LIZ POR LIZ

BIOGRAFIA ILUSTRADA


LIZ POR LIZ

Escreve como quem salga páginas de tinta com lágrimas. Memórias, reais ou fictícias, quando a fantasia se une à realidade. Utopias, esperanças inatingíveis, que só lhe servem para caminhar. Lutas, para lhe dar mais forças para guerrear. Usa armas palavras. Pós-graduada em Literatura Moderna e Gramática da Língua Portuguesa, Mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC/ SP. Formada em Letras e Pedagogia. Aposentada em dois cargos pela PMSP: Coordenadora Pedagógica e Professora de Português. É imortal em três Academias: ALPAS, de Cruz Alta, Rio Grande do Sul; ALP, Academia de Letras dos Professores do Município de São Paulo e ANLPPB, Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro, de Campinas, São Paulo. Tem treze livros solo publicados: Poesia (Mil Pedaços, Rendas do Silêncio e Girassóis Poéticos e Luzes de Liz), Contos e Crônicas (Lua no Chão e Intervalos) e sete livros infantis (Amor à Primeira Lambida, O Resgate, “Ximbinha”- De Pernas pro ar que a Pelada vai Começar, A Menina que Mastigava Letrinhas, Sapecas S/A, Patoquinha e Ximbinha Ligeirinha). Tem um livro publicado em parceria, a quatro mãos: Quatro Estações. Organizou uma Antologia com alunos da escola estadual Júlio Prestes Estadão, em Sorocaba, São Paulo: Sarau Quatro Patinhas. Participou como co-autora em cento e trinta e cinco Antologias e/ou Coletâneas. Gosta dos minimalistas: Spinas, Aldravias, e, é claro, as tradicionais Trovas e Haikais. Seu mais recente brinquedinho é fazer dobraduras, contação de histórias. Escreve para o Jornal Eletrônico Correio da Palavra. Em 2022 foi agraciada com o Primeiro Prêmio Escritor Notável, conferido pela ALPAS 21 ao livro de Poesias “Girassóis Poéticos”. Em 2021, com a Investidura Acadêmica, Prêmio Personalidade Literária daquele ano. Foi homenageada no Trigésimo Quinto Concurso de Poesias, Contos e Crônicas da ALPAS e com a Coletânea Internacional INFINITO OLHAR, promovidos por esta autarquia. Começou a escrever trovas em 2021 e tornou-se Veterana em 2023. Ficou classificada em quinto lugar no Concurso de Cartrovas no Rio Grande do Sul, tendo sido agraciada com a publicação bilíngue de seus versos, em Italiano e Português. Possui Medalhas e Destaques em outros Concursos, que podem ser conferidos em seu Blog:

www.lizrabello@blogspot.com


SOU IMORTAL EM TRÊS ACADEMIAS

POSSE NA ACADEMIA NACIONAL DE LETRAS PORTAL DO POETA BRASILEIRO, EM LONDRINA, PARANÁ


POSSE NA ACADEMIA ALPAS DE CRUZ ALTA, RS


POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS DOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO


ALGUNS PRÊMIOS E FOTOS


ESCRITOR NOTÁVEL PARA O LIVRO "GIRASSÓIS POÉTICOS", CONFERIDO PELA ALPAS DE CRUZ ALTA /RS



PRÊMIO DESTAQUE DA DÉCADA... POR DIVULGAR O PORTAL DO POETA BRASILEIRO EM CONCURSOS... 2023


PRÊMIO DESTAQUE  POR MÉRITOS LITERÁRIOS, EM 2013, NA ANLPPB, EM MACEIÓ/ ALAGOAS


PRÊMIO DESTAQUE DO SEMESTRE DE 2023 NA ANLPPB, NO GUARUJÁ /SP


INDICAÇÃO AO PRÊMIO WILSON CARITAS, EM 2013, CAMPINAS/ SP


PRÊMIOS COM LIVROS FÍSICOS PUBLICADOS GRATUITAMENTE A PARTIR DE CLASSIFICAÇÃO EM CONCURSOS


Conquistei o quinto lugar em Cartrovas no Rio Grande do Sul e fui premiada com a publicação gratuita da mesma em Italiano e Português ... Muito feliz!


REVELAR-SE AUTOR: CRÔNICAS DA ALP, EM SAMPA


MEU CONTO "LAÇOS DE AMOR" FOI SELECIONADO PARA FAZER PARTE DA ANTOLOGIA "BELEZA E SIMPLICIDADE", GRATUITA, CONCURSO EM QUE GANHAMOS A MENÇÃO HONROSA, EM BRASÍLIA.


XI CLIPP 2017 - CONCURSO LITERÁRIO DE PRESIDENTE PRUDENTE


A ANTOLOGIA EMOÇÕES, GRATUITA PARA OS PREMIADOS, FOI LANÇADA EM 2019, NA SEGUNDA FELIMA, EM MACHADINHO, RS


INFINITO OLHAR... UMA COLETÂNEA EM MINHA HOMENAGEM...

A Coletânea Internacional INFINITO OLHAR, publicada pela Alpas21 e Editora Gaya, em minha homenagem, levou nossa produção literária, memória e história aos leitores em diversos países. São mil exemplares, sendo duzentos para doação em escolas e universidades.  Recebi esta homenagem GRATUITAMENTE, nada  paguei por ela. Todos os acadêmicos, imortais, efetivos da Academia ALPAS a recebem. Sou pura gratidão.

VIAGENS PARA RECEBER PRÊMIOS

(HÁ MUITAS OUTRAS PREMIAÇÕES NA SEÇÃO "PRÊMIOS" DESTE BLOG)

PRIMEIRO LUGAR NO 32º CONCURSO LITERÁRIO INTERNACIONAL DE POESIAS, CONTOS E CRÔNICAS

Parabéns aos autores premiados em Crônicas

1º lugar – Liz Rabello – Entre as rendas do silêncio

TERCEIRO LUGAR EM TROVAS NOS JOGOS FLORAIS DE CURITIBA

PRIMEIRO LUGAR NO CONCURSO RELÂMPAGO DA SEÇÃO SÃO PAULO EM SETEMBRO DE 2024

TERCEIRO LUGAR NO CONCURSO DE TROVA DE TAUBATÉ

PREMIAÇÃO NO CONCURSO INTERNO DA UBT SP EM 22/04/2023

ENTREVISTAS

FLIU DE URÃNIA SÃO PAULO 2019

BATE PAPO COM LIZ RABELLO E GUSTAVO GOMES DOS SANTOS NA UNISAL

Uma noite inesquecível com cerca de oitenta estudantes na Biblioteca da UNISAL de Santa Terezinha, se acotovelando para conhecer os escritores, da novíssima geração em São Paulo. Gustavo abriu o verbo com suas ideias e pensamentos e Liz Rabello revelou experiências como professora e escritora, e mulher feliz, pelo novo caminho na literatura infantil. Um rico debate, sob a batuta excelente da professora e mediadora Cida Sarraf.

PROJETOS

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM DOAÇÃO DE DOBRADURAS

CONGRESSO EM GUARUJÁ



BIENAL DE MACEIÓ


COLÉGIO RODRIGUES ALVES CAJAMAR SÃO PAULO



CENTRO DE CONVIVÊNCIA NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

FLI CAMPINAS 2023


MINHAS DOBRADURAS NA FLI SAMPA, LANÇAMENTOS DA SUELIZINHA


SARAU QUATRO ESTAÇÕES NO EJA TENENTE AVIADOR EM SAMPA

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA BIBLIOTECA CORA CORALINA EM CAMPINAS


CRECHE LAR MÃE EM CURITIBA

FLIU DE URÃNIA SÃO PAULO 2019

CENTRO DE REABILITAÇÃO MUNDIAL

No dia 18/04/2023, visitamos como trabalho voluntário a Clínica de Reabilitação Mundial no bairro do Cupim, em Ibiúna, São Paulo. Fizemos a entrega de doações de kits higiênicos masculinos, roupas, calçados. Levei vários livros de poesias em doação. Palestrei sobre as formas minimalistas: SPINA, POETRIX, VERSOS LIVRES. A Contação de Histórias foi o Cordel do Josué. KROM e MUS,  os personagens "SAPATOS", que viajam pelo lixão, até encontrarem uma alma boa, um catador de lixo reciclável, um herói anônimo, que os levam para as paredes de um museu "COSTUMIZADOS", transformados em obras de arte... 

