EIS O PRESENTE QUE GANHEI DA AMADA ALINE ROMARIZ...
Gratíssima querida 🌹🌹🌹
SOPA DE LETRINHAS DE SETEMBRO DE 2019... FIZ PARTE DO TIME DOS HOMENAGEADOS... APRESENTEI MEU ÚLTIMO LIVRO DE POESIAS "RENDAS DO SILÊNCIO" E FIZ UM BREVE TRAJETO SOBRE A NOVA AVENTURA... POETRIX E GRAFITRIX...
MEU NOVO BRINQUEDINHO... CRIAR POETRIX E DEPOIS GRAFITRIX...
Estes eu imprimi... Quero fazer uma exposição... E quiçá uma Oficina de POESIAS... E, é claro, publicar um novo livro...
Aguardem... Meus sonhos não ficam engavetados...
MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 26/02/2023 E MEDALHA DE PRATA NO MESMO GRUPO COMO MELHOR DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2023.
MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 08/01/2023
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX (17/09/2022)
MELHORES DO MÊS DE JUNHO/JULHO DE 2022
As Medalhas de Ouro concorrem às melhores do mês. Pela primeira vez, fui agraciada com dois troféus. Gratidão aos amigos da Confraria que votaram em meus Poetrix.
MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 27/07/2022
MEDALHA DE OURO NO GRUPO CIRANDA POETRIX
MÊS DE NOVEMBRO DE 2022
MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 29/06/2022
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
EM 12/06/2022
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
08/11/2022
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX, EM 22/02/2023
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
01/05/2022
MMEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX (30/05/2023)
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
01/05/2022
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
15/04/2022
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
24/08/2022
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX 28/04/5/2022
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
07/04/2022
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
20/06/2022
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX (17/12/2022)
MEDALHA DE OURO NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CIRANDA POETRIX (10/05/2023)
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX EM 01/04/2023
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
12/04/2023
MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO CONFRARIA CIRANDA POETRIX
16/10/2022
UM PRESENTE POR TER ALCANÇADO A MEDALHA DE BRONZE NA CONFRARIA CIRANDA POETRIX
O QUE É UM POETRIX?
POETRIX É UM TERCETO, COM CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS
Título obrigatório... O terceto pode conter até 30 sílabas métricas. O título não entra nesta contagem, portanto, pode e deve ser explorado... Começar versos com ou sem letra maiúscula... Sem rimas no terceto... Sem pontuação (a não ser se o significado exigir)... Concisão... Não pode conter frase única. O Haikai é uma pérola, o Poetrix é uma pílula. Para criar este poema mínimo é necessário LAPIDAR. Retirar dele todos os elementos que estão a MAIS: artigos, verbos, pronomes, tudo o que possa deixar em ABERTO o significado, para o leitor definir. A participação do leitor é significativa.
Uma das características do Poetrix é possuir um SALTO. Este, em especial, o tem no terceiro verso, onde há um fechamento inesperado... Ninguém espera que o ideal de uma flor seja ser pétala seca num livro qualquer.
Liz Rabello
O QUE É UM SALTO?
Salto é quando o escritor muda a linha de pensamento, sem se perder no mote. Neste poetrix, o autor vem falando de águas, oceanos e de repente, entra com lágrimas. Isso é um salto. (Luciene Maria Oliveira Avanzini)
SALTO E SUSTO
Tem susto no último verso, o elemento inesperado: VIOLENTOU-SE. As reticências dão um tom de mistério, deixam o susto maior. Mas há salto também, quando se lê, na multiplicidade de significados, que na camuflagem (título), a borboleta violetou-se. Cometeu uma fraude consigo mesma. (Luciene Maria Oliveira Avanzini)
CASA AMARELA - OUTUBRO DE 2019
TUDO EM MIM
Fruto de sonhos alados
Nada do que sou
Nasceu do acaso
SEM(N)HORA MARCADA
Dona dos momentos do viver
Sem esperas
Sem pressa
DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO
Mudamos comunicação Olho no olho? Não, não! Celular ou televisão...
DESEJOS CONTIDOS
Insatisfações, irrealizações
C(S)into apertado
Corpo engorda
PRESSÃO EM ALTA
Medo escraviza as mãos
Vontades ultrajadas
Corpo fala quando a boca cala
NADA MAIS TEM SENTIDO
Significados impermanentes
A vida não persiste
... Coração desiste...
DORES DE CABEÇA
Incertezas
Dúvidas no ar
Fora da zona de conforto
RAIVAS ENRAIZADAS
Estômago arde
Nós em gritos contidos
Corpo calado estala
DORES CONTIDAS
Dor de garganta
Entope a vida
Corpo grita
ALERGIAS À VISTA
Perfeccionismo intolerável
Carências de aceitações
Corpo coça
RESFRIADO
Voz do coração calada
Olhos fechados à felicidade
Corpo chora
PEITO APERTA
Egos inflados
Orgulho escravizado
Corrente torturante
TEU CORPO, MEU PORTO
Viajo por ruas desertas
Noites secretas
Busca de um porto seguro
TEU CORPO, MEU PORTO
Curvas embriagadas
Rodopio de emoções
Licores delirantes
SONHOS AO VENTO
Está no DNA
Paz há de voltar
Luta há de vingar
OLORES
Lençóis amassados
Roupas pelo chão...
Chuveiro pinga risadas
CAFÉ COM PÃO
Passa ampulheta
Escorre tempo pelas mãos...
Só não passa este cheiro bom
LAR NÃO TÃO DOCE LAR
Quintais com pedras no chão
Lesmas, lama...
Sapos que engoli
EXÓTICOS
São meus sonhos
Agitados no porvir
Partidas de nunca parir
DURMO EM CENA
Transmutação de trovões e relâmpagos
... Clarões de Estrela D’alva...
Incêndio de paixões ao fechar um livro
QUERO SER
Vento que te despenteia
Poeira que te rodeia
Chão firme da terra que tu pisas
UFA!!!!
Pecado carnal no cheiro
Chocolate com pimenta no tempero
Cama da vizinha...
CORPO EM BUSCA
Palavras são redemoinhos ausentes
Pedregulhos pousados
No fundo do mar
MESMICE
Chaleira chia na pia
Leite derrama...
Escorre vida em aromas
ACALMA TUA ALMA
Razão
lenço enxuga(dor)
Seca lágrimas
AROMAS EM CICLOS
Flores no pomar
Frutos na árvore
Café da manhã
SETENTAÇÕES
Corpo elástico
Desejos incontáveis
Ampulheta invertida... tenta
SUSSURROS AO OUVIDO
Cantigas de ninar
Madrugadas em carinhos
Massagens circulares
MEU CORPO
Magia real
Som musical
Cordas quebradas de um violão
ORGULHO DE LADO
Que tal nós nos amarmos uns aos outros?
De verdade,sem maldade?
Apagar egos é tão difícil assim?
ACORDO SECA
Sonho com manhãs incandescentes
Abraçando paz
Nascentes
DESERTO
Inútil busca
Gota tênue
Frágil cristal
PÉS NA UTOPIA
Ao chão, cascos
Muros quebrados
Eu, inteira, nas estrelas
DIFÍCIL CONJUGAR: VIZINHAR
Ofereço flores... Perfumes
Ganho cercas elétricas
Círculos de penitenciária
DESAFIO
Um gosto de açúcar
Engolido com fel
A vida chama-se vitória
MEU DESAFIO É VIVER
Grãozinho de areia
No infinito da eternidade
Não sou nada
MUDANÇAS INACESSÍVEIS
Persistir na utopia
... inatingível...
Inimaginável, até conquistar
FASES
Quero-te... Lua cheia
Minguante, nova
Sempre mutantes
EVAPOROU
Pendurei mágoas num varal
O vento secou as dores
Curou
EU DE ONTEM
Já era
Casulo rompido
Escancara janela
JURA DE PRIMEIRO AMOR
Amor eterno... E lá existe isto?
Quem te dá certeza
Nas constantes incertezas?
PERPLEXOS MUTANTES
Partes de mim pulam degraus
Outras completam ausências
Constantes desequilíbrio
PÓS COVID, UMA LÁGRIMA FELIZ
Há poesia em abraços
Apertos de mãos
Ausência de nós... Apenas, um sorriso
POR TRÁS DAS MÁSCARAS
Silêncios rasgando o tempo
Perdão para todo mundo
Almas sorrindo
TANTO BATE
Desafia o rochedo
Vence a pedra
Água in_defesa
MENINA BAILARINA
Bailou
... Silêncio do mudo piano...
Dançou sonhos que não realizou
AROMAS INFANTIS
Sai do túnel da janela
Menina de trança
Cinderela manca
CAIXINHA DE VELUDO
Banho de caneca, bater cara
Bolha de sabão, laço de fita
Cabe tudo... Falta nada
SOLIDARIEDADE
Muito além de mim
Pertinho demais daqui
Há o outro, igual a mim
ENIGMA
O que há além
desta vã experiência?
Novas vivências?
HÁ VIDA ALÉM DE MIM?
Depois do nada
Nada alma
Em águas paradas
ALÉM DE MIM NO INFINITO
É imensurável, inexplicável
Como assim?
Se cabe aqui dentro de mim?
AVESSOS, MUITO ALÉM
Encontro alteridade
No reverso do meu verso
A traição de mim
MUITO ALÉM DO MEU LUGAR
Na Terra do Nunca
Depois do chá de Alice
Consigo ver-me onde me cabe estar
ALÉM DE MIM
A eternidade
Antes de mim: possibilidade
No aqui, agora, o instante
PECADO GOSTOSO
Triglicerídeos altos
O francês é o melhor
Ai! Pão, meu tesão!
PECADO IRREPARÁVEL
Nestas andanças da vida
Deixei que amor incurável
Sufocasse minha lida
CASA VAZIA
Para além de mim
Seguem os filhos
Sonhos que concebi
VEM
Num segundo
Num piscar de olho teu
Sou rios de mel
VELOCIDADE EXTREMA
Pés no acelerador
Sem aMORTEcedor... Rodopiou
Abismou-se, sem pressa
ONDE ESTOU? ALÉM DE MIM?
Ou será cá dentro, enfim?
Luz procuro
Busca constante no escuro
MAÇÃS OUTONAIS
Em cada olhar
Mordo o novo
Sabor de primeira vez
PRIMEIRO AMOR OUTONAL
Escadinha da vovó
Netinhos chegando
Cada um com seu sabor
ORDEM, SEU LUGAR
Sem rir, sem falar
Virar de costa, bater cara
Vida de adulto ou de criança?
E SE... DE VERDADE
Nós nos amássemos uns aos outros?
Vivêssemos a solidariedade
Procura-se um cristão!
CORPO EM EBULIÇÃO
Nasce o novo
Desconhecido prazer
Multiplicado em orgasmos
NO ESCURINHO DO CINEMA
Beijos roubados
Lanterninha assanhada
Brincando de esconde-esconde
PARA O TRÁGICO VIVER
Sonhos e desgostos
Desejos e decepções
Basta um sorriso...
E SE... EGOS SE QUEBRASSEM
Em abraços se colassem
Mosaico perfeito de harmonia
Aprendizagens trocadas
E SE... MINHA RUA FOSSE MINHA
Cerejeiras com flores branquinhas
Banquinho de esquina
Eu, escrevendo poesia
INDEFINÍVEL
Saudade, um pouco de realidade
um tanto de despedida,
é o que vai, mas fica.
ALGODÃO DOCE
sombras nas nuvens
trazem saudades
açúcar e sal
SILÊNCIO
vida deserta
paz na certa
sem incêndios de dor
FESTA OCULTA
dançam borbulhantes
saudades
no silêncio da memória
PARTIDA
Sobrevivo,
como quem precisa
um vício superar...
ENTRE CASCAS
Sobrevivo
... sem...
teu cobertor
SEM RIMAS
Fome de palavras,
dieta de métricas,
sobrevivo... Sou poeta!
MERGULHEI NA VIDA
Não só sobrevivi,
fui feliz e
.
PAIXÕES
Sobrevivo de reticências,
resiliências,
intervalos...
TÃO LONGE
Tão perto
sentimentos quentes
sussurros a escutar
SUSSURROS AO VENTO
Ecos e gritos
perdem-se...
Sobram sons sibilantes
NO EMBALO DO VENTO
Borboletas voam
Sangram arestas
Criam pontes
ALEGRIA DO VENTO
Sacolejar a Lua
Transformá-la em vagalume
Pisca-pisca no infinito
SINGRANDO HORIZONTES
Insisto,
persisto,
nunca desisto de mim.
EU, FLOR
Floresce em mim
- Fé -
Inabalável
REINVENTAR-SE
Dar tempo ao tempo.
A cada dia, basta o seu
... momento....
TEMPO SOL
Nas tardes quentes de rendas,
lagartas expiram vida...
Voam borboletas Do Re Mi Sol.
ASAS LIVRES AO ACASO
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo solto, leve, volátil
MAGIA OU ARMADILHA?
Destino cruel
Enlaça... Estraçalha...
Em tramas de amor
MEU AMOR
Trouxe alegrias paz
Segurança carinho e de bandeja
Beijos desejos gozo em profusão
SÓ PRA TI
Escancaro janelas do coração
Me entrego com prazer
Para teu gozo e ilusão
NAMORADOS
De mãos dadas
A luz do luar
Me deixo enlaçar
CUIDADO
Tão longe... Tão perto
O coração decide
A luz da telinha adverte
PÁSCOA É TODO DIA
Renascer
Todos os dias
Ao alvorecer
INDEFINÍVEL
Saudade, um pouco de realidade
um tanto de despedida,
é o que vai, mas fica.
A MORTE CHEGOU
Fios de sonhos
tecidos perdidos
no tempo do jamais
CHUVA DE SAUDADES
Foto rasgada,
tempo aquarelou as cores
cinza água, lágrimas.
PASSADO A LIMPO
Revirar o baú, limpar o sótão,
rasgar mil fotos, recomeçar...
ampulheta é fera!
VOLVER O TEMPO
Soprar o vento ao contrário
deslizar manhãs perdidas
renascer sem perder a vida
CASULO
Na calada da noite
O silêncio é açoite
Pra sonho acordar
CAÇA JEITO
Liberdade...
Não há ninguém que não a queira
nem que dela não seja prisioneiro
LIBERDADE, LIBERDADE!
Abre alas
alvas, claras
minha prisão quer passar
CHUVA DE ESTRELAS
Liberdade alça voo
Em rabos de cometas
Despenca das estrelas
ALGODÃO DOCE
sombras nas nuvens
trazem saudades
açúcar e sal
FESTA OCULTA
dançam borbulhantes
saudades
no silêncio da memória
PLANETA PROPAROXÍTONO
Crônica assaz crônica
Mística, anêmica, esquelética
Lápide, fórmula sarcófago
SOU DONA DO DESTINO
Quebrei espelho
Passei debaixo da escada
Amarrei teu nome na boca do sapo
TRIBUTO A BAUDELAIRE
O tempo escorre
Verga ombros à terra... Tua sina
Embriaga-te de vinhos
NATAL DE 2020
Rainha sem coroa
Mula sem cabeça
Iemanjá te chama pro fundo do mar
AVESSOS NO ESPELHO
Eus se procuram
Sorrisos se dis(traem)
Opostos se atraem
ESPELHOS D'ÁGUA
Narcisos turvam-se
Poluição de imagens
Des(encontros) de opostos
ALTERIDADE
Múltiplos opostos em mosaico
Elos que não se encaixam
Um "nó"
MINHA IMAGEM PERDIDA
No espelho d'água
Do turvo lago
Des(encontros) de mim
ONTEM / HOJE
Dormi semente
Acordei chuva
Brotei flor no espelho d'água
PÉTALAS
Nas pedras da vida
Eu, flor tapete, pisoteada,
Perfumo ar
REMÉDIO CURA(DOR)
É tua alegria
Desfazendo ais em poesia
Desfilando fantasias
LENÇÓIS DE CETIM
Corpos
Colados suados
Absorvem gotas de vento
CURA FAKE
A(bunda)m provas
Senador comprova
Arm (ação) alheia
LUZ NA AUSÊNCIA DE LÍRIOS Tratores em destruição Campos em construção Um passarinho pousa
APRENDIZAGENS EM GRATIDÃO
Pós tempestades
Brotam licores
Em jardim de dores
PINGOS DE GRATIDÃO
Chove dor por dentro
Chove flor por fora
Magia da vida aflora
DIS(TRAÍDA) NA GRATIDÃO
Doei meu coração
Conta bancária e ilusão
Fui Liz(traída) em des(união)
NAMASTÊ
Ventos outonais vivos em mim
Saúdam saudades
Cantos primaveris dentro de mim
MANIPULO O DESTINO
Arredondo pontas
Quebro regras
Acendo estrelas
CRIATIVIDADE NA INSÔNIA
Fechei os olhos
Cavalguei estrelas
Inventei você
NOVO OLHAR
Ver além
Nada de mesmice
Surpreender o dia
NOVO OLHAR
Mistura de cores
Pincéis, espátulas
Tingir a vida de arte
EM BUSCA DA CURA
Nada espere dos outros
Solidão incurável
É abandono de ti mesmo por ti
DANCEI
Pegadas
Andanças da vida
Bailes de vivências
PLANETA PROPAROXÍTONO
Crônica assaz crônica
Mística, anêmica, esquelética
Lápide, fórmula sarcófago
NOVOS BEIJOS TROCADOS
...Histórias...
Sepulcros de passados
Ilusões de futuros reinventados
BOLHAS EFERVESCENTES
Fechados, livros maturam segredos
Abertos, explodem histórias
Garrafas de champanhe
REIVENTE A VIDA
Rotina causticante
Ácida, mórbida
Não beba deste veneno
CRIATIVIDADE EM AÇÃO
Há pedras nos caminhos
Pule... Crie pontes
Alcance a emoção!
CORPO: MORADA DAS DORES
Gritos n'alma em silêncio
Tantos... Tantos...
Que acordam os ossos!
SOU MEU OÁSIS
Rasguei fotos
Queimei sonhos
Vivo bem sem teu cobertor
PALAVRAS VAZAM
Das janelas do olhar
Palavras não ditas
E em tudo entendidas
NOSSO LAR
Azedim de alecrim
Fel e mel
Bom demais
COLÍRIOS DE PAZ
Não se feche em botões
Floresça ao amanhecer
Seja lírios nos campos
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DOS LÍRIOS Aceito migalhas Passarinhos a voar Pelos campos de paz minha fome saciar
DÁ, LICENÇA, MEDO
Vou te varrer
Pular muros
Minha coragem vai passar
SEPARAÇÃO
Cama de casal
Dormem de costas
Muro intransponível
AO VULNERÁVEL TEMPO
Viajante insistente
Reinvento, apago
Um novo velho tempo
LIBERDADE
Além das grades
onde se quer estar
prisioneira de si
EM CIMA DO MURO
confortável, nem percebeu
ao cair, o lado que venceu,
foi justo o que não o absolveu
DESLIZANDO NO TEMPO
Alados voamos
Asas roçando, em cio
Unidos em criatividade
MEDO NA MINHA MÃO
Noite sem lua, sem estrelas
Eu, vagalume pisca-pisca
Driblando o lobo na escuridão
AVESSOS
Apaga ingratidão
Passa borr(acha)
Perdão
O AVESSO DOS SONHOS
E o sabiá que cantava
De repente se calou
A pedra vingou
EXPECTATIVAS FELIZES
Passado a limpo
Ano velho, cinzas
Ano novo, ensina!
COMPLETAMENTE FELIZ
Cansaço no corpo
Gritos de alegria n'alma
Teus pezinhos, meu filho!
TEMPO VOLÁTIL
Impossível segurá-lo
Esvai-se, dente de leão
Deslizando ao léu
O DIABO FEZ A DIFERENÇA
Eu, feliz alfabetizadora,
Ela, aprendiz difícil de aprender
Da... De... Di... Sinal da Cruz!
E-BOOK QUE ME PERDOE
Que felicidade!
Perfume de livro novo
Em minhas mãos
QUATRO ESTAÇÕES
Primavera tem pressa
Inverno esfria... Verão esquenta
Outono interminável
TERAPIA
Ajuda para quem quer
Caminhar sozinho
Com os próprios pés
DES_EQUILÍBRIO
Paradoxo da cura
Sessões de tortura
Antes do prumo
BIPOLAR
Gargalhadas, bom humor
Cara fechada, sorriso apagado
Tudo junto, misturado
CHUVA OUTONAL
Pingos de amor
Pingos de dor
Gotas de saudades
PÓ... POESIA
Que venha a saudade
... Em torrões...
A mim encontrará e dela farei pó
SESSÕES
Analista, calmaria
Paciente, tempestade
Trovões e relâmpagos no caminho
BRINCADEIRAS DO VENTO
Pisca-pisca
Nuvens soltas
Levantam saias dos céu
COMO UM VENTO FORTE
Marcha das horas
Tempo passa
Leva rajadas de saudades pro mar
SEM CORPO
Sonhei que era só pano
Soprano de sons musicais
Ais de vendavais
AVESSOS NA TERAPIA
Para dentro do teu mar
Mergulhos de poesia
Dor amor angústia magia
OUTRO OLHAR
Sonho ser ilha
Cercada de ódio por todos os lados
Jogando colírio
RESPOSTAS
Fiz sonoterapia
Relaxei agonias
Acordei poesia
NAMASTÊ PÓS ELEIÇÕES
Loucos do manicônio
Saúdam loucos
Fora dos muros
LUZES
Sonho ser estrela
Brilhante no infinito
Acordo cometa... Passo finito!
