Escreve como quem salga páginas de tinta com lágrimas. Memórias, reais ou fictícias, quando a fantasia se une à realidade. Utopias, esperanças inatingíveis, que só lhe servem para caminhar. Lutas, para lhe dar mais forças para guerrear. Usa armas palavras. Pós-graduada em Literatura Moderna e Gramática da Língua Portuguesa, Mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC/ SP. Formada em Letras e Pedagogia. Aposentada em dois cargos pela PMSP: Coordenadora Pedagógica e Professora de Português. É imortal em três Academias: ALPAS, de Cruz Alta, Rio Grande do Sul; ALP, Academia de Letras dos Professores do Município de São Paulo e ANLPPB, Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro, de Campinas, São Paulo. Tem treze livros solo publicados: Poesia (Mil Pedaços, Rendas do Silêncio e Girassóis Poéticos e Luzes de Liz), Contos e Crônicas (Lua no Chão e Intervalos) e sete livros infantis (Amor à Primeira Lambida, O Resgate, “Ximbinha”- De Pernas pro ar que a Pelada vai Começar, A Menina que Mastigava Letrinhas, Sapecas S/A, Patoquinha e Ximbinha Ligeirinha). Tem um livro publicado em parceria, a quatro mãos: Quatro Estações. Organizou uma Antologia com alunos da escola estadual Júlio Prestes Estadão, em Sorocaba, São Paulo: Sarau Quatro Patinhas. Participou como co-autora em cento e trinta e cinco Antologias e/ou Coletâneas. Gosta dos minimalistas: Spinas, Aldravias, e, é claro, as tradicionais Trovas e Haikais. Seu mais recente brinquedinho é fazer dobraduras, contação de histórias. Escreve para o Jornal Eletrônico Correio da Palavra. Em 2022 foi agraciada com o Primeiro Prêmio Escritor Notável, conferido pela ALPAS 21 ao livro de Poesias “Girassóis Poéticos”. Em 2021, com a Investidura Acadêmica, Prêmio Personalidade Literária daquele ano. Foi homenageada no Trigésimo Quinto Concurso de Poesias, Contos e Crônicas da ALPAS e com a Coletânea Internacional INFINITO OLHAR, promovidos por esta autarquia. Começou a escrever trovas em 2021 e tornou-se Veterana em 2023. Ficou classificada em quinto lugar no Concurso de Cartrovas no Rio Grande do Sul, tendo sido agraciada com a publicação bilíngue de seus versos, em Italiano e Português. Possui Medalhas e Destaques em outros Concursos, que podem ser conferidos em seu Blog:
www.lizrabello@blogspot.com
A Coletânea Internacional INFINITO OLHAR, publicada pela Alpas21 e Editora Gaya, em minha homenagem, levou nossa produção literária, memória e história aos leitores em diversos países. São mil exemplares, sendo duzentos para doação em escolas e universidades. Recebi esta homenagem GRATUITAMENTE, nada paguei por ela. Todos os acadêmicos, imortais, efetivos da Academia ALPAS a recebem. Sou pura gratidão.
VIAGENS PARA RECEBER PRÊMIOS
(HÁ MUITAS OUTRAS PREMIAÇÕES NA SEÇÃO "PRÊMIOS" DESTE BLOG)
PRIMEIRO LUGAR NO 32º CONCURSO LITERÁRIO INTERNACIONAL DE POESIAS, CONTOS E CRÔNICAS
Parabéns aos autores premiados em Crônicas
1º lugar – Liz Rabello – Entre as rendas do silêncio
TERCEIRO LUGAR EM TROVAS NOS JOGOS FLORAIS DE CURITIBA
PRIMEIRO LUGAR NO CONCURSO RELÂMPAGO DA SEÇÃO SÃO PAULO EM SETEMBRO DE 2024
TERCEIRO LUGAR NO CONCURSO DE TROVA DE TAUBATÉ
ENTREVISTAS
FLIU DE URÃNIA SÃO PAULO 2019
BATE PAPO COM LIZ RABELLO E GUSTAVO GOMES DOS SANTOS NA UNISAL
Uma
noite inesquecível com cerca de oitenta estudantes na Biblioteca da UNISAL de
Santa Terezinha, se acotovelando para conhecer os escritores, da novíssima
geração em São Paulo. Gustavo abriu o verbo com suas ideias e pensamentos e Liz
Rabello revelou experiências como professora e escritora, e mulher feliz, pelo
novo caminho na literatura infantil. Um rico debate, sob a batuta
excelente da professora e mediadora Cida Sarraf.
