

PARADA MUSICAL
Dominic nic nic
Sempre alegre esperando
Rita Pavoni na estação

DOAÇÃO INTERROMPIDA
Decidiram no marejar dos olhos
O dedal da vovó na gaveta
Da máquina fez a diferença

ANALFABETA
Italiana, sem letras,
Dez nas contas
Ninguém lhe passava a perna

MOEDAS E NOTAS VOANDO AO VENTO
Vovó reclamava
Vovô retrucava
Mas abria o colchão

CANJA DE GALINHA
Ela fazia pro vovô
Quem se regalava
Era eu

CAPELETIS, INHOQUES
Macarronadas
Quintas e domingos
Molho de tomates feitos em casa

NATAL, ANO NOVO, PÁSCOA
Mesa farta
Família enorme reunida
De repente: brigas

TARDES DE DOMINGO
Todos em volta da televisão
Pipocas ao som da canção
Roberto Carlos e animação

DANÇANDO NA MENTIRA
Carinha suja de açúcar
Roubado às prateleiras da vovó
Fingindo nada sei

BEIJO INESQUECÍVEL NO FUNDO DO QUINTAL
Meu namorado, pé de caqui,
Olhos fechados, beijo de boca
Uma taturana preta

CORAGEM E FUGA PARA VIVER UM GRANDE AMOR
Conheceram-se no navio
Travessia da Itália para o Brasil
Família não permitiu

VOVÓ, DESERDADA, VOVÔ ORGULHOSO
Ela rica, ele pobre
Apaixonados fugiram
Percalços

NÃO ERA UM CONTO DE FADAS
Nem felicidade pra sempre
Nem tristeza sem fim
Intervalos de alegria, isto sim!

MEU CORAÇÃO NÃO SÃO FOLHAS LEVADAS AO VENTO
Outono perdido no tempo
Descolorindo as árvores
Galhos secos

MEU CORAÇÃO SÃO BOLHAS DE SABÃO
Explodindo ao vento
Ilusão de beijos
Tocando o ar com desejos

VENTO
A maior alegria do vento
Após despentear os meus cabelos
É sacolejar a lua

BRINCADEIRAS DO VENTO
Pisca-pisca no infinito
Desenhos em nuvens soltas
Banhos de perfumes do universo

COMO UM VENTO FORTE
É na marcha das horas
Que vejo o tempo passar
Leva rajadas de saudades pro mar

SACO DE LIXO RASGADO
Vento espalha fotos rasgadas
Eu, bruxa, varrendo a rua
De minha dor e sofrimento

ESPERANÇA
Pó mágico da felicidade
Gaveta secreta da alma
Destrave cadeados

VOU BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Dentro delas dores mil
Saudades sem olhos úmidos
Vento, leve embora minha dor

VOU BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Vento parou mãos molhadas
Surpresa chegou
Brinquedo acabou

DEIXA O VENTO TE LEVAR
Tens tua vida pra cuidar
Desbravar horizontes
Voar outros montes

RECORDAÇÕES BROTAM DO NADA
Basta um cheiro
Sabor chocolate
Um papel Sonho de Valsa

QUARTINHO DE DESPEJO
Álbuns de fotos puídas
Abraços em covas guardadas
Memórias esvaecidas

A ESCOLHA É NOSSA
Onde estão nossas lembranças?
Cadeados em gavetas ou
Janelas escancaradas?

SOB A LUZ DAS ESTRELAS 
Vou me cortar de
Lâminas da lua
Pra só boas lembranças fatiar

CAIXINHA DE VELUDO
Cabem todas as lembranças
Uma aliança de ouro
Confiança que a morte levou

GAVETAS TRANCADAS
Morta por dentro
Vivo a cada dia
Como quem precisa um vício superar

CHUVA DE LEMBRANÇAS
De dentro das gavetas
Lápides frias de cemitérios
Rostos, cheiros, saudades eternas

O QUE SOMOS?
Retalhos de sentimentos
Caminhos entrecortados
Vento carregando desejos

O VENTO ESPALHOU
Sabedoria alcançada
Tempestade
De livros

NOITE SERENA
Cadeira vazia
Cortina geme saudades
Ausência... Agulha
GAIOLA
Parte de mim é saudade
Liberdade, a outra parte...
Eu, presa, entre as partes
EMPODERAMENTO
Borracha no passado
Sem saudades do fim
Renasce entre feras

O VENTO ESPALHOU
Ódio no coração
Tempestade
De fakes

NESTA RUA VIRTUAL
Caminhos se cruzam
Palavras se trocam
Beijos jogados ao vento

JÁ TE DISSE ADEUS
Rajadas de vento
Martelavam no pensamento
Não te esqueças de mim

AMORES AO VENTO
Cortinas em cio
Jasmim no jardim
Amores em lençóis de cetim

É O MESMO VENTO
Refrescante na orla do mar
Tempestuoso pro telhado
Do barraco arrancar

POEIRA DE ESTRELAS
Somos luzes
Espalhadas pelo vento
Na imensidão do infinito

O VENTO LEVOU
Areia do tempo
Espalhou pela orla
E no fundo do mar

OH, VENTO, VARRE ÓDIO
Há uma força
Que nos conduz
A verdade vencerá

MIL CORPOS SEPULCROS
Beijos de lágrimas
Em lábios secos rachados
A lapidar a dor
LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Escondem casulos amordaçados
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras
LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Rosa desabrocha
Uma borboleta voa
Corpos adubos embaixo da terra
VELHICE
No elástico do tempo
Pele se estica e racha
Mil filetes de vivências
QUARTEL SURREAL
Caneta e papel
São munições
No mundo do escritor
MEU EU SURREAL
Ostra ferida
Pérola brilhante
Renasce pra vida
SURREAL
É o casulo amordaçado
Liberar o voo
Da mais bela borboleta
SURREAL
São meus sonhos
Agitados no porvir
Partidas de nunca parir
SURREAL
Tudo é possível
Nas im(prováveis)
Surrealidades da vida

VIDA, OH VIDA! VALE A PENA TE ESCUTAR
Sol caminha de leste a oeste
Rajadas de vento
Apontam o fim do dia

FOTOGRAFEI A TARDE
Ao clicar o vento bramia
Mandava para longe
Folhas de um girassol

LIBERTE TEU CORAÇÃO
Ao sabor do vento
Deixe-o falar mais alto
Do que o pensamento

QUERO SER
O vento que te despenteia
A poeira que te rodeia
O chão firme da terra que tu pisas

JANELA ABERTA
Sol perpassa fios
Rendas da cortina
Vento agita ares

ASAS LIVRES AO ACASO
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo solto, leve, volátil