INSTANTES FELIZES
Respirar
Inspirar
Presentes de Deus
PEQUENOS GESTOS
Descuidos do ocaso
Ternura da cura
Rara alegria infantil
NÃO PODE FALTAR
Para o bebê manhoso
Para um dia nublado
Um colo e abraço apertado
JOVEM CIENTISTA
Caçador de vidas
Laçador de sonhos
Cura ausência de livros
NORMALIDADE
Divã
Quebra de pratos
Rotina da anormalidade
EXTÁTICA EM SONHOS
Sorvo em potes de mel
Carinhos do corpo teu
Êxtase de noites de amor
SOL DENTRO DE MIM
pelos rasgos
dos meus trapos...
fiapos de luz
FIOS DE PRAZER
Teus pelos, meu gato,
Invadem
Poros do meu jardim
MORTA POR DENTRO
Sonho estática
Inerte... Pausada
Pauta sem som
FIOS DE SONHOS
Teias multifacetadas
Tecidos perdidos
Tempo do jamais
FIAPOS DE LUZ
Caminhei na poeira do tempo
Cavalguei no balanço do vento
Deixei rastros de paz no
meu chão
ETERNA BUSCA
Voo em busca do outro
Fujo da solidão e a ela volto
Viver é enfrentar o desafio
OLHOS DO PASSADO
Escapam da memória
Fiapos cor de mel
Menina que em mim viveu
TUDO VALE A PENA
Fios emaranhados
Nós desatados
Sou grata... Vivi!
CAMINHOS
A gente se encontra
A gente se perde...
Os caminhos continuam...
FIAPOS DE ACONCHEGO
Salamandras de alvorecer
Colam corpos: céu e mar
Tudo de bom pra se perder
FILETE DE ESPERANCA
Sem pressa... Espero!
Recolho passos
Há alguém atrás das pegadas
MORTE DE UMA MARIPOSA
Entre a sua tristeza
E a minha solidão
Permita-me a metamorfose
VACHINA
Grupo de riscos
De ricos?
Questão de cifra$$$
RENOVA-TE
Sedução de oceanos
Navegas na música
Bem longe do cais
PROCURA SOLITÁRIA
Acesa em minha solidão
Percorro caminhos tortuosos
Ei de me achar onde me perdi
CONJECTURAS OU ENSINAMENTOS
Nada é por acaso
Quem vem, guia do além,
Flores ou pedras
SOLIDÃO INSUSTENTÁVEL
Outros te abandonam?
E daí? A única incurável
É o abandono de ti mesmo por ti
PRELÚDIO DA VIDA
Beijos de arco-íris
Sol e chuva perdem-se de prazer
Orgasmos múltiplos
MINHA FORÇA ESTÁ NA SOLIDÃO
Sou forte na alegria das manhãs
Na esperança do fim do dia
No escuro da noite acesa
CICLOS VITAIS
Interdependência
Criador & criaturas... Vida!
Não é conjectura
OCUPE VAZIOS DA SOLIDÃO
Rasgue nós dos laços
Costure estrelas
Brilhe nos espaços
AMO A SOLIDÃO
Abraço-me a ela
Não estou sozinha
Sou sozinha... É opção!
EU, EM PEDAÇOS
Fotografias rasgadas
Saco de lixo furado
Chorando ao vento
EU, CRIANÇA
Diálogo de ternura
Instinto materno...
Cuidados com Totó...
FORA DA SOLIDÃO Às vezes... O voo...
Raso ou gigante
Horizonte arrisca
CAIXINHA DE VELUDO
Banho de caneca... Bater cara
Bolhas de sabão... Latidos de cão...
Cabe tudo... Falta nada...
PARATY
Borrões de amor
Céu, mar, Sol, luar
Colam-se... Corpos em nós...
BUQUÊ DE PEDRAS
Recolho dores
Fecho-me em meus silêncios
Ofereço tudo a minha solidão
DO FUNDO DO BAÚ
Latas, peixinhos, pedrinhas
Sonhos de menina
Saco de lixo roubou
MUTAÇÃO
Cá estou... Lá voltei
Passado e presente
Não sou aqui... Sou eu por lá
DUPLIX
ONDE ESTÁ O VENENO? @Liz Rabello // CULPA
CRISTÃ @André Figueira
na maçã? // traição
no pecado? // desejo atravessado
...nos olhos de Capitu! // Bentinho
revoltado!
ARME-SE!
Mito messias
Anjo da morte
Amar é coisa de fraco
ANJO SEM ASAS
Ícaro voando ao Sol
Peso do voo
Despenca
INFÂNCIA POBRE
Ausência de espelhos
Eu me sabia linda
Brilhava nas pupilas do meu pai
AUSÊNCIA DE GUERRA
Luta invencível
Mar abraça rochedo
Diálogo vence ódio
EM FRENTE
Evapore seus medos
Varal ao sol
Fé na intuição
ACORDAR POR DENTRO
Decepção
Porta fecha... abre
Renasce alma ferida
CAMINHOS TORTOS
Desentorto caminhos
Desafio pedras
Podo asas do destino
AMOR VIRTUAL
Tu querias... Eu, também...
Hesitei
... Dancei...
DIANTE DA MESMICE
Rasgar o medo
Pular o invisível
Enfrentar o novo!
NINHO VAZIO
Passarinho voa
Solidão solta no ar
Coração de mãe a sangrar
ABRAÇAR MUTAÇÕES
Sonhar sem medidas
Viver sem limites
Pular cercas da rotina
RASGANDO “NÓS”
Terra do Nunca
Chá de Alice
Eis-me onde me cabe estar
TRADUÇÃO
Alteridade
Reverso do meu verso
Traição de mim
$$$$$
Vovó reclamava
Vovô retrucava
Abria o colchão
MINAS GERAIS
O vento levou doce Rio Doce
Barragem de lama
Minas mortais
BEIJOS EM DELÍRIOS
Mar e rochedos
Rastreados pela lua
Rasgados de nus
ILUSÃO DE POETA
PSoL farol
Olhai delírios
Campos verdes
DE LÍRIOS
Amor vence ódio
No pódio: lírios
Nos campos: povo sem medo
RASGUE O MEDO
Levante do sofá!
O novo é fundamental
Coragem cresce
QUERO E NÃO QUERO
Outro eu que me complete
... Desvendamento...
Alimentar-me ou me trair?
TRADUZIR-SE SEM HIPOCRISIA
Uma parte de mim, as mentiras
Roupas roubadas...
A essencial, verdade crua e nua
TEU
CORPO
Magia real
Som musical
Cordas do teu violão
DECIFRA-ME
Uma parte de mim fica
Outra não quer partir
Qual a parte que parte?
DESVELA-ME
Parte de mim, nua e crua
Outra, hipocrisia e cinismo Uma parte, a outra fica
ESPLÊNDIDA
Luz divina
Deus tocando
tambores
Pássaros no alvorecer
A PARTE QUE ME CABE
Quero encontrar um lugar
Onde possa estar por inteira
Sem pedaços me faltar
POLARIZAÇÃO
De um lado, fascismo Do outro, democracia Não existe terceira via
ALTERIDADE
Existo em plural Heterônimos de um singular Infinita busca
SOLIDÃO NAS REDES SOCIAIS
Tão grande solidão
Cabe dentro do coração
Em mil amigos virtuais
COISAS
IM(PROVÁVEIS)?
Dedo de Deus visceral
Erros teus
Flechas certeiras
PARADOXOS Entregar-me à solidão Abraçar-me ao nada Na plenitude de mim mesma
UM PASSARINHO SEGREDOU
Colha a vida
Nesta lida
O mais é acaso
QUARTEL
SURREAL
Caneta
e papel
...munições...
Nas mãos do escritor
COLHA O DIA
A rosa é única
Jamais se repetirá
Respire... Respire!
SEJA O QUE VOCÊ É
Só por instantes
Abomine aparências
Seja luz transparências
MEU
EU SURREAL
Ostra
ferida
Pérola
brilhante
Renasce
pra vida
NÃO SÓ POR HOJE
Meu corpo piano
Canção de amor
Tuas mãos a compor
ABRAÇO PAZ
Só por hoje
Esqueço mágoas
Divisões políticas
DANÇA COM O VENTO
Casulo
amordaçado
... Libertação...
Borboleta voa
IN (VERDADES )
Contesto minhas verdades
Aprovo tuas mentiras
Por instantes de paz
EU, BUSCADOR DE MIM
Sigo a ponta do arco-íris
Aos confins do universo
Ei de me achar onde me perdi
INEXPLICÁVEL
Tempos
estranhos
Tudo
é surreal
No
Brasil dos desenganos
EU, ESTRANGEIRA DE MIM
Aqui, ali, acolá
Nos confins do universo
Não há lugar pra mim
À PROCURA DE UM MILAGRE
Sigo... Em busca de amor
Cara metade sem dor
Até os confins do universo
INIMAGINÁVEL
Pegar
carona
Num
cometa
Pra
beijar estrelas
POR INSTANTES
Perdoe o próprio eu
Filtre emoções
Ame-se!
EM TEUS OMBROS
Mais do que tristezas
Minhas certezas
Gratidão! Oh, Pai eterno!
INCONTESTÁVEL
Tudo
é possível
Nas
im(prováveis)
Surrealidades
da vida
SÓ POR HOJE
Quero sentir o sol na minha pele
Toque suave do vento
Passos na areia do mar
TEU CORPO, MEU PORTO
Viajo por ruas desertas
Em noites secretas
Em busca de um porto seguro
PINGO DE ESTRELA
Eu, vagalume
Lua no chão
Gotas de luz na escuridão
VIAGEM
Subo deslizando
Insisto persisto
Ei de chegar ao topo da montanha
EM BUSCA DOS SONHOS
Tortuosas viagens
Por lugares longínquos
Persistir é o caminho
POLINDO ARESTAS
Arredondando pontas
Quebrando regras
Acendendo estrelas
ROTAS
Mapas de emoções
Navegam em correntes
Sangue da Vida
VIAGEM DENTRO DE NÓS
Numa corrente sanguínea
Onde navegam
Palavras paixões
É O MESMO VENTO
Refrescante na orla do mar
Tempestuoso pro telhado
Do barraco arrancar
POEIRA DE ESTRELAS
Somos luzes
Espalhadas pelo vento
Na imensidão do infinito
NA VARANDA
Rede balança
Vento vai e vem
Beijos vão e voltam
FOI O MESMO VENTO
Levou minha alegria
Deixou sabedoria
Arrotou saudade
TEU CORPO, MEU PORTO
Viajo pelos meus pelos
Te laço nos pensamentos
Meu gozo em teu corpo... Desejos!
SENTIR MEDO
Preso na escuridão
Ausências
Coração sem paixão
MEDO PARALISANTE
Acordes de sonhos
Abraços à coragem
Impulsos
A MULHER QUE ENFRENTOU O MEDO
A fera ferida sangrou
Libertou-se da menstruação
Do soutien e do varão machista
TODAS AS TEMPESTADES PODEM VIR
Eu as recebo de cabeça baixa
É defesa, medo não!
Elas passam, sempre passam
VIAGEM POR RIMAS
Laço palavras ao vento
Crio conexões de momento
Sonho vertigens em pensamentos
OUÇO DEUS
No marulhar das águas
No embara_olhar da vida
Nos sorrisos infantis
ESTRELA
Farpas da noite
Toque suave de luz
Perfume de amor
VIAGEM PELOS SONHOS
Agonizam no passado
Sementes do futuro
E eu? Colho dia no presente
VIAGEM PELA VIDA
Sonhei sonhos de amor
Ilusão que a morte levou
Vida minha que se apagou
SE TU VOLTARES
Traz contigo as estrelas
Saudade? Que por lá permaneça
Só me traz felicidade
SAUDADES DE MIM
Camuflada na luz da flor
Linda Joaninha
Vem do passado a zombar
SAUDADES DE MINHA ESSÊNCIA
Passarinho passa pousa
Borboletas sobrevoam
A palma de minha mão
VIAGEM PELO COSMOS
Somos poeira de estrelas
Viandantes no infinito
Poesia escrita entre pousos
A POESIA NÃO MORRE
Versos paridos
Poetas mortos imortais
Adubo para mais poetas
ROTA DA POESIA
Siga sempre os girassóis
Aponta Sol farol
Cinemas de amanhecer
SÓ A POESIA É CAPAZ
Travestir a solidão
Doces anéis a se cruzar
Pautas musicais
DIS(TRAÍDA)
A poesia vê a mariposa
Enxerga borboleta
Olhos do coração
TEU CORPO, MEU PORTO
Em curvas embriagadas
Rodopiam emoções
Licores que ainda não delirei
VIAGENS POR SONHOS INTOCÁVEIS
Não me contento com os fatos
Preciso de utopias
Não posso ficar com o real
DESTINO DA FLOR
Nascer no amor
Crescer na alegria
Perfumar a dor
DESTINO DA FLOR
Embelezar o jardim
Perfumar o ar de jasmim
Temperar a vida de alecrim
PRESA FÁCIL
Assim sou
Quanto mais fujo
Mais a magia do destino me fascina
MAGIA DO QUERER
Nudez de estrelas
Cortam-me de lâminas da lua
Pra só boas lembranças fatiar
VIAGENS PELA POESIA
Preciso de poesia
Metáforas translúcidas de luz
Lua brincando com estrelas
FILHO PRÓDIGO
Ao lar retorna
Sede de rotina
Por trás da cortina
ESTRANHAMENTO
Fora do lar
Numa casa qualquer
Sou estranha no ninho
FEITIÇOS
Costurei teu nome na boca do sapo
Fiz oferendas à Iemanjá
Só pra ganhar teu olhar
BOMBAS DE GUERRA
Quem decepou a perna do Saci?
Mula sem Cabeça? Lobisomem?
Bicho homem...
VIAGENS PELAS CORES
Cores delicadas
Arco-íris no horizonte Não consigo viver em preto e branco
ANDANÇAS POR 2020
Um filete de sangue
Fogo sela de cinzas
O coração do Brasil
MUNDO CINZA
Amar tão difícil
Odiar tão fácil
Justiça impossível
INDIGNADOS POR MARIELLE
Cerraram olhos
Apagaram sorrisos
Mas não calarão voz uníssona de meu país
CONFINS DO INFINITO
Buraco negro
Infinitudes
Abismo da Terra
CONFINS DO INFINITO
É imensurável, inexplicável
Como assim?
Se cabe aqui dentro de mim?
RUÍNAS DE PETRA
Nem terremotos
Nem corrosão natural
Roubam-lhe beleza em arenito
CRISTO REDENTOR – BRASIL
De braços abertos
Na ponta do penhasco
Um Cristo abençoa o mar
FLORESTA AMAZÔNICA
O que nos fascina?
Aldeias indígenas, rios, cachoeiras
Tudo por aqui há de estar
BAÍA DE HÁ LONG (HÁ LONG BAY) VIETNÃ
Costumes
Tradições
Em harmonia
CONFINS DA VIDA
Cabe numa vala rasa
Com pétala murcha de rosa
Lá onde todos são iguais
NA VARANDA
Rede balança
Vento que vai e vem
Beijos que vão e voltam
QUERO
Chamas ardendo mentiras
Cinzas ao vento
Levando falsidades
O VENTO LEVOU
Minha alegria
Muita dor
Deixou sabedoria
PELOS CONFINS DO INFINITO
Bailam belas estrelas
Dançam músicas inaudíveis Dentro do silêncio sem fim
MUNDO MUDO
Silencio palavras
Mudo o modo de olhar
O mudo olhar sem amor
NO MEU MUNDO
Livros escola feijão
Armas, não!
Sabedoria sem fome pra nação
MANHÃS DE CAMINHADA
Sete praias
Sete ondas
Sete bolhas nos pés
É PRECISO AMAR
Não existe amanhã
Sol sempre novo
Lua sempre azul
EU SÓ DE MANHA
Domingos rastejam
Manhãs frias
Não saio da cama
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
Justiça e oportunidades
Armas palavras
Para o povo desta nação
PORTAS ABERTAS
Abro mão do controle
Liberdade pra ir e vir
Ficar ou partir
PERCO-ME NESTE MUNDO
Desrespeito ao Ser
Ao Planeta, aos animais
Às flores, ao pão que alimenta
VENTO, VOLTA, TRAZ UM LÁPIS
Vai e leva borracha
Apaga passado
Escreva o futuro
VENTO VOLÁTIL
Leve esperança
Semente
Pronta para brotar
O QUE SOMOS?
Retalhos de sentimentos
Caminhos entrecortados
Vento carregando desejos
NESTA RUA VIRTUAL
Caminhos se cruzam
Palavras se trocam
Beijos jogados ao vento
MESMICE DE SEMPRE
O dia se vai na rotatória
Gira mundo sem parar
Feijão na panela a cozinhar
NA TERRA DO NUNCA
Depois do chá de Alice
Consigo me ver num lugar
Onde me cabe estar
É O VENTO!
Arrepio na coluna
Trazendo cantigas
De um tempo lá atrás
VEJO-TE
No clarão do luar
No vento a dispersar
Tardes geladas
DA PALMA DO MEU OLHAR
Caem pingos de neblina
Ondas deslizam n’água
O vento mastiga estrelas
TEU AMOR É PERFUME NO AR
Inalo
Reabasteço meu ser
Devolvo ao vento
EU, BÚSSOLA
Leste, oeste, sul, norte
Em qualquer lugar perdida
Ponto cardeal a me procurar
É SÓ PROCURAR
Há sempre um banco
Um lugar, um cantinho
Onde o amor está
RENASCIMENTO, POR FAVOR!
Meus olhos verdes perderam luz
Em que você me transformou?
Mulher invisível, sim, senhor
PERDOAR-SE
É hora de desatar nós
Ao próprio Eu
Filtrar emoções
CHOVE SAUDADES NO MEU JARDIM
Pingos de amor, pingos de dor
Levam tristezas pro mar sem fim
Trazem de volta brisa e frescor
SETEMBRO ME ENDOIDECE
Não sei se amo mais o colorido
Ou se flutuo no verde
Onde me perco
QUERO SER A TUA LUZ
Apagar o ponto negro
Na penumbra
Que te traz o medo
POETA SOU
Delirante caminhar
Tiro pés do chão... Voo!
Amo divagar
BOMBA DA PAZ
Pomba mortal
Nasce novo Japão
Em voo de paz
SEM LUGAR NO METRÔ DAS SEIS
Fique em pé
Nem tente se mexer
Que não dá pé
EM BUSCA DO MEU FAROL
Num pisca-pisca etéreo
Apaguei escuridão
Virei vagalume
UTOPIA DA IMORTALIDADE
Eternidade, caminhos afora
Livro é oportunidade
Viver além do próprio tempo
O TEMPO ME ESCAPA
Escorrega das mãos
Chego perto demais
Se dilui por aí
MÃOS DO CRIADOR
Em gratidão
Semente desgarrada
Brotou do chão
MÃOS DO CRIADOR
Semente desgarrada vingou
Uma criança alimentou
Gratidão, Senhor!
SEM LUGAR PRA MIM
Esbarro nas partes
Transbordo nas beiras
Me ausento do meio
FALAR COM DEUS
É cerrar os olhos
Ver luz do amor
Por trás das pálpebras
POLITICA
Tempos estranhos
Tudo é surreal
No Brasil dos desenganos
AMOR SURREAL
Girassol sob luz do sol
Energia vital
Escada de arame farpado
O VENTO VARREU
Valores e sapiência
Terra virou plana
Jesus subiu na goiabeira
O VENTO LEVOU
Democracia
Liberdade religiosa
Minhas lutas e vitórias
MEU LUGAR É ONDE O POVO ESTÁ
Quem sabe conscientiza
A quem se equilibra sem saber
Quem sabe luta por justiça, não Poder!
LUGAR VAZIO
Cada galho que se corta
Cada fruto que não se come
Cada flor que beija-flor deixou de amar
AQUARELEI UM GUARDA-CHUVA
Pra fugir da chuva
Tempestade de pingos
Dentro de mim
SÚTIL PERCEPÇÃO
Sol em doces raios
Aquarelando pétalas
No jardim dos sonhos
ARCO-ÍRIS
Cor energia
Aquarela do dia
Amálgama da paz
AQUARELA DA VIDA
Flor de Cactus
Espinhos não ferem
Protegem a flor
PODER DO TEU VÍCIO: PALAVRAS
Retorne às aulas
Retome as armas
Fim de greve, professor!