PRIMEIRO ENCONTRO NACIONAL DE PSICOPEDAGOGOS

EXPOSIÇÃO E VENDAS DE LIVROS DA ESCRITORA LIZ RABELLO


OFICINA DE SPINA EM CAMPINAS


TENENTE AVIADOR EM SÃO PAULO, FINALIZAÇÃO DE UM PROJETO DA SALA DE LEITURA: CONSCIÊNCIA NEGRA



PROJETO ADOTE DOE NÃO ABANDONE

SARAU QUATRO PATINHAS"

JULIO PRESTES ESTADÃO EM SOROCABA

SÍNTESE DO PROJETO

O projeto teve início em 2015 com a leitura do livro "Amor à Primeira Lambida", de Liz Rabello dialogando com outra autora, Jandira Mansur: "O Frio pode ser Quente? " A ideia seria transformar a poesia de Jandira Mansur em prosa e a prosa do livro narrando a história real da Vareta, cadelinha resgatada da marginal tietê e adotada pela autora do livro, em poesia. Destas aulas iniciais, nasceram novos textos em homenagem à Vareta e delas apresentações no Sarau "Amor a quatro patas”. Depois nasceram poesias e depoimentos acerca dos próprios animais de estimação. O sarau foi organizado pelas professoras Maria Antonia Costa e Regina Matavelli, com a presença da convidada especial "Vareta" e seu anjo da guarda, que a salvou das ruas: Rodrigo Brandão... A cadelinha desfilava entre os alunos na maior cumplicidade, alegre e encantada, no colo ou no chão. A presença da vice-diretora e das coordenadoras pedagógicas se fez acontecer. Muito agradecida pelo entusiasmo e carinho que fomos recebidos: eu, meu filho, e, é claro, nossa princesa Vareta. Gratidão aos bastidores do Jornal Cruzeiro do Sul, jornalista Regina Helena Santos, ao fotógrafo e à entrevistadora, cujo empenho na reportagem gerou fidelidade ao evento, que realmente foi um sucesso exemplar. Muito obrigada ao senhor diretor Guaracy Bueno, que colaborou pelo sucesso do evento. Em especial, aos encantos deste projeto: os alunos do Estadão. Deixo-lhes um abraço repleto de gratidão aos alegres, amorosos amiguinhos dos animais, uma sensação de dever cumprido! Até a próxima!

Liz Rabello

SARAU COM A PRESENÇA DA VARETA

APLAUSOS EM LIBRA

Parabéns aos alunos pela educação e delicadeza em demonstrar que gostaram, sem aplausos e sim com aplausos em libras para não assustar a cachorrinha Vareta.

COBERTURA PELA IMPRENSA DE SOROCABA

JORNAL CRUZEIRO DO SUL


FINALIZAÇÃO DO PROJETO REALIZADA COM A PUBLICAÇÃO DE UM LIVRO COM AS PRODUÇÕES LITERÁRIAS DOS ALUNOS EM UM BELÍSSIMO SARAU


UM LIVRO QUE VIROU SARAU... UM SARAU QUE VIROU LIVRO - EDIÇÕES ARCHANGELUS

MINIBIOGRAFIA


LIZ POR LIZ

Liz tem o coração de um beija-flor, puro e altruísta, mas tem também o espírito de uma leoa, com uma força incrível! A sua vida foi repleta de obstáculos, mas ela jamais permitiu que os problemas do passado influenciassem a sua alma bondosa. Ela é muito simpática com todos, desde que não quebrem sua confiança. A Liz não tem tempo a perder com falsas amizades e, por isso, só fica ao lado de gente verdadeira. Ela não fica com raiva à toa, mas quando fica, é bom você sair de perto! Seu apelido em família é Pipoca, muito doce, mas se a esquentarem se vira do avesso!


ENTREVISTAS PUBLICADAS


MINHA ENTREVISTA NA REVISTA CONFRARIA CIRANDA POETRIX DE SETEMBRO DE 2022

LIZ RABELLO

1- Quem é a Liz Rabello?

Meu nome de guerra é Liz Rabello, abreviatura de Elisabete Rabello Machado Brandão. Mais de meio século de vida. Muito mais. Sou da Capital de São Paulo, de nascimento e residência. Formada em Letras e Pedagogia. Pós-Graduada em Gramática da Língua Portuguesa e Literatura Moderna, Mestrado em Comunicação e Semiótica. Viúva de um primeiro casamento, que me presenteou com dois filhos, netos e agregados, anjos que chegaram depois. Amo ser vovó de um rapaz muito inteligente e da doce Juju, peralta, de sorriso fácil.

2- O que te motivou a entrar neste universo tão apaixonante da escrita?

Sou escritora por acaso. Secretária Executiva por acidente de percurso. Coordenadora Pedagógica por necessidade de ganha pão. E professora, enfim, por amor, por devoção, por opção. No exercício de minha carreira de Magistério, estudei bastante; a Literatura sempre foi o meu foco. Em sala de aula, escrevia junto com meus alunos. Ao final, saboreávamos leituras mútuas, trocas de rascunhos. Tinha o hábito de criar livros artesanais com nossos textos. Eu, inclusa. E foi, assim, por puro acaso, que me senti escritora. Era concomitante a leitura e a escrita; porém, não profissional. Esta só começou pouco antes de me aposentar em 2012.

3- Qual o(a) autor(a) que mais te inspira? E por quê?

Luís Fernando Veríssimo, filho do famoso Érico Veríssimo de Cruz Alta. Adoro o bom humor, as sutilezas, as ideias deste escritor contemporâneo vivo, abraçado a seu mundo. Tudo o que leio dele, gosto. Cora Coralina. Comecei a escrever tão tarde quanto ela. A obra que mais aprecio é póstuma: “O Tesouro da Casa Velha”, contos belíssimos! Prosa poética repleta de imagens vividas, costuradas com linhas coloridas de sua imaginação. Entre os antigos, amo Machado de Assis, o seu dizer não dito, num avanço entre as épocas, hoje tão atual! Guimarães Rosa, que traz o lúdico coloquial para dentro do romance, e vamos vivenciando a linguagem nas vivências cotidianas. Na poesia, Paulo Leminski, Guilherme de Almeida, com os haikais que tanto aprecio. Entre os antigos, não poderia deixar fora, meu Patrono na ALPAS, Olavo Bilac, cujos versos foram declamados ao meu ouvido por um tio, sapateiro, o mais culto dos homens que eu conheci. Aprendi a amar as estrelas e com elas conversar. O meu mundo poético ganhou asas.

4- Como conhecestes o Poetrix?

Valéria Pissauro, uma Acadêmica da ANLPPB, tal qual eu, apresentou-me o grupo Ciranda Poetrix. Cheguei a zero. Comecei a fazer pesquisas e estudos da Bula. Devagar. Ano de 2019. Participei incansável de todas as Cirandas e da Primeira Antologia. Aos domingos, dia livre, escrevíamos Poetrix Infantis. Lancei um livro: SAPECAS S/A. Por motivos pessoais, fiquei fora do grupo em 2021. Voltei este ano, pelas mãos da adorável Beth Iacomini.