PROJETOS
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM DOAÇÃO DE DOBRADURAS
CONGRESSO EM GUARUJÁ
COLÉGIO RODRIGUES ALVES CAJAMAR SÃO PAULO
FLI CAMPINAS 2023
MINHAS DOBRADURAS NA FLI SAMPA, LANÇAMENTOS
DA SUELIZINHA
SARAU QUATRO ESTAÇÕES NO EJA TENENTE
AVIADOR EM SAMPA
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA BIBLIOTECA CORA CORALINA EM CAMPINAS
CRECHE LAR MÃE EM CURITIBA
FLIU DE URÃNIA SÃO PAULO 2019
CENTRO DE REABILITAÇÃO MUNDIAL
No
dia 18/04/2023, visitamos como trabalho voluntário a Clínica de Reabilitação
Mundial no bairro do Cupim, em Ibiúna, São Paulo. Fizemos a entrega de doações
de kits higiênicos masculinos, roupas, calçados. Levei vários livros de poesias
em doação. Palestrei sobre as formas minimalistas: SPINA, POETRIX, VERSOS
LIVRES. A Contação de Histórias foi o Cordel do Josué. KROM e MUS, os personagens "SAPATOS", que
viajam pelo lixão, até encontrarem uma alma boa, um catador de lixo reciclável,
um herói anônimo, que os levam para as paredes de um museu
"COSTUMIZADOS", transformados em obras de arte...
PRIMEIRO ENCONTRO NACIONAL DE
PSICOPEDAGOGOS
EXPOSIÇÃO E VENDAS DE LIVROS DA ESCRITORA
LIZ RABELLO
SARAU QUATRO PATINHAS"
JULIO PRESTES ESTADÃO EM SOROCABA
SÍNTESE DO PROJETO
O
projeto teve início em 2015 com a leitura do livro "Amor à Primeira
Lambida", de Liz Rabello dialogando com outra autora, Jandira Mansur:
"O Frio pode ser Quente? " A ideia seria transformar a poesia de
Jandira Mansur em prosa e a prosa do livro narrando a história real da Vareta,
cadelinha resgatada da marginal tietê e adotada pela autora do livro, em
poesia. Destas aulas iniciais, nasceram novos textos em homenagem à Vareta e
delas apresentações no Sarau "Amor a quatro patas”. Depois nasceram
poesias e depoimentos acerca dos próprios animais de estimação. O sarau foi
organizado pelas professoras Maria Antonia Costa e Regina Matavelli, com a
presença da convidada especial "Vareta" e seu anjo da guarda, que a
salvou das ruas: Rodrigo Brandão... A cadelinha desfilava entre os alunos na
maior cumplicidade, alegre e encantada, no colo ou no chão. A presença da
vice-diretora e das coordenadoras pedagógicas se fez acontecer. Muito
agradecida pelo entusiasmo e carinho que fomos recebidos: eu, meu filho, e, é
claro, nossa princesa Vareta. Gratidão aos bastidores do Jornal Cruzeiro do
Sul, jornalista Regina Helena Santos, ao fotógrafo e à entrevistadora, cujo
empenho na reportagem gerou fidelidade ao evento, que realmente foi um sucesso
exemplar. Muito obrigada ao senhor diretor Guaracy Bueno, que colaborou pelo
sucesso do evento. Em especial, aos encantos deste projeto: os alunos do
Estadão. Deixo-lhes um abraço repleto de gratidão aos alegres, amorosos
amiguinhos dos animais, uma sensação de dever cumprido! Até a próxima!