ENERGIZANDO PALAVRAS
Evapore seus medos
Varal ao sol
Fé na intuição
A POESIA ESTÁ NO AR
No degrau de uma escada
À beira de uma janela
No chão do teu quarto
DANCEI
Suave canção de amor
Meu coração entreguei
Ritmo acelerou, desafinou
CONTRAMÃO DA INSPIRAÇÃO
Mudez nostálgica
Versos sem luz
Dançam palavras
PAUSA ENTRE VIDAS... TRANSPLANTE
Memória enjaulada
Corrida contra o tempo
Pulsarão outros comandos
LABIRINTO
Perdidas paixões
Veias abertas
Mapa de emoções
ONDAS DO MAR
Levam poesia
Papéis enfeitados
Engarrafou-me coração
PRINCÍPIO E FIM
Efusiva, alegre união
Rotina causticante
... escultora de silêncios
DESENLACES
Mãos entrelaçadas
Dentro de mim navegam paixões
Fora, labirinto em solidão
SOGROS, GENROS, NORAS
Parentes para sempre
Ex ou atuais... Nunca são ideais...
Nem a morte separa
QUÂNTICA LIGAÇÃO
Vivência em amor
Anos-luz de experiência
Além da eternidade
TEMPERO DO AMOR
Sal da fidelidade
Açúcar da doação
Paixão: chocolate com pimenta
NOS CAMPOS
Pressa odeia calma
Silêncio tem sede de caos
E eu? Engulo ventos
NOITES DE VAGALUMES
Lua de mal com a luz
No céu, as estrelas
Na mata, pisca-pisca
MÉRITO DE DEUS
Produção farta
Mãos sementeiras
Tudo realizado por mim
ESPERANÇAR É VERBO
Verdes horizontes
Futuro em minhas mãos
Sementes de amanhãs
CADEIRA VAZIA
Dor doída
Sentir falta de você
Vaza saudades do coração
ROSAS E ESPINHOS
Felicidade e dor
Risos e lágrimas
Avessos que se abraçam
PAPEL EM BRANCO
A dor faz parte
Coragem para escrever uma história
Arriscar um risco
LIVROS
Vertentes
Imitam a vida?
Realidade transcende
ESCREVA POESIA NO AR
Sais de lágrimas
Lave o escuro da noite
Esprema entre dedos o amanhecer
NOS DEDOS DA POESIA
Recolha a lágrima a tempo
Não a deixe escorrer pelo rosto
Só marcas de sorrisos nos dedos
PONTA DO PENHASCO
Escuro da noite
Nenhum som de encanto
Palavras são notas desafinadas
SILOGISMOS
Palavras sem pernas
Asas em cada uma delas
Voando o indizível
MOLHADINHA DE POESIA
Pulo a linha
Pulo na chuva
Depilo pelos do coração
BRIGADEIROS DA VOVÓ
Raspo panelas e colheres
Enrolo docinhos
Nas saudades de ti
BILHETE À VOVÓ
Não sou do lar
Estudei, me formei
E é no lar que quero estar
BILHETE À VOVÓ
Tal qual você
Engoli amor
Sobrevivi à dor
GORDO E MAGRO NO CINEMA
Bolo de laranja
Pipocas e suco de limão
Mil gargalhadas, então!
QUE VENHAM TEMPORAIS
Enfrento todas as chuvas
De cabeça baixa
Sem medo, só precaução
CHOVE NO MEU QUINTAL
Pedras de gelo derreteram
Calor de afetos pairou no ar
Chuvinha fresca de brisa amar
DANÇA MACABRA
Pulei a poça
Cai de boca Dancei na chuva
ESTRELAS NO BLECAUTE
O beijo tão esperado aconteceu
Só nós dois juntinhos
A luz surpreendeu
BRIGADEIROS DA VOVÓ
Raspo panelas colheres
Enrolo-me docinhos
Saudades de mim
É PRECISO A(MAR)
Renascer pela manhã
Sem amanhã
Pular ondas atuais
2020: VENTO HÁ DE TE LEVAR
Não sem antes consagrar
Beijos abraços
Desejados ao luar
JÁ TE DISSE ADEUS
Rajadas de vento
Martelavam no pensamento
Não te esqueças de mim
O ESCURO CONSTRÓI MUROS
Sinônimos de escravidão
Luzes negras de inverdades
Cadeias de submissão
MAIOR ESCURIDÃO NÃO HÁ
Do que àquela
Que perpassa pela alma
E encobre o coração
INTOLERÂNCIA
Não toleram nossa felicidade
Não aceitam nosso prazer
De viver a plenitude do amanhecer
PESCARIA DE AMOR
Jogas a rede
Eu, sereia, me enredo
A teus pés enamorada
O AMOR ESTAVA NO AR
Ficou sem ar
Namorada sem amor
É nada
RASTROS DE MIM
Estão na tua sombra
No teu cheiro
Nas tuas entranhas
NA MINHA ESCURIDÃO
Em teu corpo me aqueço
E até esqueço
Que tu és luz da imaginação
BLECAUTE NO CORAÇÃO
Pessoas ausentes
Vêm e vão
Permanecem do outro lado do muro
BOLHAS DE SABÃO
Sorrisos de mim
Explodem arco íris
Sorrisos em ti
MARCAS DO TEMPO
Emolduram rosto enrugado
Marcam sorrisos
Pela vida doados
GRATIDÃO
Arma pra viver
Planta sorrisos
Em cada entardecer
$ORRI$O$$$$ 13
o$ melhore$
tempo$ 13
do Bra$il
VOLVER O TEMPO
Correr contra o tempo
Chegar antes da hora
Pular o que não te apraz
BLECAUTE NO CORAÇÃO
Amores brilham distantes
Vagalumes eternos
Na noturna escuridão
ASAS DA VERDADE
Charges desvelam mentiras
Risos revelam verdades
Voos livres pelos ares
FAKE NEWS
Termo novo
Fábrica velha
De velhas politicagens
VERDADE & MENTIRA
Todos amam a verdade
Mas fazem dela maldade
E da vida, uma mentira
FAKE NEWS
Foram tantas mentiras
Com tanta veracidade
Que são verdades agora!
ECLIPSE
A Lua cobriu o Sol
E na penumbra
Meu corpo te pertenceu
RASTROS DE LUZ
Na escuridão
A meia lua
Brilha poesia na areia da praia
TRILHAS DA POESIA
Raios de sol
Caminhantes de utopias
Serenas serestas de entardecer
RAIOS DE LUA
Chovem ao entardecer
Nas trilhas poéticas
Abraços em poesias
LUA PRATEADA
Filetes de luz
Faróis de olhar
Acompanham meu andar
LUZES DE POESIAS
Nem bem anoitece
Chuva de raios prateados
Cobrem a vida de rimas
BEIJOS EM DELÍRIOS
Beijos de sol
Amarelo de girassóis
Alimentos de milharais
BEIJOS EM DELÍRIOS
Beijos de suor
Trabalho dia e noite
Construção do amor
BEIJOS EM DELÍRIOS
Beijos de lágrimas
Em lábios secos rachados
A lapidar a dor
PRELÚDIO DO POETRIX
Sete vidas
Pulo do gato
E este susto que não vem!
COSTURA DE LUZES
Agarrei a tesoura dos desejos
Cortei laços com o passado
Saí das trevas da ingratidão
NUVENS DE POESIA
Transparente
Nua
Solto palavras ao vento
VENTO SELVAGEM
Destrói manhãs de Sol
Mastiga nuvens
Pétalas de girassol
TEU AMOR É PARA MIM
Vento soprando beijos
Despenteando meus cabelos
Acariciando meus seios
AO SABOR DO VENTO
Liberte teu coração
Deixe-o falar mais alto
Do que o pensamento
RECORDAÇÕES BROTAM DO NADA
Basta
um cheiro
Sabor
chocolate
Um
papel Sonho de Valsa
QUARTINHO DE DESPEJO
Álbuns
de fotos puídas
Abraços
em covas guardadas
Memórias
esvaecidas
PERFUME MATINAL
Café com pão
Doce ilusão
O Covid não chegou aqui
PERFUME DE MULHER
Sútil, volátil
Engana(dor)
Traz um pouco de amor
PERFUME NORDESTINO
Abraço é bom
Mas xerô do meu amô
É bom demais, sô!
CASA PERFUMADA
O mito da vassoura
Ou um bom livro?
Escolha!
A ESCOLHA É NOSSA
Onde
estão nossas lembranças?
Cadeados
em gavetas ou
Janelas
escancaradas?
SOB A LUZ DAS ESTRELAS
Vou
me cortar de
Lâminas
da lua
Boas lembranças fatiar
PROIBIDOS POR COVID
Relações rompidas
Desejos despenteados
Sonhos despedaçados
CAIXINHA DE VELUDO
Cabem
todas as lembranças
Uma
aliança de ouro
Confiança
que a morte levou GAVETAS TRANCADAS
Morta
por dentro
Vivo
a cada dia
Como
quem precisa um vício superar
RASTROS DE MIM
Estão na tua sombra
No teu cheiro
Nas tuas entranhas
PEGADAS
As nossas não são duas
Tantas pegadas numa só
Agarrados, vivemos em nós
CHUVA DE LEMBRANÇAS
De
dentro das gavetas
Lápides
frias de cemitérios
Rostos,
cheiros, saudades eternas
LÁ VEM O TREM!
Passa criança
Bola também
Vai e vem
INTOLERÂNCIA
Não toleram nossa felicidade
Não aceitam nosso prazer
De viver a plenitude do amanhecer
DESTINOS EMARANHADOS
Nós eternos
Juntos imperfeitos
Buscamos o caminho certo
DOR DE AMOR
A cicatriz sempre vai doer
Quando os revezes da vida
nos fizerem lembrar
DOR DE AMOR SEM CURA
Não sofremos por amor atual
E sim, por tudo aquilo
que a última dor nos fez recordar
NOS TRILHOS DO TREM
Menina rebola
Nem me dá bola
Que bela!
DA JANELA DO MEU TREM
Passam flores na favela
Crianças livres(os) mãos
Bueiros entupidos de ilusão
DELÍRIOS DE AMOR
Amor é água
Escorre pelas veias d’alma
Adentra pelos rios das lágrimas
DELÍRIOS EM MUTAÇÃO
Amor são flores
Perfumes que exalam paladares
Gosto que perfuma os ares
DELÍRIOS DE UM POETA
Do corpo escorre seda
Da maciez da pele
Deslizam dedos
TROCA DE OLHARES DELIRANTES
Teu olhar no meu
Outro olhar no seu
Enfim “só” a me olhar
PELA JANELA: BÓIA (ES)FRIA
Passa fábrica, passa gente
Marmita quente
Esfria sempre
JANELA DO TREM
Passa poesia
Amanhece o dia e eu aqui
Trem de carga dentro de mim
QUINTA ESSÊNCIA DO PODER
Ações bondosas para poucos
Maldosas para muitos
Descubra tua essência
QUINTESSÊNCIA
Desatar nós
Soltar amarras
Perdoar... Voar!
QUINTESSÊNCIA
Fluir gratidão
Ao universo em expansão
Muita paz e alegria
QUINTESSÊNCIA
Sintonia e harmonia
Entre todos para todos
Ubuntu no coração
LISTA
PERIGOSA DE BARRAGENS
Outrora cultura, aventura
Marcante presença na literatura Hoje, minas mortais PORDENTRO DA PAISAGEM Portas rangem Janelas abrem Cheiros mineiros pelos ares
AO MEU DESTINO
Navega pelos mares
Frasco, minha luz retrato,
Esperança de mãos encontrar
TRAMAS DO DESTINO
Há de se amordaçar
Permitas a teu coração gritar
Que queres voar e amar
DESAFIE O DESTINO
Juízos pré-moldados? Não sei não...
Coração tem cem razões
Sem razão nenhuma a nortear
A ESCOLHA É NOSSA
Cadeados em gavetas?
Janelas escancaradas nos casulos?
Fiapos de esperanças?
PAISAGEM MINEIRA Sobe morro Desce morro Pedras rolam nos caminhos BRIGADEIROS DE MINHA INFÂNCIA Mesa farta Fogão a lenha Feijão matando fome de união
DELÍRIOS NUM JARDIM SECRETO
Numa ilha deserta
Numa trilha de verde coberta
Num arco-íris de concreto
PALAVRAS DELIRANTES
Palavras do mar
Volvem revolvem areia agitar
Levam e trazem conchinhas de paz
MUTAÇÃO DE_LÍRIOS
Paz, louvor
Sintonia total
Sinestesia... Sinta!
MUTAÇOES DELIRANTES
Amor é música
A mais linda que seus olhos ouviram
A mais bela que seus ouvidos viram
MINAS EM FUROR Perpassam nuvens sombrias Em meio a paz do interior Barragens prestes a romper SONHAR FAZ BEM Que paisagem terna! Luz seduz reluz Eternidade da miragem
TELHADOS ANTIGOS
Escondem candelabros
Velas douradas de tuas igrejas
e mostram luzes de lampiões
CONTA-GOTAS DA HISTÓRIA
No fio do tempo perdido
Adormecem segredos
Lutas das inconfidências mineiras
A HISTÓRIA PERMANECE
Outrora pergaminhos
Hoje internet
Nuvens pra segurar o tempo
PELAS RUELAS DE OURO PRETO
Caminha-se, respira-se
Por sombras concretas Do passado histórico
"LIVRO" MIL E UMA UTILIIDADE
Enredo fantasia
Mantém presa agonia
Fagulhas de alegrias
MIL E UMA MARAVILHA
Em cada página
Um novo respirar
Livro da vida sempre a folhear
SILÊNCIO
Palavras
Redemoinhos ausentes
Pedregulhos pousados no fundo do mar
SONS AO MAR
Flui imaginação
Palpita coração
Do Re Mi Fa... Uma canção!
ONDAS GIGANTES
Quebram-se
Eu, rochedo,
A tudo enfrentar
MARÉ ALTA
Palavras tortas sangram na areia
Torrentes de revoltas
Devolvidas pelo mar
POR MIL E UMA NOITE
A donzela e as palavras
Força fé foco
"Ajuda-me a viver"
HERAZADE FAKE NEWS DE VERDADE
O livro da vida
Já era notícia
Mil e uma noite com criatividade
DOAÇÃO INTERROMPIDA
Decidiram no marejar dos olhos
Dedal da vovó na gaveta
O cheiro fez a diferença
CAPELETES, INHOQUES
Macarronadas
Quintas e domingos
Massas e molhos feitos em casa
BEIJO INESQUECÍVEL NUMA TATURANA
Olhos fechados
Caio de boca no meu namorado
Pé de caqui
BONECA DE ESPIGA DE MILHO
Era ela quem plantava
Gestava lacinhos coloridos
Eu só brincava
MIL HISTÓRIAS PRA VIVER
Ela inventou o poder
Seduzir
Permitir-se viver
PALAVRAS SÃO ARMAS
Xariar é a(traído)
Dis(traído)
Mil e uma noite de sedução
O VENTO ESPALHOU
Pela orla
Pro fundo do mar
Areia do tempo
OH, VENTO, VARRE ÓDIO!
Há uma força
Que nos conduz
A verdade vencerá
O VENTO VARREU
Valores e sapiência
Terra virou plana
Jesus subiu na goiabeira
O VENTO LEVOU
Democracia
Liberdade religiosa
Lutas e vitórias
TELHADOS ANTIGOS Escondem candelabros Velas douradas de tuas igrejas Mostram luzes de lampiões
DELÍRIOS ESPE(A)LHADOS
Espantalhos de fé
Narcisos espelhos
Voltam todos pra mim
MUNDO MODERNO
Muralha da China
Mortalha icônica
Divisão das hierarquias
TAJ MAHAL
Fios de ouro na cúpula
Amada muito amada
Jóia do palácio
MAC PICCHU PERU
Instigante por natureza
Cidade perdida dos Incas
Aguça nossos olhares
CHICHÉN ITZÁ – MÉXICO
Sítio arqueológico
Maias é lógico
É maravilha em atração
SALTA A BELEZA
Pacífica convivência
Muito maior que a aparência
Entre ser humano e seus Pets
EM SILÊNCIO
Existo no teu olhar
Tu entendes
Vibração de muito amar
FORTE LUZ
Em teu olhar
Em afagos de abanos
A força que me conduz
GATA NO CIO
No meu telhado passeia
Acorda desejos em mim
Só me traz este vazio
NARCISO
Vejo-me por olhos teus
Espelho joga confete
Tu te vês em olhos meus
SEM EIRA, NEM BEIRA
Meu gatinho balança sonhos
Pra lá, pra cá, de bobeira,
Embala instantes risonhos
INJUSTIÇADO
Lá vem o cão
Volta a quem o desfez pedindo perdão
Por algo que nunca fez
OLHAR IRRACIONAL
Diz-me ternuras leais
Mais doces que o racional
Direto aos meus
A HISTÓRIA PERMANECE
Outrora pergaminhos
Hoje internet
Nuvens de papel pra segurar o tempo
PELAS RUELAS DE OURO PRETO
aminha-se, respira-se
Por sombras concretas
Do passado histórico
POEMAS DELIRANTES
São cápsulas verdinhas
Esperanças de alegria
Receitas de pura magia
DELÍRIO DE UM VOO RASO
Acompanho o rodopio
Sinto fugidio perfume
Deste meigo alçar
DELÍRIOS DE UM POETA
Onde navega o pensamento?
Neste imenso firmamento?
Em busca de estrelas pra namorar?
REALIDADE FICÇÃO
Eis que se agarram
Quatro mãos voando
Virando páginas da vida
O QUE É REAL?
O sonho da imaginação
Que você me inspira?
Ou a solidão que não sinto mais?
SEMENTES EM GESTAÇÃO
Quero asas de borboleta
Para livrar-me da inércia
Tecer rumos de imaginação
CRIA ASAS PRA VOAR
De galho em galho
Na poesia dançar
Na imaginação pousar
EM CIMA DA GOIABEIRA
Fiel orava pela luz
No fim do túnel
E eis que vem... O trem a todo vapor!
SURREAL
Luz divina
Tocando tambores
Alvorecer
SURREAL
Dedo de Deus
Visceral
Aponta erros teus
SURREAL
Magia real
Som musical
Cordas do teu violão
QUANDO TE BEIJO
Na ponta dos pés
Alcanço estrelas
Voo da imaginação
COISAS IM(PROVÁVEIS)
A fé promove
Ressuscitar
Tornar a viver
ASAS DA IMAGINAÇÃO
Lágrimas salgadas no papel
São tintas...Pintam sofrimento
Escreva seu voo da liberdade
PRELÚDIO DA PARTIDA
Executado
Secou no asfalto
O adeus já esperado
PRELÚDIO DO ANOITECER
Voos de sangue
Sol e Lua esconde-esconde
Rabiscos de luz no horizonte
MANTER O BOM HUMOR
Em prol da convivência
Provocação é bem-vinda
Satisfação garantida
PASSARINHO ME CONTOU
Espertinho ficou no ninho
O bobão apressado voou
Despencou
UM PASSARINHO EM LIBERDADE
Gaiola aberta
Convite pra descobertas
Voou sem deixar saudade
PASSARINHO SUSSURROU
Um dicionário inteiro
De palavras de amor
Dos versos que te dou
PRELÚDIO DO ALVORECER
Sol desbota noite
Desfia neblina
Dia delira
GRITOS & ECOS
Pintam nosso chão
de vermelho
anti-heróis da Pátria “brasilis”
SEM LUZ VARONIL
Nossas matas queimaram,
verde desbotou na bandeira,
triste país: sangue vermelho Brasil.
ACORDAM OS OSSOS
Silêncios, gritos contidos,
ocultos para olhos nossos,
são tantos, dentro engolidos...
LUTO É VERBO
Luto pelos setecentos mil
Luto pela vacina
Luto não é substantivo
GRITE
Não feche os olhos
à podre indiferença
da podre sociedade...
HÁ DE EXISTIR
Ideias a mais para
Juntar retalhos
Colar asas de imaginação
PALAVRAS PERDIDAS
Podem ser reinventadas
Costuradas com linhas
E agulhas da imaginação
RELAXAMENTO
Deixe fluir a imaginação
Palpitar o coração
Sons ao mar de uma canção
ESCREVER
É ganhar asas para voar
Muito além... muito além...
Da página em branco.
GRAVIDEZ ETERNA
Papel tem mil braços para abraçar,
palavras secas para adubo gerar,
círculo vicioso da vida.
ESCREVA
Lágrimas salgadas no papel em branco
são tintas... Pintam sofrimento...
Alcance o voo da libertação!
ESTOU SECA
Palavras são pedregulhos na boca
Borrões de tinta no papel
Hipocrisias da minha alma
ORIGAMI
Dobras e dobras coloridas
... Voo...
Deslumbro teu olhar.
FOLHA SOLTA
É onde a poesia mora
Seu olhar demora
Delicadeza aflora.
ESCREVA
Palavra mal(dita)
Ben(dita)
Sem fake news a sujar o papel.
NO PAPEL
O farfalhar da folha
é minha risada...