5- Conte-nos quais os principais desafios que enfrentas ou que já enfrentastes na vida poética?

Sou perfeccionista. Eu me cobro muito mais do que os outros o podem fazer. Nunca está bom o que escrevi. Tanto que mudo, mudo, mudo, antes do livro ser editado. Nas cirandas, fico atenta às críticas, procuro ajuda de quem sabe mais do que eu. Mas prefiro o anonimato. Sou tímida, não aprecio exposição. A poesia está na vida, na harmonia ou conflito de cores, nas paisagens do cotidiano, da cidade e do campo. Escrevo por imagens, reais ou criadas em minha imaginação. Escrevo fatos vividos, experiências lúdicas e tristes. A tecnologia que me perdoe, mas o cheiro do livro físico me apaixona. Não tenho preocupação com vendas de livros. Aliás, uma das lições da Pandemia: “Preciso de muito pouco para ser feliz. Posso viver sem shoppings, sem roupas caras, sem viagens, sem maquiagens. Sem um montão de coisas que estão entulhadas num guarda-roupa sem uso. Mas não posso viver sem a música, sem a Arte, sem a Poesia, sem meus familiares e muito menos, sem amigos.”

6- Sabemos que o Poetrix é um terceto com regras bem definidas, como é teu processo criativo?

Até 2018, escrevia versos livres. Em 2019, entrei em contato com os minimalistas, inclusive, minicontos. Desabrochei. Comecei a escrever Poetrix, trovas, Aldravias, Haicais e muitos Spinas. Lancei um livro com esta forma específica de se criar poesia: Girassóis Poéticos. Aprendi a escrever dentro de regras firmes e bem estudadas. Nas trovas, sigo normas rígidas do Decálogo da UBT; nos Haikais, os esquemas tradicionais. E, é claro, no Poetrix, escrevo deixando a ideia fluir, depois observo o que precisa ser lapidado. Sigo a Bula. Atualmente, estou trabalhando o título. Às vezes, eu me perco nos Saltos e Sustos, que persigo. Nem sempre eu os alcanço.

7- O que o leitor pode esperar ao ler tua obra literária?

Ao ler meus escritos, o leitor pode esperar a impermanência. Estou em evolução, em busca de algo que nem sei o que é. Uma aprovação do meu eu para mim mesma. Busco a perfeição, inexistente... O que hoje é, amanhã não mais será. Mas não mudo em cima do vazio da inspiração. Minhas mudanças são algo que vem de estudos. Leio o que os mais experientes escrevem sobre o fazer poético.

8- No teu processo criativo, procuras visualizar o tipo de leitor que queres atingir com tua poesia ou escreves para atender teus próprios desejos?

Ambos são importantes para mim. Se estou escrevendo trovas, é claro, quero atingir o máximo no coração dos meus amigos de grupo, muito mais experientes do que eu. Se estou escrevendo Poetrix, daí o assunto é sério. Se escrevesse para os amigos do grupo da Confraria, não sei se conseguiria agradá-los. Minha opção é seguir a Bula e o meu desejo em busca do poético perfeito, que ainda não alcancei.

9- O que a escrita representa pra ti?

Tudo: minha catarse, meus registros, minhas memórias. Escrevo de tudo, um pouco: crônicas, contos, poesias. Aprendi a levar caneta e caderninho nas minhas caminhadas e um celular para fotos. Vem algo à mente, uma lembrança, vai pro papel. Visualizo o belo, o inusitado, enquadro a foto, escrevo a legenda. Tenho todos os registros de meus diálogos com minha netinha. Poderia publicar um livro de minicontos... Sem as palavras, não conseguiria viver! Publico imediatamente no blog:

https://lizrabello.blogspot.com/

10- Deixa um poetrix que tenha te encantado e possa inspirar novos escritores.


CONFIRA NA ÍNTEGRA

www.revistapoetrix.com.br


ENTREVISTA COM LIZ RABELLO

DOS VERSOS LIVRES AOS MINIMALISTAS

 PROJETO PLUMAS “MULHERES INSPIRADORAS”, com Fernanda Chinaglia e Bibianadanna

1. Liz, o que te motivou a entrar no universo da escrita?

Desde criança, gosto de escrever. Minhas provas eram teses de doutorado!!!! Mas nunca me aventurei na carreira. Nasci para ser professora. Alfabetizei crianças durante dezoito anos. E concomitante, dava aulas de Português de quinta a oitava série, do Ensino Fundamental. Escrevia com meus alunos. Ao final, socializávamos nossas produções. Depois, transformávamos em livros, usando métodos artesanais. O livro era deles, mas eu estava dentro. Comecei a escrever de forma profissional somente em 2012. Precisava inventar algo para depois da aposentadoria. Deu certo.

2. A poesia é o gênero marcante na sua escrita. Você começou escrevendo versos livres. Como conheceu e passou a escrever poesia minimalista?

Nunca gostei de escrever poesias, nem crônicas, nem contos GRANDES. Jamais escreveria romances. Gosto da concisão. Valéria Pissauro, uma grande poetisa, lendo meus versos, me convidou para o grupo de Whatsapp de POETRIX. Lá conheci a Beth Iacomini, que me levou para o SPINA. Este, por sua vez, me levou aos estudos de rimas. Concomitante, a ANLPPB, academia que pertenço em Campinas, abriu um curso de trovas fechado ao grupo. Descobri que fugi das aulas de métricas, tanto no Colegial, quanto na Faculdade de Letras. Estávamos na Pandemia, tempo demais livre. Eu sou estudiosa. Logo aprendi todas as regras do Decálogo da UBT. Quanto ao Haikai, também em Campinas, sempre comemoramos a Semana de Guilherme de Almeida e foi, assim, através dos estudos de sua vida que me deparei com os versos belíssimos de Guilherme de Almeida. Hoje, 2024, faço parte de grupos no Face e no whatsapp. Já sou Veterana e tenho quinze classificações em Concursos de Trovas.

3. Você escreve várias formas de poesia minimalista. Quais são elas e qual é o seu processo criativo?

Escrevo Aldravias, Haikais, Trovas, Poetrix... Até já me aventurei no Cordel! Eu me dediquei bastante ao SPINA, tanto que em 2022, publiquei um livro solo: GIRASSÓIS POÉTICOS, que me coroou com o Primeiro Prêmio Escritor Notável, da ALPAS 21, de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, onde ocupo cadeira de Imortal desde 2015. Não sou capaz de premeditar o que vou escrever. Aprendi a levar em minhas caminhadas um lápis e um bloquinho. Se alguma flor, ruído, farfalhar de folhas, água caindo me der motivação, sai algo. Se sair com rima é um SPINA. Numa frase única, prosa com ritmo, rimas e métrica perfeita: é uma TROVA. Se forem palavras apenas, pode ser uma ALDRAVIA. Na natureza, é o HAIKAI, o rei do pedaço. No POETRIX, é a contradição, o dizer não dito, algo que provoque o leitor. Nasce, em geral de fotos polêmicas. 

4. Você é autora de 13 livros solos e participa de mais de 130 Antologias e ou Coletâneas. Fale um pouco sobre os seus livros e como podem ser adquiridos.

Comecei a escrever poesias. Meu primeiro livro solo foi MIL PEDAÇOS.

Logo escrevi contos e crônicas, INTERVALOS. Em seguida, lancei LUA NO CHÃO, mais contos e crônicas.

