ANTOLOGIAS QUE TÊM MINHA
ASSINATURA COMO ESCRITORA
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA DA ALPAS "MALABARISMOS", EDITORA GAYA, NA OFF FLIP PARATY 2019, NA CÂMARA MUNICIPAL DA CIDADE, HOMENAGEM A JOSÉ HILTON ROSA
COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Liz Rabello
SER MÃE É FATAL
(...)
https://tocaafalardisso.blogspot.com/2019/05/ser-mae-e-fatal-liz-rabello.html?spref=fb&fbclid=IwAR1ksP1I2Qggyaii0EFEOFs77IqO0EIOzEpn_hWbzz_chgg3sWdYtWbdkWw
ASSINATURA COMO ESCRITORA
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA DA ALPAS "MALABARISMOS", EDITORA GAYA, NA OFF FLIP PARATY 2019, NA CÂMARA MUNICIPAL DA CIDADE, HOMENAGEM A JOSÉ HILTON ROSA
NADA MAIS
Quero ao seu lado estar
Atrás de você
Em sua frente
Na fina linha do tempo
De ponta cabeça
Bêbada equilibrista
Razão estéril
Só amor e coração
Só desejo e paixão
Só respeito e perdição
Fidelidade e ilusão
Amor, amor, amor
E nada mais!
Liz Rabello
ENTRADAS PARA COTIDIANOS, UMA
ANTOLOGIA ORGANIZADA POR KARINE BASSI, EDITORA VENAS ABIERTAS, É UM LIVRO DE
BOLSO, COM MINICONTOS
TÁ DE MAL
Come sal... Na panela do
mingau... E Juju corre e faz carinha de santa, cruza os bracinhos e dá o dedo
mindinho pra enlaçar com o meu e dizer que tá de mal... Finge uma carinha bem
feia e percebe então que depois que tá de mal, nem comer sal tem graça não!
Então vem bem de mansinho, pega na minha mão e desaba: “É só de brincadeirinha.
Vamu ficar de bem???
Liz Rabello
DUVIDO
E minha netinha se enfezou de
novo e não quis ir para a escola. O pai ligou pra mim: "Mãe, pode ficar
com a Juju?" Ouvi, ela do outro lado, perguntando: "Ela pode?" -
E o pai deu a última cartada para convencê-la a ir para a escola: "Hoje, a
vovó não pode ficar com você." - E ela: "Duvido"...
COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
EIS MINHA PRIMEIRA PARTICIPAÇÃO
EM ANTOLOGIAS DE PORTUGAL, SELO DO MULHERIO DAS LETRAS, ORGANIZAÇÃO DE ADRIANA MAYRINCK, PELA EDITORA IN-FINITA...
GRATÍSSIMA PELA OPORTUNIDADE
Sou Maria da Luta
Não me calo
Fico nua
Transparente
Mostro curvas
Não tão lindas
Mostro rugas
Não tão feias
Mostro alma
Não tão doce
Mostro tetas
Já caídas
Sou Maria da luta
Tão sofrida
Tão amarga
Tão da rua
Tão da vida
Sou Maria da luta
Só
Não resta mais nada
Não me calo
Fico nua
Transparente
Mostro curvas
Não tão lindas
Mostro rugas
Não tão feias
Mostro alma
Não tão doce
Mostro tetas
Já caídas
Sou Maria da luta
Tão sofrida
Tão amarga
Tão da rua
Tão da vida
Sou Maria da luta
Só
Não resta mais nada
Liz Rabello
SER MÃE É FATAL
(...)
"Sou de um tempo em que a
mulher não tinha vez, nem no mercado de trabalho, nem nas decisões políticas,
muito menos no prazer sexual. Em nossa cultura, o centro de tudo era o homem.
Foi a minha geração que conquistou esta esperança de liberdade. O advento da
pílula anticoncepcional nos trouxe a possibilidade da liberação do orgasmo,
muitas vezes contido pelo medo de gravidez indesejada. O mercado de trabalho
abriu portas para a mulher, não sem antes fechá-las a todos, inclusive aos
homens. Tanto que até hoje, mulheres ganham menos do que homens. E, atualmente,
retiram deles vagas no mercado de trabalho, por pura contenção de despesas.
Manifestações políticas roubadas ao tempo nos ajudaram nesta busca de
liberdade. Sou de uma época em que mulheres permaneciam casadas a vida toda,
insatisfeitas, porque não podiam ser rotuladas, a força de ficarem “faladas”. O
divórcio trouxe a possibilidade de sonharmos de igual para igual. No entanto,
esta luta feminista também nos deu a amargura da sobrecarga. Temos que nos
desdobrar em duas, três, dez mulheres ao mesmo tempo para darmos conta de toda
responsabilidade que abraçamos. Desde menina, eu quis ser livre. Trabalhar e
estudar eram e são até hoje metas essenciais, mas ser Mãe, nos é fatal! E como
é difícil, meu Deus, largar filhos nas mãos de estranhos! Ainda ouço as
palavras derrapadas rua abaixo, quando saía para trabalhar e deixava meu
filhinho de menos de dois anos nos braços da babá: “Mamãe, eu te amo, não
demola pra voltar di casa!” Dirigia meu carro de vidros abertos para colocar
uma das mãos para fora da janela e acená-la em adeus, olho cheio de lágrimas!
Choro toda vez que me lembro destas cenas e aproveito cada oportunidade que
ainda tenho para beijá-lo e lhe dizer que também o amo até hoje! E o amarei
eternamente!"
(...)
Liz Rabello
https://tocaafalardisso.blogspot.com/2019/05/ser-mae-e-fatal-liz-rabello.html?spref=fb&fbclid=IwAR1ksP1I2Qggyaii0EFEOFs77IqO0EIOzEpn_hWbzz_chgg3sWdYtWbdkWw
DEZ PERGUNTAS DO MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL
1 – Como você vê o papel da mulher na literatura atual?
Assombrosamente rico. Mulheres estão em todas as categorias literárias, ganhando prêmios, conquistando espaços antes somente masculino. No entanto sei que no Brasil estamos caminhando para uma reviravolta com retrocessos gigantescos, que extirpam os direitos conquistados, porém estes não são somente contra as mulheres, mas contra os pobres, gays, lésbicas, indígenas, quilombolas, negros e todo tipo de minorias oprimidas. É mister que as forças de resistência sejam únicas. Uma só voz armadas de PALAVRAS.
2 – Em que medida o universo feminino influencia na hora de escrever?
Escrevo em todos os gêneros literários. Poesias, contos, mini-contos, crônicas, Haicai... Até cordel já me atrevi. Os temas são os mais variados. Políticos me atraem. No passado, na época da Ditadura, nos anos de chumbo, editavam Folhetos nos porões clandestinos, cuja finalidade era fazer circular a esperança. Hoje, faço parte do grupo que escreve os sonhos e ideais políticos por postagens pelas redes sociais só para compartilhar novas utopias. A dor, a decepção, a tristeza vêm com toques femininos onde o amor impera sobre o ódio tão disseminado pela Internet por fakes News.
3 – Em que corrente literária acha que a sua escrita se enquadra?
Pertenço ao meu momento histórico. Minha escrita é livre, sem amarras. Sem gesso com nenhuma corrente literária. Em prosa, prefiro frases curtas. Contos mínimos, poemas curtos. Menos pra mim é mais.
4 - Que importância dá aos movimentos de integração da mulher?
Faço parte do Mulherio das Letras e escrevo sobre a Luta da Mulher não só no Brasil, como no mundo todo. Tenho idade pra poder dizer que tudo o que conquistei foi no elástico, na corda bamba, na garra, porque a nós, mulheres, não existe a mesma vibração que se dá ao homem. Por outro lado, isto só nos fez crescer e hoje, somos mais fortes, mais seguras e temos os homens competindo conosco de igual para igual. Somos guerreiras e oferecemos perigo. As leis voltam a se amarrar contra nós. Nossos movimentos são imprescindíveis.
5 – O que acredita ser essencial para divulgar a literatura?
Estar conectada com as redes sociais. A Internet é uma chave que abre portas. Mas não podemos trancá-las para o mundo real que flutua fora dela. Vou a Saraus com frequência. Participo de feiras, onde podemos mostrar nosso trabalho literário e trocar ideias com amigos da área. Envio textos para Antologias. Vou a Congressos pelo Brasil com os grupos de acadêmicos da ALPAS e da ANLPPB, onde ocupo cadeira de imortal. Adoro viajar e levar minha poesia pelo Brasil afora.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?
O ponto positivo é conhecer pessoas da área. Trocas de vibrações. O negativo é, sem dúvida, conviver com a VAIDADE. Há muita concorrência. Alguns querem passar por cima de você como um trator. Outros, porém, te dão a mão e te ajudam nesta caminhada. Felizmente, tenho encontrado muito mais gente boa do que ruim. E sempre que consigo pego uma tesoura e aparo minhas arestas para não deixar a vaidade tomar posse de mim.
7 – O que pretende alcançar enquanto autora?
Meu único sonho é ser lida. Simples assim. Não escrevo para deixar na gaveta. Publico no blog, nos grupos de apoio, declamo nos saraus, vou às escolas... Não escondo peças do jogo. Já tenho idade, esperar pra quê? Logo que sai da cabeça e vai pro teclado, já está nas redes sociais. Depois vão para os livros. Já tenho oito livros solo, dois de poesias: “MIL PEDAÇOS” e “RENDAS DO SILÊNCIO”, dois de contos “LUA NO CHÃO” e “INTERVALOS”. Quatro livros infantis: “AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA”, “O RESGATE”, “XIMBINHA”, “PERNAS PRO AR QUE A PELADA VAI COMEÇAR” e “A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS”. Uma Antologia organizada por mim: “SARAU A QUATRO PATINHAS” e dois cordéis: “ANNA DE ASSIS” e “CORDEL PARA UMA ESTÁTUA DE BRONZE”. Além de já ter participado em mais de cinquenta Antologias com amigos que conheci por minhas andanças nas redes sociais.
8 – Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.
Tenho um Projeto em andamento: “ADOTE, DOE, NÃO ABANDONE!” A ideia é uma campanha: Antes de comprar um pedigree, adote um Vira Latinha. Tenho quatro livros já publicados, dentro deste Projeto. A curto prazo quero levar minha poesia para mais escolas, não só da minha região, como de outros estados do Brasil. Viajar é minha meta. A longo prazo quero ir para Portugal, um sonho que pretendo realizar.
9 - Sugira uma autora e um livro (contemporâneos):
Difícil tarefa. Bem que poderia ser mais de uma, né? Muita gente admirável, mas vou escolher uma poetisa de muito talento Adriane Lima. Será que pode ser duas? Maria Lúcia López “Acendedora de Estrelas”.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Se tivesse outra oportunidade para recomeçar a sua existência aqui na Terra, você escolheria qual profissão? Se isto me fosse dado de volta, eu escolheria novamente ser PROFESSORA, porque foi esta a atividade profissional que permeou os meus dias, que garantiu o meu pão e a minha sobrevivência. E, por pior que sejam os percalços, a realização que consegui supera todas as barreiras financeiras. Cada pedra que me jogaram me fez mais forte. Fiz parte de uma jornada de conquistas para a mulher valiosa e muito importante para a construção de uma sociedade melhor. Ser professor é cultivar sementes. Eu adoro jardins.
Participar de Antologias Poéticas é sempre uma alegria.
Agradeço ao Mulherio das Letras em Portugal pela oportunidade.
Adriana Mayrinck
UM BELÍSSIMO LIVRO: MEUS PRIMEIROS VERSOS
LANÇAMENTO NA FLIPOÇOS, EM MINAS GERAIS