Liz Rabello
SARAU COM A PRESENÇA DA VARETA
APLAUSOS EM LIBRA
Parabéns
aos alunos pela educação e delicadeza em demonstrar que gostaram, sem aplausos
e sim com aplausos em libras para não assustar a cachorrinha Vareta.
COBERTURA PELA IMPRENSA DE SOROCABA
JORNAL CRUZEIRO DO SUL
ENTREVISTA COM LIZ RABELLO
DOS VERSOS LIVRES AOS
MINIMALISTAS
PROJETO PLUMAS “MULHERES INSPIRADORAS”, com Fernanda Chinaglia e Bibianadanna
1. Liz, o que te motivou a entrar no universo da escrita?
Desde criança, gosto de escrever. Minhas provas eram teses de doutorado!!!! Mas nunca me aventurei na carreira. Nasci para ser professora. Alfabetizei crianças durante dezoito anos. E concomitante, dava aulas de Português de quinta a oitava série, do Ensino Fundamental. Escrevia com meus alunos. Ao final, socializávamos nossas produções. Depois, transformávamos em livros, usando métodos artesanais. O livro era deles, mas eu estava dentro. Comecei a escrever de forma profissional somente em 2012. Precisava inventar algo para depois da aposentadoria. Deu certo.
2. A poesia é o gênero marcante na sua escrita. Você começou escrevendo versos livres. Como conheceu e passou a escrever poesia minimalista?
Nunca gostei de escrever poesias, nem crônicas, nem contos GRANDES. Jamais escreveria romances. Gosto da concisão. Valéria Pissauro, uma grande poetisa, lendo meus versos, me convidou para o grupo de Whatsapp de POETRIX. Lá conheci a Beth Iacomini, que me levou para o SPINA. Este, por sua vez, me levou aos estudos de rimas. Concomitante, a ANLPPB, academia que pertenço em Campinas, abriu um curso de trovas fechado ao grupo. Descobri que fugi das aulas de métricas, tanto no Colegial, quanto na Faculdade de Letras. Estávamos na Pandemia, tempo demais livre. Eu sou estudiosa. Logo aprendi todas as regras do Decálogo da UBT. Quanto ao Haikai, também em Campinas, sempre comemoramos a Semana de Guilherme de Almeida e foi, assim, através dos estudos de sua vida que me deparei com os versos belíssimos de Guilherme de Almeida. Hoje, 2024, faço parte de grupos no Face e no whatsapp. Já sou Veterana e tenho quinze classificações em Concursos de Trovas.
3. Você escreve várias formas de poesia minimalista. Quais são elas e qual é o seu processo criativo?
Escrevo Aldravias, Haikais, Trovas, Poetrix... Até já me aventurei no Cordel! Eu me dediquei bastante ao SPINA, tanto que em 2022, publiquei um livro solo: GIRASSÓIS POÉTICOS, que me coroou com o Primeiro Prêmio Escritor Notável, da ALPAS 21, de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, onde ocupo cadeira de Imortal desde 2015. Não sou capaz de premeditar o que vou escrever. Aprendi a levar em minhas caminhadas um lápis e um bloquinho. Se alguma flor, ruído, farfalhar de folhas, água caindo me der motivação, sai algo. Se sair com rima é um SPINA. Numa frase única, prosa com ritmo, rimas e métrica perfeita: é uma TROVA. Se forem palavras apenas, pode ser uma ALDRAVIA. Na natureza, é o HAIKAI, o rei do pedaço. No POETRIX, é a contradição, o dizer não dito, algo que provoque o leitor. Nasce, em geral de fotos polêmicas.
4. Você é autora de 13 livros solos e participa de mais de 130 Antologias e ou Coletâneas. Fale um pouco sobre os seus livros e como podem ser adquiridos.