Fui a Campos do Jordão com minhas amigas, Deolinda Nunes e Teresa Lopes, num evento de lançamento da Maria Lúcia Lopez. Como tínhamos tempo, fomos a um lugar maravilhoso: FLORES QUE VOAM, um berçário de borboletas. Tiramos fotos belíssimas e nasceu naquele momento RENDAS DO SILÊNCIO. São versos livres. Eu considero este livro, o mais bonito da minha trajetória literária.

Nós quatro, juntas, escrevemos QUATRO ESTAÇÕES. Sou Verão. Eu queria ser outono, mas descobri que a Teresa Lopes tinha nascido no Outono e que eu, sou de Janeiro, toda luz, Sol, alegria de viver. O livro está lindo.

Meu primeiro livro Infantil foi AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA, a história real de uma Cachorrinha vira-lata resgatada da rua por meu filho. Era tão magricelinha e desnutrida que a chamamos de Vareta. Parecia uma vara a se quebrar. Uma amiga levou o livro para a sala de Leitura do ESTADÃO JULIO PRESTES, em Sorocaba. Os alunos se apaixonaram, começaram a escrever poesias para minha cadelinha. Saiu um Sarau. E, pasmem: Vareta foi a convidada de honra. Para não assustá-la com as palmas, ao término de cada apresentação, as mesmas eram os sinais para surdos. Vareta adorou. Os alunos resolveram publicar um livro e saiu SARAU A QUATRO PATINHAS. E o livro que nasceu de um sarau, virou outro sarau, com a presença de sua majestade, a cadelinha.

Neste interim, escrevi O RESGATE, é também um livro sobre esta musa, mas totalmente fictício.

Logo depois: XIMBINHA, A PELADA VAI COMEÇAR. Vareta é de novo personagem central, junto com meus netos e uma tartaruguinha.

Continuei a escrever para eles: SAPECAS S/A, poetrix para crianças.

A primeira paixão de minha netinha foi A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS. Quando começou a ler: foi sua primeira vez me mostrando que sabia reconhecer as palavras. E assim nasceu a segunda edição deste livro.

Entremeando as histórias, algo do meu passado: a PATOQUINHA, uma patinha de estimação. Meu mais recente livro infantil é XIMBINHA, LIGEIRINHA. Uma história divertida da mesma tartaruguinha andando de skate. 

Iniciei dois Projetos: O primeiro ADOTE, DOE, NÃO ABANDONE e o segundo: CONTAÇÃO DE HSTÓRIAS, com doação de dobraduras. 

Amo meus livros infantis e toda a trajetória que nasceu deste meu caminhar. Vou às escolas, faço doações, amizades, de novo me sinto nos abraços das crianças, a professora que um dia eu fui.

Comecei a escrever versos minimalistas: Aldravias, Haikais, Spinas... Nasceu meu terceiro livro de Poesias: GIRASSÓIS POÉTICOS, totalmente na forma minimalística SPINA... Foi lançado em fevereiro de 2022 e no mesmo ano recebeu em novembro o Prêmio ESCRITOR NOTÁVEL, concedido pela ALPAS e escolhido por um júri.

Mais recentemente, eu me dediquei ao POETRIX, escrevendo diariamente num grupo de Whatsapp. Nasceu o meu quarto livro solo de poesias: LUZES DE LIZ, totalmente em Poetrix.

Amo participar de coletâneas. Elas me abrem portas, vou para Bienais, em São Paulo, Paraty, Porto Alegre, Maceió, Curitiba, Pouso Alegre, enfim, faço viagens inusitadas para os lançamentos. Amo estar no meio de outros escritores e tive a honra de conhecer a Nandinha neste maravilhoso livro de cordéis, que ela organizou e me convidou. Vejam que linda amizade, hoje estamos aqui. Juntas.

Recentemente a Gaya, editora da ALPAS, me homenageou com o livro INFINITO OLHAR. Foi absolutamente gratuito. É uma coletânea internacional e já estive em diversos lançamentos, o último foi na 68ª FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE.

Quanto às vendas, só pela Internet, face a face, ou em Saraus, em lançamentos. É só me chamar no privado. Faço um preço único para cada exemplar: trinta reais.




ENTREVISTA PARA JCP

Meu nome de guerra é Liz Rabello, abreviatura de Elisabete Rabello Machado Brandão. Mais de meio século de vida. Muito mais. Sou da Capital de São Paulo, de nascimento e residência. Formada em Letras e Pedagogia. Pós-Graduada em Gramática da Língua Portuguesa e Literatura Moderna, Mestrado em Comunicação e Semiótica. Viúva de um primeiro casamento, que me presenteou com dois filhos e netos e agregados, anjos que chegaram depois. Amo ser vovó de um rapaz muito inteligente e da doce Juju, peralta, de sorriso fácil.    

Teu envolvimento com a literatura começou com leitura ou partiste logo para a produção de textos?

Sou escritora por acaso. Secretária Executiva por acidente de percurso. Coordenadora Pedagógica por necessidade de ganha pão. E professora, enfim, por amor, por devoção, por opção. No exercício de minha carreira de Magistério, estudei bastante, a Literatura sempre foi o meu foco. Em sala de aula, escrevia junto com meus alunos, ao final, saboreávamos leituras mútuas, trocas de nossos rascunhos. Tinha o hábito de criar livros artesanais com nossos textos. Eu, inclusa. E foi, assim, por puro acaso que me senti escritora. Era concomitante a leitura e a escrita; porém, não profissional. Esta só começou pouco antes de me aposentar em 2012.

A inspiração para teus textos tem uma origem pré-estabelecida ou escolhes as temáticas através de pesquisas?

Não sigo uma regra única. Às vezes, o desejo de escrever vem de uma imagem, outras de um fato, lido, vivido. Gosto de escrever memórias, reais ou fictícias, quando a fantasia se une à realidade. Se a temática não estiver clara ao meu objetivo, pesquiso.

Entendes que sabemos valorizar a cultura de ler aqui no Brasil?

Já passamos por várias fases. Nos últimos cinco anos, com a política de desvalorização da educação, da Ciência, das Universidades, o livro passou a ser objeto de consumo para poucos. No último ano, com a Pandemia, ensino à distância, falar em livro é cruel demais. Não há sequer acesso a uma biblioteca, ou a uma Sala de Leitura numa escola pública. A fome ronda os lares. Entre alimentação e livros, aquela tem mais força do que estes. Em anos anteriores, com um governo de esquerda por quinze anos, houve um avanço, que estagnou pós golpe. Numa época em que a economia esteve equilibrada e a fome praticamente zerada, a educação tinha sentido. Os livros tinham espaço. Se caminharmos pelas entranhas da memória, vamos perceber que livro é luxo, para poucos. Infelizmente.

Quem apontas como mestre na literatura nacional?

Luís Fernando Veríssimo, filho do famoso Érico Veríssimo de Cruz Alta. Adoro o bom humor, as sutilezas, as ideias deste escritor contemporâneo vivo, abraçado a seu mundo. Tudo o que leio dele, gosto. Cora Coralina. Comecei a escrever tão tarde quanto ela. A obra que mais aprecio é póstuma: “O Tesouro da Casa Velha”, contos belíssimos! Prosa poética repleta de imagens vividas, costuradas com linhas coloridas de sua imaginação. Entre os antigos, amo Machado de Assis, o seu dizer não dito, num avanço entre as épocas, hoje tão atual!  Guimarães Rosa, que traz o lúdico coloquial para dentro do romance, e vamos vivenciando a linguagem nas vivências cotidianas. Na poesia, não poderia deixar fora, meu Patrono na ALPAS, Olavo Bilac, cujos versos foram declamados ao meu ouvido por um tio, sapateiro, o mais culto dos homens que eu conheci. Aprendi a amar as estrelas e com elas conversar. O meu mundo poético ganhou asas.

Tua caminhada literária deve ter anotado muitos momentos marcantes. Qual deles se destacou mais?