Linda! Adorei conhecer o parto do Mulherio das Letras. Parabéns Suzana Ventura, sua fala além de divertida foi muito explicativa e coerente com os objetivos do Mulherio. E dá-lhe baton na mulherada!!!!!

APRESENTAÇÃO
Este livro é um amigo!
Você pode lê-lo devagarinho
Poema por poema
E depois pintar bem bonitinho.
Você pode até se inspirar
E escolher um de que goste bastante
Para decorar, chamar os amigos
e, depois, bem alto declamar.
Você pode também descobrir
que de poesia quer a vida colorir
Então, não tenha medo,
vá à última página e escreva!
Ao ler este livro você vai entender
que escrever não tem segredo.
Vanessa Ratton
Silvana Salerno...
Uma amiga virtual que logo se acomodou no meu coração real.
ESTRAMBÓTICA?
Estapafúrdia!
Que palavra mais estrambótica!
Estrambótica?
Esta palavra parece um furfunço,
uma verdadeira bagunça!
Vejam só esta Renata,
estapafúrdia como ela só.
Propôs um desafio à tia:
Dar um pio de socó-boi
E um mio de gata-da-mata.
Mas o que é mesmo estapafúrdia?
Esquisita, enrolada,
Estranha, embasbacada!
E com E o que tem mais?
Escaravelho, escorpião, elefante,
Escada, embrulho, espiga,
Estômago, enigma, esfinge,
E empada sem enxaqueca...
Mas vamos parar com essa encrenca
Que já começou a me dar
Uma baita dor no esqueleto.
Silvana Salerno


FOLCLORE
Meu netinho de mansinho
Veio dizer que é Agosto
Tempo de folclore a seu gosto
Imitando o Saci.
Rosto pintado de carvão
Perninha suspensa em emoção
Atrás do sofá se escondeu
Assustou uma vovó,
Que se fingia de improviso
Bateu a porta por querer
Até a macaneta ceder.
Depois veio como quem
Quer agradar pra valer!
"Vovó, quem decepou a perna do saci?
Mula sem cabeça? Lobisomem?
Ou foi o bicho homem
Com as bombas de guerras?
Ou foi o Iraque de araque
numa guerra por aqui?"
Como meus olhos marejaram
Me abraçou e comigo chorou
Que homem também pode,
Isto é o que me ensina o amor!
Liz Rabello
COBRAS E LAGARTOS
(...)
"Lagarteando na areia, onde alegre e livre passeia,
se espichando ali perto da casa da sereia.
Vem o tal do Quero-Quero e não tem lero-lero e vem que vem,
Ave de olhar vermelho esbugalhado,
vive desconfiado e corre pra todo lado,
Anda no chão e no mato e não no alto do galho,
divertido e desajeitado, como ninguém.
(...)
A vida a beira mar sonha cantar e voar,
traz paz no vento e nas asas das borboletas,
ensina lições de horizonte
na praia e nos verdes montes.
A eterna beleza da ilha na sua realeza,
vem refletida nas águas da grande mãe- natureza.
Paula Valéria Andrade
lagarta esperei
troco de pele, teço meus fios
me fecho em casulo
crisálida estou
boto asas de seda
me pinto no azul, violeta, carmim
abro a janela, me entrego pro vento
borboleta sou
Marcia Baur
LINDA DECORAÇÃO PARA A FLIPOÇOS 2019
LIVRARIA DO MULHERIO DAS LETRAS NO
ESPAÇO CAFÉ BELISTRO
SAIBA MAIS SOBRE ESTA BELÍSSIMA COLETÂNEA
XIV CONGRESSO DOS POETAS DO PORTAL ANLPPB
Caminhe siga adiante
carregue a tocha da paz,
ajude seu semelhante
em tudo que for capaz.
Leve também consigo
a semente do amor,
seja luz, seja ombro amigo
bálsamo que cura a dor.
Seja firme, não desista
durante toda a viagem
propague a confiança.
Tenha fé, seja otimista
carregue na tua bagagem
a semente da esperança.

LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA TEMPOS DE PAZ
VARINHA MÁGICA
Às vezes não me vejo neste mundo mais!
Injustiça
Hipocrisia
Vaidades
Intolerância
Ganância!
Às vezes não me vejo mais neste mundo!
Desrespeito ao Ser
Ao Planeta
Aos Animais
Às flores
Ao pão que te alimenta!
Ao pão que te alimenta!
Às vezes não me sinto neste mundo mais!
Me tateio, me perco,
Não me encontro!
Desatino a sofrer
A me buscar no meu pranto
Sem encanto!
Quisera ter uma varinha mágica
Onde encontrasse a luz
Para fazer brilhar
Uma canção de amor
De Paz... De guerra!
Pra fazer calar a dor!
Quisera ser uma varinha mágica
Ao leve toque...
Eis um campo de trigo
Um jardim de margaridas
Um pomar de pêssegos!
Um arco íris de luz!
Quisera ser uma varinha mágica
Toque sutil de amor!
Energias positivas para todos!
Palavras que brotassem da alegria
Letrinhas soltas na canção da vida
Música para os ouvidos e pra alma!
Liz Rabello
VOAR EM TEU AMOR
Deixa-me voar em teu amor
Levando-me ao encontro da loucura.
Neste enigma provocante, qual autor
Iluminando, sem supor, a noitye escura.
Encantando-me com grande euforia
A desvendar teu coração descom,passado.
Num, eterno "Eu te amo" em sinfonia
Confirmando em alento enamorado.
Neste encanto, nada mais a importar
O suspirar em desvario de emoção.
Parando o tempo, entre tudo, a conspirar
Como poeta, em fascínio e inspiração.
Desenhando por completo o verbo amar
A cada curva de delírio em devoção.
Voando livre neste amor em tua essência
Descobrindo mil segredos, em vontade.
Tornando-me impossível tua ausência
Eu e você, cada momento uma saudade.
Sandra Ribeiro
PLENITUDE
Paz... conceito indeterminado, tão efêmero e tão subjetivo...
O caótico existir da humanidade, inconsequente, atribulado
Faz com que o nosso parco equilíbrio seja sempre deturpado,
E que nossa placidez se quede, assim, a um estupor nocivo!
A Paz é propósito de todos, inda que de maneira inconsciente,
pois o frenesi intenso do dia -a-dia nos machuca demais a alma;
Na loucura do tempo exíguo, mesmo um mero instante de calma
Nos conserva a sanidade,
e atenua a amargura tão frequente...
(...)
Sandro Toledo Rocco
TEMPO DE PALAVRAS
Guardei por tempos algumas palavras
amarrei uma por uma, feito colar de contas
enfeitando minha garganta
palavras ali depositadas
organizariam pensamentos e
não pousariam em folhas brancas
nem abririam como pétalas, exalando perfumes
de bem ou mal querer
seriam apenas palavras
caladas, úmidas e equivocadas
entre pensamento e linguagem,
para a aragem não subiriam
feito bolhas de sabão e portanto,
não cairiam em mãos erradas
(...)
Adriane Lima
CORRENTEZA
Despe-me a alma crua de esperanças
Lava-me os pensamentos incolores
Indulta-me o pranto inativo e amorfo
Ignora as dores e dissabores em vida.
Se por tudo que pedi e não mereci
Não me condena às sombras mortas
Não desperdiça minhas alforrias
Não cala meu canto que reverbera.
A mim seja a correnteza redentora
O renascer das alegorias libertadoras
E da palavra-ação, as cores do arco-íris
E da semente, o broto, a árvore, o fruto.
Que por fim sejas uma nova travessia
E em tudo, paz, alvoreceres-luz
E que por merecimento, arrebóis-sol!
Conceição Gomes
QUE SONHOS TEM UM POETA?
(...)
Cavalgar...
Cavalgar nas asas da esperança
Alçando meu voo mais ousado
Fazer da ilusão... meu cavaleiro aliado
Deixar que a felicidade me levasse onde quisesse
Que minhas palavras não se perdessem ao vento
Mas que fossem a Deus, a minha prece
Dione Navarro
SINAIS DE PAZ
Primeiro sinal de paz
Revela na tua essência
Na forma como tu lidas
Com a tua experiência
De ser humano centrado
Tendo consigo guardado
Luz, amor, benevolência
Segundo sinal de paz
Tá na relação com a vida
Abraças o que está posto
Revês a rota perdida
Procuras sempre o centro
Não importa se por dentro
Há alegria ou ferida
Terceiro sinal de paz
Envolve-te com o mundo
Na relação com os outros
Num compromisso profundo
De vidas não destruir
Lutar e contribuir
Para um viver mais fecundo.
Nilza Dias
PLANTE A PAZ!
Muralhas... Grades de ferro fundido,
Silêncio, vazio de alma... Escuridão!
Celas degradantes, chão fedido...
Vozes abafadas, ecos da solidão!
O sepulcro das leis... A Penalidade?
Uma guerra do crime... Escravidão
O mensageiro social sem liberdade
O cadafalso de tantos... Eterna prisão!
O egresso social... Inexistente!
A socialização... Eterna decadência,
A violência acelerada... Persistente
A derrota da paz dos sobreviventes!
Plante a paz... Bandeira branca içada,
O verde, amarelo, branco, azul anil,
Venerada pela esperança tão esperada
Por justiça, governabilidade e respeito
Ao nosso querido Brasil!
A Paz, o amor pela natureza
Figuras de sentimentos aos
Animais e a humanidade!
Dilce Nery Toledo