COLHO PAZ
Aqui onde lua respira sal
Estrelas dançam ao vento
Nas ondas do mar

ALEGRIA DO VENTO
É sacolejar a lua
Transformá-la em vaga-lume
Pisca-pisca no infinito

OH VENTO, LEVE QUEIMADAS!
Feche meus desgostos
A gosto de quem não vê
Os agostos sem chove

ONDAS GIGANTES
Traição
Ingratidão
Insuportável enfrentar

BAILADOS
A lua respira sal
Estrelas dançam
Nas ondas do mar

MARAGOGI
Águas cristalinas
Ouriços, peixinhos coloridos
Em alto mar já me perdi

CURVAS DO OCEANO
Mar e poesia me rodeiam
Alegria inusitada
Ver-te em mim

QUERO BRISA DO MAR
Gritar e saudar tua beleza
De mar a devorar areias
Afagar ar, me perder de amar

COMO ONDAS DO MAR
O tempo destrói vidas
Segue
Retorna aos nossos pés

PERGUNTAS SOLTAS AO MAR
Por que cargas d'água
Solidão vegeta em dor?
Até quando amor é dor?

CANÇÃO DO MAR
Ziguezagueando
Leva saudades pro mar
Traz o novo de lá

NÃO HÁ COMO FUGIR
Em mar deixar-se estar
De pés molhados
A bailar

O MAR ME INVADE
Árvores em mim envergam
Torturam-se entre rajadas
Lágrimas salgadas

MARÉ ALTA
O mar avança
Indefesa, pedra mansa
Desapareço

NA IMENSIDÃO DO OCEANO
Pra qualquer parte
Ou pro fundo do mar
Apenas um grão de areia

INTERVALOS
Marés alta e baixa
Tempestades e calmarias
Reina, majestosa, felicidade!

CHOVE SAUDADES NO MEU JARDIM
Pingos de amor, pingos de dor
Levam tristezas pro mar sem fim
Trazem de volta brisa e frescorr

FOTOGRAFEI A TARDE
Ao clicar o vento bramia
Mandava para longe
Folhas de um girassol

AQUARELE O SEU DIA
Não me digas que o amor se foi
Que sua música está sem tom
Que seu arco-íris está sem cor

MADRUGADA INSÔNIA
Sem conseguir sonhar
Ou pesadelos acordar
Subo a escada da poesia

UM VISITANTE INUSITADO
Lá de cima do telhado
Um periquito verde
Azula verde sol do meu olhar

PAÍS EM GREVE
Vovó não
Juju vem pro meu coração
Criatividade em ação

JUJU LÊ E ESCREVE MEU NOME
A parte de cima do B, pequena
A de baixo enorme
Vovó é barriguda

VOU TE CONTAR UM SEGREDO
Se te contar
Deixa de ser
Segredo

SEJA CRIATIVO
Otimismo à flor da pele
Distância de quem não acredita
Que a cada instante tudo se renova

NARCISO
Vejo-me por olhos teus
Espelho joga confete
Tu te vês em olhos meus
SEM EIRA, NEM BEIRA
Meu gatinho balança sonhos
Pra lá, pra cá, de bobeira,
Embala instantes risonhos
INJUSTIÇADO
Lá vem o cão
Volta a quem o desfez pedindo perdão
Por algo que nunca fez
OLHAR IRRACIONAL
Diz-me ternuras leais
Mais doces que o racional
Direto aos meus ideais
SE BOBEAR... ESFRIA
Cachorro quente
É QUENTE pra cachorro
Devoram
NA "LATA"
Cadê o gatinho?
Escondido de novo? Que papelão...
No vaso
AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA
Vareta é minha musa
Das ruas ao aconchegante lar
Adote, doe, não abandone!
VARETA
O nome veio de improviso
Tão magrinha
Coitadinha!
ORA BOLAS CACHORRINHOLAS
Apronto das minhas
De costas, me viro
Não te vejo, não me vês

INVENTE
Uma seresta
Um violão
Canção de amor

TELAS DA VIDA
Não há nada mais criativa
Nem mais belas
Do que telas pintadas por Deus

CRIATIVIDADE
A cada amanhecer
Novo horizonte
Nada mais belo visto da ponte

CRIATIVIDADE
Ao entardecer
Olho o sol se por
Nada mais fascinante

DE JOELHOS PERANTE A CRIAÇÃO DIVINA
Entrego-me nas mãos de Deus
Agradecendo
Fazendo o que sei: Amar

ROTINA
Impõe regras, rótulos
Caminhos previstos
Há de se cuidar da criatividade

NUNCA DESISTO DE MIM
Dos céus, despenquei
Colei asas
Desertos de mim enfrentei

DESAFIO
Fuga! Labirinto de dor
Asa Delta... Voo libertador
Incertezas de um novo amor

PRECAUÇÃO
Plantei um pé de mim
Raízes pra recomeçar
Caso o voo falhar

LIÇÕES DE ÍCARO
Prisão não é vida
Na incerteza, voe
Não tão alto que não possa cair

VIVEREI
Poesia, luz do Sol
Calor olor perfumes
Antes de se derreterem penas em mim

CONVITE DE ÍCARO
Salamandras de alvorecer
Colam corpos: céu e mar
Tudo de bom pra se perder

INAUGURE A CRIATIVIDADE
Obrigações impedem fantasia
Impossibilitam utopia
Nocauteiam imaginação

REDESCUBRA ALEGRIA DE VIVER
Crie novo sonho
Inusitado destino
Criação pura da alma

NOS VERSOS DO POETA
Nada cabe
Tudo cabe
Desde que tenha criatividade

ENCRUZILHADA
Labirinto, sem saídas
Insisto... Persisto
Nunca desisto de mim
LABIRINTO SEM SAÍDA
Florestas incendiadas
Rios poluídos
Fome para ex bichos…
ESQUINAS
Calada na calada da noite
Azar de momento
Encontro com os "sem livros"
FILHOS PRÓDIGOS
Do lar ao lar
Trilhas sem norte
Retornos
TRAVESSIA
Abandonar roupas usadas
Desengaiolar-se
Ousar

ROTINA PARADOXAL
Caminhos do passado
Efêmeros... Fugazes
Repetição impermanente

TECELÃ
Tece com seus dedos ágeis
Linhas, nós, desenhos inimagináveis
Criatividade mil

CRIATIVIDADE
Poeta enche livros
D’esperança
Despropósitos

ANDO POR AÍ
Semeando versos
Cultivando sonhos
Criatividade mil

SOU NUVEM CRIATIVA
Divago viajo
Viro água leve solta viro brisa
Viro ar em movimento vento