Minha posse na ALPAS foi marcante. Tenho fotos lindas deste momento. O lançamento de “Rendas do Silêncio”, na off FLIP, em Paraty, na Câmara Municipal da Cidade, foi um sonho realizado, estar num local, que respira Literatura, como escritora e não só leitora, foi inusitado. A surpresa de uma homenagem, que recebi dos alunos do nono ano do Estadão Júlio Prestes, em Sorocaba, durante a formatura deles. Finalização de um Projeto, sob o batuque de Maria Antônia Costa, “Adote, Doe, Não Abandone”, com duração de três anos, culminando com o lançamento de um livro deles. “Um Sarau que virou livro de um livro que virou Sarau”. Quatro Patinhas foi único e emocionante. Guardo, num pote mágico de lembranças, as carinhas gorduchinhas de bebês de um a três anos de uma creche em Curitiba, durante Contação de Histórias. Professores de uma creche em Urânia, dramatizaram um livro infantil “Ximbinha”, com criação de personagens, que eles próprios criaram para alunos do maternal. Um momento maravilhoso foi a banda Cabras do Baquirivu tocarem e Sandra Gomes Leal cantar “Versos só pra Ti”, um poema meu, musicado por eles, durante Sarau na Casa Amarela, em São Paulo. Há outros, muitos outros, ser escritor tem sabor de açúcar.

Melhor livro que leste e recomendas?

Guerra do Fim do Mundo, de Mario Vargas Lhosa, baseado em fatos ocorridos em Canudos, um romance às avessas do “Grande Sertão” de Euclides da Cunha. Este, ponto de vista dos dominadores, aquele dos oprimidos.

A vida resumida em uma frase:

“Gratidão por respirar”




ENTREVISTA PARA O MULHERIO DAS LETRAS EM PORTUGAL

1 – Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?

Vivemos o fim do “Capetalismo”, a degradação da humanidade. O lucro nefasto acima das vidas humanas. Sou da capital de São Paulo, Brasil. Estamos com mais de cem mil infectados e quase 9000 óbitos, mas o Presidente prega a teoria do negacionismo. Os governadores e prefeitos em plena guerra política ideológica contra o governo federal. E nós, o povo, no meio da tragédia. Meu estado é o mais afetado. Noventa por cento dos leitos em hospitais estão sendo usados. Minha percepção é a pior possível. Assustada, por vezes, esperanças desaparecem, mas a fé em Deus e na vida ainda prevalece.

2 – Enquanto autora, esse momento afetou o seu processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais inspirada?

Em 2020, escrevi pouco, poemas contundentes e desesperadores. Mas em 2021 desabrochei. Comecei a escrever trovas, Haicais e muitos SPINAS.

3 – Quando isso passar, qual a lição que ficou?

Para mim, uma lição é básica. Preciso de muito pouco para ser feliz. Posso viver sem shoppings, sem roupas caras, sem viagens, sem maquiagens. Sem um montão de coisas que estão entulhadas num guarda-roupa sem uso. Mas não posso viver sem a música, sem a Arte, sem a Poesia, sem meus familiares e muito menos, sem amigos.

4 - Os movimentos de integração da mulher, influenciam no seu cotidiano?

Sempre. Sou ativista. E me pego muitas vezes orando, (já que neste momento pouco posso fazer), pelas mulheres que sofrem, neste instante, violência doméstica.

5 – Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?

Tenho um blog. Escrevo e publico. Participo de Antologias. Amigos do face book sempre me dão retorno. No momento, está tudo parado, mas antes participava de vários saraus poéticos. Em 2021, comecei a participar de Lives. Algo que preenche a solidão da Pandemia.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?

Temos vários canais de divulgação, como o Mulherio das Letras. Isto é muito positivo. Mas ainda é difícil quebrar barreiras até mesmo dentre as mulheres. Percebo que quando um poeta homem publica, centenas vão ler e comentar. Não acontece o mesmo com as mulheres escritoras. Em lançamentos como em Feiras de Livros, Porto Alegre ou Bienais em São Paulo e Rio de Janeiro, homens escritores são muito mais badalados pelas mulheres do que as próprias escritoras. Ainda não alcançamos este patamar com os leitores comuns.

7 – O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.

Tenho um Projeto em andamento: “ADOTE, DOE, NÃO ABANDONE!” A ideia é uma campanha: Antes de comprar um pedigree, adote um Vira Latinha. Tenho quatro livros já publicados, dentro deste Projeto. A curto prazo quero levar minha poesia para mais escolas, não só da minha região, como de outros estados do Brasil. Pretendo continuar com visitas a escolas, asilos, hospitais. O contato escritor x leitor é fundamental. Olho no olho. Poesia ao pé do ouvido. Magia.

A longo prazo, eu não sei. Tinha sonhos de viagens, principalmente ao exterior, Portugal, Itália. Mas após a pandemia, não sei como estarão minhas possibilidades financeiras para cobrir estes gastos.  Veremos.

8 – Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?

Tenho acompanhado pela página do Mulherio das Letras. No momento, a pandemia é o teor central de todas as nossas preocupações. Penso que com esta entrevista estamos acolhendo o tema.

9 - Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.

Cora Coralina. Comecei a escrever tão tarde quanto ela. A obra que mais aprecio é póstuma: “O Tesouro da Casa Velha”, contos belíssimos! Prosa poética repleta de imagens vividas, costuradas com agulhas de sua imaginação.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

"Se tivesse outra oportunidade para recomeçar a sua existência aqui na Terra, você escolheria qual profissão?"

“Se isto me fosse dado de volta, eu escolheria novamente ser PROFESSORA, porque foi esta a atividade profissional que permeou os meus dias, que garantiu o meu pão e a minha sobrevivência. E, por pior que sejam os percalços, a realização que consegui superam todas as barreiras financeiras. Cada pedra que me jogaram me fez mais forte. Fiz parte de uma jornada de conquistas para a mulher valiosa e muito importante para a construção de uma sociedade melhor. Ser professor é cultivar sementes. Eu adoro jardins.”

Sou Liz Rabello, escritora por acaso. Professora por opção. Lecionei durante muitos anos e lia para meus alunos obras dos famosos e dos não tão famosos assim. Ao me aposentar já estava escrevendo. Pertenço a três Academias: ALPAS/RS, ALP/ Professores de SP e ANLPPB/Campinas/SP. Escrevo como quem salga páginas de tinta com lágrimas. Escrevo memórias, fatos reais ou fictícios quando a fantasia se une à realidade. Escrevo utopias, esperanças inatingíveis que só me servem para caminhar. Escrevo lutas, para me dar mais forças para guerrear. Uso armas palavras.

CONFIRA NA ÍNTEGRA MINHA ENTREVISTA NO MULHERIO DAS LETRAS EM PORTUGAL

https://tocaafalardisso.blogspot.com/2020/05/dez-perguntas-mulherio-das-letras_26.html?fbclid=IwAR1PcKIONiJHEIGEEOW4zoUcoa-eaVT0F6-vYuQLj2K-9aTcJg0-47Ppu6g


UM POUCO DE MIM 

Sou de Janeiro. Verão no coração. Branco de paz na alma. Arco-íris nos jardins. Perfumes de jasmins. Quando nasci, vento varreu pétalas de manacá da serra de uma árvore alvissareira. Eu, tapete, fui presente de Deus. Não era pra ter nascido. Minha mãe no terceiro mês de gravidez, caiu ao descer de um ônibus. Descolou o útero. Sangrou até o sétimo mês. Todos diziam: “Este bebê não vai vingar”. Vinguei. Sou guerreira. Amo viver.  Nas trilhas de verão, depilo pelos do coração, energizo paz, brinco de ser feliz. Para mim a felicidade tem cor. É verde esperança, É azul, rio, nascente. É amarelo, girassol, meu Sol.  Para mim a alegria tem cor. É um arco-íris. Quando em mutação é branco de harmonia. Não sei viver em preto e branco.