ESTRANHO
Luzes pequeninas enfeitam ao longe a cidade banhada pelo manto negro da noite...
A escuridão banha nossos sonhos, enquanto vamos subindo calmamente pedra por pedra daquela gruta, não damos conta do Paraíso em que nos encontramos...
Pude perceber tão pouco o quanto sua presença me conforta!
Caramba... A vida sorri novamente pra mim. Ou de mim?
Talvez eu possa trazer a alegria, nem que por minutos, a esses olhos tristes.
No manto aveludado e escuro da noite, vemos as estrelas salpicadas como pedras preciosas, única prova desse encontro!
Não há raiva, nem dor... Somente amor!
E entre as pedras duras e frias, que me vi enlaçada em seu pescoço, sentindo-me protegida e em paz...
Rosana MarinhoS.O.S.
O afeto corre perigo.
O lúdico da vida se perdeu pelo caminho.
Abraços sinceros são raridade.
A violência tomou lugar de destaque.
A humanidade está cada dia mais intolerante,
desprovida de amor.
A tecnologia contagia e distancia o convívio,
o olho no olho, o sorriso amigo.
A generosidade se tornou um artigo de luxo.
Só há frieza, um mundo repleto de chagas
que só transborda tristeza.
Estamos cada vez mais isolados,
sem interesse algum pelo coletivo.
Falta comprometimento, diálogo,
paciência, tolerância, respeito.
S.O.S. a não violência, generosidade.
Faltam brincadeiras que despertem a criatividade
Faltam crianças brincando nas ruas
e chorar pelos seus joelhos ralados
e, ao mesmo tempo tagarelando, irradiando felicidade.
Necessitamos urgentemente despertar valores,
dar sentido à vida,
recuperando laços de afetos,
que envolvem a alma vertendo harmonia.
Marilene Teubner
AUSÊNCIA DE PAZ
Ela está lá, Eterna semente latente,
Reluta constantemente, um potencial a zelar
Que a cada instante busca se enraizar.
Mentes insistem a rejeitar.
Ela sempre no peito ou no coração;
Deslocada de seu lugar.
É na consciência, sensibilidades e emoções,
Lugar que deve estar.
Se tirá-la de lá e trazê-la para cá
Paz há de existir.
Se triste, Perdido no pensar
Saibam que este mundo podemos melhorar
Paulo Roberto de Lima

RIO DOCE
O meu cantar é de canoeiro
Um viajante das bandas de lá
Descendo o rio que nasceu na Mantiqueira
Levando a vida inteira minhas mágoas parta o mar
E a morena que banhava no riacho
De cima embaixo o meu coração prendeu
E o Rio Doce feito mel adocicado
Testemunha do pecado
Onde nosso amor nasceu
E o doce rio continuou seu caminho
Qual passarinho que a bela flor beijou
Levando pólem, produzindo alimento
Acabando o sofrimento na casa do plantador
O desenfreio da cobiça incessante
Faz do gigante um escravo de doutor
Acorrentando a correnteza do Rio Doce
Impedindo que ele fosse pro destino que traçou
Disse o poeta que o mal feito é descoberto
Eu vi de perto este sonho acabar
Desceu a lama destruindo a vila inteira
Não sobrou nem ribanceira para história contar
Se viu a vida pendurada num barbante
E num instante o diamante adormeceu
Tem funeral no leito do Rio Doce
Morre gente enterra a foice
Hoje tudo entristeceu
Hoje tudo emudeceu
Teco Seade e Aline Romariz
PRIMEIRO CONCURSO INTERNACIONAL REINALDO CORONA
RESISTÊNCIA
É na marcha das horas
Que vejo o tempo passar
Como um vento forte
Leva rajadas de saudades pro mar
Mas deixa cheiros
Queixumes, pandeiros
Meninas faceiras
Requebrando quadris
Vibrando notas musicais
Ao calor das tardes de verão
Deixa brisa fresca de entardecer
Luares e sonhos de anoitecer
Estrela d’alva luzindo na madrugada
No meio da folhagem molhada
Deixa verde esperança nas
Sementes de sol girassol
Girando moinhos movidos à água
Eternidade! Felicidade!
Alegria de viver...
LANÇAMENTO NA SEGUNDA FELIMA DE MACHADINHO
Meu poema "RESISTÊNCIA" foi selecionado para fazer parte do livro que foi lançado no mês de março na cidade de Machadinho – RS, na 2º Edição do Festival Literário de Machadinho e Feira do Livro Reinaldo J. S. Corona "In memoriam"...O Prêmio foi a publicação, gratuíta, numa linda Antologia, e mais cinco exemplares para cada escritor selecionado. Meus agradecimentos à Eliane Hüning, quem realizou a divulgação do concurso, aos jurados e à equipe em geral.





ARMADILHAS DO DESTINO
”Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará” (Salmo 37)
O adolescente estava saindo da loja. Deu um abraço forte e beijou a mãe no rosto. Depois foi embora com o pai e eu já sabia que aquele homem era o marido da dona da loja.
Retomamos o papo de onde havíamos parado. Eu contava sobre minha saúde e de como me cuidava para não engordar demais. Minha amiga já estava com quilos a mais e me afirmou com muita naturalidade que não se importava com isto, pois os remédios que tomara é que eram responsáveis pelo excesso de peso. Conversa vai, conversa vem e eis que me fala para qual motivo era aquele “tratamento”. Não conseguia engravidar. Os últimos resultados dos exames já diziam que nenhum medicamento reverteria aquela situação. Percebi no olhar dela uma mágica alegria ao ver os dois, pai e filho abraçados, partindo para uma pelada de futebol no campinho mais próximo. Não consegui segurar minha curiosidade e detonei: como assim, não podem ter filhos? E aquele jovem, tão simpático, quanto lindo, quanto carinhoso, foi adotado? Os olhos dela se encheram de lágrimas e reavivando a dor, a memória se soltou.
AMOR
TECE
DOR
A (AUSÊNCIA DE) MORTE
AMORTECE (DOR)
AMORTECEDOR
O mecânico já havia avisado que os amortecedores não estavam bons. Precisavam ser trocados. Pneus carecas. “Este carro não tem condições de viajar”. Insistiram. Afinal Jundiaí é muito próximo da capital. Domingo. Pouco trânsito. Dito e feito.
A irmã de minha amiga chegou com o marido e o bebê de meses. Almoçou. Naquela semana havia desmamado a criança. Ele já estava tomando sopinha, mamadeiras de leite ninho, que foram cuidadosamente feitas pela mamãe feliz e prestimosa. Embora jovem, com apenas dezesseis anos, minha amiga curtia cada frase de ensinamento que a irmã mais velha casada e tranquila lhe passava. Riram muito e brincaram demais com o menino alegre, que quase não chorava, só sorria, bebendo em cada olhar os encantos da mamãe. O pai também participava de tudo com muito prazer. De longe era possível sentir a felicidade de todos. E como se possível fosse segurar o tempo, dele faziam proveito com a ternura de quem não quer que acabe nunca!
A noite chegou tristonha, com garoa fina, asfalto gelado e escorregadio. A temperatura caiu de repente, consideravelmente. Até cobertores colocaram dentro do carro para aquecer o bebê. Um tempão para arrumar tudo. Na despedida, beijos foram trocados, os avós à porta emocionados acenavam na partida. O carro se foi. Nem bem chegou à esquina, deu meia volta. O que será que esqueceram? Nada... Apenas a irmã mais velha, retira do carro sua maior preciosidade e deposita o bebê no colo de minha amiga e lhe diz convicta: “Cuide dele para mim, amanhã virei buscá-lo, está frio demais para esta viagem”.
Partiram tão depressa quanto jamais voltaram. O bebê em despedida chorou de leve e como um presente de Deus permaneceu nos braços de minha amiga para sempre. Há entre o céu e a terra elos existenciais que nossa vã razão desconhece e que nossa intuição faz amortecer a dor.
Liz Rabello