VEM
Num segundo
Num piscar de olho teu
Sou rios de mel
VELOCIDADE
Vida em combustão
Janela de metrô
Urge maria fumaça
VELOCIDADE EXTREMA
Pés no acelerador
Sem aMORTEcedor... Rodopiou
Abismou-se, sem pressa

EU SEI QUE VOU TE AMAR
Corpos a se tocar
Beijos a se trocar
Amor pra vivenciar

ALÉM DE MIM: ÁGUA CORRENTE
Manhãs incandescentes
Abraçando Sol Lua
Paz nascentes

SILÊNCIO E GRITO
Inocência da ausência
Agitação do barulho
Avessos de excessos

SANDÁLIAS GASTAS
Chuvas ácidas, mantos mortalhas
Insisto, persisto, abro asas
Voo bem alto em sonhos alados

PÉTALAS

Entre pedras da vida

Eu, flor tapete, pisoteada,

devolvo perfumes pelo ar

VERDES OLHOS SEM ESPERANÇAS

Assim você me transformou

Mulher invisível, sim senhor

Renascimento, por favor

DENTRO DA GARRAFA

Enjaulada

Por uma rolha tampada

Os eus perdidos de mim

 PARTIDAS E CHEGADAS

Na partida

Resta a dor
Na chegada, o amor

VAGANDO EM TEUS BEIJOS
Vagam vagalumes na escuridão
Pisca pisca beija flores
Beija lábios com paixão

VINTE ANOS POETRIX
Com rimas ou sem rimas
Um projétil atirando no alvo
Menos é mais e é demais

ASAS DA VERDADE
Charges desvelam mentiras
Risos revelam verdades
Voos livres pelos ares

FAKE NEWS
Termo novo
Fábrica velha
De velhas politicagens

VERDADE & MENTIRA
Todos amam a verdade
Mas fazem dela maldade
E da vida, uma mentira

FAKE NEWS
Foram tantas mentiras
Com tanta veracidade
Que são verdades agora!

ROUBARTILHANDO HIPOCRISIA
Mentiras cabeludas
Se vestem de verdades
Sonham virtudes alheias

ESCREVO
Tintas no papel
São lágrimas
Que secam dores

EM BUSCA DA POESIA
Paquerei rouxinóis
Roubei perfumes de flores
Saltitei entre as estrelas

PODE ME FALTAR TUDO
Água, luz, calor
Alimento, paz, amor
Só não me tirem a poesia

NAS PÁGINAS DE UM LIVRO
Moram fantasias e delírios
Experiências de outros sentidos
Janelas abertas de outras almas

ACORDES DA MADRUGADA
Galo canta no galho maior
Faz a festa no terreiro
Acorda vida no velho celeiro

FELICIDADE
Não é casualidade,
É simplicidade
Nua de vaidade

TARDES QUENTES
Nas rendas tecidas pelo tempo
Lagartas expiram vida
Voam borboletas Do Re Mi Sol

O ESCONDIDINHO
No escuro do cinema
Tua mão na minha perna
Eu, suspirando desejos

CAMPO ABERTO
Borboletas girando, voando
Perfumes de rosas te amando
Ao som do universo flutuando

MILAGRE
No meu jardim leproso
Minh’alma em rasgos de silêncio
Faz da dor jardim de alvorecer

SILENCIAR O CORAÇÃO
Na aflição
É preciso manter a calma
Deixar ouvir canção de paz

O SILÊNCIO
Rua deserta
Preguiça na certa
Sem incêndios de gritos de dor

NO SILÊNCIO DAS RAÍZES
Culturas diversificadas
Aculturação compartilhada
Matrizes falsificadas

TRANSPARÊNCIAS
Nua
Visto-me de peles
Sem palavras

IM(POSTO)
Regras im(postas)
Grana im(posto)
Posto minha revolta

TELAS DE DEUS
Belas, imortais e tão reais
Mantém a vida
Que tanto cremos recriar leais

NÓS
Desate nós da minha vida
Retire nós dos meus anseios
Cascas retorcidas de velhas memórias

FAKE NEWS
Rede de intrigas
Teias de fios tecidos
Mudando rumos da História

AH! SE CONSELHO FOSSE BOM
Promoveria a paz
Sabedoria
Dom de se calar na discórdia

POESIA CONVIDA
Para um Poetrix escrever
Em três versos, sou vida
Meu saber coloco ali
AMPLIAÇÃO DA VIDA
Sem pressa, escasso tempo
Viver sapiência de amar
dar sentido ao que interessa
FRUIÇÃO DE SABEDORIA
Incêndios de vaidades
Egos dirimir
Falsidades em cinzas
VIAGEM PELA VIDA
Pouco importa a experiência,
Embalagem é o foco
Sabedoria é insignificante

PESCARIAS DE DOMINGO
Na missa, fé
Na mesa, comunhão
Na cama, paixão

NOITE DE LUAR
Celular apagou
O que restou?
Eu toda nua pra você

SONHOS DE CRISTAIS
Orvalho nas manhãs geladas
Translúcidas transparências
Arco-íris congelados

NOITES SOMBRIAS
Sei me calar
Quero ver é esta turma do bang bang
Sendo calada na calada da noite

AMPULHETA
Areia desliza
Tempo escorre
Rio à procura do mar

ESCULPIR O BELO
Chuva esconde pôr-do-sol
Arco íris cambiou
Ao leve sol que voltou

PARA ESCULPIR LEVEZA DO TEMPO
Mar em minha pele
Céu nos meus cabelos
Perfume de lindas flores

ESCULPIR O AZUL
Uma tela de anoitecer
Cachoeira vertente
Nascente pingo d’água

SOPRO
Era menina
De repente, mulher
Agora, vovó

TEMPO DO JAMAIS
Relógio parou
Morte vingou
Momento acabou

DRIBLANDO O TEMPO
Vaga alma
Fora de mim
Em turbilhões de pensamentos

INDAGO AO TEMPO
Quero ser tua?
Em pencas despencas?
Escolho ser minha

SEGUNDOS IMPLACÁVEIS
Rumo ao infinito
Tempo abismo ciclo
Segue a marcha das horas

PLANOS QUE SE T(R)OCAM
Nostalgia primaveril
Reminiscência de sóis
Chuva, ar, vida

O MOMENTO É AGORA!
Estás aqui
Tens pouco tempo
Valorizes o presente

DIGA NÃO AO CAPITALISMO
Tempo é dinheiro?
Não é não
Tempo é o DNA da vida

VIDA VALE A PENA TE ESCUTAR
O pêndulo emite sons
Horas passam devagar
Água morna na cozinha

NADA A MUDAR NO TEMPO
Mesmice de sempre
Só prece em gratidão
Formiga nas palavras