Liz Rabell0


LIZ RABELLO  É  ASSIM

Carinhosa, meiga e de fé
Corajosa, politizada e de luta
Viúva, mãe, solidária e amiga
Professora, escritora e da rua
Poetiza, cronista e contista
Agora é também cordelista
E o que mais vier há de traçar
Pontos no nó a desatar

Tenho um Cordel ainda não publicado... 

"CORDEL PARA UMA LATA DE SARDINHA"

DEZ PERGUNTAS DO MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL

1 – Como você vê o papel da mulher na literatura atual?

Assombrosamente rico. Mulheres estão em todas as categorias literárias, ganhando prêmios, conquistando espaços antes somente masculino. No entanto sei que no Brasil estamos caminhando para uma reviravolta com retrocessos gigantescos, que extirpam os direitos conquistados, porém estes não são somente contra as mulheres, mas contra os pobres, gays, lésbicas, indígenas, quilombolas, negros e todo tipo de minorias oprimidas.  É mister que as forças de resistência sejam únicas. Uma só voz armadas de PALAVRAS.

2 – Em que medida o universo feminino influencia na hora de escrever?

Escrevo em todos os gêneros literários: Contos, minicontos, crônicas, Ensaios, Poemas, Haicai, Poetrix, Trovas, SPINAS... Até Cordel já me atrevi. Nunca me arrisquei num romance. Não creio que o faça em algum momento. Os temas são os mais variados. Políticos me atraem. No passado, na época da Ditadura, nos anos de chumbo, editavam Folhetos nos porões clandestinos, cuja finalidade era fazer circular a esperança. Hoje, faço parte do grupo que escreve os sonhos e ideais políticos por postagens pelas redes sociais só para compartilhar novas utopias. A dor, a decepção, a tristeza vêm com toques femininos onde o amor impera sobre o ódio tão disseminado pela Internet por Fakes News.

3 – Em que corrente literária acha que a sua escrita se enquadra?

Pertenço ao meu momento histórico. Minha escrita é livre, sem amarras. Sem gesso com nenhuma corrente literária. Estou em Estudos Acadêmicos, num grupo de criação de Trovas, conhecendo as regras da UBT. Em 2021. comecei a escrever SPINAS. Tanto na prosa, como na Poesia, prefiro frases curtas. contos mínimos, poemas curtos. Menos pra mim é mais.

4 - Que importância dá aos movimentos de integração da mulher?

Faço parte do Mulherio das Letras e escrevo sobre a Luta da Mulher não só no Brasil, como no mundo todo. Tenho idade pra poder dizer que tudo o que conquistei foi no elástico, na corda bamba, na garra, porque a nós, mulheres, não existe a mesma vibração que se dá ao homem. Por outro lado, isto só nos fez crescer e hoje, somos mais fortes, mais seguras e temos os homens competindo conosco de igual para igual.  Somos guerreiras e oferecemos perigo. As leis voltam a se amarrar contra nós. Nossos movimentos são imprescindíveis.

5 – O que acredita ser essencial para divulgar a literatura?

Estar conectada com as redes sociais. A Internet é uma chave que abre portas. Mas não podemos trancá-las para o mundo real que flutua fora dela.  Vou a Saraus com frequência. Participo de feiras, onde podemos mostrar nosso trabalho literário e trocar ideias com amigos da área. Envio textos para Antologias. Vou a Congressos pelo Brasil com os grupos de acadêmicos da ALPAS 21 de Cruz Alta no Rio Grande do Sul e da ANLPPB, de Campinas – São Paulo, onde ocupo cadeira de imortal. Adoro viajar e levar minha poesia pelo Brasil afora. Com a Pandemia ficou tudo parado, mas temos as Lives, sempre arranjamos um "jeitinho".

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?

O ponto mais positivo é conhecer pessoas da área. Trocas de vibrações. O negativo é, sem dúvida, conviver com a VAIDADE.  Há muita concorrência. Alguns querem passar por cima de você como um trator. Outros, porém, te dão a mão e te ajudam nesta caminhada. Felizmente, tenho encontrado muito mais gente boa do que ruim. E sempre que consigo pego uma tesoura e aparo minhas arestas para não deixar a vaidade tomar posse do meu eu.

7 – O que pretende alcançar enquanto autora?

Meu único sonho é ser lida. Simples assim. Não escrevo para deixar na gaveta. Publico no blog, nos grupos de apoio, declamo nos saraus, vou às escolas...  Não escondo peças do jogo. Já tenho idade, esperar pra quê?  Logo que sai da cabeça e vai pro teclado, já está nas redes sociais. Depois vão para os livros. Já tenho dez livros solo, dois de poesias: “MIL PEDAÇOS” e “RENDAS DO SILÊNCIO”, dois de contos e Crônicas “LUA NO CHÃO” e “INTERVALOS”. Cinco livros infantis: “AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA”, “O RESGATE”, “XIMBINHA”, “PERNAS PRO AR QUE A PELADA VAI COMEÇAR”, “A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS” e SAPECAS S/A, poemas em Poetrix para crianças. Um livro escrito a oito mãos: AS QUATRO ESTAÇÕES. Sou Veraõ, com poemas sensuais, criados ao calor do entardecer, ao por do sol. Teresa Lopes é Outono, Deolinda Nunes é Inverno e Maria Lúcia Lopes é Primavera. Tenho uma Antologia organizada por mim: “SARAU A QUATRO PATINHAS” e duas Cantigas, Lira Paulistana: “ANNA DE ASSIS” e “QUASE CORDEL PARA UMA ESTÁTUA DE BRONZE”. Além de já ter participado em quase cem Antologias com amigos que conheci por minhas andanças nas redes sociais.

8 – Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.

Tenho um Projeto em andamento: “ADOTE, DOE, NÃO ABANDONE!” A ideia é uma campanha: Antes de comprar um pedigree, adote um Vira Latinha. Tenho quatro livros já publicados, dentro deste Projeto. A curto prazo quero levar minha poesia para mais escolas, não só da minha região, como de outros estados do Brasil. Viajar é minha meta. A longo prazo quero ir para Portugal, um sonho que pretendo realizar, quando a Pandemia deixar.

9 - Sugira uma autora e um livro (contemporâneos):

Difícil tarefa. Bem que poderia ser mais de uma, né?  Muita gente admirável, mas vou escolher uma poetisa de muito talento Adriane Lima, de Campinas, São Paulo, “A Asa Oculta da Borboleta”. Será que pode ser duas?  Maria Lúcia López, “Acendedora de Estrelas”.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

"Se tivesse outra oportunidade para recomeçar a sua existência aqui na Terra, você escolheria qual profissão?" Se isto me fosse dado de volta, eu escolheria novamente ser PROFESSORA, porque foi esta a atividade profissional que permeou os meus dias, que garantiu o meu pão e a minha sobrevivência. E, por pior que sejam os percalços, a realização que consegui superam todas as barreiras financeiras. Cada pedra que me jogaram me fez mais forte. Fiz parte de uma jornada de conquistas para a mulher valiosa e muito importante para a construção de uma sociedade melhor. Ser professor é cultivar sementes. Eu adoro jardins.

BIOGRAFIA:

Liz Rabello – São Paulo – Brasil
Nasceu em São Paulo, Capital, em 25 de Janeiro.