LANÇAMENTO DA XIII ANTOLOGIA EM COMEMORAÇÃO AO CONGRESSO DOS ESCRITORES DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO
Árvore histórica,
Contações de história,
Membros de uma Orquestra Sinfônica...
Momentos de arrepiar,
Abraçar e se encontrar,
Em um mundo de leitura, Culturas...
Melodias, alegrias,
Que se misturam com poesias,
Barulhos do trem
Em uma antiga estação,
Onde tanto uma geração presente,
Quanto uma futura,
Poderão desfrutar da Literatura
Na nova Estação Cultura.
Brendha Nilsen Massuya
ACERCA DA DOR
Há aquele que de tão desvairado
vê-se por ela penetrar
Para expulsá-la
aos outros manda matar
espoliar, injuriar, injustiçar
Tem sempre comentários e ações
que possam ferir o próximo
fazer a dor pular
só que é dentro de si
que a danada vai ficar
Há aquele que a dispensa
Diz que com ela não pensa
Forja felicidade e saúde
como quem busca a ilusão
Mas a dor é mais forte e vem
toma posse
Caminha, lado a lado,
com quem bem entende
seja ele seu inimigo ou fiel guardião
Há os corajosos de plantão,
que dela aceitam qualquer desafio
Se comigo assim é,
que venha a dor
do jeito que vier
a mim encontrará
e dela farei pó
Liz Rabello
VEM
Dentro dos meus olhos cabem todas as estrelas
Luzes e cores do universo em flores
danças e sons de violinos e tambores
Dentro dos meus olhos cabem todos os amores
crianças bailando e sorrindo dores
cantando em serenatas doces e sabores
Dentro dos meus olhos cabem todas as pessoas
mãos que se ajudam a atravessar estradas
caminhos tortuosos de união e luzes... Sons de paz!
Vem para dentro dos meus olhos!
Liz Rabello
A Janela Amarela
Era uma vez uma janela amarela que vivia fechada.
A casa da janela amarela parecia assombrada...
Com teias de aranha e rachaduras acizentadas.
Era assustador passar por sua calçada,
pois até calafrios ela despertava.
Ninguém queria comprá-la.
Mas o tempo passou...
E certo dia, sem que ninguém esperasse,
a casa da janela amarela voltou a ser habitada.
Os novos moradores limparam sua fachada,
remendaram as rachaduras
e algumas mãos de tinta deram vida à velha casa.
E a janela amarela ganhou flores e nunca mais ficou fechada.
Os moradores do bairro dizem que debruçada na janela amarela
uma moça cantava, beijava as flores
e para a vizinhança sempre acenava.
A casa da janela amarela ganhou vida e alegria.
Tornou-se mais bela e nin guém quase se lembra
de que ela um dia foi mal assombrada.
Marilene Teubner
Efemeridade
Olha, menina, tudo é provisório
de tua tristeza até tua sina
tudo é assim:
do rio que seca
da estrela que apaga
das mãos que tecem
ao ombro que acolhe.
Tudo nasce, tudo morre-
Pássaros a voar
passageiros do tempo,
entre o abrupto ar, que
nos engole sedento.
O que nos falta é r(ar)efeito
ou lúcido defeito de pensar.
Falta, é leveza de ser
a previsão da vida é tão pouca,
Debruçada na janela em que avistas:
montanha, céu, lago, árvore fixa.
Não te atentes ao efêmero,
imortalidade, nem para as pedras
Tudo morre à temporalidade
sombras de tristeza tênue.
No apego: -olhar a vida por retratos
e ter no âmago, o que convém.
Fluir na existência: - justificar nossa passagem
da alma lavada que nos contém.
Adriane Lima
Palavras ao Vento
No mundo irreal flutuamos
como novelo de fumaça
ao sabor do vento imaginário.
Importam sempre as palavras
sinais que passam energia
traduzindo sentimentos
e levando o que pensamos
a tradução do infinito.
Assim, a mágica existe,
letrinhas que são ideias
abrem espaço nas nuvens
e com elas, dentro delas
voa nosso coração.
À tarde, quase à noitinha,
regressam muitas palavras
misturadas, se ajeitando
à procura de uma luz, de expressão.
E quando o texto está pronto
nòs estamos dentro dele.
- Som os fumaça em novelo
na busca eterna da imaginação
o irreal caminho do infinito!
Magda Helena Gomes Teixeira

Há muita poesia
nas mãos que zelam
que atendem
e entendem nossos chamados
Há tantos segredos no chão
onde passam as vassouras
e águas que nos guardam
Há tanto trabalho pesado
onde rolam os dados
de vidas que mostram em lixos
o luxo desintegrado.
Há sempre alguém que trabalha
Zelando
Guardando
Limpando
Nossos fardos.
Aline Romariz
Vomito o lindo no lavabo que invento
Hospedo a delicadeza do grito na dor
Derramo cólera feito vinho em lenços
Anseio a volta antes da partida
Crio monstros lisérgicos em sonhos
Passeio na loucura do óbvio
Flutuo na leveza da algema
Sinto o purismo do profano
Infantilizo a lembrança do ontem
Mastigo o sabor do purukento
Descanso entre pernas
E me invento a cada dia que morre
Vomito
Hospedo
Derramo
Anseio
Crio
Passeio
Flutuo
Sinto
In fantilizo
Mastigo
Descanso
E me invento
Teco Seade
Enigma
Palavras dançam ao vento
Nesta amizade a bailar
Palavras dançam ao vento
Bailam sem parar...
Enigma entre rimas imperfeitas
Rodopiam a decifrar.
Palavras que voam em poesia
Nas entrelinhas da magia
Envolve-nos todos os dias
Com saudade em versejar.
Dueto Sandra Ribeiro
e Paulo César Coelho