UM PARAÍSO EM GRATIDÃO
Num portal de madeira
Dança um coqueiral
Cantigas de entardecer

CANÇÃO DA VIDA
Flores bailam
Suspensas de emoção
Futuro em gratidão

PRECE EM GRATIDÃO
No altar da vida
A agonia do dia a dia
Vela fé em chão poesia

DEMORA-TE NA GRATIDÃO
Pra ser feliz
Além da paz
Cultiva o perdão

NOS TRILHOS DA GRATIDÃO
Repousa o perdão
Trem bala
Balança coração

VOLVER O TEMPO
Poetas delirantes
Presente não agrada?
Ao passado retornamos

DELÍRIO VIRTUAL
Abraço-me ao imaginário
Meus seus dedos me tocam
Minha sua respiração ofegante

DELÍRIOS VIRTUAIS
Sentimentos surreais
Tão forte bate coração daqui
Te alcança além-mar logo ali

DELÍRIOS DO EDUCADOR
Nada, nem ninguém, retira de “nós”
Atados em nó
A gravidez de sonhar

DELÍRIOS DE LUZES
Sem luar
Vagalume pisca
Acende lanternas do anoitecer

POEMAS DELIRANTES
Receitas cura(dor)as
Para o mal incandescente
Da falta de amor

Juju enrolada
Em garfos golfadas
Molhos de macarronadas

MANHÃS PREGUIÇOSAS
Dormindo
Domingo
Passa batido

DOMINGOS NA CHÁCARA
Filhos e netos
Todos na sala
Eu...  Na cozinha!

MANHÃS DE DESAPEGO
Egos livres
Elogios ou críticas
Des(constroem) eus

MANHÃS DE DESAPEGO
Egos rompidos
Sem estrelismos
Vaidades podadas

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO
Essência perdida
Na lida da vida
Por lá ficou

BARRACÃO DE ZINCO
Estrelas faróis
Menina poeta
Conversas

FASCINAÇÃO
Jovem, ouvia-me idosa
Cabelos brancos
Ouço-me jovem

DESCULPE O AUÊ
Foi ciúmes, sim!!!
Roubei anéis de Saturno?
Pra quê?

O TEMPO NÃO PARA
Ratos e fatos
Rolam os dados
Futuro repete passado

PAPEL MACHÊ
Renascer colorido
Tons dormidos de mar
Desbotados de arco-íris

ÁGUAS DE MARÇO
Chuva chovendo
Poço sem fundo
Fim de caminho

DOMINGOS DE EMOÇÃO
Passeios no parque
Ao ar livre
Janelas abertas do coração

SÓ QUE ME SENTI AMADA
Família italiana
Prioriza homem
Eu, mulher, não era nada

NÃO ERA UM CONTO DE FADAS
Nem tristeza sem fim
Intervalos de alegria
Isto sim!

DANCEI
Carinha suja de açúcar
Roubado das latas da vovó
Nada sei!

DINHEIRO VOANDO
Vovó reclamava
Vovô retrucava
Ma$ abria o colchão $$$$$

GORDO E MAGRO NO CINE PAREDÃO DE ESQUINA
Bolo de laranja
Pipocas e suco de limão
Mil gargalhadas, então!

BILHETE À VOVÓ
Tal qual você
Engoli amor
Sobrevivi à dor

LIBERDADE DE ESCOLHA
Não sou do lar
Estudei, graduei 
É no lar que quero estar

QUERO
Chamas ardendo mentiras
Cinzas ao vento
Levando falsidades

VIDA, OH VIDA! VALE A PENA TE ESCUTAR
Sol caminha de leste a oeste
Rajadas de vento
Apontam o fim do dia

OH VENTO, LEVE QUEIMADAS!
Feche meus desgostos
A gosto de quem não vê
Os agostos sem chover

CORAÇÃO VOANDO AO VENTO
Outono perdido no tempo
Descolorindo árvores
Galho seco

LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Escondem casulos amordaçados
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras

BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Vento parou mãos molhadas
Surpresa chegou
Brinquedo acabou

AO SABOR DO VENTO
Liberto coração
Pelos ares
Desejos por ti

GENTE LINDA POR DENTRO
Olhos falam
Jogam ao vento
A própria alma

 NO EMBALO DO VENTO
Borboletas voam
Sangram arestas
Criam pontes

SAIA DO CASULO
Voa, voa, voa
Liberdade conquistar
Deixa o vento te levar

SEJA QUAL FOR O TEMPO
Acreditar, sonhar, voar
Deixa o vento
Te levar

DEIXA O VENTO TE LEVAR
Desbravar horizontes
Voar outros montes
Tens tua vida pra cuidar

TEMPO CURAdor
Giram os ponteiros
Novo amor apaga dor
Ampulheta é fera
CURA
Males do coração
Sutilezas da paixão
Só porres de poesia
CHARUTO DE ARTEMÍSIA
Não há dor que se permita
Resistir a tal quentura
Na lata... Cura!
ANDARILHA
Procura a cura
Cercada de mar
Ilha da solidão
UTOPIA
Cura o medo
Empoderamento
Oprimido no poder
COBRANÇA SEM CURA
Escrupulosidade
Quanto mais escrevo
Menos me valorizo
ESCONDE... ESCONDE
Sol brinca com a luz
Ao dia, beijos de adeus
Ouro prata em harmonia

AUSÊNCIA
Curva da saudade
Futuro inexiste
Passado entorta
VAZIOS DO PRESENTE
Ausências são presenças
Saudades do que foi
Paredes do passado
AH, SE TIVESSE COR!
Ausência e presença
Anônimas... Sinta!
Vento carrega odores
AUSÊNCIA DE GUERRA
Luta invencível
Mar abraça rochedo
Diálogo vence ódio
INFÂNCIA POBRE
Ausência de espelhos
Eu me sabia linda
Brilhava nas pupilas do meu pai

AMORES AO VENTO
Cortinas em cio
Jasmim no jardim
Perfumes em lençóis de cetim

EQUILIBRISTA
Metamorfoses constantes
Driblando estrelas brilhantes
Num finito período de vida

GRAVIDEZ ETERNA
Renascer
Participar
Círculo vicioso da vida

MUDANÇAS NAS CALÇADAS
Tapete de folhas
Tapete de flores
Pétalas não são lixo

O TEMPO NÃO PARA
Aqui jaz um tapete de flores
Amanhece a primavera
A tua espera

LISTAGENS DE MUDANÇAS
Um dois três
Escrevendo fica tudo novo
Borboletas saindo do casul


VIAGENS POR FOTOS
Minha alma navega
Lentes contagiantes
Transformações do meu corpo

MUTAÇÃO
Desejos
Despenteados
Sonhos despedaçados

PARTIDAS: 175 MIL
Histórias interrompidas
Pessoas amadas
Vidas perdidas


MÚSICAS LENTAS
Nascia estrela menina
Rostinhos colados
Bailinhos pró PT

ARMADILHAS DO DESTINO
Rasga correntes
Desfaz nós em cordas
Liberdade às mordaças

BOCA DO CORPO
Carnaval, Boi Bumbá,
Parantins, Carimbó
Lendas pra dançar e rebolar


SILÊNCIO
Fechei a boca
Perdi caneta
Falei com os olhos...

