segunda-feira, 30 de novembro de 2015


UMA ÁRVORE EM TRÊS TEMPOS
Uma amiga minha (Leide Borges) chegou hoje de São Paulo, e eis o que vê: Uma árvore imensa, que conhecia desde 1967, no Setor Universitário, onde morou, cuja copa frondosa atravessava a avenida, foi cortada de vez. Seu crime: deixar cair um galho no Laboratório da Faculdade. É o que consta.

Cada galho que se corta, 
cada folha que se perde, 
cada fruto que não se come,
cada flor que o beija-flor deixou de amar,
cada sombra que se desfaz,
é um pouco da ausência
que se consome de vez no lugar da vida.

Ah os homens tortos, 
que não percebem o que estão fazendo...
 Dói demais, dói demais.
Liz Rabello