Sudão
O sol que ilumina o dia da humanidade
parece não ilumina aquele rincão,
o negrume da noite
confunde com a pele preta,
irmãos sem a esperança,
olhares perdidos, sonho esfacelado,
face esquálida,
carne maltratada, esfomeada.
A mãe carrega seu rebento
em agonia,
chora a impotência
peito murcho,
sem a seiva da vida,
vida seca...
Sudão chão cujo pecado é viver...
"Deus, olhai por eles!"
Porque o diabo há muito se apossou,
são poderosos contabilistas do ouro e prata,
que sugam, matam...
Sudão!
Terra invisível
ninguém olha, ninguém vê...
Andrade Jorge
Poeta
Mesmo que em escombros a vida,
minha alma soterrar,
surpreenderei meus algozes,
sou fêmea, forte, guerreira
posso até desmoronar.
Tecer-me-ei ponto a ponto
ressurgirei, fênix,
tocha, luz, acalanto,
ungida com pó de estrelas
hei de me reinventar.
Colar pedaços de sonhos,
novos planos, novas metas,
novos versos, novas rimas,
afinal eu sou Poeta.
Helena Agostinho
(...)
"Sou a terra rica dos humildes,
da lavoura e da pecuária,
da enxada e das pastagens.
Do fubá feito no moinho de pedra.
Do frango caipira no terreiro.
Da leitoa pururuca e do feijão tropeiro.
Sou o luar e a fogueira no frio da Mantiqueira.
Sou a pinha assada na brasa.
Sou o som da viola que abraça.
Minha Gerais.
És a maior em beleza.
Dos meus cantos meus encantos.
Dos contos minhas prosas.
Minha grandeza.
Sou Minas Gerais sua realeza.
Sou poesia."
Leandro Ferreira
Incógnita
Em vãos e desvãos da memória
acumulou-se o pó do Tempo,
Aranhas tecelãs,
em fios de seda e pranto,
urdiram lembranças
no frágil tecido da Saudade.
Em sua mágica trama
sonhos e vida se entrelaçam
e revolvem o passado.
Nas retinas da alma fervilham ocasos
onde gotas do futuro se projetam
Inquietantes e insistentes
- eterna incógnita a fustigar a mente.
Lu Narbot
Adorno
Falou qualquer coisa,
palavras soltas,
sem raízes,
dessas que ficam flutuando.
Parecia calma,
Encolhida em seu canto,
ninguém a notava,
não se fazia notar.
Foi uma surpresa,
quando se ergueu
e disse aquelas palavras
sem sentido, vazias.
Vazias, como vazios eram os dias
em que se deixava ficar
naquele canto
feito um adorno desajeitado e fora de lugar...
Lin Quintino
Você viu o Amor por aí?
Parece-me que bateu asas e voou!
Foi nas asas de um beija-flor,
ou ele era apenas água que com o calor evaporou?
Ele estava na beleza da flor,
mas esta foi colhida e murdhou.
Ele estava no sorriso das crianças
que cresceram e as desilusões
seus lábios cerraram, emudeceram.
Onde está o amor?
Vejo pessoas... que são gente como a gente
pelas ruas a perambular,
sem escolas, sem trabalho, sem um lar
e sem esperança desta vida melhorar!
E vejo tanta gente, assim com o a gente, a ignorar.
Onde está o amor, se o brilho dos olhos se apagou?
Se não acredita mais que somos gente,
que precisa da gente para se amar e se cuidar?
Onde o amor se escondeu e do mundo se esqueceu?
Estamos à deriva, largados a própria sorte, sem rumo,
e governados por bandidos!
Precisamos encontrar o amor, antes que só reste a dor, as
lágrimas virem sangue e o desencanto escarneie nossas feridas.
Precisamos de amor para governar nossas vidas,
trazer novos sonhos e esperanças,
e restaurar o que foi corrompido.
Você viu o Amor por aí?
Leonice Teixeira
Mar (és)
Se vejo.
É imensidão que assusta, embalando admiração:
Se sinto.É calmaria que envolve, pulsando contemplar:
Privados destes sentidos,
Oh! Escuridão.
Alegro-me!
Acabou o tormento, acabou a repressão. De volta a beleza da
humanizaçãome luz brilhando nos diferentes mundos.
Permita-se un ir estes mundos com as palavras expressadas e as
mãos em movimentos. Assim, florescerá a comunicação e os
surdos ouvirão o silêncio de nossas palavras!
Que orgulho!
Posso falar com as mãos.
Paulo Roberto de Lima
Eu e Você!
Não há resistência no sentido...
Do viver, do amor e dos seus ais,
A magia sussurrante aos ouvidos
Os beijos sedutores... Sensuais!
O aconchego... Quente, Delirante!
Nossas mãos atrevidas direcionadas,
Olhares olhar pedinte... Suplicante!
Navego... Neste êxtase alucinado!
Ah! Quantos arroubos contagiantes!
Nesta entrega de desejos aflorados
Nossos corpos unidos, gozos constantes
A volúpia de nós dois... Alucinados!
Jazidos lado a lado... Extasiados...
Silenciam... Aguardam o recomeço
A sedução atiçando os apaixonados...
Dilce Nery Toledo
Ondulações:
horizonte
nos
chama;
não
resistimos,
entregamo-nos...
Bênção!
Tarde. Mormaço!
Prenúncio de chuva
Sem guarda-chuva...
O melhor presente é aquele que tem como embalagem o amor,
e a doação de seu conteúdo espalha bênçãos de Deus pelo ar.
Sombrio é o ódio, iluminado o amor.
Na escuridão sobrevivem as mágoas,
mas o perdão é como o primeiro raio da manhã,
tinge de cores o dia e dá luz à alma.
Para o caos, o seu causador; aos inocentes afetados pelo mal,
a liberdade e o amparo.
Melhor é resolver tudo com simplicidade
do que ser ineficiente com complexidade.
Teresa Azevedo
Mar del Plata
Olhos misteriosos e belos...
Emolduram um rosto jovem, bonito, sereno.
Sorriso cativante.
Ligações têm se tornado um hábito feliz!
Mas esses olhos têm um brilho diferente!
Parecem estrelas no manto escuro da noite!
Observando-me, lendo-me e buscando minhas raízes...
Gosta das mesmas coisas que eu.
Brinda com a alegria em viver como eu!
A arte corre em suas veias...
Mas por um momento achamos que seria apenas uma conversa
aleatória como outra qualquer...
Quem diria que sentiria falta! Sonharia...
Mas a resistência em me ver pessoalmente me machuca...
E me pergunto: por que tem sempre que ser assim?
Tens medo de sofrer... Mas e a alegria do aqui e agora?
Por que não nos darmos esta chance?
Quem sabe o que acontece no dia de amanhã?
Me abandonará?
Não entendo por que não deixar se envolver, amar...
A vida é curta demais para deixarmos para trás coisas que gostamos tanto.
Rosana Marinho
Para onde vais?
Para onde vais, menina?
Que tão cedo carrega nos braços o filho da tua sina?
A tua lição de casa
Sem ninguém para lhes ensinar
Fez você perder a infância
E a tua criança esperança
Ficou em algum lugar
E hoje, com um filho nos braços
Caminha sem destino na esperança de um dia
Seus pais poder encontrar
Mas, seus pais perderam o tino
Para o grande mundo das drogas
Que sem volta e sem destino
Perambularam pelas ruas
Até a morte encontrar
E você sozinha em casa
Tão cedo perdeu a tua inocência
Agora caminha com teu filho
Pedindo a Deus por clemência
Brincando com a tua criança
Como se fosse a boneca
Que não teve na infância
Para onde vais, menina?
Fuja deste mundo cão
Não sejas mais uma vítima
Do mundo da perdição.
Maria Lamanna
Dissimilitude
Nossas diferenças determinam
quem nos tornamos,
quem somos:
Nossa maior característica está em sermos
plenos de diversidade!
Graças a pequeninas discrepâncias
advindas de nossos cromossomos,
herdamos traços peculiares
no nosso físico e em nossa personalidade...
Influenciados por nuances aleatórias,
das quais não temos opção,
como nosso bioma natal,
ou o grupo social ao qual pertencemos,
desenvolvemos outras propriedades,
ún icas em toda a sua distinção,
às quais só se multiplicam,
de acordo com as situações que vivemos!
(...)
Asas para Voar
Asas voar nas asas da imaginação,
subir, subir, sem direção.
Direção uma palavra que veio no destino só para complicar,
complicando o caminho de uma metamorfose
que resulta nas asas da imaginação,
Poder se reinventar é sair sem direção
(...)
A cada descoberta uma asa se forma nesta metamorfose da vida.
Assim como a lagarta em determinado momento é feia,
e logo se torna numa borboleta linda e maravilhosa
com belas asas das mais diversas cores.
(...)
Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus


ACONTECEU NA 64 /2018 FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE/ RGS DURANTE A SOLENIDADE COM POSSE DE ACADÊMICOS NA ALPAS, NO CITY HOTEL, COM JANTAR PÓS CERIMÔNIA

ACONTECEU NA 64/2018 FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE/ RGS
NO ESPAÇO LIVRO LIVRE OS LANÇAMENTOS SIMULTÂNEOS DAS COLETÂNEAS INSPIRAÇÃO E VINTE ANOS DE GAYA
Um beijo para quem me encontrar nas fotos
ACONTECEU NA 64 FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE/ RGS
UM ALMOÇO DELICIOSO NO CHALÉ DOS PAMPAS, CENTRO DE PORTO ALEGRE E UMA ENTREVISTA NA RÁDIO FM PAMPA PARA O HOMENAGEADO DA ALPAS 2019 JOSÉ HILTON ROSA
NO ESPAÇO LIVRO LIVRE OS LANÇAMENTOS SIMULTÂNEOS DAS COLETÂNEAS INSPIRAÇÃO E VINTE ANOS DE GAYA
Um beijo para quem me encontrar nas fotos
ACONTECEU NA 64 FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE/ RGS
UM ALMOÇO DELICIOSO NO CHALÉ DOS PAMPAS, CENTRO DE PORTO ALEGRE E UMA ENTREVISTA NA RÁDIO FM PAMPA PARA O HOMENAGEADO DA ALPAS 2019 JOSÉ HILTON ROSA


LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA EM COMEMORAÇÃO AOS NOVENTA ANOS DO ESTADÃO JÚLIO PRESTES "SARAU QUATRO PATINHAS"
O projeto teve início em 2015 com alunos dos 6ºs anos, mas
só em 2016 quando os mesmos já estavam no sétimo ano é que o Sarau foi
realizado. O objetivo é que ao se tornarem adultos, sejam mais conscientes e
parceiros no trato e cuidados com animais. Pensamos que uma criança jamais
abandonaria um animalzinho. Quem os abandona são os adultos por absurdos
motivos.