OFERENDA PARA IEMANJÁ
Batom, botão de rosa, joguei-me ao mar
Não me traga de volta só...
Devolva-me a dois!

POVO SEM MEDO
Sem lar, sem teto
Deslizam em pedras
Promessas condenadas


POETRIX QUE NÃO FORAM SELECIONADOS PARA PUBLICAÇÃO NO LIVRO SOLO

SEM CHUVA
Flor corajosa vinga
Semente desgarrada
Cria pária
ABUNDÂNCIA
Recursos hídricos inesgotáveis
Mercúrio nas águas dos rios
Ianomanes em extinção
MÃOS DADAS
Gentileza e generosidade
Doação perfeita
Uma mão lava a outra
GOTAS REVOLTADAS
Chuva generosa
Nuvens excedem-se
Tempestades febris
DE PARTIDA
Malas prontas
Coração vai ficando
Tudo doado ao longo da vida


SEM GENEROSIDADE
Vive-se dentro da igreja
Coração perdido em cifras
Perde-se o aqui e a eternidade
DIÁLOGOS SOMAM
Silêncios são pedras
Muros de castelos
Ofereça ouvidos
SINESTESIA
Ciprestes ao vento
Perfume, água nascente
Paz em canto de passarinho
MAR DOCE
Um braço de rio
Volume de mar
Farol no horizonte
CAIS
Partidas e chegadas
Corações deságuam
Foz de rio em mar aberto
FIAPOS DAS ESTRELAS
Aurorescer... Sol tímido
Águas do rio brilham
Vento mastiga luzes
ALGEMAS
Rio... destino traçado
Águas doces matam sede do mar
Alianças eternas

ILUSÕES VIRTUAIS
Beijos de beija-flor
Carinhos de bem-te-vi
Saudades reais do que nunca vivi
NOVO VIVER
Costurar árvore mutilada
Respeito incondicional
Gentileza, por favor!
CORPOS OBSCENOS
Amor delirante
Prazer inigualável
Insensatez virtual
LUA
Fendas do telhado
Luzes de anoitecer
Insensata, espia
GIRALUA
Girassol insensato
Impaciente espera
Traição ao Sol
LAR DE PAZSARINHO
Ninho sem penas
Casa sem brigas
Morar sozinha é uma bênção
TEIA DE DEUS
Quintais da vida, chuvas de Sol
Verão sem pressa
Luz que convida
LAR NÃO TÃO DOCE LAR
Quintais com pedras no chão
Lesmas, lama...
Sapos que engoli
TUDO EM MIM
Interior jasmim
Exterior girassóis
Casa flor
COR É POESIA
Moro no arco-íris
Sou caixa de lápis colorido
Sou as tintas de Van Gogh

ESTUDOS

ELEMENTO SURPRESA: SALTO, SUSTO

Dentre as Diretrizes do Poetrix, está o elemento surpresa, ou, como muitos preferem, o salto ou susto. Na verdade, é esse susto que dá a graça do poetrix.
O que seria esse susto?
Segundo a Bula, é o elemento inusitado e imprevisível que provoca surpresa ao leitor; é a fuga do lugar-comum, da obviedade, que desconstrói e amplia horizontes, mostrando outros caminhos, possibilidades, contextos.
Na prática, é o que nos faz rir ou chorar, o que nos causa espanto, tanto pelo inusitado, quanto pela boa sacada do autor. É aquele “choque agradável” que levamos quando terminamos de ler um determinado poetrix, como estes:
Mesa doze
Última dose.
Ele sempre chega tarde.
Eu sempre cedo.
(Marilda Confortin)
Aqui vemos que a autora utiliza o duplo sentido da palavra “cedo”, que tanto pode ser antes do tempo ou da ocasião própria, combinada, como pode ser a primeira pessoa do indicativo do verbo ceder (abrir mão de; renunciar). Foi uma surpresa encontrar esse duplo sentido, o que faz dele um excelente poetrix.
Bumerangue
Eu voto,
Tu votas...
Eles voltam!
(Ângela Bretas)
Neste caso, a autora usou de ironia, em relação às eleições, e o último verso foi realmente surpreendente. Muito boa sacada!
A pedra e o estrondo
um grito rasgou a tarde
voa criança pra todo lado
festa do marimbondo
(Diana Pilati)
Neste, a autora surpreende no terceiro verso e nos transporta à algazarra das crianças diante de um ataque de marimbondos.
(D)efeitos
livros:
abertos, leitor
fechados, eleitor
(Giuseppe Caonetto)
Neste, o autor joga com as palavras desde o título, e traz o inusitado no terceiro verso, mudando o prisma da interpretação inicial do poetrix.
Briga de Amor
A palavra se vinga
No papel em branco
A tinta f a l h a
(Lílian Maial)
Aqui vemos a surpresa ao usar o recurso de ir clareando as letras da última palavra, mostrando a “vingança” da caneta.
Matemática dos infinitos
Um mais um, oito
Deitado
Fazendo mais um
(Lorenzo Ferrari)
Aqui o autor usa de seus conhecimentos matemáticos para nos surpreender com o sentido do símbolo do infinito que seria um 8 deitado. Muito inteligente!
Então, como podem ver, é necessário ao bom poetrix essa quase “brincadeira séria” com as palavras, que surpreende o leitor e o faz reler o bom Poetrix.
Recomendamos a leitura das Diretrizes da AIP, dos demais textos sobre Poetrix postados neste site e, principalmente, a prática continuada, para alcançarmos a excelência.
Lílian Maial cadeira 12 AIP

DUOTRIX

*Cirandeiros*, Liz Rabello e Dreif apresentam aos poetas o *DUOTRIX*!!!!

Trata-se de um poetrix concebido e construído a partir da inspiração e interação de dois autores distintos. Ambos serão identificados como autores da obra, não importando de quem foi o mote ou a construção!

Um *DUOTRIX* sempre será um único Poetrix resultante da interação e “intimidade poética” de, no mínimo, dois autores distintos. O Duotrix será criado privativamente entre os autores envolvidos... Depois que se tornar uma criação pronta, será exposta como tal.