Comecei a escrever poesias. Meu primeiro livro solo foi MIL PEDAÇOS.
Logo escrevi contos e crônicas, INTERVALOS. Em seguida, lancei LUA NO CHÃO, mais contos e crônicas.
Fui a Campos do Jordão com minhas amigas, Deolinda Nunes e Teresa Lopes, num evento de lançamento da Maria Lúcia Lopez. Como tínhamos tempo, fomos a um lugar maravilhoso: FLORES QUE VOAM, um berçário de borboletas. Tiramos fotos belíssimas e nasceu naquele momento RENDAS DO SILÊNCIO. São versos livres. Eu considero este livro, o mais bonito da minha trajetória literária.
Nós quatro, juntas, escrevemos QUATRO ESTAÇÕES. Sou Verão. Eu queria ser outono, mas descobri que a Teresa Lopes tinha nascido no Outono e que eu, sou de Janeiro, toda luz, Sol, alegria de viver. O livro está lindo.
Meu primeiro livro Infantil foi AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA, a história real de uma Cachorrinha vira-lata resgatada da rua por meu filho. Era tão magricelinha e desnutrida que a chamamos de Vareta. Parecia uma vara a se quebrar. Uma amiga levou o livro para a sala de Leitura do ESTADÃO JULIO PRESTES, em Sorocaba. Os alunos se apaixonaram, começaram a escrever poesias para minha cadelinha. Saiu um Sarau. E, pasmem: Vareta foi a convidada de honra. Para não assustá-la com as palmas, ao término de cada apresentação, as mesmas eram os sinais para surdos. Vareta adorou. Os alunos resolveram publicar um livro e saiu SARAU A QUATRO PATINHAS. E o livro que nasceu de um sarau, virou outro sarau, com a presença de sua majestade, a cadelinha.
Neste interim, escrevi O RESGATE, é também um livro sobre esta musa, mas totalmente fictício.
Logo depois: XIMBINHA, A PELADA VAI COMEÇAR. Vareta é de novo personagem central, junto com meus netos e uma tartaruguinha.
Continuei a escrever para eles: SAPECAS S/A, poetrix para crianças.
A primeira paixão de minha netinha foi A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS. Quando começou a ler: foi sua primeira vez me mostrando que sabia reconhecer as palavras. E assim nasceu a segunda edição deste livro.
Entremeando as histórias, algo do meu passado: a PATOQUINHA, uma patinha de estimação. Meu mais recente livro infantil é XIMBINHA, LIGEIRINHA. Uma história divertida da mesma tartaruguinha andando de skate.
Iniciei dois Projetos: O primeiro ADOTE, DOE, NÃO ABANDONE e o segundo: CONTAÇÃO DE HSTÓRIAS, com doação de dobraduras.
Amo meus livros infantis e toda a trajetória que nasceu deste meu caminhar. Vou às escolas, faço doações, amizades, de novo me sinto nos abraços das crianças, a professora que um dia eu fui.
Comecei a escrever versos minimalistas: Aldravias, Haikais, Spinas... Nasceu meu terceiro livro de Poesias: GIRASSÓIS POÉTICOS, totalmente na forma minimalística SPINA... Foi lançado em fevereiro de 2022 e no mesmo ano recebeu em novembro o Prêmio ESCRITOR NOTÁVEL, concedido pela ALPAS e escolhido por um júri.
Mais recentemente, eu me dediquei ao POETRIX, escrevendo diariamente num grupo de Whatsapp. Nasceu o meu quarto livro solo de poesias: LUZES DE LIZ, totalmente em Poetrix.
Amo participar de coletâneas. Elas me abrem portas, vou para Bienais, em São Paulo, Paraty, Porto Alegre, Maceió, Curitiba, Pouso Alegre, enfim, faço viagens inusitadas para os lançamentos. Amo estar no meio de outros escritores e tive a honra de conhecer a Nandinha neste maravilhoso livro de cordéis, que ela organizou e me convidou. Vejam que linda amizade, hoje estamos aqui. Juntas.