Ecoa das palavras
NAS PÁGINAS ESCRITAS
Perdida
Irreconhecível
Juventude
UM DIA UMA CANÇÃO
Veio mexer com meu coração
Juntos entrelaçamos as mãos
Dançamos ao som da vibração
NOS ACORDES DA CANÇÃO
Nas ondas do pensamento
Uma pauta musical
Falando deste amor fatal
A ROTINA CORTA ASAS DO NOVO
Impede fantasias
Impossibilita utopias
Nocauteia imaginação
AO CORAÇÃO FERIDO
Qualquer canção de amor
Esmaga a flor
Que morre dentro de ti
A CANÇÃO ESTÁ NO AR
Não busques acordes
Tão longe assim... Respires
Está no ar ou bem dentro de ti
ESCOLHA A CANÇÃO
Tua vida é uma canção
Um dia amor, outro dor
Abre os braços pra esperança
FLORIR OU FERIR
Canção de paz pra se perder
Violão e amor no coração
Ao invés de tiros de canhão
ORGASMOS MÚLTIPLOS
Sou tua musa
Nas pautas musicais
Do teu olhar
ESCOLHA A CANÇÃO
Tua vida é uma canção
Um dia amor, outro dor
Abre os braços pra esperança
A MORTE É CERTA
Paradoxal é que escolhemos
As (in) certezas
Do simples viver
ASASOU PONTES?
Para não quedar-se
Para não quebrar-se
No meio do caminho das incertezas
A FORÇA DO VENTO
O vento varre desejos
Depila pelos do coração
Restaura paz e união
RODAMOINHOS
Giram sonhos
Vento leva, vento traz
Tudo passa... Tudo volta
TERNURA
O vento me veste de paz
Leva pras nuvens
Roupas de dor
ROUPAS VELHAS
Vento as leva
Deixa cheiros
Saudades nuas tuas
A VIDA SEGUE
Inconstâncias ao acaso
Certezas esgotadas
Amor acaba
AMOR ETERNO?
E lá existe isto?
Quem te dá certezas
Nas constantes incertezas?
VENTO VOLÁTIL
Leve esperança
Semente Curitibana
Pronta pra brotar
SÓ PRA TEUS CABELOS ACARICIAR
Olhar o céu anil azul
Nuvens bailando
Roubar o vento
É O VENTO!
Arrepio na coluna
Trazendo cantigas
De um tempo lá atrás
VEJO-TE
No clarão do luar
No vento a dispersar
Tardes geladas
FUJA DAS GAIOLAS DAS CERTEZAS
Perca o chão
Voe na imaginação
Alcance o vazio da liberdade
MARCHA DAS HORAS
Rumo ao infinito
Tempo abismo ciclo
Puras Incertezas, sigo!
GOTAS DA HISTÓRIA
No fio do tempo perdido
Adormecem segredos
Lutas das inconfidências mineiras
BORBOLETAS
Loucas sem noção
Em queda livre
Precipício de incertezas
A VIDA É UMA INCERTEZA
Precipício... Voo de risco
Asa delta rumo incerto
Paradoxo do pouso
ALÍVIO PARA A DOR
Lágrimas quando em tinta
...no papel...
são bálsamos.
FAKE NEWS
Rede de intrigas
Teias de fios tecidos
(in)certezas invertidas
INCERTEZAS EXATAS
Se respiramos, morte inexiste
Quando ela chega
Nós é que não existimos
O VENTO ESPALHOU
Sabedoria alcançada
Tempestade
De livros
O VENTO ESPALHOU
Ódio no coração
Tempestade
De fakes
O VENTO LEVOU DOCE RIO DOCE
Deixou barragem de lama
Minhas Minas Gerais
Hoje são minas mortais
VENTO CIRCULA
Sonhos de igualdade
Ao redor de uma estrela
Cercada de ódio que não sinto
VIDA REPLETA DE FLORES
Só por sentir
Teus perfumes
Vale a pena respirar
O AMOR ESTÁ NO AR
Sons por toda parte
Vida, oh vida!
Vale a pena te escutar
VENTO VOLÁTIL
Leve esperança
Semente Curitibana
Pronta pra brotar
SÓ PRA TEUS CABELOS ACARICIAR
Olhar o céu anil azul
Nuvens bailando
Roubar o vento
É O VENTO!
Arrepio na coluna
Trazendo cantigas
De um tempo lá atrás
VEJO-TE
No clarão do luar
No vento a dispersar
Tardes geladas
JANELAS ABERTAS
Manhãs de domingo
Vitrines primaveris
Saúde saúda Sol
COLHA O DIA
Madeira bruta
Entalhe detalhes
Sutis alvorecer
MASSAS E MAÇÃS
Tudo a seu tempo
Ando devagar a indagar
Por que há pressa?
REZE POR SP... O HAITI É AQUI
Se você vir ou não
Moradores de rua
Debaixo do minhocão
MANHÃS DE SETEMBRO
Seja qual for sua fé
Regue flores do lado de lá
Sem muros pra vizinhar
VOVÔ ERA UM HOMEM LINDO
Olhos azuis esverdeados
Mar turbulento em ação
Vovó ciumenta na união
HOJE SOU A VOVÓ QUE NÃO TIVE
Diálogos com neto
Sobre tudo
Amor, sexo, política, drogas
SÓ QUE ME SENTIA AMADA
Família italiana
Prioriza homem
Eu, mulher, não era nada
SÓ VOVÓ E PAPAI PRA ME AJUDAR
Mulher tem que ser do lar
Não pode estudar
E lá vinha o meu socorro
VIDA EM VERSOS
Reversos in(versos)
Diversos versos
Complexos
JARDINEIRO DO BEM
Semeie compreensão
Regue o amor
Seja a flor dentro de ti
ANTES DA MANHÃ ACORDAR
Eis-me coberta de flores
Perfumada de cores
Inebriada de vida
CEREJEIRAS SOL NASCENTE
Luz rosa púrpura
Aquarela amanhece
Suspiros orientais de alvorecer
AQUARELANDO A MANHÃ
No meio da folhagem molhada
Brota verde esperança
Sementes de sol girassol
AQUARELANDO O AR
Eis que o vento geme
Manda pra longe
Folhas de um girassol
O MAL DENTRO DE MIM
Souinstante perverso
De Deus ao inverso
Fim das queimadas
DORME RIO DOCE UM SONO PROFUNDO
Mariana mar lama
Vida se nega ao encontro do mal
Sangue se quebra na cortina de sal
PECADO IRREPARÁVEL
Nestas andanças da vida
Deixei que amor incurável
Sufocasse minha lida
RIO DOCE EM MORTE VISCERAL
Enlameando vidas
Matando tudo o que é vida
Deixando sede em tudo que é lugar
GRITO DAS ÁGUAS DOCES
Sedento, cedendo
Sigo em frente
Até a morte em sede
PECADO GOSTOSO
Triglicerídeos altos
O francês é o melhor
Ai! Pão, meu tesão!
ÁGUAS DOCES EM PESADELO
Nosso planeta berra
Gritos de socorro
Humanidade, escute!
INSENSATEZ
Jesus na cruz
Pelos pecados meus
Oro e peco infinitamente
ESCRUPULOSIDADE
Pedra afiada
Inspiração poética
Nunca sou perfeita o suficiente
O MAR AVANÇA SOBRE O RIO INDEFESO
Pobres águas doces
Arrancam terras, capelas,
E sobre a propriedade se dilacera
COR DA PAIXÃO
Pecados do corpo
Vermelho batom
Finge um frio coração
PERIFERIA DE MIM
Meu pecado
Viver à margem
Do meu próprio eu
MISTÉRIO NO REFLEXO DAS ÁGUAS
Sol, luz que reluz,
Sombras se cruzam com mágoas
E se desfazem em lágrimas
O MAR AVANÇA SOBRE A CALÇADA
Diante desta magnitude
Pobres pedras mansas
Desaparecem
TANTO BATE
Desafia o rochedo
Aos poucos, a água indefesa
Vence a pedra!
ACORDO SECA
Sonho com manhãs incandescentes
Abraçando paz
Nascentes
SE EU FOSSE UM RIO
Sempre vivo, novo, experiente
Não iria querer
Águas doces a desaguar no mar
AMARGO DES_GOSTO
Chuva ácida desmedida
Destruição, lavoura perdida
Sorvo última gota de sede
NATUREZA EM FÚRIA
Árvores se envergam
Torturam-se entre rajadas
De ventos e águas salgadas
ONDAS GIGANTES EM RESSACA
Rebelam-se, derrubam muros
Descortinam fumaças d’águas
Sobre a rodovia se dilaceram
AO SABOR DESTE VENTO
Vou libertar meu coração
Quem sabe se leva até ti
Meus desejos por você
GENTE LINDA POR DENTRO
Há olhos que falam
Que jogam ao vento
A própria alma
SAIA DO CASULO
Voa, voa, voa
Liberdade conquistar
Deixa o vento te levar
CORAGEM É DESAPEGO
Avessos do sucesso
... Excessos...
Desate o ego
PELES URBANAS
Concretos pintados de verdes
Gramas sintéticas secas de vida
Camuflagens desumanas
DESISTÊNCIAS
Sonhos agitados no porvir
Partidas de nunca parir
Chegadas abstratas
SUBTERRÂNEA
Colorido arco-íris
Ego inflado desbota
Terra escura, mesma cova
ESTRANGEIRA DE MIM
Esbarro nas partes
Ausento-me do meio
Transbordo nas beiras
FORÇA
Por trás das pálpebras
Luz do amor
Pule a lágrima
PARADOXAL FRAGILIDADE
Rompimento de mordaças
Implosão de medos
Voa... Coragem!
INCERTEZAS
Não sei se ganho ou perco
Crio coragem
Enfrento
SAI DA FRENTE
Trator
Tritura medos
Coragem passa, passa devagar
AVESSO DO MEDO
Coragem, não!
Sonhos murcham sem fé
Esperança segue além
SEJA QUAL FOR O TEMPO
Acreditar, sonhar, voar
Deixa o vento
Te levar
AGITAÇÃO
Ave presa na gaiola
Triste, murcha, não gorjeia
Debate-se na cadeia
INQUIETUDES
Chove águas ácidas sobre queimadas
Flores mortas
DESgosto de Deus
A POESIA PRÉ-EXISTE
Guardada nas palavras
Dizem tudo
Dizem nada
EU, BUSCADOR DE MIM
Quando meu pai partiu
Levou consigo a poesia
Eu me perdi de mim
A POESIA MORA NA DOR
De uma flor
Rodeada de espinhos
A lhe proteger com amor
PODE ME FALTAR TUDO
Eu me refaço
Se faltar a poesia
Morro
FLORESTA EM CHAMAS
Entre as rajadas de ventos
Sons longínquos de flautas
Rios de lágrimas em cascatas
PRUMIRIM EM UBATUBA
Rio desce e para
Lago doce, em vertigem, rola
Ribanceira, cachoeira, mar afora
TÃO ÓBVIO E TÃO ANÔNIMO
Aquilo que parece ser, não é
Avesso da mentira
Contrários de verdades
NO SONO DAS ÁGUAS
Semente desgarrada
Brotando ao sol
Vida carregada de futuro
CINZA, CHUMBO E FEL
Na selva do asfalto
Chuvas ácidas berram
Desesperadamente pelo verde
MÚLTIPLOS EUS
Na horafatal
Desfaço nós dos meus laços
E me rendo ao abismo
ENCONTRO COM MEU EU
De que adianta ter medo?
Não se escapa do
Instante fatal
NO MEIO DO NADA
O mais doce sorriso veio
Entre roupas sujas e rasgadas
Da manhã orvalhada
MEUS PSEUDÔNIMOS
Flor de Liz
Rosa Luz
Estrela Sol
SOU IMPULSO DE SER “EU”
“Só” me vejo
Sem identidade, sem idade
“Eu”, estrangeira de Mim
EM BUSCA DO MEU EU
Sou saudades do que fui
Do que restou, onde não estou
Dos sonhos que de mim se ausentou
QUEM SOU EU?
Sou o que tenho dentro da mente
E não o que tu consegues mentir
Sobre mim ou sobre ti
BOM OU MAU?ESCOLHA
O bem e o mal
Moram dentro de você
Alimente o que você escolher
DIÁLOGO COM PESSOA
Mário Sá se suicidou?
Pra conhecer
O outro lado da vida?
APRENDIZAGENS
Enfrentar os sentimentos
Segurança no palco do medo
Amor nos desencontros
O QUE É SER FELIZ?
É não ser vítima dos problemas
Assumir a construção
Da própria história
ONDE FICOU A PARTE QUE ME CABE?
Em algum lugar
Meu nada é tudo
Hei de encontrar quem fui onde restou
DESAPEGO É O SEGREDO
Desatar nós
Ao próprio Eu
Perdoar! Filtrar emoções!
SE ELE PARTIR
Enfeite-se de estrelas
Toque uma flauta
Faça serenatas ao luar
SE ELE VOLTAR
Não apague a luz da lua
Toque clarins e tambores
Acordes aos dias de alegrias
VIVER EM SOCIEDADE NÃO É DIFÍCIL
O pior é viver comigo
E com todos os conflitos
Aqui dentro de mim
BOLHAS DE SABÃO
Explodindo ao vento
Ilusão de beijos
Tocando ar com desejos
CABELOS AO VENTO
Alegria do vento
Após despentear cabelos
É sacolejar a lua
ESPALHA FOTOS RASGADAS
Eu, bruxa,
Varrendo rua
De minha dor e sofrimento
BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Dentro delas dores mil
Saudades sem olhos úmidos
Vento, leve embora minha dor
ALMA MORRE DENTRO DO CORPO
Se tens consciência
Da morte em vida
Da floresta incendiada
ENFRENTE-A!
A pior prisão
É o teu medo
Da solidão
FOTO ANTIGA
Tão perto dos olhos
Tão longe da respiração
Aconchego saudade ao coração
SAUDADES
Água doce do riacho
Abelha doce mel do meu licor
Vida saudável do interior
O QUE É A SAUDADE?
É um pingo de estrela
Lacrimejando
Do Céu
SENTIMENTOS
Não há remédio que os cure
Estão escritos na pele
Tatuagens de saudades
JANELAS DO OLHAR
Vem dos teus olhos
Palavras não ditas
Em tudo entendidas
SURREAL
Tudo é possível
Nas im(prováveis)
Surrealidades da vida
POLITICA
Tempos estranhos
Tudo é surreal
No Brasil dos desenganos
PRECAUÇÃO
Plantei um pé de mim
Raízes pra recomeçar
Caso o voo falhar
LIÇÕES DE ÍCARO
Prisão não é vida
Na incerteza, voe
Não tão alto que não possa cair
PRECE AO ANOITECER
Faça o milagre da divisão
Da multiplicação
Aquarele, oh Deus, a lama de Mariana!
SOU MAIS DO QUE SONHOS
Quero lavar o destino
com cascatas de querer
bem depois do Sol nascer
POESIA É AR
É vida, vento
É movimento
Sem ela não respiro
POESIA É TUDO
Verso e reverso
Verdade (in)verdade
Angústia e felicidade
SOU POESIA
Eis que me movo
E me perco e me encontro
Nas entrelinhas dos meus versos
VERSO E REVERSO
Sou eu em mim
Fora de mim
Poesia e fim
FOTOS PUÍDAS
Linha do tempo
Ascendentes
Só eu sobrevivente
NÃO ME CONTENTO COM FATOS
Preciso de utopias
Sonhos intocáveis ao acaso
Não posso ficar com o real
MINHA ÁRVORE DA VIDA
Tem sabor de realidade
Verdades mutáveis
Erros de egos, status de vaidades
AMOR PRA SEMPRE?
Eu te amo, tu me amas
Eternidade afora
Dentro da finitude do corpo etéreo
AMOR CONTENTE?
Amor semente
Amor só, mente
Amor somente
SINTONIA
Luz, ponte de silêncios
Amor muda o olhar
Olhos nem piscam
SEM BRILHO PRÓPRIO
Não lê, não se informa, não participa
Repete opiniões
Deixa-se manipular por luzes alheias
OLHAR FAISCANTE
Amor, ponte de silêncios
Luz brincante
Diálogo mudo
AMIGO TÓXICO
Apaga a vela
Alimenta-se de tua luz
Brilha no teu velório
LUZES APAGADAS
Vermelhos ou verde amarelos
Sempre o mesmo lado que morre
Sempre o mesmo lado que mata
APRENDER NA ADVERSIDADE
Viver com intensidade
Lamber feridas
Sorrir da dor
É PRECISO MARCAR PRESENÇA
Somar idiossincrasias
Testar querências
Ser alguém na multidão
TERNURA
Há de se preservar
Doçura do olhar
Fragilidade de uma borboleta
CORREÇÃO DE CARÁTER
Urgente!
Erros... Observo nos outros...
Corrijo em mim
VOCÊ CHEGOU
No outono do meu viver
Quando já estava
Desistindo de sobreviver
QUANDO VOCÊ CHEGOU
Mancando de dor
Por não mais querer
Eu te abri as portas do meu viver
MINHA ÁRVORE DA VIDA
É assim: água corrente
Nas manhãs incandescentes
Abraçando sol lua paz nascentes
SEMEAREI RESTOS DE UTOPIAS
Pingos d’água em folhas secas
Sol em dias nublados
Vento no ar parado
NOS CAMINHOS DA UTOPIA
Sou educadora
Ambientalista
Vivo navalha na carne
NA TRILHA DA UTOPIA
O improvável, minha sina
O impossível, minha meta
O que não pode, cabe!
AQUARELANDO A PAZ
Cuide de retirar do caminho da vida
Ervas daninhas
E colherás a PAZ
AQUARELANDO A BELEZA
Combinação do silêncio
Esmaecimento do anil azul
Fui eu que a descobri bela!
SONHOS DE ÍCARO
Coladas com cera
Apenas
Derretem-se penas
SINESTESIA
Poesia, luz do Sol
Calor olor perfumes
Antes de se derreterem penas em mim
O VENTO CIRCULA
Entre sonhos de igualdade
Ao redor de uma estrela
Cercada de ódio que não sinto
SONHOS AO VENTO
Está no DNA
A paz que há de voltar
Nossa luta há de vingar
NA PALMA DE MINHA MÃO
Caem pingos de neblina
Ondas deslizam n’água
O vento mastiga estrelas
TEU AMOR É PERFUME NO AR
Inalo
Reabasteço meu ser
Devolvo ao vento
SOMOS OSTRAS FERIDAS
Pérolas em praias desertas
Em ilhas secretas
Em mares intocáveis da utopia
SOL DAS ESTRELAS
Dedilho só
Ao violão, lua no chão
Crio meu som Do Re Mi Sol
UTOPIAS
Todo impossível se realiza
Nesta metamorfose constante
Eterna busca de (im)prováveis
NOS CAMINHOS DA UTOPIA
Sou ponto fora do fio
Arame farpado na trilha
Equilíbrio perdido na esquina
CURVAS DA ESTRADA DO VINHO
Caminhos do Paraíso
Asas ao volante
Vinho e pão em gratidão
NAS NUVENS
Remo rimas de algodão
E navego
Em teu coração
BARCO A ESMO
Envolta em névoa
Nua, te procuro
Nas nuvens de algodão
SONHOS
Das verdes margens do rio
Voo para as nuvens
Árvores de algodão
TE VEJO
Remo a mão
Rimando estrelas
Entre nuvens, névoas, blumas
MANHÃ DE DOMINGO
O que vamos sonhar?
Sol, vento, mar?
Cachoeiras, verdes ares pelo ar?
DOMINGOS DORMINDO
Acorda preguiça
Hoje é dia de linguiça
Churrasco, caipirinha, piscina
MANHÃS ITALIANAS
Macarronadas
Liz criança enrolada num
Avental de vovó
NOS CAMINHOS DA UTOPIA
Sou dente de leão
Esvoaçante
Ao léu
A UTOPIA
Apetece-me a alma
Seja lá o colorido que flor
Perfumado de amor
BARQUINHOS DE PAPEL
Embarco nesta metáfora
Solto palavras ao vento
Nuvens de poesia
MEU DIA VAI BRILHAR
Nuvens escondem raios de sol
Dobradura de barquinho de papel
Mistura a esmo de ilusão e mel
ENTRE NUVENS BAILANDO
Remendo sonhos
Vejo-te na transparência
Das miragens eternas!
ESPERA
Olho pro infinito
Tua visão se dissipa nas nuvens
Não há o que encontrar
METAMORFOSE NÃO TÃO UTÓPICA
Entre o infinito e
O árido chão
Uma borboleta em minha mão
MINHA UTOPIA É SER FLOR
Desfolhar a cada outono
Só pra me vestir
De primaveras
NINGUÉM ME TIRA A UTOPIA
Encaro o futuro a longo prazo
Não participarei da colheita
Morrerei semente
UCRONIA
Crio avatares
Em universos mágicos
Poesias em potes de ficção
DICOTOMIA
Ucronia... Visão idílica
Da vida tradicional
Hoje utopia nas redes sociais
PONTO DE ENCONTRO
Ucronia utopia
Alianças de ouro
Num pote de desejos
ENTRE UTOPIAS E UCRONIAS
Almas se perdem
Desejos de interferências
Pra trás ou pra frente
PARA QUE SERVE A UTOPIA?
Se é impossível
De nada serve
Só que é suporte do meu caminhar
PARA QUE SERVE A UCRONIA?
Se é impossível tempo voltar?
Lembrar, refletir, questionar
Não repetir é o que há
CAMINHOS NOVOS?