Quando concebido pela interação e inspiração de mais de um autor, então teremos os *TRIOTRIX* e os *MULTITRIX*.

Aqui no Ciranda, os Poetrix gerados na forma de DUOTRIX, TRIOTRIX ou MULTITRIX, contarão, para qualquer efeito e aplicação, como produção individual de cada um dos seus compositores.

Quando e se estas formas poetrixtas forem aplicadas em Duplix, Triplix ou Multiplix, as necessárias autorizações devem ser dadas por todos os autores envolvidos.


DUOTRIX

É uma parceria para composição de um Poetrix. Não se confunde com qualquer outra forma ou sequência. Para compor um Poetrix em Duo, basta convidar particularmente um outro Poetrixta para, juntos,  lapidarem um rascunho, completarem uma ideia, comporem uma inspiração. Quando pronto na "intimidade poética" dos parceiros, então trazem a público o Poetrix criado.



REVERSOS IN_VERSOS (Claudio Trindade) @Liz Rabello

Oposto do que sonhei

Inverso do que imaginei

Saudades do que não sou


ERA FELIZ E SABIA (Beth Iacomini) @Liz Rabello

cachoeira, meu sonho,

mas o que vinha

era banho de latinha



CONTOTRIX

MUROS MODERNOS
Celular nas mãos, netinha me acordou:
"O que você quer, Juju?"
"Teu dedo."

Liz Rabello


CONTOTRIX

MAMÃE EDUCA, VOVÓ DESEDUCA
- Vó, você me dá comida na boca?
- Vixi, a mamãe chegou!
- Esquece, vó!

Liz Rabello

REPENTRIX

Modalidade adequada a dois parceiros para criarem um “pacote” de 10 Poetrix em até NN dias (a combinar).

Nota 1: Se AA e BB eventualmente podem almoçar juntos, talvez elaborem o pacote ao longo da refeição (com o risco da mesma esfriar). Ou durante as propagandas nos intervalos das novelas.

Explicando o nome: REPEN - lembrar dos valorosos repentistas brasileiros que tocam o desafio sem quase dar tempo de se respirar.

TRIX - o formato (tercetos) que conduz o pacote.

Nota 2: Todo Poetrix que se preza, possui um título. Em nossa proposta, teremos na 1ª linha o formato R10-TEMA. Cada um dos 10 Poetrix elaborados deve ter o título no formato:

TEMA+p1+p2

A presença do “TEMA” ajuda o Poeta a se manter no assunto.

P1 = 1ª palavra - P2 = 2ª palavra (opcional)

FUNCIONAMENTO

Dois colegas combinam (sem que os demais de grupo saibam) criar um “R10”. Quem dá a partida, edita os tercetos ímpares. O seu parceiro da vez edita os tercetos pares. Cada terceto (a partir do 2º) TEM de começar pela última palavra do terceto anterior. Esta amarração, podemos chamar de “elo”, que é a principal característica do R10.

1 - O Poeta AA dá a partida editando o tema e autores:

R10 “tema + data”

(autores: AA + BB)

2 - Edita seu terceto.

3 - Envia o produto ao colega BB por e-mail ou WA (fora de grupo).

4 - Parceiro BB edita o próximo terceto.

5 - Envia o produto (agora com mais um terceto) ao colega AA.

Nota 3: é adequado sempre estar vendo todos os tercetos para evitar repetição de palavras. E nesta alternância, BB produzirá o 10º terceto para finalizar o pacote.

6 - Colega AA edita o pacote (pode ilustrar - fica atraente e economiza espaço numa futura Antologia.

Esta dupla só pode ser repetida quatro vezes ao mês.


DICAS PARA ESCREVER UM BOM POETRIX

1. EVITE AS ORAÇÕES COORDENADAS. Um poetrix não é uma frase fatiada em três partes. Vamos tomar um exemplo:
TELEFONEMA
passei a noite em casa
esperando que ela ligasse
mas ela não ligou
Isso não é um poetrix, é a primeira oração de um texto! Está simplesmente horrível! Mas, notemos como ele poderia ficar bem melhor, se a idéia fosse expressada de outra forma:
TELEFONEMA
noite em branco
telefone mudo
até o amanhecer
2. EXPLORE O PODER DO TÍTULO. Uma das grandes vantagens do poetrix é a existência do título, o que não há no hai-kai. Por vezes, ele pode ganhar uma característica de “verbete”, sendo definido pela estrofe. Suprimam o título e observem diferença que faz:
SEMÁFORO
pensei ser outra lua
olho verde contra o céu
fugaz, no meio da rua

Outro trunfo é que o título não entra na contagem de sílabas. Assim, alternativas criativas podem ser formuladas. Num exercício “exagerado” desta possibilidade, uso como exemplo:
ESTUDO SOCIOANTROPOLÓGICO DE UM COMUM CIDADÃO LATINOAMERICANO DE CLASSE SOCIAL DESFAVORECIDA, À LUZ DA NOVA ORDEM MUNDIAL, IMPACTADA PELA GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO, NUM ENFOQUE MÍSTICO-TRANSCENDENTAL, CORROBORADO PELOS IDEAIS FREUDIANOS-LENINISTAS, SEM ASPIRAÇÕES EPICURISTAS
nasceu
cresceu
desencarnou
3. MINIMALIZE. Corte tudo o que está sobrando. Escrever um poetrix é lapidar um diamante. Nenhum texto fica pronto “de primeira”. É preciso, sempre, trabalhá-lo. Literatura é 10% inspiração e 90% transpiração. Com o poetrix, apesar de pequeno, não é diferente. Exemplo:
ANTES:
DRAGÃO
com a cabeça no ar
e com os pés no chão
é um homem? não, um dragão
DEPOIS:
DRAGÃO
cabeça no ar
e pés no chão
homem? dragão
4. PESQUISE. Enriqueça o seu texto com informações pertinentes. Vejam este poetrix:
XENOGLOSSIA
na Planície de Sine-Ar
decifrar tua língua
em minha Torre de Babel
Após ter a idéia, fui à Bíblia obter mais informações sobre a Torre de Babel. Lá descobri que ela foi supostamente erguida na planície de Sinear. Em latim, “sine” quer dizer sem. A informação caiu perfeitamente: a língua, a torre, alguém “sem ar”... Uma pequena informação pode fazer uma grande diferença.
5. NÃO CONFUNDA POETRIX COM HAI-KAI. Para isso, é importante conhecer, também, os fundamentos do hai-kai. Para começar: se o tema do seu poetrix é a Natureza, desconfie. Pode ser que nasça um hai-kai, e não um poetrix.