Recentemente a Gaya, editora da ALPAS, me homenageou com o livro INFINITO OLHAR. Foi absolutamente gratuito. É uma coletânea internacional e já estive em diversos lançamentos, o último foi na 68ª FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE.
Quanto às vendas, só pela Internet, face a face, ou em Saraus, em lançamentos. É só me chamar no privado. Faço um preço único para cada exemplar: trinta reais.
Meu nome de guerra é Liz Rabello, abreviatura de Elisabete Rabello Machado Brandão. Mais de meio século de vida. Muito mais. Sou da Capital de São Paulo, de nascimento e residência. Formada em Letras e Pedagogia. Pós-Graduada em Gramática da Língua Portuguesa e Literatura Moderna, Mestrado em Comunicação e Semiótica. Viúva de um primeiro casamento, que me presenteou com dois filhos e netos e agregados, anjos que chegaram depois. Amo ser vovó de um rapaz muito inteligente e da doce Juju, peralta, de sorriso fácil.
Teu envolvimento com a literatura começou com leitura ou partiste logo para a produção de textos?
Sou escritora por acaso. Secretária Executiva por acidente de percurso. Coordenadora Pedagógica por necessidade de ganha pão. E professora, enfim, por amor, por devoção, por opção. No exercício de minha carreira de Magistério, estudei bastante, a Literatura sempre foi o meu foco. Em sala de aula, escrevia junto com meus alunos, ao final, saboreávamos leituras mútuas, trocas de nossos rascunhos. Tinha o hábito de criar livros artesanais com nossos textos. Eu, inclusa. E foi, assim, por puro acaso que me senti escritora. Era concomitante a leitura e a escrita; porém, não profissional. Esta só começou pouco antes de me aposentar em 2012.
A inspiração para teus textos tem uma origem pré-estabelecida ou escolhes as temáticas através de pesquisas?
Não sigo uma regra única. Às vezes, o desejo de escrever vem de uma imagem, outras de um fato, lido, vivido. Gosto de escrever memórias, reais ou fictícias, quando a fantasia se une à realidade. Se a temática não estiver clara ao meu objetivo, pesquiso.
Entendes que sabemos valorizar a cultura de ler aqui no Brasil?
Já passamos por várias fases. Nos últimos cinco anos, com a política de desvalorização da educação, da Ciência, das Universidades, o livro passou a ser objeto de consumo para poucos. No último ano, com a Pandemia, ensino à distância, falar em livro é cruel demais. Não há sequer acesso a uma biblioteca, ou a uma Sala de Leitura numa escola pública. A fome ronda os lares. Entre alimentação e livros, aquela tem mais força do que estes. Em anos anteriores, com um governo de esquerda por quinze anos, houve um avanço, que estagnou pós golpe. Numa época em que a economia esteve equilibrada e a fome praticamente zerada, a educação tinha sentido. Os livros tinham espaço. Se caminharmos pelas entranhas da memória, vamos perceber que livro é luxo, para poucos. Infelizmente.
Quem apontas como mestre na literatura nacional?
Luís Fernando Veríssimo, filho do famoso Érico Veríssimo de Cruz Alta. Adoro o bom humor, as sutilezas, as ideias deste escritor contemporâneo vivo, abraçado a seu mundo. Tudo o que leio dele, gosto. Cora Coralina. Comecei a escrever tão tarde quanto ela. A obra que mais aprecio é póstuma: “O Tesouro da Casa Velha”, contos belíssimos! Prosa poética repleta de imagens vividas, costuradas com linhas coloridas de sua imaginação. Entre os antigos, amo Machado de Assis, o seu dizer não dito, num avanço entre as épocas, hoje tão atual! Guimarães Rosa, que traz o lúdico coloquial para dentro do romance, e vamos vivenciando a linguagem nas vivências cotidianas. Na poesia, não poderia deixar fora, meu Patrono na ALPAS, Olavo Bilac, cujos versos foram declamados ao meu ouvido por um tio, sapateiro, o mais culto dos homens que eu conheci. Aprendi a amar as estrelas e com elas conversar. O meu mundo poético ganhou asas.