LIZ POR LIZ

Escritora por acaso. Professora por opção. Lecionei durante muitos anos e lia para meus alunos obras dos famosos e dos não tão famosos assim. Ao me aposentar já estava escrevendo. Pertenço a duas Academias: ALPAS/RS e ANLPPB/Campinas/SP. Escrevo como quem salga páginas de tinta com lágrimas. Escrevo memórias, fatos reais ou fictícios quando a fantasia se une à realidade. Escrevo utopias, esperanças inatingíveis que só me servem para caminhar. Escrevo lutas, para me dar mais forças para guerrear. Uso armas palavras.



JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS "CORREIO DA PALAVRA" - MÊS DE MARÇO DE 2019...  FIZ ALGUMAS IMPRESSÕES GRÁFICAS... 




MINIBIOGRAFIA

LIZ RABELLO escreve desde 2012. Tem onze livros solos e participação em cento e doze Antologias. Contista, Cronista, Poetisa, começou a escrever versos livres e atualmente está se dedicando a formas minimalistas. Seu mais recente livro solo: Girassóis Poéticos, escrito totalmente na forma Poética SPINA, deu-lhe a honra de receber o Primeiro Prêmio Escritor Notável, conferido pela ALPAS, Academia em Cruz Alta, Rio Grande do Sul. Escreve como quem salga páginas de tinta com lágrimas. Memórias, reais ou fictícias, quando a fantasia se une à realidade. Utopias, que só lhe servem para caminhar. Lutas, para lhe dar mais forças para guerrear. Usa armas palavras.


LIZ POR LIZ
SÃO PAULO/ BRASIL

Sou escritora, por acaso. Secretária Executiva por acidente de percurso. Coordenadora Pedagógica por necessidade de ganha pão. E professora, enfim, por amor, por devoção, por opção. Os melhores momentos de minha vida eu os passei dentro de uma sala de aula, energizando minha fé no ser humano e com as crianças trocando roupas de minhas verdades. Tenho onze livros solo publicados, duas liras paulistanas (imitação de cordéis) e participação em mais de cento e dez Antologias. Sou imortal em três academias: a ANLPPB de Campinas/SP e a ALPAS, de Cruz Alta/RS e ALP, Academia dos Professores da cidade de São Paulo. 


LIZ POR LIZ
Sonhadora e reflexiva
Vê possibilidades do belo em todo lugar
Atrás da lente de um olhar de alteridade
Capaz de enxergar as coisas
Muito além das pedras do mundo
Raios de Sol ou de arco-íris
Misturados a um pequeno furacão
O coração é um jardim secreto
Dentro de muros altíssimos
Onde se refugiam muitos amores
Um pouco louca e mágica
Um pouco sóbria e bêbada


MEU CORPO” MEU INVÓLUCRO
Qual é a história deste corpo? Deste invólucro que embala a minha alma? Às vezes me parece que passei a vida toda (mais de meio século) vivendo o meu mundo interior... Presa numa caixa que me enlouquecia... Por vezes desejei livrar-me dela... Um dia me olhei no espelho e percebi que não me refletia, que não era eu, aquela mulher que estava lá... E, então, mudei... Comecei a cuidar desta caixa de papelão, frágil, mais frágil do que minha própria alma... Comecei a procurar nas curvas de minhas rugas já à mostra, onde estava a Bete, a Elisabete, que um dia se perdeu no tempo... Achei que este novo invólucro devia sorrir mais... Devia curtir mais o que este corpo pedia... Devia dançar, amar, fazer sexo... Sabe, estas coisas que todo mundo faz? E que, ao longo da vida, eu me neguei? Ok, vamos começar esta história desde o princípio... Nasci lá, na Casa Verde, aos fundos de uma casa que dava por divisa num colégio de freiras, caríssimo, cujo poder aquisitivo de meus pais não me dava o direito de entrar, mas não me impedia de “olhar”... E foi, assim que vivi, ao longo de minha vida toda, apenas vendo as outras pessoas, usarem o corpo, o próprio corpo... Como assim? Bom, amava ver as meninas fazendo ginástica, usando aquelas sainhas plissadas, com shorts por baixo, jogando queimada... No colégio do Estado “José Carlos Dias” não havia Educação Física para os pequenos... E no ginásio eu já estava trabalhando... Tive o meu primeiro emprego aos treze anos, com carteira assinada e aval do juiz por ser menor de menor de idade... Pode? Pode, sim, meu pai morreu muito cedo... Eu tinha que ajudar em casa... Aliás, comecei a trabalhar aos sete anos, em pé, parada com meu corpo, passando cola nas fitas que enfeitavam as caixinhas, que minha mãe fazia em casa... Com horário marcado... À noite, tarefas da escola, sentada na mesa da cozinha... Qual o tempo do meu corpo? ERA SÓ CÉREBRO... ANULAÇÃO DO CORPO... E foi assim que vivi, algum tempinho livre... Corria para os livros, ler sentada num galho da minha goiabeira, no fundo do quintal... E de vez em quando “OLHAVA”, como é que as garotas faziam Educação Física... Nunca fui uma menina feia, nem de corpo, nem de rosto... Mas jamais me dei conta disto, naquela época... Eu só percebia o quanto era inteligente pelas notas que recebia em meu boletim, pelos elogios dos professores.. E, nunca, nunca recebi uma crítica sequer sobre meu corpo... Porque nunca o usei... Na minha mente, nos meus desafios de leitura, devorava qualquer livro, que chegasse em minhas mãos, eu era a rainha da natação... a dançarina, que conseguia os mais lindos passos... a Cinderela do baile, onde o príncipe se casaria com ela... Mas, na vida real, uma mulher desengonçada, que nunca conseguiu sair do lugar em sua mesa, na noite de um baile... Numa festa, uma mulher tímida, que se negava a aparecer... Até hoje sou assim... Eu preferia ter recebido críticas, por ter tido um professor de Educação Física, do que jamais exercer a oportunidade de usar o meu corpo como forma de expressão do MEU EU INTERIOR!Liz Rabello
MINHA TRAJETÓRIA LITERÁRIA

AO TODO SÃO TREZE LIVROS SOLO

EIS A LISTA POR ORDEM DE PUBLICAÇÃO: 

MIL PEDAÇOS (2012
INTERVALOS (2013
AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA (2014)
LUA NO CHÃO (2015)
O RESGATE (2016)
A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS (2016)
XIMBINHA, DE PERNAS PRO AR QUE A PELADA VAI COMEÇAR (2018)
RENDAS DO SILÊNCIO (2018
E, DOIS CORDÉIS: "CORDEL PARA UMA ESTÁTUA DE BRONZE: O BEIJO ETERNO (2018) E CORDEL PARA ANNA DE ASSIS (2018)
SEGUNDA EDIÇÃO DE  "O RESGATE" (2019)
SEGUNDA EDIÇÃO DE "A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS" (2019)
AS QUATRO ESTAÇÕES (2019)
SAPECAS S/A POEMINHAS (2021)
GIRASSÓIS POÉTICOS (2022) PRÊMIO ESCRITOR NOTÁVEL, CONFERIDO PELA ALPAS 
LUZES DE LIZ (2023)
XIMBINHA LIGEIRINHA (2024)