Às vezes só precisamos
De um novo olhar
Dentro da mesma utopia
ENERGIZANDO A UTOPIA
Evapore seus medos
Num varal ao sol
Fé na intuição
UTOPIAS
São palavras sem pernas
Asas em cada uma delas
Voando o indizível
ABRACE A UTOPIA
Pendure fatos reais
Num varal
Que o sol os evapore
E DEUS CHOROU
Cinza banhado de sangue
Nuvem negra fez da tarde noite
Luto pelo ouro verde perdido
NAS RUÍNAS DA UTOPIA
Vassoura na mão
Eu, bruxa, recolho
Pedaços de esperança
ENTRE A JANELA E A VIDA
Escolho flores
Perfumando sombras
Destrancadas de amor
MINHA INDAGAÇÃO
Olho pra mim
O que espero
Sentada na janela?
SOL DE ESTRELAS
Veio brilhar na janela
Dar beijos na face dela
Declarar amor por ela
CARTAS DE AMOR
Seguem pedaços
Aos poucos de mim
Mosaicos em fiapos
CARTAS DE AMOR
Nostalgias ao avesso
Alegrias na saudade
Lembranças perdidas
TINTA NO PAPEL
São lágrimas
Salgadas de dor
Bálsamo de Saudades
ENVELOPE SEM CEP
Beijos secos
Salgados de adeus
Irrealizáveis na madrugada
PASSADO A LIMPO
Escreve um adeus
Rasga mil fotos
Cola envelope com lágrimas
ESCREVA
Lágrimas salgadas no papel
São tintas... Pintam sofrimento
Alcance o voo da libertação
NAS TRILHAS DE UMA CARTA
Chovem pensamentos
De ser existir caminhar
Palavras em versos e rimas
NEM BEM O SOL DESBOTARA A NOITE
Desfiava a neblina
Delirava o dia
Ela se colocava à janela
SONHO DE ETERNIDADE
Um livro é a oportunidade
De se viver além
Do próprio tempo
À JANELA
Nas tardes quentes
Tecidas pelo tempo Sol
Escrevo música Do Re Mi So
À JANELA
Os raios do sol
Perpassam vidros fechados
Viro poesia
NOS CAMINHOS DA VIDA
Danças de mão em mão
Danças na contramão
Mudanças, mais danças, andanças
CAMINHOS
Vou indo
Me enfeitando
Desviando dos espinhos
NOS CAMINHOS DA PAZ E DA GUERRA
Há de se honrar a ética
Esta fera rebelde que implora
Pelo coletivo pensar
CAMINHOS EM CONSTRUÇÃO
Cada ser que cruza minha vida
Deixa algo de valor
Um pote de açúcar ou dor
SE EU ME PERDER
Eu me procuro
Invento peças do meu mosaico
Mas se faltar poesia, morro!
NAS CURVAS DO TEU ABRAÇO
Encontro caminhos
Opostos
E brinco com desencontros
PERMITA-ME OS CAMINHOS DO AMOR
Entre a sua esperança
E a minha desilusão
Permita-se o enlace de nossas mãos
NA VIDA, CAMINHOS SECRETOS É REGRA
Solidão é palavra de ordem
Corrimão que da mão escorrega
Labirinto escuro sem trégua
CIÊNCIA E FÉ
Nada é efêmero
Só eu e você
Que passamos
CAMINHOS
A gente se encontra
A gente se perde
Os caminhos continuam
CAMINHOS OPOSTOS
Passos na escada
Rastros na esquina
Flores estilhaçadas
REVOLVER CAMINHOS
Dar meia volta
Retornar ao ponto de partida
Reviver escolhas perdidas
NA VIDA ABRACE A LUTA
Sucessos são rápidos
Fracassos, estéreis
O que vale é o caminhar
CAMINHOS DA VIDA
Todos estão dentro de ti
Permitas que a lua
Venha te abraçar
PISTAS NA ENCRUZILHADA
Deixei migalhas de mim
Rastros pra te fazer voltar
Pra caminhos de nós dois
PARA ONDE VÃO OS CAMINHOS PERDIDOS?
Será que a morte os libera
Para novas almas
Encantar?
PARA ONDE VÃO OS CAMINHOS PERDIDOS?
Será que a memória os esconde
Ou será que a alma transborda
Quando a morte chegar
ASAS LIVRES AO ACASO
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo solto, leve, volátil
PALAVRAS PERDIDAS NA MEMÓRIA
Podem ser reinventadas
Costuradas com linhas
E agulhas da criação
CRIATIVIDADE
Há de existir ideias a mais
Para juntar retalhos
Fluir imaginação
AQUARELANDO A POESIA
Rimas delicadas
Metáforas translúcidas de luz
Lua brincando com estrelas
CAMINHOS INTERROMPIDOS
Éramos um
Na travessia
Você partiu... eu fiquei!
VOEI PELOS CAMINHOS
Escolhi o céu cinzento
Tempestade veio
Minha asa quebrou
ONDE OS CAMINHOS NOS LEVARÃO?
Trilhas de alvorada ou abismos?
Seja o que for seremos
Arco-íris no final do túnel
AMIGO CANINO
É puro amor, deleite
“Ama-me porque eu te amo” (Eu digo)
“Amo, porque amo” (Ele diz)
AMIGO QUATRO PATAS
Entrega sem cobranças
Abanos de rabinho com perdão
Confiança, proteção
BÍBLIA DOS CÃES
Ama teu próximo
Mais, muito mais
Do que a ti mesmo
NA GANGORRA DA VIDA
N'amizade verdadeira
Pedimos carona pra lua
Somos estrelas ou vagalumes
EM TUA AMIZADE
Amor fiel encontrei
Pra nunca mais viver só
Respirei expirei
NOS MOMENTOS MARCANTES
Amizade é mel nas veias
Açúcar na canção de lágrimas
Solo fértil em árido chão
NA GANGORRA DA VIDA
Amizade é fonte de água doce
Desce em cataratas
Desfaz sal
NO PRECIPÍCIO
Amizade é braço forte
Segurando o outro
Antes do abismo
AMIZADE É RISO FÁCIL
Gargalhando juntos na rotina
Vomitando vaidades
E egoísmos do dia a dia
SEJA ONDE FOR
No tempo, no espaço
Na rotina, no infinito
A amizade nos satisfaz
SEM ISTO VALE A PENA VIVER?
Amor em sintonia
Lealdade e amizade
Sinceridade e união
A MELHOR AMIZADE
Está por vir
A sete chaves guardada
Nas asas do tempo
TROCA DE ENERGIAS
Somos partículas de luz
Poeira de estrelas
Universo em comunhão
REDE DE ESTRELAS
Caminhei na poeira do tempo
Cavalguei no balanço do vento
Deixei rastros de luz pelo chão
IMITAÇÃO DE ESTRELAS
Passa passa pisca-pisca
Sussurrando mil luzinhas
Vagalumes semeando poesias
ORGASMOS
Chibatadas do coração
Chicotes no peito
Corpos cavalgando estrelas
BEIJOS DE AMOR
Precipícios... Voo de risco
Estrela cadente
Pousando no chão
ARMADILHAS DO AMOR
Piscam estrelas no infinito
Cupido pisca do chão
Joga flecha no coração CAVALGANDO ESTRELAS
Corpos nus entrelaçados
Roubando fios de suor
Do universo
ALCANCE ESTRELAS
Ponta dos pés
Olhe sempre pra luz
Que vem do céu
ESCOLHO A MORADA DAS ESTRELAS
Sem nós
Nem preconceitos
Apenas nuvens de algodão
NUA PARA O UNIVERSO
Quero despir-me de mim
Deixar-me encobrir e vestir
De luzes das estrelas
ÀS ESTRELAS
Uma seresta
Um violão
Canção de amor
LUA DE ESTRELAS
Veio brilhar na janela
Dentro dela perfumes
Olores do nosso amor
SOLIDÃO
Fechei os olhos
Cavalguei estrelas
Inventei você
VITÓRIAS
Há pedras nos caminhos
Pule... Crie pontes
Alcance estrelas
ESCRITO NAS ESTRELAS
Destino traçado
Eu e você
Nós, emaranhados em nós
NAS ONDAS DO MAR
Lua respira sal
Dançam estrelas
No meu leve caminhar
APAGAVA, EU ACENDIA
Colecionei vagalumes
Estrelas nas mãos
Constelação toda minha
BUQUÊ DE ESTRELAS
Pés no chão, menina!
E eu sonhava...
Luzes em minhas mãos
OFUSCA AS ESTRELAS
O homem cria bombas
Atômicas
Nebulosa lua nas noites escuras
PINGOS DE ESTRELAS
Ondas deslizam n'água
O vento mastiga estrelas
Tritura minh’alma
AQUI NO MEIO DO NADA
A lua respira sal
Estrelas dançam
Nas ondas do mar
DESEJO
Minha nudez d’estrelas pratear
Ou me cortar de lâminas da lua
E só boas lembranças fatiar
SOU EQUILIBRISTA
Em metamorfose constante
Driblando estrelas brilhantes
No infinito da vida
FÉ
Maior farol não há
Do que uma estrela
A te guiar
LUZ DAS ESTRELAS
Em teus olhos
Encontro paz
Sigo feliz
NA DÚVIDA
Siga a intuição
Converse com estrelas
Elas entendem de amor
UM BEIJA-FLOR SEGREDOU
De dia
Estrelas se escondem
Pra energizar noites de amor
AULA DE LUZ
No buraco negro do infinito
Uma estrela nos ensina
Farol luz ao amor
SAUDADE É O QUE FICA
No ponto curvo da esquina
Onde a paisagem desatina
Esfumando perfil de quem partiu
SAUDADE É O QUE RESTOU
O sabiá que cantava
De repente se calou
A pedra vingou
SAUDADES DA DEMOCRACIA
Voto cassado
Opinião perdida
Golpe sobre golpe dentro do golpe
SAUDADES EM POTES DE GRATIDÃO
Janelas d'alma
Espelhos sorridentes
Canções de ninar
QUEIMAM SAUDADES
Diário em chamas
Cinzas ao vento
Memórias que se apagam
(A)GOSTO DA SAUDADE
Não sei se amo mais o colorido
Ou se flutuo no verde de
Setembro, onde me perco
LABIRINTO SEM SAÍDA
Florestas incendiadas
Rios poluídos
Fome para ex bichos…
FILHOS PRÓDIGOS
Do lar ao lar
Trilhas sem norte
Retornos
RETALHOS DE SAUDADES
Seres passam em minha vida
Uma cor, uma flor
Um pedacinho de dor
SAUDADE DO FUTURO
Bateu forte no coração
Esperança perdida num furacão
De imundícies e mentiras fakenews
PARAÍSO ANGELICAL
Vinde verde...
... que te quero verde
Vertente Sol nascente
FELICIDADE SE FOI
Lágrima secou
Só lembranças de tua presença
Saudades se faz presente
SINTO SAUDADES
Dos sonhos que sonhei
Do que poderia ter sido
Do que jamais serei
MARIA FUMAÇA
Peguei carona num foguete
Distância faz esquecer
Saudade lembra devagar
OSTRAS FERIDAS
Saudades são pérolas
Sentimentos expostos à dor
Avessos ao amor
ONDAS DE SAUDADES
Às vezes capazes de nos afogar
Outras tantas tão suaves
Que só vêm nos acariciar
REDE AO VENTO
Balança pra lá e pra cá
Te leva e te traz
Saudades
TÃO LONGE... TÃO PERTO!
A distância não te esquece
A saudade me entristece
Voos de solidão
PLANTEI NO CORAÇÃO
Um pé de saudade
Sol girassol in memória
Luz que me faz brilhar
BUSCO NA SAUDADE
Reflexo no espelho
No brilho dos meus olhos
Minha face perdida
ENTRE FIAPOS DE LUZ
O Sol fulgia
Anjos cantando em harpas
Canções de paz
ANJOS ME ABANDONAM
Mãos de loucos diabinhos
Inferno em fogo queimo
Em pecado, sinto você comigo
METRÔ DAS SEIS
Sem lugar
Sem rir
Sem falar
SINTO SAUDADES
Dos poemas e beijos e abraços
Das belas frases de amor
Que nunca escrevi
TUDO EM VÃO
Volto do teu ninho
Trazendo espinhos
Decepções estilhaçadas no caminho
SILÊNCIOS
Vivo o acaso e o momento
Me divido, mil pedaços
E só na saudade me encontro
SAUDADES DE MIM
No fundo do quintal
Um pé de goiaba
Um livro de Lobato
SAUDADES GIGANTES
Da Liz flor
Imperfeita menina
Que já morou dentro de mim
LÁPIDE
Aqui jaz
Amor incondicional
Leal real saudade fiel mel
VEJO DEUS REMANDO MEU BARCO
No orvalho da manhã
Elevo meu olhar
Ao infinito
BRINCADEIRAS
A maior alegria do vento
É sacolejar as nuvens
Criar desenhos em barcos de
papel
QUERO NUVENS
Pra remontar pedaços
Estrelas pra colar mosaicos
Barquinhos pra viajar nos sonhos
SÓ QUERO NUVENS DE ALGODÃO
Que entre minha alma e
A morada das estrelas
Não existam nós
SAUDADE
Você partiu pra
Morada nas estrelas
Rema rimas entre nuvens
MUTAÇÃO DE SENTIDOS
Nas nuvens remei música
A mais linda que meus olhos ouviram
A mais bela que meus ouvidos viram
INVERSO DO MEDO
É a Fé, não a coragem
Sem ela os sonhos murcham
A esperança vai além
ISTO É VIVER?
Medo de gente que mata gente
De gente que mente
De gente que acredita em quem mente
AMOR VIRTUAL
Coração de vidro
Sintaxe mecânica
Não é real
AMOR VIRTUAL
É por ti que meu coração bate
Que importa se não és real
Se, por fim, pôs fim à solidão banal?
ASAS DA IMAGINAÇÃO
Indago ao acaso: O que é real?
Tua energia que me inspira?
Ou a solidão que não sinto mais?
É PRECISO RASGAR O MEDO
Ser gigante na fé
Sonhar sem medidas
Sem limites
QUERO O NOVO
Quero manto da coragem
Medo me apetece a mesmice
A rotina apavora-me
ETERNIDADE
É não ter medo de morrer
Para seres outro
Tens que morrer no que eras
NO BRASIL PÓS GOLPE
Medo impera
Roubos e assaltos são normais
Olhos fixos em câmaras são fatais
MEDO DE ARRISCAR? JAMAIS!
Agir em prol do que sonhamos
Mudar estratégia da vitória
Adiar desejos secretos SENTIR MEDO É ESTAR...
Morta por dentro
Vivendo a cada dia
Como quem precisa um vício superar
MEDO DE ARRISCAR? JAMAIS!
Saio do casulo
Agito asas frágeis
Arrisco o voo
MEDO DE SOLIDÃO?
Tenho não... É inevitável
O instante de encontro
Do nosso eu com o infinito
SEM MEDO DE ME COLORIR
Numa linda paisagem
Perco-me
Nem faço questão de me achar
O MEDO APRISIONA
Desate nós do teu medo
É ele quem te mantém
Dentro do cárcere
SEM MEDO NO CORAÇÃO
Lula continua livre
Consciência limpa
Aberto ao amor
DENTRO DO PURO AMOR
Na imensidão do infinito
Mar e lua se encontram
Sem medo do puro amor
A VERDADE VENCE O MEDO
Já não há como escondê-la
Grades não surtem efeito
Consciência limpa é tudo
LÁPIDE
Aqui jaz o medo
Ressuscitará logo que
A primeira decepção o acordar
QUINHENTOS ANOS DEPOIS
Índios andam nus
De terras, saúde
De fé... De liberdade
INDÍGENAS TRAZIAM ARCOS COM SETAS
Pousaram arcos
Tivessem lançados setas
Colonizariam os invasores
A POESIA ESTÁ NAS INSIGNIFICÂNCIAS
Palavras dão sentido
Ao nada exposto
Brincando no chão com formigas
SONS DA POESIA
Passos na escada
Rastros na esquina
Folhas amassadas
SONS DA POESIA
Rio sempre novo
Reciclando tempestades e lágrimas
Vento sacolejando lua
ARMAS PALAVRAS
Cruzar os braços... Jamais!
Ainda nos resta a Poesia
Que nunca "servil" a ninguém
A PRIMEIRA VEZ QUE ME SENTI POESIA
Arco-íris perpassou
Pelas frestas abertas do vitrô Luz a perfurar folhas de alfac
PASSEIO DE TREM EM CAMPOS DO JORDÃO
É só luz
Magia de cores
A brincar com o verde dos penhascos
SÓ DEPENDE DE QUEM VÊ
Pele branca pele negra
Onde estão as diferenças?
Onde estão as riquezas?
NÃO CONSIGO VIVER EM BRANCO E PRETO
Preciso da magia
Cores delicadas, pétalas de rosas
Arco-íris no horizonte
SE ME FALTAREM LINHAS
Teço pontos ao acaso
Novas cores traçadas
No bordado rendado
SE ME FALTAREM LINHAS
Teço uma nova vida
Corte e costura de minhas desilusões
Artesanato pueril de ilusões
SOL AQUARELANDO A VIDA
Perpassa fios de rendas da cortina
Vento agita ares
Cores voam pela janela
ANTES DA LUA SONDAR A ESCURIDÃO
Tempestade de cores no horizonte
Aos nossos olhos
Autênticos borrões de amor
AQUARELANDO O ENTARDECER
Céu amarelo girassol
Fogo queimando tardes de verão
Acendendo luzes em contradição
QUERO ME VESTIR DE AZUL
Aquarelar meu coração
Deixar rastros de paz no caminhar
Só pra teu amor me encontrar
MOSAICOS SEM ENCAIXE
Galhos retorcidos em quimeras
Céu azul, anil, verde musgo
Aquarelando esperanças
PÉS NO CHÃO, MENINA!
Esqueceram de perceber
De nada adiantava me dizer
Já aquarelava nas estrelas
AQUARELANDO A PAZ
Cuide de retirar do caminho da vida
Ervas daninhas
E colherás a PAZ
AQUARELANDO A BELEZA
Combinação do silêncio
Esmaecimento do anil azul
Fui eu que a descobri bela!
SONHOS DE ÍCARO
Coladas com cera
Apenas
Derretem-se penas
SINESTESIA
Poesia, luz do Sol
Calor olor perfumes
Antes de se derreterem penas em mim
NUNCA DESISTO DE MIM
Dos céus, despenquei
Colei asas, voltei
Desertos de mim enfrentei
DESAFIO
Fuga!
Labirinto de dor
Asa Delta... Voo libertador
Incertezas de um novo amor
MAGIA DAS AQUARELAS
Cores delicadas
Pétalas de rosas
Arco-íris no horizonte
AQUARELANDO MEU OLHAR
Reflexos de Narciso
Um, dois, três nuances diferentes
Quatro, cinco, seis do meu verde olhar
MANHÃS AQUARELADAS
Sol seca ramagens
Nenhuma raiz de orvalho
Finca pé nesta morada
PAISAGENS MÍSTICAS
Cerejeiras em flor
Tapetes do Criador
Perfumam esta nação
LÍRIOS DE ESPERANÇA
Em campos desertos Luz no olhar da criança Magia da poesia HÁ ESPERANÇA Uma borboleta voa Pousa no lírio paz Ouço canção de amor
DELICADEZA
Gueixas a serviço do amor
Na ponta dos pés
Aos pés do Senhor
FOME NÃO EXISTE
Hortinhas nas varandas
Vasos de hortaliças
Perfumam cantinhos de sol
LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Escondem casulos amordaçados
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras
LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Rosa desabrocha
Uma borboleta voa
Corpos adubos embaixo da terra
COISAS IM(PROVÁVEIS)
A fé promove
Ressuscitar
Tornar a viver
SURREAL
É a luz divina
Tocando tambores
No alvorecer
SURREAL
É o dedo de Deus
Visceral
Apontando erros teus
SURREAL
É a magia real
Do som musical
Das cordas do teu violão
SURREAL
Pegar carona
Num cometa
Pra beijar estrelas
QUARTEL SURREAL
Caneta e papel
São munições
No mundo do escritor
MEU EU SURREAL
Ostra ferida
Pérola brilhante
Renasce pra vida
SURREAL
É o casulo amordaçado
Liberar o voo
Da mais bela borboleta
AMOR SURREAL
Girassol sob luz do sol
Energia vital
Escada de arame farpado
DE PERNAS PRO AR
E foi a vez da menina
De inverter a situação
Rir muito sem parar
SOFISTAS MODERNOS
Power Point escambal
Viraram meu país
De pernas pro ar
RI RIOS
De pernas pro alto fiquei
Menina pergunta ao careca
Teu cabelo caiu pra barba?
NA REDE
Meu país nas mãos de loucos
E eu jaz na varanda
De pernas pro alto
SONHOS DE PAPEL
Pós golpe
Voto cassado
Brasil de pernas pro ar
A PRESSA APERTA O PASSO
Na praça, o velho e a criança
O cachorro e o gato
O tempo solta o elástico
ASSÉDIO
Moral, sexual, intelectual
Às favas!
Quero mais é ser eu mesma
ESTEREÓTIPOS
São tantos, preconcebidos...