Tua caminhada literária deve ter anotado muitos momentos marcantes. Qual deles se destacou mais?
Minha posse na ALPAS foi marcante. Tenho fotos lindas deste momento. O lançamento de “Rendas do Silêncio”, na off FLIP, em Paraty, na Câmara Municipal da Cidade, foi um sonho realizado, estar num local, que respira Literatura, como escritora e não só leitora, foi inusitado. A surpresa de uma homenagem, que recebi dos alunos do nono ano do Estadão Júlio Prestes, em Sorocaba, durante a formatura deles. Finalização de um Projeto, sob o batuque de Maria Antônia Costa, “Adote, Doe, Não Abandone”, com duração de três anos, culminando com o lançamento de um livro deles. “Um Sarau que virou livro de um livro que virou Sarau”. Quatro Patinhas foi único e emocionante. Guardo, num pote mágico de lembranças, as carinhas gorduchinhas de bebês de um a três anos de uma creche em Curitiba, durante Contação de Histórias. Professores de uma creche em Urânia, dramatizaram um livro infantil “Ximbinha”, com criação de personagens, que eles próprios criaram para alunos do maternal. Um momento maravilhoso foi a banda Cabras do Baquirivu tocarem e Sandra Gomes Leal cantar “Versos só pra Ti”, um poema meu, musicado por eles, durante Sarau na Casa Amarela, em São Paulo. Há outros, muitos outros, ser escritor tem sabor de açúcar.
Melhor livro que leste e recomendas?
Guerra do Fim do Mundo, de Mario Vargas Lhosa, baseado em fatos ocorridos em Canudos, um romance às avessas do “Grande Sertão” de Euclides da Cunha. Este, ponto de vista dos dominadores, aquele dos oprimidos.
A vida resumida em uma frase:
“Gratidão por respirar”
LIZ RABELLO escreve
desde 2012. Tem onze livros solos e participação em cento e doze Antologias.
Contista, Cronista, Poetisa, começou a escrever versos livres e atualmente está
se dedicando a formas minimalistas. Seu mais recente livro solo: Girassóis
Poéticos, escrito totalmente na forma Poética SPINA, deu-lhe a honra de receber
o Primeiro Prêmio Escritor Notável, conferido pela ALPAS, Academia em Cruz
Alta, Rio Grande do Sul. Escreve como quem salga páginas de tinta com lágrimas.
Memórias, reais ou fictícias, quando a fantasia se une à realidade. Utopias,
que só lhe servem para caminhar. Lutas, para lhe dar mais forças para guerrear.
Usa armas palavras.
SEGUNDA EDIÇÃO DE "A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS" (2019)
AS QUATRO ESTAÇÕES (2019)
MINHA TRAJETÓRIA LITERÁRIA
LIZ RABELLO
Do prazer da escrita sem
intencionalidade às asas do voo livre foi um pulo... Menos de oito anos e já
tenho vários textos publicados em mais de cem Antologias e alguns prêmios.