Nasceu Poetrix, porém logo percebi que era um haikai. Fiz a troca...


OUTRO EXEMPLO


A métrica tradicional perfeita estava praticamente pronta. O tema do Haikai recorrente: NATUREZA, presente. A beleza, a leveza, a harmonia, também. Gostei muito mais do Haikai.


6. UTILIZE FIGURAS DE LINGUAGEM. Em todas as formas poéticas, o uso de figuras de linguagem, metáforas, tropos e imagens enriquecem bastante o texto. Por vezes, é necessário “substantivá-lo”.
QUANDO A MARÉ ENCHER
Verdi no azul do mar
tocando forró no piano
pra Netuno e Yemanjá
7. ACABE COM AS CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS: Mas, Contudo, Porém, Todavia, Não Obstante, Entretanto, No entanto, geralmente não servem para nada em um poetrix, assim como a conjunção explicativa Pois.


8. NÃO FORCE RIMAS. Poetrix não é soneto. Às vezes pode-se dispensar completamente uma rima, utilizando-se bem o ritmo, a sonoridade e a riqueza semântica das palavras.
9. POETRIX NÃO É PROVÉRBIO. Muito menos, frase de pára-choque de caminhão. Evite coisas como (blargh!):
ARROCHA
mulher e parafuso:
comigo
é no aperto
(Só um texto explicativo, mesmo, para me fazer criar uma “coisa destas”! Que sacrifícios a gente não faz pela Literatura!)

MEU CORPO AUSENTE
Briga ou conversa
Marido e mulher
Não meto a colher
Liz Rabello

10. O NÃO-DITO FALA MAIS QUE O DITO. Não pense que seu leitor é burro. Não dê tudo “mastigado”. Faça com que seu texto “dialogue” com o leitor, permita que ele faça sua própria “viagem” nas palavras:
ÁCIDO
a água furou a pedra
moinhos de amsterdã
a manhã será mais bela
HOLOKAWSTO
há o que não houve
retalhos de nylon
cogumelo atônito

E, para finalizar, não esqueça: O POETRIX é um poema composto de título e uma estrofe de três versos (terceto) com um máximo de trinta sílabas métricas.

Por Goulart Gomes




EIS QUE CHEGARAM OS LIVROS DE ANTOLOGIA POETRIX... Está linda!

UM POUCO DE MIM

Sou de Janeiro. Verão no coração. Branco de paz na alma. Arco-íris nos jardins. Perfumes de jasmins. Quando nasci, vento varreu pétalas de manacá da serra de uma árvore alvissareira. Eu, tapete, fui presente de Deus. Não era pra ter nascido. Minha mãe no terceiro mês de gravidez, caiu ao descer de um ônibus. Descolou o útero. Sangrou até o sétimo mês. Todos diziam: “Este bebê não vai vingar”. Vinguei. Sou guerreira. Amo viver. Nas trilhas de verão, depilo pelos do coração, energizo paz, brinco de ser feliz. Para mim a felicidade tem cor. É verde esperança, É azul, rio, nascente. É amarelo, girassol, meu Sol. Para mim a alegria tem cor. É um arco-íris. Quando em mutação é branco de harmonia.

Liz Rabello

PRIMEIRA ANTOLOGIA DO GRUPO CIRANDA POETRIX


DESJEJUM COM POESIA



EIS QUE CHEGARAM OS LIVROS DE ANTOLOGIA POETRIX... Está linda!

UM POUCO DE MIM

Sou de Janeiro. Verão no coração. Branco de paz na alma. Arco-íris nos jardins. Perfumes de jasmins. Quando nasci, vento varreu pétalas de manacá da serra de uma árvore alvissareira. Eu, tapete, fui presente de Deus. Não era pra ter nascido. Minha mãe no terceiro mês de gravidez, caiu ao descer de um ônibus. Descolou o útero. Sangrou até o sétimo mês. Todos diziam: “Este bebê não vai vingar”. Vinguei. Sou guerreira. Amo viver. Nas trilhas de verão, depilo pelos do coração, energizo paz, brinco de ser feliz. Para mim a felicidade tem cor. É verde esperança, É azul, rio, nascente. É amarelo, girassol, meu Sol. Para mim a alegria tem cor. É um arco-íris. Quando em mutação é branco de harmonia.

Liz Rabello



MINHA CENTÉSIMA DÉCIMA OITAVA PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS... Mais um trabalho de coautoria que faço parte.




















CHEIRO DE POESIA E PERFUMES

Alegre despertar...  Que presente lindo! Obrigada Danda, Lorenzo, Luciene, amigos poetrixtas Cirandeiros. Belíssima surpresa conhecer um pouco mais sobre a Beth, esta amiga que já aprendi a respeitar e amar. Partícipe da construção, já conhecia os Poetrix. Mas lê-los nesta nova versão virtual, foi uma experiência sinestésica única. Cores, cheiros, sabores deram aos meus sentidos poéticos a melhor sensação desta manhã. Muito grata ao universo e aos amigos por esta experiência.

Liz Rabello












REVISTAS POETRIX 

CONFIRA:  www.revistapoetrix.com.br

REVISTA POETRIX DE MARÇO DE 2022





Confira a revista na íntegra:


REVISTA POETRIX DE JULHO DE 2022


MINHA ENTREVISTA NA REVISTA CONFRARIA CIRANDA POETRIX DE SETEMBRO DE 2022

LIZ RABELLO

1- Quem é a Liz Rabello?

Meu nome de guerra é Liz Rabello, abreviatura de Elisabete Rabello Machado Brandão. Mais de meio século de vida. Muito mais. Sou da Capital de São Paulo, de nascimento e residência. Formada em Letras e Pedagogia. Pós-Graduada em Gramática da Língua Portuguesa e Literatura Moderna, Mestrado em Comunicação e Semiótica. Viúva de um primeiro casamento, que me presenteou com dois filhos, netos e agregados, anjos que chegaram depois. Amo ser vovó de um rapaz muito inteligente e da doce Juju, peralta, de sorriso fácil.

2- O que te motivou a entrar neste universo tão apaixonante da escrita?

Sou escritora por acaso. Secretária Executiva por acidente de percurso. Coordenadora Pedagógica por necessidade de ganha pão. E professora, enfim, por amor, por devoção, por opção. No exercício de minha carreira de Magistério, estudei bastante; a Literatura sempre foi o meu foco. Em sala de aula, escrevia junto com meus alunos. Ao final, saboreávamos leituras mútuas, trocas de rascunhos. Tinha o hábito de criar livros artesanais com nossos textos. Eu, inclusa. E foi, assim, por puro acaso, que me senti escritora. Era concomitante a leitura e a escrita; porém, não profissional. Esta só começou pouco antes de me aposentar em 2012.