Realizações perfeccionistas
Aceito minhas imperfeições
PERMITA-SE
Cão viver
Adote, doe... Não abandone
Seu melhor amigo espera por você
MUNDO MODERNO
Muralha da China
Mortalha icônica
Divisão das hierarquias
TAJ MAHAL
Fios de ouro na cúpula
Amada muito amada
Jóia do palácio
MAC PICCHU PERU
Instigante por natureza
Cidade perdida dos Incas
Aguça nossos olhares
CHICHÉN ITZÁ – MÉXICO
Sítio arqueológico
Maias é lógico
É maravilha em atração
COLISEU – ITÁLIA
Luta de gladiadores
Império romano
Palco de guerras modernas
CATARATAS DO IGUAÇU, BRASIL E ARGENTINA
Países rivais só no futebol
Na natureza partilham de belezas
Espetáculo sem igual
ILHA JEJU, CORÉIA DO SUL
Ilhas vulcânicas
Águas azuis
Celebram a pausa da paz
NÓS" NO PODER
Posturas divergentes, sim
Ódio, não
As pontas se separam
AVESSOS DO PODER
Portas abertas
Gaiolas destrancadas
Permanece quem conhece a liberdade
FAKE NEWS (O PODER DA MENTIRA)
Rede de intrigas
Teias de fios tecidos
(in)certezas invertidas
PARQUE NACIONAL DE KOMODO, INDONÉSIA
Praias paradisíacas
Em cenários vulcânicos
Preservam dragão
PUERTO
PRINCESA, FILIPINAS
Formações rochosas
Escondem grutas e cavernas
Em praias de águas cristalinas
MONTANHA DA MESA, ÁFRICA DO SUL
Lar da fauna e flora
Vigia de seu destino
Abrigo da mãe natureza beleza!
LUZ DIVINA
Clarão no meio da árvore
Primavera cor de maravilha
Sol fustigando folhas e flores
NUM JARDIM
Cheiro de terra molhada
Perfume de flores
Visita breve de uma borboleta
MARAVILHAS DO MUNDO
Campos de flores
Brincos de princesa
Pássaros a beber seu mel
CAMPOS DO JORDÃO
Extasiante candura da serra
Hortências azuis
Mistura de ferro e trilhos
OÁSIS NA MONTANHA
Meu paraíso ali está
Farol cor do sol
Respingos de flores
OÁSIS NA SELVA
Em volta de mim
Armas palavras
Eu, livros nas mãos
AMANHECER
No horizonte um clarão
Oásis na escuridão
Luzes para meu coração
LUA CHEIA
Oásis pra alma
Canção de ninar
Música pra me acalmar
CORDAS DE VIOLÃO
Seresta ao luar
Desafia o silêncio
Oásis na penumbra
OÁSIS NO ASFALTO
Buracos furam pneus
Eis em um deles
Uma flor a respirar
UM OÁSIS NECESSÁRIO
Chuva intermitente
Frio angustiante
Represa crescendo
EM SÃ CONSCIÊNCIA
Inconsequentes
Tantas flores ao alcance das mãos
... as pedras rolando...
PENSAMENTOS LIVRES
Nós do inconsciente desatados
Voos conquistados
Jaulas abertas
SEM CONSCIÊNCIA
Jaulas abertas
Mergulha-me nas entranhas
Abismos abissais... Orgasmos
ASA DELTA
Alheio aos próprios atos
Sorrindo às gargalhadas
Consciência alienada... despenca...
DORES NO CORPO
Inconscientes gritos
Asas quebradas
Contidas, querendo voar
CIÊNCIA SEM CONS
Quatro paredes brancas
Travesseiro macio
Desaba em abismos
VIVER PARA O OUTRO
Coletivo é fundamental
Coisa de gente corajosa
Consciência individual
TEU OLHAR
Anseio te ver
No fim do dia
Oásis no caos
MEU GUARDIÃO
Anjo que me conduz
Oásis na escuridão
Força fé pro meu coração
ENTRE O CÉU E A TERRA
Segredos
Juízo final
Você e Deus
PISTAS PSICOLÓGICAS
Segredos selados
Abertos ao ser eleito
Escolha prévia de respostas
SETAS DE CUPIDO
Fechaduras do coração
Segredos bem planejados
Alvo flechado
EM QUEDA
A contou pra B
BCD
DA... Segredo novo?
COISAS NOSSAS
"Conta logo, Juju"
"É segredo"
"Se falar, deixa de ser"
OÁSIS
Carrego dores sem cura
Sem remédios e sem bulas
Aceitação faz a dor amenizar
FLORES NO PAPEL
Descobri um oásis
Palavras em poesias
Rimas soltas em alegrias
TINTA NA TELA
Espátulas pincéis
Oásis de cores
Desertos de vazios
OÁSIS DO ENTARDECER
Pingos vermelhos anunciam
Guarás em pouso ceg0
Riscam o horizonte azul
OÁSIS EM CARDS
Abraçar com letrinhas
Pintar favos de mel
Girassóis na ponta dos pincéis
OÁSIS NO DESERTO
Sinto teu beijo
Em lábios secos
Ressecados de tanta dor
OÁSIS EM SINFONIA
Minh'alma é orquestra
Tambores e violinos
Harpas e pianos
GESTO DE FLOR
Quero meu melhor sorriso
Oásis de amor
Primavera no olhar
VERTIGENS
Voos nas estrelas
Teu corpo Meu oásis BORBOLETÁRIO
Uma flor que voa
Pousou em minha mão
Oásis da poesia
OÁSIS DE INSPIRAÇÃO
Levei minha poesia pra praia
Areias palavras
Nas ondas do mar
OÁSIS SEM CRIATIVIDADE
Pincelei minha tela de tintas
Imitei as obras de Deus
Perfume barato, sem vida
OÁSIS EM PALAVRAS
A poesia tem pressa
Corram, venham depressa
Abraçar rimas em versos
OÁSIS DA FELICIDADE
O sentido da vida
É o amor
Perdê-lo é dor
NA LÂMINA DO TEMPO
Teu beijo
É oásis no céu
Da minha boca
EM DIAS DIFÍCEIS E FÁCEIS
Livros e poesia
Oásis de fantasia
Sinfonia de alegria
SÓ GOTAS
Chuva chove
Pingos molham
Gotas de amor
NAS TRILHAS DA POESIA
Chovem energias
De ser existir caminhar
Em versos e rimas
CHUVA OUTONAL
Pingos de amor
Pingos de dor
Gotas de saudades
PULE A POÇA D’ÁGUA
Não te enganes
Infiel uma vez
Sempre será
AO LUAR
Uma seresta
Um violão
Chuva de poesia
SEM POESIA, SÓ CHUVA DE SAUDADES
Mesmo que a foto se rasgue
Tempo umedeça cores
Ainda assim seremos nós por lá
NO SILÊNCIO DA MADRUGADA
Estrela cadente
Risca o céu
Faminto de galos cantantes
OPOSTOS DA MADRUGADA
Ouço calha em cascata
O que pra mim é música
Pra ti é goteira que castiga
ÚLTIMAS MEMÓRIAS
Pingos de orvalho
Mastigam estrelas
No silêncio da madrugada
SOLIDÃO
Gata no telhado
Namora ao luar
Eu, sozinha, a invejar
NA CALADA DA MADRUGADA
Vento canta de alegria
Geme de tristeza
Percepções opostas
NA CALADA DA MADRUGADA
Beija-flor acorda sol
Beijos de amor
Na pétala de flor
HÁ DE SE CUIDAR DA PAZ
Honrar a ética
Esta fera rebelde implora
Pelo coletivo pensar
COMO VIVER MELHOR?
Todo lado tem seu lado
Eu aqui do meu
Respeitando o seu
VIVER EM GRATIDÃO
Pelo ar saudável
Ao pão que te alimenta
Ao trabalho que te sustenta
VIVER EM GRATIDÃO
Trabalho, estudo, livros
Tudo junto
Em comunhão
A VIDA É CURTA
Longa demais pra doer
Na medida certa
Pra fazer sonhos acontecer
DOS CONFINS DO OCEANO
O sal salva(dor)
Da pureza d'alma
É tudo que vem para meu bom viver
SOU FLOR LIZ
Também sou Florbela
Nas lutas e vitórias
Que a vida nos revela
MULHER DE VERDADE
Intensa, poética
Que flor mais bela
Paradoxal violenta capela
ESPANCA MINHAS RIMAS
Teço versos
Pétalas de flores
Envergonhadas de rimas fáceis
O PERSEGUI(DOR)
O pensamento
Mastiga flor
Dentro da alma, engole dor
ERA UMA FLOR
Vento despetalou
Pintor roubou-me luz
Pintou ar sem flor
INVISÍVEL FLOR
Camuflo minhas cores
Finjo alegrias e tristezas
Sinto e ninguém vê
SOU FLOR
Rosa bela
Raro momento Único de primavera
UMA ÁGUIA ME CONTOU
Que de lutas
Vive o vencedor
Gaivota deve voar sem temor
UM PASSARINHO ME FALOU
Quer brigar
Pode xingar
Eu revido com amor
UM PASSARINHO SEGREDOU
Tece o ninho
Bem quentinho
O amor vem vindo
UM ANJINHO SEGREDOU
Deste lado eu te seguro
D’outro vem o malfeitor
Cabe a ti escolher o bem me quer de valor
UM BEIJA-FLOR SEGREDOU
Na pintura a óleo
Cerejeiras não se lambuzam
De beijos de amor
PASSARINHO SUSSURROU
Não engula sua dor
Mastigue devagarinho
Suas tristezas de amor
ABRAÇOS DE VENTO
Farfalhar de folhas
Cheiro de ciprestes
... E eu...
SE A FOME APERTAR
Maçãs perigosas
Pecados do paraíso
Pegar ou largar
SINTONIA SEM O SOL
Entardecer
Girassóis se abraçam
Carícias de amor
BORBOLETA EM POUSO
Luz, amor e voo
Na camuflagem: orgasmo
Frágil, doce clímax
AVENTUROU-SE O PASSARINHO
"Sou infinito"
Cada vez que voava
Topo da mais alta colina
UM PASSARINHO SUSSURROU
Quando ele voltar
Cante uma linda canção
Emita a luz deste teu coração
O NOVO ME APETECE
Desafio a dor da saudade
Sempre que a vida pede
Novo olhar pro futuro
PARTE QUE ME CABE
Persisto, luto
De nada adianta
Neste latifúndio de esculhambação
MEU DESAFIO É VIVER
Pulsão de alegria
Carregada de dor Na imensidão do oceano
SETEMBRO VERMELHO... CORAÇÃO
Subornar vaidades
Desatar nós ao próprio eu
Perdoar-se!
AMANHECER DE UM DIA QUALQUER
Envolver-se no lilás
Respirar expirar azul laranja
Filtrar emoções
QUE DIA CINZA!
Que tal fazê-lo brilhar?
Tela em branco
Pinceladas e tintas no ar
COR DA ROTINA
Desgraça bate à porta
É vermelha, triste e feia
Rotina cinza, que saudades!
NÃO SEI VIVER EM BRANCO
A vida é hortênsias nos morros
Arco-íris em mutação
Branco na harmonia das cores
COR DA PREGUIÇA
Pijama, cabelos embaraçados
Cores alegres por dentro
Eita, que vida gostosa!
RENASCIMENTO DE MIM
No amálgama das cores
Está o branco
Paz, esperança, reinvenção
NÃO POR ACASO
Sou de Janeiro
Verão no coração
Branco de paz na alma
ARCO ÍRIS
Tesouro no fim da ponta
Primavera nos jardins
Perfumes de jasmim
NO DIA EM QUE NASCI
O vento varreu
Pétalas de manacá da serra
Eu, tapete, presente dos céus
A FELICIDADE TEM COR
É verde esperança
É azul rio, nascente
É amarelo, girassol, meu sol
A ALEGRIA TEM COR
É um arco-íris
Quando gira
É branco de harmonia
NAS TRILHAS DE VERÃO
Depilo pelos do coração
Energizo Paz
Brinco de ser feliz
MEDIAÇÃO DAS CORES
Fusão de cores em janeiro
Hortências azuis
Perfumes brancos de jasmins
TEMPESTADE DE CORES
Há paz dentro de mim
Sou de Janeiro, mês branco
Fusão de paradoxos
FUGA DO AMANHECER
Segunda feira cinza
Às nove já é laranja
Ao meio dia é sol
DIA DE MALHAR JUDAS
Sábado, não é dia qualquer
Depois da sexta tosca
Antecede a Páscoa, renascer
É MINHA ESTRELA
Treze, vermelho
Não é número de azar
Nem dia de liberdade comemorar
MARROM, COR DA MORTE
Lama tóxica, barrenta
Invade casas, quintais, pastos
Identidades, passado
MARROM, MORTE VISCERAL
Enlameando vidas
Matando tudo o que é vida
Deixando sede em tudo que é lugar
ABRIL AZUL
Cachoeira vertente
Nascente pingo d'água
Mar de azul contente
QUERO UM VESTIDO DE TAFETÁ
Transparente, pele a mostrar,
Deixar rastros de paz no caminhar
só para teu amor me encontrar
PARADA MUSICAL
Dominic nic nic
Sempre alegre esperando
Rita Pavoni na estação
DOAÇÃO INTERROMPIDA
Decidiram no marejar dos olhos
O dedal da vovó na gaveta
Da máquina fez a diferença
ANALFABETA
Italiana, sem letras,
Dez nas contas
Ninguém lhe passava a perna
MOEDAS E NOTAS VOANDO AO VENTO
Vovó reclamava
Vovô retrucava
Mas abria o colchão
CANJA DE GALINHA
Ela fazia pro vovô
Quem se regalava
Era eu
CAPELETIS, INHOQUES
Macarronadas
Quintas e domingos
Molho de tomates feitos em casa
NATAL, ANO NOVO, PÁSCOA
Mesa farta
Família enorme reunida
De repente: brigas
TARDES DE DOMINGO
Todos em volta da televisão
Pipocas ao som da canção
Roberto Carlos e animação
DANÇANDO NA MENTIRA
Carinha suja de açúcar
Roubado às prateleiras da vovó
Fingindo nada sei
BEIJO INESQUECÍVEL NO FUNDO DO QUINTAL
Meu namorado, pé de caqui,
Olhos fechados, beijo de boca
Uma taturana preta
CORAGEM E FUGA PARA VIVER UM GRANDE
AMOR
Conheceram-se no navio
Travessia da Itália para o Brasil
Família não permitiu
VOVÓ, DESERDADA, VOVÔ ORGULHOSO
Ela rica, ele pobre
Apaixonados fugiram
Percalços
NÃO ERA UM CONTO DE FADAS
Nem felicidade pra sempre
Nem tristeza sem fim
Intervalos de alegria, isto sim!
MEU CORAÇÃO NÃO SÃO FOLHAS LEVADAS AO
VENTO
Outono perdido no tempo
Descolorindo as árvores
Galhos secos
MEU CORAÇÃO SÃO BOLHAS DE SABÃO
Explodindo ao vento
Ilusão de beijos
Tocando o ar com desejos
VENTO
A maior alegria do vento
Após despentear os meus cabelos
É sacolejar a lua
BRINCADEIRAS DO VENTO
Pisca-pisca no infinito
Desenhos em nuvens soltas
Banhos de perfumes do universo
COMO UM VENTO FORTE
É na marcha das horas
Que vejo o tempo passar
Leva rajadas de saudades pro mar
SACO DE LIXO RASGADO
Vento espalha fotos rasgadas
Eu, bruxa, varrendo a rua
De minha dor e sofrimento
ESPERANÇA
Pó mágico da felicidade
Gaveta secreta da alma
Destrave cadeados
VOU BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Dentro delas dores mil
Saudades sem olhos úmidos
Vento, leve embora minha dor
VOU BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Vento parou mãos molhadas
Surpresa chegou
Brinquedo acabou
DEIXA O VENTO TE LEVAR
Tens tua vida pra cuidar
Desbravar horizontes
Voar outros montes
RECORDAÇÕES BROTAM DO NADA
Basta um cheiro
Sabor chocolate
Um papel Sonho de Valsa
QUARTINHO DE DESPEJO
Álbuns de fotos puídas
Abraços em covas guardadas
Memórias esvaecidas
A ESCOLHA É NOSSA
Onde estão nossas lembranças?
Cadeados em gavetas ou
Janelas escancaradas?
SOB A LUZ DAS ESTRELAS
Vou me cortar de
Lâminas da lua
Pra só boas lembranças fatiar
CAIXINHA DE VELUDO
Cabem todas as lembranças
Uma aliança de ouro
Confiança que a morte levou
GAVETAS TRANCADAS
Morta por dentro
Vivo a cada dia
Como quem precisa um vício superar
CHUVA DE LEMBRANÇAS
De dentro das gavetas
Lápides frias de cemitérios
Rostos, cheiros, saudades eternas
O QUE SOMOS?
Retalhos de sentimentos
Caminhos entrecortados
Vento carregando desejos
O VENTO ESPALHOU
Sabedoria alcançada
Tempestade
De livros
NOITE SERENA
Cadeira vazia
Cortina geme saudades
Ausência... Agulha
GAIOLA
Parte de mim é saudade
Liberdade, a outra parte...
Eu, presa, entre as partes
EMPODERAMENTO
Borracha no passado
Sem saudades do fim
Renasce entre feras
O VENTO ESPALHOU
Ódio no coração
Tempestade
De fakes
NESTA RUA VIRTUAL
Caminhos se cruzam
Palavras se trocam
Beijos jogados ao vento
JÁ TE DISSE ADEUS
Rajadas de vento
Martelavam no pensamento
Não te esqueças de mim
AMORES AO VENTO
Cortinas em cio
Jasmim no jardim
Amores em lençóis de cetim
É O MESMO VENTO
Refrescante na orla do mar
Tempestuoso pro telhado
Do barraco arrancar
POEIRA DE ESTRELAS
Somos luzes
Espalhadas pelo vento
Na imensidão do infinito
O VENTO LEVOU
Areia do tempo
Espalhou pela orla
E no fundo do mar
OH, VENTO, VARRE ÓDIO
Há uma força
Que nos conduz
A verdade vencerá
MIL CORPOS SEPULCROS
Beijos de lágrimas
Em lábios secos rachados
A lapidar a dor
LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Escondem casulos amordaçados
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras
LÁPIDES FRIAS DE CEMITÉRIOS
Rosa desabrocha
Uma borboleta voa
Corpos adubos embaixo da terra
VELHICE
No elástico do tempo
Pele se estica e racha
Mil filetes de vivências
QUARTEL SURREAL
Caneta e papel
São munições
No mundo do escritor
MEU EU SURREAL
Ostra ferida
Pérola brilhante
Renasce pra vida
SURREAL
É o casulo amordaçado
Liberar o voo
Da mais bela borboleta
SURREAL
São meus sonhos
Agitados no porvir
Partidas de nunca parir
SURREAL
Tudo é possível
Nas im(prováveis)
Surrealidades da vida
VIDA, OH VIDA! VALE A PENA TE ESCUTAR
Sol caminha de leste a oeste
Rajadas de vento
Apontam o fim do dia
FOTOGRAFEI A TARDE
Ao clicar o vento bramia
Mandava para longe
Folhas de um girassol
LIBERTE TEU CORAÇÃO
Ao sabor do vento
Deixe-o falar mais alto
Do que o pensamento
QUERO SER
O vento que te despenteia
A poeira que te rodeia
O chão firme da terra que tu pisas
JANELA ABERTA
Sol perpassa fios
Rendas da cortina
Vento agita ares
ASAS LIVRES AO ACASO
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo solto, leve, volátil
COLHO PAZ
Aqui onde lua respira sal
Estrelas dançam ao vento
Nas ondas do mar
ALEGRIA DO VENTO
É sacolejar a lua
Transformá-la em vaga-lume
Pisca-pisca no infinito
OH VENTO, LEVE QUEIMADAS!
Feche meus desgostos
A gosto de quem não vê
Os agostos sem chove
ONDAS GIGANTES
Traição
Ingratidão
Insuportável enfrentar
BAILADOS
A lua respira sal
Estrelas dançam
Nas ondas do mar
MARAGOGI
Águas cristalinas
Ouriços, peixinhos coloridos
Em alto mar já me perdi
CURVAS DO OCEANO
Mar e poesia me rodeiam
Alegria inusitada
Ver-te em mim
QUERO BRISA DO MAR
Gritar e saudar tua beleza
De mar a devorar areias
Afagar ar, me perder de amar
COMO ONDAS DO MAR
O tempo destrói vidas
Segue
Retorna aos nossos pés
PERGUNTAS SOLTAS AO MAR
Por que cargas d'água
Solidão vegeta em dor?
Até quando amor é dor?
CANÇÃO DO MAR
Ziguezagueando
Leva saudades pro mar
Traz o novo de lá
NÃO HÁ COMO FUGIR
Em mar deixar-se estar
De pés molhados
A bailar
O MAR ME INVADE
Árvores em mim envergam
Torturam-se entre rajadas
Lágrimas salgadas
MARÉ ALTA
O mar avança
Indefesa, pedra mansa
Desapareço
NA IMENSIDÃO DO OCEANO
Pra qualquer parte
Ou pro fundo do mar
Apenas um grão de areia
INTERVALOS
Marés alta e baixa
Tempestades e calmarias
Reina, majestosa, felicidade!
