segunda-feira, 31 de março de 2014




VARINHA MÁGICA

Às vezes não me vejo neste mundo mais!
Injustiça
Hipocrisia
Vaidades
Intolerância
Ganância!

Às vezes não me vejo mais neste mundo!
Desrespeito ao Ser
Ao Planeta
Aos Animais
Às flores
Ao pão que te alimenta!

Às vezes não me sinto neste mundo mais!
Me tateio, me perco,
Não me encontro!
Desatino a sofrer
A me buscar no meu pranto
Sem encanto!

Quisera ter uma varinha mágica
Onde encontrasse a luz
Para fazer brilhar
Uma canção de amor
De Paz... De guerra!
Pra fazer calar a dor!

Quisera ser uma varinha mágica
Ao leve toque...
Eis um campo de trigo
Um jardim de margaridas
Um pomar de pêssegos!
Um arco íris de luz!

Quisera ser uma varinha mágica
Toque sutil de amor!
Energias positivas para todos!
Palavras que brotassem da alegria
Letrinhas soltas na canção da vida
Música para os ouvidos e pra alma!

Liz Rabello, in MIL PEDAÇOS, Beco dos Poetas, 2012


SE EU NÃO PUDER ENCANTAR-ME OU ENCANTAR-TE COM NOSSAS MENSAGENS... DE NADA ADIANTA ESTARMOS AQUI! BEIJOS ENCANTADOS DE TERNURA!

Eis um tronco de árvore
Derrubada por mãos insanas
Sua alma se eleva flutuando
Ar puro de montanha
Fustigando luz do sol
Enobrece árvores inteiras
Vestígio de vida que se vai
Diálogo com a vida que retorna

Liz Rabello

Consegues ver por trás da luz do sol,
 a alma da árvore cortada?
 Eu consigo... Só quero árvores em pé...