Hoje esses jovens estão no 9º ano. Esperamos que esta consciência plantada se reverta em ações futuras de posse e guarda responsável e a frase que desejamos é ADOTE, DOE, NÃO ABANDONE!
O trabalho pedagógico ocorreu com a leitura do livro "Amor à Primeira Lambida", de Liz Rabello dialogando com outra autora, Jandira Mansur: "O Frio pode ser Quente? " A ideia seria transformar a poesia de Jandira Mansur em prosa e a prosa do livro narrando a história real da Vareta, cadelinha resgatada da marginal Tietê e adotada pela autora do livro, em poesia.
Destas aulas iniciais, nasceram novos textos em homenagem à
Vareta e delas apresentações no SARAU “AMOR A QUATRO PATINHAS”. Depois nasceram
poesias e depoimentos acerca dos próprios animais de estimação. O sarau foi
organizado pelas professoras Maria Antonia Costa e Regina Matavelli, com a
presença da convidada especial "Vareta" e seu anjo da guarda, que a
salvou das ruas: Rodrigo Brandão. A cadelinha desfilava entre os alunos na
maior cumplicidade, alegre e encantada, no colo ou no chão.
A Antologia organizada por Liz Rabello reuniu textos deste
projeto inicial e o lançamento ocorreu com a participação dos escritores, da
Vareta, do anjo Rodrigo Brandão que a salvou das ruas, do mascote da Magnus, de
todo corpo docente, alguns convidados especiais como a professora de Inglês de
quarenta anos atrás, de ex alunos participantes do projeto ou do passado do
Estadão.
Uma festa de alegria ímpar, que reuniu o passado, o presente e deixou sementes para o futuro. Tarde de confraternização 🍷🍷🍷 Troca de energias 🌺🌺🌺 Amor aos animais 🐾🐾🐾 Rever, abraçar, conhecer antigos e novos amigos ♥️♥️♥️
Eu e meu filho ficamos encantados com senhor Oscar, engenheiro... Óscar de melhor bonequeiro, GEPETO por vocação... Faz um trabalho maravilhoso junto aos alunos do Estadão prevenindo e abrindo consciências para o horrível "BULLYNG", tanto para quem pratica como para quem é vítima.
Amigos, meu neto, meu filho, minha Vareta 🐾🐾🐾Um brinde a união 🍷🍷🍷
Quer mais para ser feliz?🌺🌺🌺
Foi maravilhoso! Muitos momentos em que fiquei emocionada
demais!🌺🌺🌺Um lançamento descontraído, alegre, sem muitas regras, onde todos
agiram com muita leveza, carinho, educação, respeito aos animais presentes. 🐾🐾🐾Silêncio nos momentos em que era necessário, aplausos em libras, para não assustar os
dois cachorros presentes... Enfim, um momento inesquecível em minha vida!♥️♥️♥️

APLAUSOS EM LIBRA PARA NÃO ASSUSTAR VARETA E MAGNUS

AGRADECIMENTOS AO COMPETENTE EDITOR, DIAGRAMADOR, DIVULGADOR, AMIGO, PARCEIRO COMPLETO NOS PROCEDIMENTOS EDITORIAIS
TROCAR AUTÓGRAFOS FOI MARAVILHOSO
MIL VEZES GANHASSE OUTRAS VIDAS AGIRIA EXATAMENTE IGUAL...
TUDO POR ESTAS CARINHAS DE FELICIDADE

O QUE A ESCRITA NOS PERMITE? ACREDITAR EM SI MESMO...
ORGULHAR-SE E DAR ORGULHO AOS PAIS
RESPOSTA DA DIRETORIA DE ENSINO/ SALA DE LEITURA AO PROJETO
Que troca valiosa! Todos ganharam, a escritora por estar
incentivando nessa nova geração sementes do amanhã. Nós, educadores por
fazermos parte desta semeadura e os alunos que tiveram a oportunidade de
experimentar e sentir que sonhos acontecem. No caso desse livro, o pensar em um
amor responsável com o slogan ADOTE - DOE - NÃO ABANDONE. Foco: animais de
estimação. Pensando que criança não abandona, quem o faz são adultos por
motivos absurdos. Criando essa consciência na criança, esperamos estar formando
adultos mais conscientes e responsáveis pelas suas ações. Por isso o tema:
"SARAU QUATRO PATINHAS" - Lindo projeto! Amar... cuidar dos animais é
o caminho para evolução moral e material. O progresso de um lugar está na
maneira como tratam seus animais.

EIS QUE ESTÁ CHEGANDO A EDIÇÃO COMEMORATIVA DE 90 ANOS DE ESTADÃO COM O DESFECHO DO PROJETO "SARAU QUATRO PATINHAS" INICIADO EM 2015 COM O LIVRO "AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA"... DESTA VEZ TRATA-SE DE POEMAS E PROSA ESCRITOS PELOS ALUNOS DOS NONOS ANOS A, B, C... ANTOLOGIA ORGANIZADA POR LIZ RABELLO, COM O TRAÇO LABORIOSO DE LUKA MAGALHÃES
🐾🐾🐾🐾
Olha só quem chegou... Maria Antonia Costa, Rodrigo Brandão e Nicholas Betoni...
Nosso Sarau Quatro Patinhas...
🐾🐾🐾🐾 Lindo que só 🐾🐾🐾🐾
Nosso Sarau Quatro Patinhas...
🐾🐾🐾🐾 Lindo que só 🐾🐾🐾🐾

II ENCONTRO DO MULHERIO DAS LETRAS EM GUARUJÁ
ANTOLOGIA DO MULHERIO DAS LETRAS , ORGANIZADA POR KARINE BASSI

UM BEIJO PARA QUEM ME ENCONTRAR NA FOTO ENTRE O
MULHERIO DAS LETRAS NO TEATRO PROCÓPIO FERREIRA EM GUARUJÁ
MULHERIO DAS LETRAS NO TEATRO PROCÓPIO FERREIRA EM GUARUJÁ
NOITE DE PREMIAÇÃO E LANÇAMENTO DE
ANTOLOGIAS DO MULHERIO
DAS LETRAS
II ENCONTRO DO MULHERIO DAS LETRAS...HOMENAGEM A PAGU
ADORO PARTICIPAR DE ANTOLOGIAS,
ABRE PORTAS PARA OUTROS HORIZONTES
Quero ser a mansidão
Luz etérea do infinito
Mergulhos de vagalumes
Alçar voos de foguetes
Quedas de estrelas cadentes
Dançar com palavras na escuridão
E com elas vibrar orgasmos de imaginação
Liz Rabello

Todas as tempestades podem vir
Eu as recebo de cabeça baixa
Não é por descuido
É defesa
Atenção Medo não!
Quando ela passa
E sempre passa
Levanto o rosto,
Enfrento a vidae
Sigo!
Liz Rabello
No horizonte o sol
Maior farol não há
Na noite densa
Apenas estrelas cintilar
E eu? Vagalume vagabundo
Vagamente a clarear
Num pisca-pisca infindável
Que se descarta, revive
E incendeia luz sem se notar
Liz Rabello
Tento caminhos novos
Perco-me na encruzilhada
Insisto na busca
Tortuosas vertentes
Não encontro saídas
Novamente perdidas
Insisto... Persisto
Porque nunca desisto de mim
Liz Rabello

V EPLP POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA
LANÇAMENTO NO PALÁCIO DO CATETE,
RIO DE JANEIRO- SETEMBRO DE 2018

LANÇAMENTO DA V ANTOLOGIA "POESIA DOS FADOS E DOS TAMBORES"

DE DEGRAU EM DEGRAU SUBIMOS A ESCADA DA AUTO CONFIANÇA
E AUTO VALORIZAÇÃO! CADA DIA MAIS FELIZ!

BELÍSSIMAS CAPAS NUMA LINDA TRAJETÓRIA DE SUCESSO




LANÇAMENTO EM PARATY, NA FLIP, DA COLETÂNEA

VOLVER O TEMPO

BELÍSSIMAS CAPAS NUMA LINDA TRAJETÓRIA DE SUCESSO

ASAS LIVRES
Eis que o silêncio
Corta o vento
E me traz paz
E me traz calma
Juntos somos tempestades
Areias movediças
Terremotos, furacões
Não, não me respondas
Perguntas do passado
Deixe tudo por lá puído
Solto, leve, volátil
Asas livres ao acaso
Liz Rabello

PARA UMA BOCA FECHADA... A POESIA
Sou de um tempo em que aprendi a me
calar
A ter medo de militar
A ficar no meu lugar de mulher
Abaixo do patrão, do pai, do irmão, do
marido
Até do filho e do cão que ladra no
quintal
Mas também sou do tempo
Em que a fera ferida sangrou
E se libertou da menstruação
Do soutien, da saia comprida
E do varão machista
Da lei imperiosa da mordaça do dólar
Pertenço a este momento histórico
Em que a mulher vai às ruas
E deflagra a corrupção
Se for preciso a trégua, que seja
Mas cruzar os braços... Jamais!
Ainda nos resta a Poesia
Que nunca "servil" a ninguém
Liz Rabello


LANÇAMENTO EM PARATY, NA FLIP, DA COLETÂNEA
INSPIRAÇÃO EM VERSO IV - JULHO DE 2018

DAS LOUCURAS
(NO TÊTE-À-TÊTE COM TIETA)
Polarizar e polemizar menos:
Pluralizar e polinizar mais!
Morfeu chegou e o presenteou com uma imagem com a amada:
- obs: prefiro o Sandman, mas o sonho não é meu-
Eles se abraçaram veementemente,
e um dos filhos na corcunda sorriu.
Ela disse coisas doces ao seu ouvido,
E a traição passou a ser página virada
Teriam vivido tais momentos?
Impossível! Ela nunca existiu!
Tudo pode ser uma armadilha da mentira,
Até mesmo a fina chuva que cai.
É sabido que não arriscar é monotonia,
Vale o ínfimo entusiasmo que apraz,
Palavras boas são sempre bem vindas,
Assim como a borracha ao irrelevante.
O livro que marca uma vida encontra-se inativo,
Empoeirado e amarelado na estante.
A letargia chegou com os arremates,
E logo os preparos para uma boa noite,
Os olhos cansados e o coração que calmo bate,
"Tudo em cima" para embarcar no passeio.
Chá verde e chá mate criaram euforia:
O maracujá se bebe puro na fonte.
Ao céu o monte: sao mar o barco:
O tempo se quebra - entrou na fantasia.
Sonharia com algo desagradável?
Impossível! Sua vida sempre foi como ele queria.
André Anlub