Ocupo uma Cadeira de imortal na ALPAS, uma Academia de Letras de Cruz Alta, Rio
Grande do Sul, onde meu Patrono é Olavo Bilac. Outra na ANLPPB, pela qual
participo de Congressos, Saraus e Serestas ao luar. Uma terceira na Capital
paulista, ALP Academia dos Professores da Prefeitura Municipal de São Paulo,
cujo Patrono é Luís Fernando Veríssimo. Estive presente em várias feiras na
capital paulista, em Porto Alegre, no Paraná (FLIM de Maringá), duas Bienais em
SP, FLIP, em Paraty, onde lancei Rendas do Silêncio e Ximbinha. Também lançados
em Pouso Alegre, Minas Gerais e na Décima Bienal de Campos de Goytacazes, no
Rio de Janeiro. Fui homenageada em Urânia, por quatro escolas que representaram
em murais desenhos baseados no meu Ximbinha. Em Sorocaba, os alunos por três
anos trabalharam num Projeto baseado num livro meu "Amor à Primeira
Lambida", que virou Sarau e ao final este virou um livro: "Sarau
Quatro Patinhas". Tenho uma música criada pelo Samuel Carneiro com letra
minha e cinco composições de Sandra Gomes Leal e os Cabras de Baquirivu, da
zona leste de SP. Participei de bate-papo na UNISAL, com alunos de Pedagogia.
Estive presente no II Encontro do Mulherio das Letras, no Guarujá/SP e no V
Encontro dos Poetas da Língua Portuguesa, no Rio de Janeiro. Fiz apresentações
em inúmeros saraus em minha cidade, São Miguel, Sorocaba, Campinas, Itu, Rio de
Janeiro, Pouso Alegre/ Minas Gerais, Astorga/Paraná, na Pousada Príncipe dos
Mares e na Casa de Iaiá, em Paraty.
Saraus Itinerantes na orla de Maceió e ao redor do Lago em
Londrina/Paraná. Gosto dos minimalistas: SPINAS, Aldravias, Alanianos, Camaquianos, e, é claro, as
tradicionais Trovas e Haikais. Meu mais recente brinquedinho é criar Poetrix, inclusive
lancei um livro infantil SAPECAS S/A. A partir deles, criar Grafitrix. Já me
consideram Narradora Visual. Participo
de grupos coletivos de poesias, no whatsapp. Escrevo para o jornal eletrônico
da ALPAS 21, Correio da Palavra. Fiz homenagens póstumas a quem muito amei e já
foi morar com as estrelas. Recebi em lançamentos amigos, parentes, filhos e
abracei meus netos em Saraus. Ganhei flores! Distribuí beijos... E, SINTO
DIZER: não vendi quase que nadinha 😏😏😏 Mas que eu tô feliz que tô... Isso
tô...
Os brinquedos da minha infância... A
bicicleta, que tanto sonhei e nunca tive... Os livros novos, que só chegaram
muitos anos depois... Os lápis de cor multicoloridos, que só hoje consigo
comprar (naquele tempo, eram apenas meia dúzia, tão pequenos que eu os usava
segurando na pontinha, com o máximo cuidado!)... As bonecas desejadas... Que
nunca chegaram! Minha infância foi repleta de imaginários brinquedos, que minha
criatividade dava vida... Brincava de castelos assombrados numa construção de
esquina, que nunca terminava... Brincava de casinha, fazia comidinhas, com óleo
mil vezes usado e jogado fora... Uma vez passei mal, porque resolvi comer a tal
comidinha que fazia! Sou os exames de vestibular que tanto sonhei, mas só
chegou bem mais tarde, quando já estava grávida do meu segundo filho! Tarde?
Não, na hora certa... Nunca mais parei de estudar! Fiz vários pós, inclusive
Mestrado. Sou os segredos de amor, que guardei, bem no fundo do coração... Após
ter ficado viúva e não conseguir mais me entregar a ninguém... Sou as praias
desertas, que adoro conhecer... Procurando em cada cantinho uma conchinha, uma
pedra... um penhasco... uma trilha... Sou a Liz tantas vezes renascida... Após
o acidente que fraturou minha coluna... Um ano sem destino certo, usando
coletes... Bordando para passar o tempo! Sou a Liz, que perdeu a chance de ser
mãe de novo... Um mioma tão grande que precisou ser retirado junto com todo o
aparelho reprodutor... Sou a Liz que perdeu os órgãos internos, mas não o
desejo de viver, muito menos a sensualidade, a libido! Sou a saudade que sinto
de um homem justo, que orgulhoso de mim, a filha pródiga, disse estar
“sastifeito” comigo... E eu, na ingenuidade de minha pouca idade, o corrigi: “
Pai, não é assim que se fala”... Perdão, pela mágoa daquele instante em que eu
te humilhei, meu pai querido!