CHOVE SAUDADES NO MEU JARDIM
Pingos de amor, pingos de dor
Levam tristezas pro mar sem fim
Trazem de volta brisa e frescorr
FOTOGRAFEI A TARDE
Ao clicar o vento bramia
Mandava para longe
Folhas de um girassol
AQUARELE O SEU DIA
Não me digas que o amor se foi
Que sua música está sem tom
Que seu arco-íris está sem cor
MADRUGADA INSÔNIA
Sem conseguir sonhar
Ou pesadelos acordar
Subo a escada da poesia
UM VISITANTE INUSITADO
Lá de cima do telhado
Um periquito verde
Azula verde sol do meu olhar
PAÍS EM GREVE
Vovó não
Juju vem pro meu coração
Criatividade em ação
JUJU LÊ E ESCREVE MEU NOME
A parte de cima do B, pequena
A de baixo enorme
Vovó é barriguda
VOU TE CONTAR UM SEGREDO
Se te contar
Deixa de ser
Segredo
SEJA CRIATIVO
Otimismo à flor da pele
Distância de quem não acredita
Que a cada instante tudo se renova
NARCISO
Vejo-me por olhos teus
Espelho joga confete
Tu te vês em olhos meus
SEM EIRA, NEM BEIRA
Meu gatinho balança sonhos
Pra lá, pra cá, de bobeira,
Embala instantes risonhos
INJUSTIÇADO
Lá vem o cão
Volta a quem o desfez pedindo perdão
Por algo que nunca fez
OLHAR IRRACIONAL
Diz-me ternuras leais
Mais doces que o racional
Direto aos meus ideais
SE BOBEAR... ESFRIA
Cachorro quente
É QUENTE pra cachorro
Devoram
NA "LATA"
Cadê o gatinho?
Escondido de novo? Que papelão...
No vaso
AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA
Vareta é minha musa
Das ruas ao aconchegante lar
Adote, doe, não abandone!
VARETA
O nome veio de improviso
Tão magrinha
Coitadinha!
ORA BOLAS CACHORRINHOLAS
Apronto das minhas
De costas, me viro
Não te vejo, não me vês
INVENTE
Uma seresta
Um violão
Canção de amor
TELAS DA VIDA
Não há nada mais criativa
Nem mais belas
Do que telas pintadas por Deus
CRIATIVIDADE
A cada amanhecer
Novo horizonte
Nada mais belo visto da ponte
CRIATIVIDADE
Ao entardecer
Olho o sol se por
Nada mais fascinante
DE JOELHOS PERANTE A CRIAÇÃO DIVINA
Entrego-me nas mãos de Deus
Agradecendo
Fazendo o que sei: Amar ROTINA
Impõe regras, rótulos
Caminhos previstos
Há de se cuidar da criatividade
NUNCA DESISTO DE MIM
Dos céus, despenquei
Colei asas
Desertos de mim enfrentei
DESAFIO
Fuga! Labirinto de dor
Asa Delta... Voo libertador
Incertezas de um novo amor
PRECAUÇÃO
Plantei um pé de mim
Raízes pra recomeçar
Caso o voo falhar
LIÇÕES DE ÍCARO
Prisão não é vida
Na incerteza, voe
Não tão alto que não possa cair
VIVEREI
Poesia, luz do Sol
Calor olor perfumes
Antes de se derreterem penas em mim
CONVITE DE ÍCARO
Salamandras de alvorecer
Colam corpos: céu e mar
Tudo de bom pra se perder
INAUGURE A CRIATIVIDADE
Obrigações impedem fantasia
Impossibilitam utopia
Nocauteiam imaginação
REDESCUBRA ALEGRIA DE VIVER
Crie novo sonho
Inusitado destino
Criação pura da alma
NOS VERSOS DO POETA
Nada cabe
Tudo cabe
Desde que tenha criatividade
ENCRUZILHADA
Labirinto, sem saídas
Insisto... Persisto
Nunca desisto de mim
LABIRINTO SEM SAÍDA
Florestas incendiadas
Rios poluídos
Fome para ex bichos…
ESQUINAS
Calada na calada da noite
Azar de momento
Encontro com os "sem livros"
FILHOS PRÓDIGOS
Do lar ao lar
Trilhas sem norte
Retornos
TRAVESSIA
Abandonar roupas usadas
Desengaiolar-se
Ousar
ROTINA PARADOXAL Caminhos do passado Efêmeros... Fugazes Repetição impermanente
TECELÃ
Tece com seus dedos ágeis
Linhas, nós, desenhos inimagináveis
Criatividade mil
CRIATIVIDADE
Poeta enche livros
D’esperança
Despropósitos
ANDO POR AÍ
Semeando versos
Cultivando sonhos
Criatividade mil
SOU NUVEM CRIATIVA
Divago viajo
Viro água leve solta viro brisa
Viro ar em movimento vento
VEM
Num segundo
Num piscar de olho teu
Sou rios de mel
VELOCIDADE
Vida em combustão
Janela de metrô
Urge maria fumaça
VELOCIDADE EXTREMA
Pés no acelerador
Sem aMORTEcedor... Rodopiou
Abismou-se, sem pressa
EU SEI QUE VOU TE AMAR
Corpos a se tocar
Beijos a se trocar
Amor pra vivenciar
ALÉM DE MIM: ÁGUA CORRENTE
Manhãs incandescentes
Abraçando Sol Lua
Paz nascentes
SILÊNCIO E GRITO
Inocência da ausência
Agitação do barulho
Avessos de excessos
SANDÁLIAS GASTAS
Chuvas ácidas, mantos mortalhas
Insisto, persisto, abro asas
Voo bem alto em sonhos alados
PÉTALAS
Entre pedras da vida
Eu, flor tapete, pisoteada,
devolvo perfumes pelo ar
VERDES OLHOS SEM ESPERANÇAS
Assim você me transformou
Mulher invisível, sim senhor
Renascimento, por favor
DENTRO DA GARRAFA
Enjaulada
Por uma rolha tampada
Os eus perdidos de mim
PARTIDAS E CHEGADAS
Na partida
Resta a dor
Na chegada, o amor
VAGANDO EM TEUS BEIJOS
Vagam vagalumes na escuridão
Pisca pisca beija flores
Beija lábios com paixão
VINTE ANOS POETRIX
Com rimas ou sem rimas
Um projétil atirando no alvo
Menos é mais e é demais
ASAS DA VERDADE
Charges desvelam mentiras
Risos revelam verdades
Voos livres pelos ares
FAKE NEWS
Termo novo
Fábrica velha
De velhas politicagens
VERDADE & MENTIRA
Todos amam a verdade
Mas fazem dela maldade
E da vida, uma mentira
FAKE NEWS
Foram tantas mentiras
Com tanta veracidade
Que são verdades agora!
ROUBARTILHANDO HIPOCRISIA
Mentiras cabeludas
Se vestem de verdades
Sonham virtudes alheias
ESCREVO
Tintas no papel
São lágrimas
Que secam dores
EM BUSCA DA POESIA
Paquerei rouxinóis
Roubei perfumes de flores
Saltitei entre as estrelas
PODE ME FALTAR TUDO
Água, luz, calor
Alimento, paz, amor
Só não me tirem a poesia
NAS PÁGINAS DE UM LIVRO
Moram fantasias e delírios
Experiências de outros sentidos
Janelas abertas de outras almas
ACORDES DA MADRUGADA
Galo canta no galho maior
Faz a festa no terreiro
Acorda vida no velho celeiro
FELICIDADE
Não é casualidade,
É simplicidade
Nua de vaidade
TARDES QUENTES
Nas rendas tecidas pelo tempo
Lagartas expiram vida
Voam borboletas Do Re Mi Sol
O ESCONDIDINHO
No escuro do cinema
Tua mão na minha perna
Eu, suspirando desejos
CAMPO ABERTO
Borboletas girando, voando
Perfumes de rosas te amando
Ao som do universo flutuando
MILAGRE
No meu jardim leproso
Minh’alma em rasgos de silêncio
Faz da dor jardim de alvorecer
SILENCIAR O CORAÇÃO
Na aflição
É preciso manter a calma
Deixar ouvir canção de paz
O SILÊNCIO
Rua deserta
Preguiça na certa
Sem incêndios de gritos de dor
NO SILÊNCIO DAS RAÍZES
Culturas diversificadas
Aculturação compartilhada
Matrizes falsificadas
TRANSPARÊNCIAS
Nua
Visto-me de peles
Sem palavras
IM(POSTO)
Regras im(postas)
Grana im(posto)
Posto minha revolta
TELAS DE DEUS
Belas, imortais e tão reais
Mantém a vida
Que tanto cremos recriar leais
NÓS
Desate nós da minha vida
Retire nós dos meus anseios
Cascas retorcidas de velhas memórias
FAKE NEWS
Rede de intrigas
Teias de fios tecidos Mudando rumos da História
AH! SE CONSELHO FOSSE BOM
Promoveria a paz
Sabedoria
Dom de se calar na discórdia
POESIA CONVIDA
Para um Poetrix escrever
Em três versos, sou vida
Meu saber coloco ali
AMPLIAÇÃO DA VIDA
Sem pressa, escasso tempo
Viver sapiência de amar
dar sentido ao que interessa
FRUIÇÃO DE SABEDORIA
Incêndios de vaidades
Egos dirimir
Falsidades em cinzas
VIAGEM PELA VIDA
Pouco importa a experiência,
Embalagem é o foco
Sabedoria é insignificante
PESCARIAS DE DOMINGO
Na missa, fé
Na mesa, comunhão
Na cama, paixão
NOITE DE LUAR
Celular apagou
O que restou?
Eu toda nua pra você
SONHOS DE CRISTAIS
Orvalho nas manhãs geladas
Translúcidas transparências
Arco-íris congelados
NOITES SOMBRIAS
Sei me calar
Quero ver é esta turma do bang bang
Sendo calada na calada da noite
AMPULHETA
Areia desliza
Tempo escorre
Rio à procura do mar
ESCULPIR O BELO
Chuva esconde pôr-do-sol
Arco íris cambiou
Ao leve sol que voltou
PARA ESCULPIR LEVEZA DO TEMPO
Mar em minha pele
Céu nos meus cabelos
Perfume de lindas flores
ESCULPIR O AZUL
Uma tela de anoitecer
Cachoeira vertente
Nascente pingo d’água
SOPRO
Era menina
De repente, mulher
Agora, vovó
TEMPO DO JAMAIS
Relógio parou
Morte vingou
Momento acabou
DRIBLANDO O TEMPO
Vaga alma
Fora de mim
Em turbilhões de pensamentos
INDAGO AO TEMPO
Quero ser tua?
Em pencas despencas?
Escolho ser minha
SEGUNDOS IMPLACÁVEIS
Rumo ao infinito
Tempo abismo ciclo
Segue a marcha das horas
PLANOS QUE SE T(R)OCAM
Nostalgia primaveril
Reminiscência de sóis
Chuva, ar, vida
O MOMENTO É AGORA!
Estás aqui
Tens pouco tempo
Valorizes o presente
DIGA NÃO AO CAPITALISMO
Tempo é dinheiro?
Não é não
Tempo é o DNA da vida
VIDA VALE A PENA TE ESCUTAR
O pêndulo emite sons
Horas passam devagar
Água morna na cozinha
NADA A MUDAR NO TEMPO
Mesmice de sempre
Só prece em gratidão
Formiga nas palavras
UM PARAÍSO EM GRATIDÃO
Num portal de madeira
Dança um coqueiral
Cantigas de entardecer
CANÇÃO DA VIDA
Flores bailam
Suspensas de emoção
Futuro em gratidão
PRECE EM GRATIDÃO
No altar da vida
A agonia do dia a dia
Vela fé em chão poesia
DEMORA-TE NA GRATIDÃO
Pra ser feliz
Além da paz
Cultiva o perdão
NOS TRILHOS DA GRATIDÃO
Repousa o perdão
Trem bala
Balança coração
VOLVER O TEMPO
Poetas delirantes
Presente não agrada?
Ao passado retornamos
DELÍRIO VIRTUAL
Abraço-me ao imaginário
Meus seus dedos me tocam
Minha sua respiração ofegante
DELÍRIOS VIRTUAIS
Sentimentos surreais
Tão forte bate coração daqui
Te alcança além-mar logo ali
DELÍRIOS DO EDUCADOR
Nada, nem ninguém, retira de “nós”
Atados em nó
A gravidez de sonhar
DELÍRIOS DE LUZES
Sem luar
Vagalume pisca
Acende lanternas do anoitecer
POEMAS DELIRANTES
Receitas cura(dor)as
Para o mal incandescente
Da falta de amor
Juju enrolada
Em garfos golfadas
Molhos de macarronadas
MANHÃS PREGUIÇOSAS
Dormindo
Domingo
Passa batido
DOMINGOS NA CHÁCARA
Filhos e netos
Todos na sala
Eu...
Na cozinha!
MANHÃS DE DESAPEGO
Egos livres
Elogios ou críticas
Des(constroem) eus
MANHÃS DE DESAPEGO
Egos rompidos
Sem estrelismos
Vaidades podadas
EM ALGUM LUGAR DO PASSADO
Essência perdida
Na lida da vida
Por lá ficou
BARRACÃO DE ZINCO
Estrelas faróis
Menina poeta
Conversas
FASCINAÇÃO
Jovem, ouvia-me idosa
Cabelos brancos
Ouço-me jovem
DESCULPE O AUÊ
Foi ciúmes, sim!!!
Roubei anéis de Saturno?
Pra quê?
O TEMPO NÃO PARA
Ratos e fatos
Rolam os dados
Futuro repete passado
PAPEL MACHÊ
Renascer colorido
Tons dormidos de mar
Desbotados de arco-íris
ÁGUAS DE MARÇO
Chuva chovendo
Poço sem fundo
Fim de caminho
DOMINGOS DE EMOÇÃO
Passeios no parque
Ao ar livre
Janelas abertas do coração
SÓ QUE ME SENTI AMADA
Família italiana
Prioriza homem
Eu, mulher, não era nada
NÃO ERA UM CONTO DE FADAS
Nem tristeza sem fim
Intervalos de alegria
Isto sim!
DANCEI
Carinha suja de açúcar
Roubado das latas da vovó
Nada sei!
DINHEIRO VOANDO
Vovó reclamava
Vovô retrucava
Ma$ abria o colchão $$$$$
GORDO E MAGRO NO CINE PAREDÃO DE ESQUINA
Bolo de laranja
Pipocas e suco de limão
Mil gargalhadas, então!
BILHETE À VOVÓ
Tal qual você
Engoli amor
Sobrevivi à dor
LIBERDADE DE ESCOLHA
Não sou do lar
Estudei, graduei
É no
lar que quero estar
QUERO
Chamas ardendo mentiras
Cinzas ao vento
Levando falsidades
VIDA, OH VIDA! VALE A PENA TE ESCUTAR
Sol caminha de leste a oeste
Rajadas de vento
Apontam o fim do dia
OH VENTO, LEVE QUEIMADAS!
Feche meus desgostos
A gosto de quem não vê
Os agostos sem chover
CORAÇÃO VOANDO AO VENTO
Outono perdido no tempo
Descolorindo árvores
Galho seco
LÁPIDES
FRIAS DE CEMITÉRIOS
Escondem
casulos amordaçados
Fios
de sonhos perdidos
Atados
a noites escuras
BRINCAR COM BOLHAS DE SABÃO
Vento parou mãos molhadas
Surpresa chegou
Brinquedo acabou
AO SABOR DO VENTO
Liberto coração
Pelos ares
Desejos por ti
GENTE LINDA POR DENTRO
Olhos falam
Jogam ao vento
A própria alma
NO EMBALO DO VENTO
Borboletas voam
Sangram arestas
Criam pontes
SAIA DO CASULO
Voa, voa, voa
Liberdade conquistar
Deixa o vento te levar
SEJA QUAL FOR O TEMPO
Acreditar, sonhar, voar
Deixa o vento
Te levar
DEIXA O VENTO TE LEVAR
Desbravar horizontes
Voar outros montes
Tens tua vida pra cuidar
TEMPO CURAdor
Giram os ponteiros
Novo amor apaga dor
Ampulheta é fera
CURA
Males do coração
Sutilezas da paixão
Só porres de poesia
CHARUTO DE ARTEMÍSIA
Não há dor que se permita
Resistir a tal quentura
Na lata... Cura!
ANDARILHA
Procura a cura
Cercada de mar
Ilha da solidão
UTOPIA
Cura o medo
Empoderamento
Oprimido no poder
COBRANÇA SEM CURA
Escrupulosidade
Quanto mais escrevo
Menos me valorizo
ESCONDE... ESCONDE
Sol brinca com a luz
Ao dia, beijos de adeus
Ouro prata em harmonia
AUSÊNCIA
Curva da saudade
Futuro inexiste
Passado entorta
VAZIOS DO PRESENTE
Ausências são presenças
Saudades do que foi
Paredes do passado
AH, SE TIVESSE COR!
Ausência e presença
Anônimas... Sinta!
Vento carrega odores
AUSÊNCIA DE GUERRA
Luta invencível
Mar abraça rochedo
Diálogo vence ódio
INFÂNCIA POBRE
Ausência de espelhos
Eu me sabia linda
Brilhava nas pupilas do meu pai
AMORES AO VENTO
Cortinas em cio
Jasmim no jardim
Perfumes em lençóis de cetim
EQUILIBRISTA
Metamorfoses constantes
Driblando estrelas brilhantes
Num finito período de vida
GRAVIDEZ ETERNA
Renascer
Participar
Círculo vicioso da vida
MUDANÇAS NAS CALÇADAS
Tapete de folhas
Tapete de flores
Pétalas não são lixo
O TEMPO NÃO PARA
Aqui jaz um tapete de flores
Amanhece a primavera
A tua espera
LISTAGENS DE MUDANÇAS
Um dois três
Escrevendo fica tudo novo
Borboletas saindo do casul
VIAGENS POR FOTOS
Minha alma navega
Lentes contagiantes
Transformações do meu corpo
MUTAÇÃO
Desejos
Despenteados
Sonhos despedaçados
PARTIDAS: 175 MIL
Histórias interrompidas
Pessoas amadas
Vidas perdidas
MÚSICAS LENTAS
Nascia estrela menina
Rostinhos colados
Bailinhos pró PT
ARMADILHAS DO DESTINO
Rasga correntes
Desfaz nós em cordas
Liberdade às mordaças
BOCA DO CORPO
Carnaval, Boi Bumbá,
Parantins, Carimbó
Lendas pra dançar e rebolar
SILÊNCIO
Fechei a boca
Perdi caneta
Falei com os olhos...
OFERENDA PARA IEMANJÁ
Batom, botão de rosa, joguei-me ao mar
Não me traga de volta só...
Devolva-me a dois!
POVO SEM MEDO
Sem lar, sem teto
Deslizam em pedras
Promessas condenadas
POETRIX QUE NÃO FORAM SELECIONADOS PARA PUBLICAÇÃO NO LIVRO SOLO
SEM CHUVA
Flor corajosa vinga
Semente desgarrada
Cria pária
ABUNDÂNCIA
Recursos hídricos inesgotáveis
Mercúrio nas águas dos rios
Ianomanes em extinção
MÃOS DADAS
Gentileza e generosidade
Doação perfeita
Uma mão lava a outra
GOTAS REVOLTADAS
Chuva generosa
Nuvens excedem-se
Tempestades febris
DE PARTIDA
Malas prontas
Coração vai ficando
Tudo doado ao longo da vida
SEM GENEROSIDADE
Vive-se dentro da igreja
Coração perdido em cifras
Perde-se o aqui e a eternidade
DIÁLOGOS SOMAM
Silêncios são pedras
Muros de castelos
Ofereça ouvidos
SINESTESIA
Ciprestes ao vento
Perfume, água nascente
Paz em canto de passarinho
MAR DOCE
Um braço de rio
Volume de mar
Farol no horizonte
CAIS
Partidas e chegadas
Corações deságuam
Foz de rio em mar aberto
FIAPOS DAS ESTRELAS
Aurorescer... Sol tímido
Águas do rio brilham
Vento mastiga luzes
ALGEMAS
Rio... destino traçado
Águas doces matam sede do mar
Alianças eternas
ILUSÕES VIRTUAIS
Beijos de beija-flor
Carinhos de bem-te-vi
Saudades reais do que nunca vivi
NOVO VIVER
Costurar árvore mutilada
Respeito incondicional
Gentileza, por favor!
CORPOS OBSCENOS
Amor delirante
Prazer inigualável
Insensatez virtual
LUA
Fendas do telhado
Luzes de anoitecer
Insensata, espia
GIRALUA
Girassol insensato
Impaciente espera
Traição ao Sol
LAR DE PAZSARINHO
Ninho sem penas
Casa sem brigas
Morar sozinha é uma bênção
TEIA DE DEUS
Quintais da vida, chuvas de Sol
Verão sem pressa
Luz que convida
LAR NÃO TÃO DOCE LAR
Quintais com pedras no chão
Lesmas, lama...
Sapos que engoli
TUDO EM MIM
Interior jasmim
Exterior girassóis
Casa flor
COR É POESIA
Moro no arco-íris
Sou caixa de lápis colorido
Sou as tintas de Van Gogh
ESTUDOS
ELEMENTO SURPRESA: SALTO, SUSTO
Dentre as Diretrizes do Poetrix, está o elemento surpresa, ou, como muitos preferem, o salto ou susto. Na verdade, é esse susto que dá a graça do poetrix.