VOLVER O TEMPO
Caso pudesse fazê-lo voltar
E páginas de minha vida apagar
Só queria de novo embarcar
Na inocência do desejo
De um grande amor vivenciar
Caso pudesse fazê-lo voltar
Daria cordas à intuição
Olhos abertos a enxergar
o que mentia o coração
Fazer pó da ilusão
Caso pudesse fazê-lo voltar
na diáspora tri(áspera)
São dois pra lá, dois pra cá
Liberaria intervalos
E os faria dançar dois pra lá
Uma pra cá
Leve
Livre
Solta
Nas mãos de Deus
A sonhar
Caso pudesse fazê-lo voltar
E páginas de minha vida acrescentar
Só queria de novo escrever
Um próximo encontro mágico

SONHOS PERDIDOS
Para onde vão os sonhos perdidos
Eles, que se tornam invisíveis
Acoplados ao fundo da alma
De lá não se mostram acessíveis
Será que a música consegue trazê-los
De volta ao mundo real?
Ou será que a alma transborda
Quando a última tempestade passar
Liz Rabello

Na re(existência)
De mim mesma
Pós tormentas
Percebo luz no fim do túnel
Será enfim a volta
Do ser não ser
Que me traduz?
Ou será apenas o resistir
Ao fim de mim?
Liz Rabello





REBATE
Aquele pedaço de coração
Caído aos pés da lua
Já não te pertence...
Estatelado
Feito queijo de Minas
Teima sabor em outros orifícios
Da esperança...
Paladares afoitos perambulam
Nas entranhas dos caminhos
E algum
Há de farejar o aroma adormecido.
Então
Na ânsia das bocas
Um frêmito selará de novo
O amor.
E daquele pedaço de coração
Será ouvido
O rebater estrondoso
Celebrando
Renascimento.
DEVANEIOS
Escondi-me de mim
E, por entre a porta entreaberta de minh!alma
Procurei...
Vi então uma imagem embaçada
Ainda não terminada
Faltam folhas,
Flores,
Amores,
Cantigas...
A VIDA É CASA
A gente precisa
estar sempre faxinando
arrumando
organizando
jogando fora
o lixo existencial
garimpando
brilhos na alma
A PENA RESISTENTE
Não tenho pena do que fui
Não lamento penas enfraquecidas
Não lamento penas ludibriadas
Vibro com as penas resistentes
Vibro com as penas estonteadas
Pelos ideais e sonhos concretizados
Com penas e penas num contante bailar.

Liz Rabello
PARTICIPAÇÃO EM UM CONCURSO
PREMIAÇÃO: PUBLICAÇÃO DO POEMA NUMA COLETÂNEA

Liz Rabello
Real é o nosso pensamento
Diante da incerteza
(Liz Rabello-In “ENCONTRO COM A POESIA”, 2013, Beco dos Poetas)

ASSUSTADOR
Carícias de mãos entrelaçadas
Notas musicais que se encantam
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA III DA ANLPPB, em Maceió, 2013
"Palavras são como o mar
Liz Rabello
Liz Rabello
QUANDO PENSO EM TI
Quando penso em ti
Quando penso em ti
Quando penso em ti
Quando penso em ti
(In POR DETRÁS DA CORTINA, de Liz Rabello, Editora Beco dos Poetas, 2012)
Liz Rabello
Há sempre uma porta aberta
Liz Rabello
(In DOIS CORAÇÕES UMA SÓ BATIDA, de Liz Rabello, Editora Beco dos Poetas, 2012)

Liz Rabello
“Perdida no vazio das horas, angústia de quem ama em vão, cristais de sangue estilhaçados, rosas murchas em solidão. Meu coração se fez em mil pedaços, e em cada corte se transmuta inteiro, porque você rasga os nós dos laços, costura estrelas, brilhas nos espaços.”
MEUS MAIS NOVOS LIVROS
2018 VEIO COM TUDO EM MINHA VIDA
E 2019 NÃO DEIXA POR MENOS

HONRAR O AMOR
Ao contrário de você
Que bem antes do fim
Em novo amor se enredou
Não quero ninguém ao meu lado
Pela metade, sem decisão, sem fé
Quero antes me limpar
De toda esta lama
Que você me sujou
Quero antes definir
Minhas razões do amor
Sugar os poros do suor da dor
Quero antes desfazer nós
Que por você atei
Com amigos que desandei
Quero antes me curar
De toda esta mágoa
Que você me causou
Quero antes cicatrizar
Todas as feridas
Que você sangrou
Quando eu amar de novo
Quero honrar o nome do Amor
Que você fez em mim emudecer
Quero voar ao topo mais alto da dor
E de lá olhar pro futuro
Filtrar emoções antes
De me precipitar em voo de risco
Asa delta rumo incerto
Pra pousar magnificamente no Amor!
Liz Rabello

FOTOGRAFIAS
Retratos amarelados
Filme em branco e preto,
Analogia colorida,
O tempo não apagou, eternizou!
O velho álbum
Esquecido na gaveta...
O novo álbum
Salvo no computador...
|Lembranças antigas...
Momentos atuais,
Sentimentos iguais,
Fotos digitais que também vão amarelare...
Mas... quem sabe, eternizar!
Maria Gorett Chagas

NA PONTA DO PINCEL... A ALMA
o movimento é limitado?
e a mente unida ao talento?
a criatividade?
a inspiração?
quantas perguntas!
uma só resposta...
pés e boca... pincel!
Cria-se a mais bela tela:
A tela que reflete
um autorretrato!
Da nossa vontade de viver
e eternizar a obra prima
que Deus criou!
Somos...
Pintores com a boca, pés e a alma!
Maria Gorett Chagas

A ESCOLA NOVA
Se é para falar de escola
Aqui vai um recado m,eu:
A escola que temos hoje
É porque a velha morreu.
Criativos e pensantes críticos
Os meninos assim serão.
A escola de verdade tem gente,
Que a constrói com as próprias mãos
A escola é como um lar,
Agradável de viver,
Essa é a mais importante lição...
Que temos todos para aprender.
Cidoca Araujo

VALE A PENA VIVER
Junto capulhos
na minha solidão em êxatases,
não para dopar-me com seus cheiros...
Só quero embriagar-me
da luz das suas cores...
Imaginar mil amores,
e sonhar,
que sou semente
a seguir caminho...
Procuro flores,
entre rebeldes pensamentos...
Ainda corro trás do sol e da lua,
desde o amanhecer até o entardecer...
Doce jasmim da minha vida;
vale a pena morrer sem sonhos,
sem loucuras nem jardins?
Oh corajosas sementes,
que não têm medo de explodir!
Alicia Viviana Mendez

SUBLIME AMOR
Amor sublime amor!
Essência Divina
Dom divino a ser despertado
Em todos os momentos do caminho...
Não desistam nunca mesmo que
Todo exterior seja inóspito e perverso
O vazio interior não deve ser valorizado
Pois cada um dá o que tem
No seu ponto da montanha
Faça cada um a sua parte
Independente do outro
Respeitemos sempre o outro
Pois nós somos os outros dos outros
Não se esqueçam disso
Se cada um fizer a sua parte
A humanidade evoluirá...
Para luz e para o amor
Flamejando, flamejando...
Oh! Amor sublime amor!
Irislene Castelo Branco Morato

OLHAR
De repente, o olhar, suspenso,
para lá e para cá, como bolas de algodão, flutua.
De repente, o olhar imutável, fascinante
como serpente sedutora, aprisiona.
De repente, o olhar obscuro, penetrante
como Monalisa, seduz.
De repente, o olhar vaporoso, inconsistente
como névoa, dissipa!
Catia Hughes

RESPOSTAS
Cantarei um trecho daquela ópera esquecida,
trocarei a foto do porta-retrato,
farei a viagem sonhada, tardiamente,
quando tiver todas as respostas,
enigmas perdidos no tempo,
mudarei a mim,
girando a terra para olhar,
apenas, a paisagem desejada!
Catia Hughes

SEGREDOS
O farfalhar das folhas
espalha segredos,
escondidos na penumbra da noite
porque o fio de seda do medo, partiu
e o assombro, espalhado no ar,
transformou-se em pétalas de flores,
- E, no âmago de cada um,
a essência espalhada, inebria!
Catia Hughes