Sou aquela cena de rua... de um sábado trágico: uma família inteira presa nas malhas do destino... Um carro pegando fogo... Até hoje... ouço os gritos de impotência, deles, meus e de todos que nada puderam fazer para salvá-los. Sou os livros e filmes e músicas que já me tiraram lágrimas dos olhos... Sou os abraços, que já dei em meus amores, filhos, neto, sobrinhos! Tios! Sou saudade da irmã, minha amiga, confidente, que cedo partiu desta vida... Sou saudade... Sou promessa de continuidade da vida... Preciso fazer aqui ainda o que outros começaram e não terminaram! Sou a Liz, professora, Mestre, orgulhosa de seu trabalho, porém em fim de carreira... Impotente, diante dos erros, que observo em meus companheiros de jornada... Eles se atiram num vazio de desesperança, que não pode chegar a lugar nenhum! Me levam junto! Eu me nego a despencar! Sou a lutadora, a menina da janela do décimo primeiro andar... Trabalhava em uma empresa, recepcionista. De lá eu via os alunos de Direito do Centro Acadêmico da Faculdade São Francisco, em suas manifestações contra o AI 5, as represálias do governo... Sou a grevista que, à testa das manifestações, incendiava os corações dos meus companheiros de trabalho... Tantas vezes PT... Vermelhinha de carteirinha... Hoje... Tenho dúvidas, mas sei bem quem sou!
Sou orgasmos contidos, sou gritos de amor
sufocados, sou desejos não realizados... Sou beijos guardados, doados ao vento,
coração rifado... Sou palavras mal(ditas) Bem(ditas) Bem(guardadas) Sonhadas
pra serem confessadas a alguém!
Liz Rabello
Legal amiga Liz Rabelo, eu não conhecia seu Blog agora estou conhecendo e vou acompanhar dia a dia...abçs
ResponderExcluirObrigada por sua leitura. Fico emocionada pelo carinho dos novos amigos que tive oportunidade de conhecer na Casa Amarela.
ExcluirEsta é Liz, Flor de Liz, Flor de Artesã da Vida capaz de conversar com crianças e estrelas, como uma íntegra Guerreira a cultivar jardins e bons combates: Poeta que assume as flores e dores do seu tempo
ResponderExcluirEmoção... Chorei...
ExcluirMuito lindo o seu blog. Parabéns. Gostei em especial das informações sobre o Poetrix. Deixo meus abraços poéticos e o convite para você visitar um dos meus blogs a seguir: Verdades de um Ser e O seu companheiro de viagem. Não sei se pode colocar aqui links. Vou tentar cologando o do menos provável de encontrar pelo Google. O outro, se você procurar no Google encontra.
ResponderExcluirhttps://oseucompanheirodeviagem.wordpress.com/
Obrigada pela visita... Gratíssima por seus comentários. Os amigos do grupo Poetrix serão sempre bem vindos...
ExcluirLi as entrevistas e observo uma escritora (e poetisa) com idéias humanistas, coração de criança e voltada ao seu tempo. Gostaria de conhecer mais sua literatura mas, confesso, minha preferência são crônicas, contos. Sou Arthur Peres: aegavip@gmail.com
ResponderExcluirAmei o pouco que li sobre você. Sei que há muito mais nessa alma generosa. Seus escritos retratam conhecimento, gentileza, coragem de ser. Parabéns. Que Deus abençoe e conserve nossa amizade.
ResponderExcluirMifori 14@gmail.com
ResponderExcluirLiz, querida, parabéns por tua linda trajetória literária. Fico feliz por fazermos parte de tantas conquistas. Abraço.
ResponderExcluir