PARTICIPAÇÃO EM CENTO E TRINTA E CINCO ANTOLOGIAS E/OU COLETÂNEAS

MINHA TRAJETÓRIA LITERÁRIA

LIZ RABELLO

Do prazer da escrita sem intencionalidade às asas do voo livre foi um pulo... Menos de oito anos e já tenho vários textos publicados em mais de cem Antologias e alguns prêmios. Ocupo uma Cadeira de imortal na ALPAS, uma Academia de Letras de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, onde meu Patrono é Olavo Bilac. Outra na ANLPPB, pela qual participo de Congressos, Saraus e Serestas ao luar. Uma terceira na Capital paulista, ALP Academia dos Professores da Prefeitura Municipal de São Paulo, cujo Patrono é Luís Fernando Veríssimo. Estive presente em várias feiras na capital paulista, em Porto Alegre, no Paraná (FLIM de Maringá), duas Bienais em SP, FLIP, em Paraty, onde lancei Rendas do Silêncio e Ximbinha. Também lançados em Pouso Alegre, Minas Gerais e na Décima Bienal de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro. Fui homenageada em Urânia, por quatro escolas que representaram em murais desenhos baseados no meu Ximbinha. Em Sorocaba, os alunos por três anos trabalharam num Projeto baseado num livro meu "Amor à Primeira Lambida", que virou Sarau e ao final este virou um livro: "Sarau Quatro Patinhas". Tenho uma música criada pelo Samuel Carneiro com letra minha e cinco composições de Sandra Gomes Leal e os Cabras de Baquirivu, da zona leste de SP. Participei de bate-papo na UNISAL, com alunos de Pedagogia. Estive presente no II Encontro do Mulherio das Letras, no Guarujá/SP e no V Encontro dos Poetas da Língua Portuguesa, no Rio de Janeiro. Fiz apresentações em inúmeros saraus em minha cidade, São Miguel, Sorocaba, Campinas, Itu, Rio de Janeiro, Pouso Alegre/ Minas Gerais, Astorga/Paraná, na Pousada Príncipe dos Mares e na Casa de Iaiá, em Paraty.  Saraus Itinerantes na orla de Maceió e ao redor do Lago em Londrina/Paraná. Gosto dos minimalistas: SPINAS, Aldravias, Alanianos, Camaquianos, e, é claro, as tradicionais Trovas e Haikais. Meu mais recente brinquedinho é criar Poetrix, inclusive lancei um livro infantil SAPECAS S/A. A partir deles, criar Grafitrix. Já me consideram Narradora Visual.  Participo de grupos coletivos de poesias, no whatsapp. Escrevo para o jornal eletrônico da ALPAS 21, Correio da Palavra. Fiz homenagens póstumas a quem muito amei e já foi morar com as estrelas. Recebi em lançamentos amigos, parentes, filhos e abracei meus netos em Saraus. Ganhei flores! Distribuí beijos... E, SINTO DIZER: não vendi quase que nadinha 😏😏😏 Mas que eu tô feliz que tô... Isso tô...

EU SOU...

Os brinquedos da minha infância... A bicicleta, que tanto sonhei e nunca tive... Os livros novos, que só chegaram muitos anos depois... Os lápis de cor multicoloridos, que só hoje consigo comprar (naquele tempo, eram apenas meia dúzia, tão pequenos que eu os usava segurando na pontinha, com o máximo cuidado!)... As bonecas desejadas... Que nunca chegaram! Minha infância foi repleta de imaginários brinquedos, que minha criatividade dava vida... Brincava de castelos assombrados numa construção de esquina, que nunca terminava... Brincava de casinha, fazia comidinhas, com óleo mil vezes usado e jogado fora... Uma vez passei mal, porque resolvi comer a tal comidinha que fazia! Sou os exames de vestibular que tanto sonhei, mas só chegou bem mais tarde, quando já estava grávida do meu segundo filho! Tarde? Não, na hora certa... Nunca mais parei de estudar! Fiz vários pós, inclusive Mestrado. Sou os segredos de amor, que guardei, bem no fundo do coração... Após ter ficado viúva e não conseguir mais me entregar a ninguém... Sou as praias desertas, que adoro conhecer... Procurando em cada cantinho uma conchinha, uma pedra... um penhasco... uma trilha... Sou a Liz tantas vezes renascida... Após o acidente que fraturou minha coluna... Um ano sem destino certo, usando coletes... Bordando para passar o tempo! Sou a Liz, que perdeu a chance de ser mãe de novo... Um mioma tão grande que precisou ser retirado junto com todo o aparelho reprodutor... Sou a Liz que perdeu os órgãos internos, mas não o desejo de viver, muito menos a sensualidade, a libido! Sou a saudade que sinto de um homem justo, que orgulhoso de mim, a filha pródiga, disse estar “sastifeito” comigo... E eu, na ingenuidade de minha pouca idade, o corrigi: “ Pai, não é assim que se fala”... Perdão, pela mágoa daquele instante em que eu te humilhei, meu pai querido!

Sou aquela cena de rua... de um sábado trágico: uma família inteira presa nas malhas do destino... Um carro pegando fogo... Até hoje... ouço os gritos de impotência, deles, meus e de todos que nada puderam fazer para salvá-los. Sou os livros e filmes e músicas que já me tiraram lágrimas dos olhos... Sou os abraços, que já dei em meus amores, filhos, neto, sobrinhos! Tios! Sou saudade da irmã, minha amiga, confidente, que cedo partiu desta vida... Sou saudade... Sou promessa de continuidade da vida... Preciso fazer aqui ainda o que outros começaram e não terminaram! Sou a Liz, professora, Mestre, orgulhosa de seu trabalho, porém em fim de carreira... Impotente, diante dos erros, que observo em meus companheiros de jornada... Eles se atiram num vazio de desesperança, que não pode chegar a lugar nenhum! Me levam junto! Eu me nego a despencar! Sou a lutadora, a menina da janela do décimo primeiro andar... Trabalhava em uma empresa, recepcionista. De lá eu via os alunos de Direito do Centro Acadêmico da Faculdade São Francisco, em suas manifestações contra o AI 5, as represálias do governo... Sou a grevista que, à testa das manifestações, incendiava os corações dos meus companheiros de trabalho... Tantas vezes PT... Vermelhinha de carteirinha... Hoje... Tenho dúvidas, mas sei bem quem sou!

Sou orgasmos contidos, sou gritos de amor sufocados, sou desejos não realizados... Sou beijos guardados, doados ao vento, coração rifado... Sou palavras mal(ditas) Bem(ditas) Bem(guardadas) Sonhadas pra serem confessadas a alguém!

Liz Rabello

10 comentários:

  1. Legal amiga Liz Rabelo, eu não conhecia seu Blog agora estou conhecendo e vou acompanhar dia a dia...abçs

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    1. Obrigada por sua leitura. Fico emocionada pelo carinho dos novos amigos que tive oportunidade de conhecer na Casa Amarela.

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  2. Esta é Liz, Flor de Liz, Flor de Artesã da Vida capaz de conversar com crianças e estrelas, como uma íntegra Guerreira a cultivar jardins e bons combates: Poeta que assume as flores e dores do seu tempo

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  3. Muito lindo o seu blog. Parabéns. Gostei em especial das informações sobre o Poetrix. Deixo meus abraços poéticos e o convite para você visitar um dos meus blogs a seguir: Verdades de um Ser e O seu companheiro de viagem. Não sei se pode colocar aqui links. Vou tentar cologando o do menos provável de encontrar pelo Google. O outro, se você procurar no Google encontra.

    https://oseucompanheirodeviagem.wordpress.com/

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    1. Obrigada pela visita... Gratíssima por seus comentários. Os amigos do grupo Poetrix serão sempre bem vindos...

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  4. Li as entrevistas e observo uma escritora (e poetisa) com idéias humanistas, coração de criança e voltada ao seu tempo. Gostaria de conhecer mais sua literatura mas, confesso, minha preferência são crônicas, contos. Sou Arthur Peres: aegavip@gmail.com

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  5. Amei o pouco que li sobre você. Sei que há muito mais nessa alma generosa. Seus escritos retratam conhecimento, gentileza, coragem de ser. Parabéns. Que Deus abençoe e conserve nossa amizade.

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  6. Liz, querida, parabéns por tua linda trajetória literária. Fico feliz por fazermos parte de tantas conquistas. Abraço.

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