O que seria esse susto?
Segundo a Bula, é o elemento inusitado e imprevisível que provoca surpresa ao leitor; é a fuga do lugar-comum, da obviedade, que desconstrói e amplia horizontes, mostrando outros caminhos, possibilidades, contextos.
Na prática, é o que nos faz rir ou chorar, o que nos causa espanto, tanto pelo inusitado, quanto pela boa sacada do autor. É aquele “choque agradável” que levamos quando terminamos de ler um determinado poetrix, como estes:
Mesa doze
Última dose.
Ele sempre chega tarde.
Eu sempre cedo.
(Marilda Confortin)
Aqui vemos que a autora utiliza o duplo sentido da palavra “cedo”, que tanto pode ser antes do tempo ou da ocasião própria, combinada, como pode ser a primeira pessoa do indicativo do verbo ceder (abrir mão de; renunciar). Foi uma surpresa encontrar esse duplo sentido, o que faz dele um excelente poetrix.
Bumerangue
Eu voto,
Tu votas...
Eles voltam!
(Ângela Bretas)
Neste caso, a autora usou de ironia, em relação às eleições, e o último verso foi realmente surpreendente. Muito boa sacada!
A pedra e o estrondo
um grito rasgou a tarde
voa criança pra todo lado
festa do marimbondo
(Diana Pilati)
Neste, a autora surpreende no terceiro verso e nos transporta à algazarra das crianças diante de um ataque de marimbondos.
(D)efeitos
livros:
abertos, leitor
fechados, eleitor
(Giuseppe Caonetto)
Neste, o autor joga com as palavras desde o título, e traz o inusitado no terceiro verso, mudando o prisma da interpretação inicial do poetrix.
Briga de Amor
A palavra se vinga
No papel em branco
A tinta f a l h a
(Lílian Maial)
Aqui vemos a surpresa ao usar o recurso de ir clareando as letras da última palavra, mostrando a “vingança” da caneta.
Matemática dos infinitos
Um mais um, oito
Deitado
Fazendo mais um
(Lorenzo Ferrari)
Aqui o autor usa de seus conhecimentos matemáticos para nos surpreender com o sentido do símbolo do infinito que seria um 8 deitado. Muito inteligente!
Então, como podem ver, é necessário ao bom poetrix essa quase “brincadeira séria” com as palavras, que surpreende o leitor e o faz reler o bom Poetrix.
Recomendamos a leitura das Diretrizes da AIP, dos demais textos sobre Poetrix postados neste site e, principalmente, a prática continuada, para alcançarmos a excelência.
*Cirandeiros*, Liz Rabello e Dreif
apresentam aos poetas o *DUOTRIX*!!!!
Trata-se de um poetrix concebido e
construído a partir da inspiração e interação de dois autores distintos. Ambos
serão identificados como autores da obra, não importando de quem foi o mote ou
a construção!
Um *DUOTRIX* sempre será um único Poetrix
resultante da interação e “intimidade poética” de, no mínimo, dois autores
distintos. O Duotrix será criado privativamente entre os autores envolvidos...
Depois que se tornar uma criação pronta, será exposta como tal.
Quando concebido pela interação e
inspiração de mais de um autor, então teremos os *TRIOTRIX* e os *MULTITRIX*.
Aqui no Ciranda, os Poetrix gerados na
forma de DUOTRIX, TRIOTRIX ou MULTITRIX, contarão, para qualquer efeito e
aplicação, como produção individual de cada um dos seus compositores.
Quando e se estas formas poetrixtas forem
aplicadas em Duplix, Triplix ou Multiplix, as necessárias autorizações devem
ser dadas por todos os autores envolvidos.
DUOTRIX
É uma parceria para composição de um
Poetrix. Não se confunde com qualquer outra forma ou sequência. Para compor um
Poetrix em Duo, basta convidar particularmente um outro Poetrixta para, juntos, lapidarem um rascunho, completarem uma ideia,
comporem uma inspiração. Quando pronto na "intimidade poética" dos
parceiros, então trazem a público o Poetrix criado.
Modalidade
adequada a dois parceiros para criarem um “pacote” de 10 Poetrix em até NN dias
(a combinar).
Nota
1: Se AA e BB eventualmente podem almoçar juntos, talvez elaborem o pacote ao
longo da refeição (com o risco da mesma esfriar). Ou durante as propagandas nos
intervalos das novelas.
Explicando
o nome: REPEN - lembrar dos valorosos repentistas brasileiros que tocam o
desafio sem quase dar tempo de se respirar.
TRIX
- o formato (tercetos) que conduz o pacote.
Nota
2: Todo Poetrix que se preza, possui um título. Em nossa proposta, teremos na
1ª linha o formato R10-TEMA. Cada um dos 10 Poetrix elaborados deve ter o
título no formato:
TEMA+p1+p2
A
presença do “TEMA” ajuda o Poeta a se manter no assunto.
P1
= 1ª palavra - P2 = 2ª palavra (opcional)
FUNCIONAMENTO
Dois
colegas combinam (sem que os demais de grupo saibam) criar um “R10”. Quem dá a
partida, edita os tercetos ímpares. O seu parceiro da vez edita os tercetos
pares. Cada terceto (a partir do 2º) TEM de começar pela última palavra do
terceto anterior. Esta amarração, podemos chamar de “elo”, que é a principal
característica do R10.
1
- O Poeta AA dá a partida editando o tema e autores:
R10
“tema + data”
(autores:
AA + BB)
2
- Edita seu terceto.
3
- Envia o produto ao colega BB por e-mail ou WA (fora de grupo).
4
- Parceiro BB edita o próximo terceto.
5
- Envia o produto (agora com mais um terceto) ao colega AA.
Nota
3: é adequado sempre estar vendo todos os tercetos para evitar repetição de
palavras. E nesta alternância, BB produzirá o 10º terceto para finalizar o
pacote.
6
- Colega AA edita o pacote (pode ilustrar - fica atraente e economiza espaço
numa futura Antologia.
Esta
dupla só pode ser repetida quatro vezes ao mês.
DICAS PARA ESCREVER UM BOM POETRIX
1. EVITE AS ORAÇÕES COORDENADAS. Um poetrix não é uma frase fatiada em três partes. Vamos tomar um exemplo:
TELEFONEMA
passei a noite em casa
esperando que ela ligasse
mas ela não ligou
Isso não é um poetrix, é a primeira oração de um texto! Está simplesmente horrível! Mas, notemos como ele poderia ficar bem melhor, se a idéia fosse expressada de outra forma:
TELEFONEMA
noite em branco
telefone mudo
até o amanhecer
2. EXPLORE O PODER DO TÍTULO. Uma das grandes vantagens do poetrix é a existência do título, o que não há no hai-kai. Por vezes, ele pode ganhar uma característica de “verbete”, sendo definido pela estrofe. Suprimam o título e observem diferença que faz:
SEMÁFORO
pensei ser outra lua
olho verde contra o céu
fugaz, no meio da rua
Outro trunfo é que o título não entra na contagem de sílabas. Assim, alternativas criativas podem ser formuladas. Num exercício “exagerado” desta possibilidade, uso como exemplo:
ESTUDO SOCIOANTROPOLÓGICO DE UM COMUM CIDADÃO LATINOAMERICANO DE CLASSE SOCIAL DESFAVORECIDA, À LUZ DA NOVA ORDEM MUNDIAL, IMPACTADA PELA GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO, NUM ENFOQUE MÍSTICO-TRANSCENDENTAL, CORROBORADO PELOS IDEAIS FREUDIANOS-LENINISTAS, SEM ASPIRAÇÕES EPICURISTAS
nasceu
cresceu
desencarnou
3. MINIMALIZE. Corte tudo o que está sobrando. Escrever um poetrix é lapidar um diamante. Nenhum texto fica pronto “de primeira”. É preciso, sempre, trabalhá-lo. Literatura é 10% inspiração e 90% transpiração. Com o poetrix, apesar de pequeno, não é diferente. Exemplo:
ANTES:
DRAGÃO
com a cabeça no ar
e com os pés no chão
é um homem? não, um dragão
DEPOIS:
DRAGÃO
cabeça no ar
e pés no chão
homem? dragão
4. PESQUISE. Enriqueça o seu texto com informações pertinentes. Vejam este poetrix:
XENOGLOSSIA
na Planície de Sine-Ar
decifrar tua língua
em minha Torre de Babel
Após ter a idéia, fui à Bíblia obter mais informações sobre a Torre de Babel. Lá descobri que ela foi supostamente erguida na planície de Sinear. Em latim, “sine” quer dizer sem. A informação caiu perfeitamente: a língua, a torre, alguém “sem ar”... Uma pequena informação pode fazer uma grande diferença.
5. NÃO CONFUNDA POETRIX COM HAI-KAI. Para isso, é importante conhecer, também, os fundamentos do hai-kai. Para começar: se o tema do seu poetrix é a Natureza, desconfie. Pode ser que nasça um hai-kai, e não um poetrix.
Nasceu Poetrix, porém logo percebi que era um haikai. Fiz a troca...
OUTRO EXEMPLO
A métrica tradicional perfeita estava praticamente pronta. O tema do Haikai recorrente: NATUREZA, presente. A beleza, a leveza, a harmonia, também. Gostei muito mais do Haikai.
6. UTILIZE FIGURAS DE LINGUAGEM. Em todas as formas poéticas, o uso de figuras de linguagem, metáforas, tropos e imagens enriquecem bastante o texto. Por vezes, é necessário “substantivá-lo”.
QUANDO A MARÉ ENCHER
Verdi no azul do mar
tocando forró no piano
pra Netuno e Yemanjá
7. ACABE COM AS CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS: Mas, Contudo, Porém, Todavia, Não Obstante, Entretanto, No entanto, geralmente não servem para nada em um poetrix, assim como a conjunção explicativa Pois.
8. NÃO FORCE RIMAS. Poetrix não é soneto. Às vezes pode-se dispensar completamente uma rima, utilizando-se bem o ritmo, a sonoridade e a riqueza semântica das palavras.
9. POETRIX NÃO É PROVÉRBIO. Muito menos, frase de pára-choque de caminhão. Evite coisas como (blargh!):
ARROCHA
mulher e parafuso:
comigo
é no aperto
(Só um texto explicativo, mesmo, para me fazer criar uma “coisa destas”! Que sacrifícios a gente não faz pela Literatura!)
MEU CORPO AUSENTE
Briga ou conversa
Marido e mulher
Não meto a colher
Liz Rabello
10. O NÃO-DITO FALA MAIS QUE O DITO. Não pense que seu leitor é burro. Não dê tudo “mastigado”. Faça com que seu texto “dialogue” com o leitor, permita que ele faça sua própria “viagem” nas palavras:
ÁCIDO
a água furou a pedra
moinhos de amsterdã
a manhã será mais bela
HOLOKAWSTO
há o que não houve
retalhos de nylon
cogumelo atônito
E, para finalizar, não esqueça: O POETRIX é um poema composto de título e uma estrofe de três versos (terceto) com um máximo de trinta sílabas métricas.
EIS QUE CHEGARAM OS LIVROS DE ANTOLOGIA
POETRIX... Está linda!
UM POUCO DE MIM
Sou de Janeiro. Verão no coração. Branco de
paz na alma. Arco-íris nos jardins. Perfumes de jasmins. Quando nasci, vento varreu
pétalas de manacá da serra de uma árvore alvissareira. Eu, tapete, fui presente
de Deus. Não era pra ter nascido. Minha mãe no terceiro mês de gravidez, caiu
ao descer de um ônibus. Descolou o útero. Sangrou até o sétimo mês. Todos
diziam: “Este bebê não vai vingar”. Vinguei. Sou guerreira. Amo viver. Nas
trilhas de verão, depilo pelos do coração, energizo paz, brinco de ser feliz.
Para mim a felicidade tem cor. É verde esperança, É azul, rio, nascente. É
amarelo, girassol, meu Sol. Para mim a alegria tem cor. É um arco-íris. Quando
em mutação é branco de harmonia.
Liz Rabello
PRIMEIRA ANTOLOGIA DO GRUPO CIRANDA POETRIX
DESJEJUM COM POESIA
EIS QUE CHEGARAM OS LIVROS DE ANTOLOGIA
POETRIX... Está linda!
UM POUCO DE MIM
Sou de Janeiro. Verão no coração. Branco de
paz na alma. Arco-íris nos jardins. Perfumes de jasmins. Quando nasci, vento
varreu pétalas de manacá da serra de uma árvore alvissareira. Eu, tapete, fui
presente de Deus. Não era pra ter nascido. Minha mãe no terceiro mês de
gravidez, caiu ao descer de um ônibus. Descolou o útero. Sangrou até o sétimo
mês. Todos diziam: “Este bebê não vai vingar”. Vinguei. Sou guerreira. Amo
viver. Nas trilhas de verão, depilo pelos do coração, energizo paz, brinco de
ser feliz. Para mim a felicidade tem cor. É verde esperança, É azul, rio,
nascente. É amarelo, girassol, meu Sol. Para mim a alegria tem cor. É um
arco-íris. Quando em mutação é branco de harmonia.
Liz Rabello
MINHA CENTÉSIMA DÉCIMA OITAVA PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS... Mais um trabalho de coautoria que faço parte.
CHEIRO DE POESIA E PERFUMES
Alegre
despertar... Que presente lindo!
Obrigada Danda, Lorenzo, Luciene, amigos poetrixtas Cirandeiros. Belíssima
surpresa conhecer um pouco mais sobre a Beth, esta amiga que já aprendi a
respeitar e amar. Partícipe da construção, já conhecia os Poetrix. Mas lê-los
nesta nova versão virtual, foi uma experiência sinestésica única. Cores,
cheiros, sabores deram aos meus sentidos poéticos a melhor sensação desta
manhã. Muito grata ao universo e aos amigos por esta experiência.
MINHA ENTREVISTA NA REVISTA CONFRARIA CIRANDA POETRIX DE SETEMBRO DE 2022
LIZ RABELLO
1- Quem é a Liz Rabello?
Meu nome de guerra é Liz Rabello, abreviatura de Elisabete Rabello Machado Brandão. Mais de meio século de vida. Muito mais. Sou da Capital de São Paulo, de nascimento e residência. Formada em Letras e Pedagogia. Pós-Graduada em Gramática da Língua Portuguesa e Literatura Moderna, Mestrado em Comunicação e Semiótica. Viúva de um primeiro casamento, que me presenteou com dois filhos, netos e agregados, anjos que chegaram depois. Amo ser vovó de um rapaz muito inteligente e da doce Juju, peralta, de sorriso fácil.
2- O que te motivou a entrar neste universo tão apaixonante da escrita?
Sou escritora por acaso. Secretária Executiva por acidente de percurso. Coordenadora Pedagógica por necessidade de ganha pão. E professora, enfim, por amor, por devoção, por opção. No exercício de minha carreira de Magistério, estudei bastante; a Literatura sempre foi o meu foco. Em sala de aula, escrevia junto com meus alunos. Ao final, saboreávamos leituras mútuas, trocas de rascunhos. Tinha o hábito de criar livros artesanais com nossos textos. Eu, inclusa. E foi, assim, por puro acaso, que me senti escritora. Era concomitante a leitura e a escrita; porém, não profissional. Esta só começou pouco antes de me aposentar em 2012.
3- Qual o(a) autor(a) que mais te inspira? E por quê?
Luís Fernando Veríssimo, filho do famoso Érico Veríssimo de Cruz Alta. Adoro o bom humor, as sutilezas, as ideias deste escritor contemporâneo vivo, abraçado a seu mundo. Tudo o que leio dele, gosto. Cora Coralina. Comecei a escrever tão tarde quanto ela. A obra que mais aprecio é póstuma: “O Tesouro da Casa Velha”, contos belíssimos! Prosa poética repleta de imagens vividas, costuradas com linhas coloridas de sua imaginação. Entre os antigos, amo Machado de Assis, o seu dizer não dito, num avanço entre as épocas, hoje tão atual! Guimarães Rosa, que traz o lúdico coloquial para dentro do romance, e vamos vivenciando a linguagem nas vivências cotidianas. Na poesia, Paulo Leminski, Guilherme de Almeida, com os haikais que tanto aprecio. Entre os antigos, não poderia deixar fora, meu Patrono na ALPAS, Olavo Bilac, cujos versos foram declamados ao meu ouvido por um tio, sapateiro, o mais culto dos homens que eu conheci. Aprendi a amar as estrelas e com elas conversar. O meu mundo poético ganhou asas.
4- Como conhecestes o Poetrix?
Valéria Pissauro, uma Acadêmica da ANLPPB, tal qual eu, apresentou-me o grupo Ciranda Poetrix. Cheguei a zero. Comecei a fazer pesquisas e estudos da Bula. Devagar. Ano de 2019. Participei incansável de todas as Cirandas e da Primeira Antologia. Aos domingos, dia livre, escrevíamos Poetrix Infantis. Lancei um livro: SAPECAS S/A. Por motivos pessoais, fiquei fora do grupo em 2021. Voltei este ano, pelas mãos da adorável Beth Iacomini.
5- Conte-nos quais os principais desafios que enfrentas ou que já enfrentastes na vida poética?
Sou perfeccionista. Eu me cobro muito mais do que os outros o podem fazer. Nunca está bom o que escrevi. Tanto que mudo, mudo, mudo, antes do livro ser editado. Nas cirandas, fico atenta às críticas, procuro ajuda de quem sabe mais do que eu. Mas prefiro o anonimato. Sou tímida, não aprecio exposição. A poesia está na vida, na harmonia ou conflito de cores, nas paisagens do cotidiano, da cidade e do campo. Escrevo por imagens, reais ou criadas em minha imaginação. Escrevo fatos vividos, experiências lúdicas e tristes. A tecnologia que me perdoe, mas o cheiro do livro físico me apaixona. Não tenho preocupação com vendas de livros. Aliás, uma das lições da Pandemia: “Preciso de muito pouco para ser feliz. Posso viver sem shoppings, sem roupas caras, sem viagens, sem maquiagens. Sem um montão de coisas que estão entulhadas num guarda-roupa sem uso. Mas não posso viver sem a música, sem a Arte, sem a Poesia, sem meus familiares e muito menos, sem amigos.”
6- Sabemos que o Poetrix é um terceto com regras bem definidas, como é teu processo criativo?
Até 2018, escrevia versos livres. Em 2019, entrei em contato com os minimalistas, inclusive, minicontos. Desabrochei. Comecei a escrever Poetrix, trovas, Aldravias, Haicais e muitos Spinas. Lancei um livro com esta forma específica de se criar poesia: Girassóis Poéticos. Aprendi a escrever dentro de regras firmes e bem estudadas. Nas trovas, sigo normas rígidas do Decálogo da UBT; nos Haikais, os esquemas tradicionais. E, é claro, no Poetrix, escrevo deixando a ideia fluir, depois observo o que precisa ser lapidado. Sigo a Bula. Atualmente, estou trabalhando o título. Às vezes, eu me perco nos Saltos e Sustos, que persigo. Nem sempre eu os alcanço.
7- O que o leitor pode esperar ao ler tua obra literária?
Ao ler meus escritos, o leitor pode esperar a impermanência. Estou em evolução, em busca de algo que nem sei o que é. Uma aprovação do meu eu para mim mesma. Busco a perfeição, inexistente... O que hoje é, amanhã não mais será. Mas não mudo em cima do vazio da inspiração. Minhas mudanças são algo que vem de estudos. Leio o que os mais experientes escrevem sobre o fazer poético.
8- No teu processo criativo, procuras visualizar o tipo de leitor que queres atingir com tua poesia ou escreves para atender teus próprios desejos?
Ambos são importantes para mim. Se estou escrevendo trovas, é claro, quero atingir o máximo no coração dos meus amigos de grupo, muito mais experientes do que eu. Se estou escrevendo Poetrix, daí o assunto é sério. Se escrevesse para os amigos do grupo da Confraria, não sei se conseguiria agradá-los. Minha opção é seguir a Bula e o meu desejo em busca do poético perfeito, que ainda não alcancei.
9- O que a escrita representa pra ti?
Tudo: minha catarse, meus registros, minhas memórias. Escrevo de tudo, um pouco: crônicas, contos, poesias. Aprendi a levar caneta e caderninho nas minhas caminhadas e um celular para fotos. Vem algo à mente, uma lembrança, vai pro papel. Visualizo o belo, o inusitado, enquadro a foto, escrevo a legenda. Tenho todos os registros de meus diálogos com minha netinha. Poderia publicar um livro de minicontos... Sem as palavras, não conseguiria viver! Publico imediatamente no blog:
https://lizrabello.blogspot.com/
REVISTA CIRANDA POETRIX DE JANEIRO DE 2023
REVISTA CIRANDA POETRIX DE ABRIL DE 2023
MINHA CONTRIBUIÇÃO À REVISTA BARBANTE - AGOSTO DE 2022
TRÊS POEMAS MINIMALISTAS ESCRITOS PROPOSITALMENTE EM FORMAS DIFERENTES, DE ACORDO COM AS REGRAS BÁSICAS DE CADA UMA DELAS. O TEMA FOI O MESMO: IDEAL
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