3- Qual o(a) autor(a) que mais te inspira? E por quê?

Luís Fernando Veríssimo, filho do famoso Érico Veríssimo de Cruz Alta. Adoro o bom humor, as sutilezas, as ideias deste escritor contemporâneo vivo, abraçado a seu mundo. Tudo o que leio dele, gosto. Cora Coralina. Comecei a escrever tão tarde quanto ela. A obra que mais aprecio é póstuma: “O Tesouro da Casa Velha”, contos belíssimos! Prosa poética repleta de imagens vividas, costuradas com linhas coloridas de sua imaginação. Entre os antigos, amo Machado de Assis, o seu dizer não dito, num avanço entre as épocas, hoje tão atual! Guimarães Rosa, que traz o lúdico coloquial para dentro do romance, e vamos vivenciando a linguagem nas vivências cotidianas. Na poesia, Paulo Leminski, Guilherme de Almeida, com os haikais que tanto aprecio. Entre os antigos, não poderia deixar fora, meu Patrono na ALPAS, Olavo Bilac, cujos versos foram declamados ao meu ouvido por um tio, sapateiro, o mais culto dos homens que eu conheci. Aprendi a amar as estrelas e com elas conversar. O meu mundo poético ganhou asas.

4- Como conhecestes o Poetrix?

Valéria Pissauro, uma Acadêmica da ANLPPB, tal qual eu, apresentou-me o grupo Ciranda Poetrix. Cheguei a zero. Comecei a fazer pesquisas e estudos da Bula. Devagar. Ano de 2019. Participei incansável de todas as Cirandas e da Primeira Antologia. Aos domingos, dia livre, escrevíamos Poetrix Infantis. Lancei um livro: SAPECAS S/A. Por motivos pessoais, fiquei fora do grupo em 2021. Voltei este ano, pelas mãos da adorável Beth Iacomini.

5- Conte-nos quais os principais desafios que enfrentas ou que já enfrentastes na vida poética?

Sou perfeccionista. Eu me cobro muito mais do que os outros o podem fazer. Nunca está bom o que escrevi. Tanto que mudo, mudo, mudo, antes do livro ser editado. Nas cirandas, fico atenta às críticas, procuro ajuda de quem sabe mais do que eu. Mas prefiro o anonimato. Sou tímida, não aprecio exposição. A poesia está na vida, na harmonia ou conflito de cores, nas paisagens do cotidiano, da cidade e do campo. Escrevo por imagens, reais ou criadas em minha imaginação. Escrevo fatos vividos, experiências lúdicas e tristes. A tecnologia que me perdoe, mas o cheiro do livro físico me apaixona. Não tenho preocupação com vendas de livros. Aliás, uma das lições da Pandemia: “Preciso de muito pouco para ser feliz. Posso viver sem shoppings, sem roupas caras, sem viagens, sem maquiagens. Sem um montão de coisas que estão entulhadas num guarda-roupa sem uso. Mas não posso viver sem a música, sem a Arte, sem a Poesia, sem meus familiares e muito menos, sem amigos.”

6- Sabemos que o Poetrix é um terceto com regras bem definidas, como é teu processo criativo?

Até 2018, escrevia versos livres. Em 2019, entrei em contato com os minimalistas, inclusive, minicontos. Desabrochei. Comecei a escrever Poetrix, trovas, Aldravias, Haicais e muitos Spinas. Lancei um livro com esta forma específica de se criar poesia: Girassóis Poéticos. Aprendi a escrever dentro de regras firmes e bem estudadas. Nas trovas, sigo normas rígidas do Decálogo da UBT; nos Haikais, os esquemas tradicionais. E, é claro, no Poetrix, escrevo deixando a ideia fluir, depois observo o que precisa ser lapidado. Sigo a Bula. Atualmente, estou trabalhando o título. Às vezes, eu me perco nos Saltos e Sustos, que persigo. Nem sempre eu os alcanço.

7- O que o leitor pode esperar ao ler tua obra literária?

Ao ler meus escritos, o leitor pode esperar a impermanência. Estou em evolução, em busca de algo que nem sei o que é. Uma aprovação do meu eu para mim mesma. Busco a perfeição, inexistente... O que hoje é, amanhã não mais será. Mas não mudo em cima do vazio da inspiração. Minhas mudanças são algo que vem de estudos. Leio o que os mais experientes escrevem sobre o fazer poético.

8- No teu processo criativo, procuras visualizar o tipo de leitor que queres atingir com tua poesia ou escreves para atender teus próprios desejos?

Ambos são importantes para mim. Se estou escrevendo trovas, é claro, quero atingir o máximo no coração dos meus amigos de grupo, muito mais experientes do que eu. Se estou escrevendo Poetrix, daí o assunto é sério. Se escrevesse para os amigos do grupo da Confraria, não sei se conseguiria agradá-los. Minha opção é seguir a Bula e o meu desejo em busca do poético perfeito, que ainda não alcancei.

9- O que a escrita representa pra ti?

Tudo: minha catarse, meus registros, minhas memórias. Escrevo de tudo, um pouco: crônicas, contos, poesias. Aprendi a levar caneta e caderninho nas minhas caminhadas e um celular para fotos. Vem algo à mente, uma lembrança, vai pro papel. Visualizo o belo, o inusitado, enquadro a foto, escrevo a legenda. Tenho todos os registros de meus diálogos com minha netinha. Poderia publicar um livro de minicontos... Sem as palavras, não conseguiria viver! Publico imediatamente no blog:

https://lizrabello.blogspot.com/








REVISTA CIRANDA POETRIX DE JANEIRO DE 2023










REVISTA CIRANDA POETRIX DE ABRIL DE 2023











MINHA CONTRIBUIÇÃO À REVISTA BARBANTE - AGOSTO DE 2022

TRÊS POEMAS MINIMALISTAS ESCRITOS PROPOSITALMENTE EM FORMAS DIFERENTES, DE ACORDO COM AS REGRAS BÁSICAS DE CADA UMA DELAS. O TEMA FOI O MESMO: IDEAL

CONFIRA NA ÍNTEGRA TODA A REVISTA:

https://revistabarbante.com.br/wp-content/uploads/2022/07/completa_barbante_julho2022.pdf





JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS - PUBLICAÇÃO DE NOVEMBRO DE 2021


JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS - PUBLICAÇÃO DE 2020


JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS - PUBLICAÇÃO DE ABRIL DE 2022
UM CULTO SENSUAL AO POETRIX


JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS - PUBLICAÇÃO DE JUNHO DE 2022



JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS - PUBLICAÇÃO DE JULHO DE 2023






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