AMOR
Eu queria que as noites tristes
durassem apenas segundos.
E que o dia com sua plenitude
chegasse em disparada
arrastando para longe a triste madrugada.
Eu queria que não existissem dores
nem tristezas nem desamores
Eu queria quer o amor não chorasse
não doesse e não morresse.
Amor que sofre e amor que chora
envelhece a face de quem ama.
Amor que ama, que entende e vence,
esse sim é o amor que rejuvenesce
alegra a alma e eleva a prece.
Para que a noite e o dia sejam sempre
motivos de alegria, sorriso e canto
Com o amor feliz dentro do peito.
Elaine Mello
INTENÇÃO
Mudanças esperadas
Inesperadas
Abrem inauditos caminhos
Sem redemoinhos ou torvelinhos,
Induzem escolhas
Como tenras folhas
Novas opções
Com irrefletidas ações ou
Sensatas orientações.
Novas atitudes
Avassaladoras
Aniquiladoras
Intensas
Suficientemente pretensas
Para que provoquem adaptações
Maria Teresa Marins Freire

CONSPIRAÇÃO VENCIDA
Olhei-me frente a frente. Eu e eu.
Quase não me reconheci.
Meu olhar iluminado,
Quase apagado, percebi...
E ainda era eu. Busquei-me.
Então, ouvi as batidas do meu coração,
Um pouco enfraquecidas,
Cheias de emoção e de vida...
Sou eu mesma. Uma composição,
Alma, corpo, inspiração, tudo, e
Um sorriso há muito tempo mudo.
Gosto de mim, assim como sou.
E quanto mais comigo estou,
Mais me asseguro, que estou contigo!
Emmanuelle / Emmanuelle
COLETÂNEA "INSPIRAÇÃO" NA BIENAL 2018





LANÇAMENTO DA COLETÂNEA INTERNACIONAL "INSPIRAÇÃO"
DA EDITORA GAYA, EM CRUZ ALTA, ABRIL DE 2018
NUVENS DE POESIA
Nua, visto-me de peles de palavras
Crio versos em nuvens
Lágrimas de palavras em pó
Sorrisos ligeiros de palavras de mel
Perfumes suaves de palavras em flor
Aromas gostosos de palavras frutíferas
Ingenuidades de palavras em seios
maternos
Cândidas palavras de amor
Volúpias de palavras libidinosas
Saciedade de palavras comestíveis
Guerras atômicas em palavras neutras
Guerras vulcânicas de palavras em
chamas
Cinzas restantes de palavras queimadas
Tempestades de palavras recém-nascidas
Arco-íris de palavras translúcidas ao
sol
Luz lunar em palavras de clarões de
estrelas
Transparente
Nua
Solto palavras ao vento
Nuvens de poesia
Liz Rabello
ENCANTO
O mundo
ao redor de um poema
transparece
a leveza do cosmo.
O giro
em encantadas rimas
neutraliza
a polaridade dos seres.
E o retorno
Em versos brandos
espalha o canto
das aves em voo.
Mara Pittaluga
SEM FÉ
Romperam a fina cambraia da liberdade
Aves abatidas cobrem o solo
Onde andará o menestrel do hino?
Quem acordará o povo no amanhecer?
Seremos todos moucos
Infelizes, loucos
E ninguém será por nós.
Porque grades nos separam
Incautos enlamearam a água
Que matava a sede e limpava o corpo
Pobre povo
Alguém, rogai por eles
Porque eu estou sem fé.
Jussara Gabin
Aquele pedaço de coração
Caído aos pés da lua
Já não te pertence...
Estatelado
Feito queijo de Minas
Teima sabor em outros orifícios
Da esperança...
Paladares afoitos perambulam
Nas entranhas dos caminhos
E algum
Há de farejar o aroma adormecido.
Então
Na ânsia das bocas
Um frêmito selará de novo
O amor.
E daquele pedaço de coração
Será ouvido
O rebater estrondoso
Celebrando
Renascimento.
Nurimar Bianchi
DEVANEIOS
Escondi-me de mim
E, por entre a porta entreaberta de minh!alma
Procurei...
Vi então uma imagem embaçada
Ainda não terminada
Faltam folhas,
Flores,
Amores,
Cantigas...
Fatima Mardini
A gente precisa
estar sempre faxinando
arrumando
organizando
jogando fora
o lixo existencial
garimpando
brilhos na alma
Bernadete Saidelles
Não tenho pena do que fui
Não lamento penas enfraquecidas
Não lamento penas ludibriadas
Vibro com as penas resistentes
Vibro com as penas estonteadas
Pelos ideais e sonhos concretizados
Com penas e penas num contante bailar.
Lourdes Morales Dallascosta
LANÇAMENTO NA 64 FEIRA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE
NO RIO GRANDE DO SUL NO ESPAÇO LIVRO LIVRE

O Prêmio foi a publicação gratuíta e a entrega no meu endereço de dez exemplares da Antologia. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 01/10 às 16h durante a programação do Salão do Livro de Presidente Prudente, no IBC - Centro de Eventos (Arena Cultural)-Rua Hugo Lacorte Vitale,46 - Vila Furquim. Confira lista completa de selecionados no site www.culturapp.com.br
DESUNIÃO
Quando a gente se separa
Fica uma fissura
Pequena fresta...
Onde passam todas as agulhas
Onde vertem todos os desejos
Onde dormem todas as saudades
Onde jorram lágrimas salgadas
Fica uma fissura
Pequena fresta...
Onde passam todas as agulhas
Onde vertem todos os desejos
Onde dormem todas as saudades
Onde jorram lágrimas salgadas
Fagulhas são ardências
Agulhas são dormências
Dores pontiagudas
Latejam os sentidos
Dominam pensamentos
Martelam sentimentos
Machucam corações
Agulhas são dormências
Dores pontiagudas
Latejam os sentidos
Dominam pensamentos
Martelam sentimentos
Machucam corações
Liz Rabello

PRIMEIRA ANTOLOGIA DO SARAU
URBANISTA CONCRETO
ANTOLOGIA POETAS DO SARAU URBANISTA CONCRETO

SUA MAJESTADE "O LIVRO", UMA ANTOLOGIA QUE FAÇO PARTE DO SARAU URBANISTA CONCRETO, PELA EDITORA BECO DOS POETAS. LANÇAMENTO EM JUNHO DE 2018... FINALMENTE A FOTO COM MEU LIVRO E O AMIGO ORGANIZADOR GERMANO.
ALFABETO DO EDUCADOR
Amor nas agulhas de dor
Barcos à vela de papel jornal
Ciranda de ideias
Degraus de saber
Emaranhado de sonhos
Fios de esperanças
Giros ao sol
Há de existir
Ideias a mais para
Juntar os retalhos
Km de superação
Leituras e imaginação
Minutas de versos
Navios no Atlântico
Opulentas mensagens
Penhascos transpostos
Quimeras soltas no ar
Raios de luz a cruzar
Sementes de sonhos encantar
Teimosia esperança suportar
Utopias e crenças costurar
Vivências tristes a superar
Eis o X da questão!
Pois nada, nem ninguém, retira de “mim”
De “nós”
Amarrados em nós
Esta gravidez de sonhar
Por um mundo melhor
Liz Rabello

LANÇAMENTOS DAS ANTOLOGIAS DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO
XII ANTOLOGIA DO CONGRESSO DO PPB
ELES POETAS & ELAS POESIA
HOMENAGEM A GUILHERME DE ALMEIDA SOUSAS CAMPINAS SP
METAMORFOSES DO AMOR
Mudanças repentinas
Renovações aqui, acolá
Reviravoltas na vida
Basta uma limpeza no sótão
No quartinho de despejo
Álbuns em fotos puídas
Recordações brotam do nada
Metamorfoses perdidas no tempo
Jamais ter medo de arriscar
Agir em prol do que sonhamos
Às vezes é necessário
Mudar a estratégia da vitória
Adiar desejos secretos
Mas jamais eliminá-los de vez
Afinal a esperança é um pó mágico
Numa gaveta discreta da alma
A escolha é nossa
Cadeados em gavetas ou
Janelas escancaradas nos casulos
Coloridos de fiapos de esperanças
Prefiro ser equilibrista do amor
Em metamorfoses constantes
Driblando estrelas brilhantes
No infinito da vida
Liz Rabello
XII ANTOLOGIA DO CONGRESSO DO PPB
ELES POETAS & ELAS POESIA
SERESTA PARA GUILHERME DE ALMEIDA PRAÇA GOMES EM CAMPINAS
POESIA AO PÉ DO OUVIDO
DISTRIBUIÇÃO DE MARCADORES DE LIVROS
HOMENAGEM A GUILHERME DE ALMEIDA
LANÇAMENTO DE POESIA REVISTA,
NO RIO DE JANEIRO

ÀS VEZES A GENTE SE PERGUNTA POR QUE É QUE DEMORA TANTO TEMPO
PARA SE FAZER FELIZ... E EIS QUE O TEMPO CHEGA...
ADOREI CONHECER TANTA GENTE DIFERENTE...
ROMPE UMA ASA
Lagartas dançam
Em nossas mãos
Desandam sonhos
Quebram unhas
Sangram dedos
Impedem sons musicais
As cordas do violão
Não vibram mais
Casulos parasitam
Dentro delas
Inertes sem movimentos
Gestos de amor
Reinvenção do trabalho
Apodrecem dores
Tremores... Suor
Escorrendo em
Almas cruas
Metamorfose
Rompe uma asa
Uma fresta se abre
Um colorido exalta
Fragilidade
Voa a borboleta
Em liberdade
Liz Rabello

PERFORMANCE SOBRE O ASSÉDIO MORAL E FÍSICO SOFRIDO PELA MULHER DENTRO DO PRÓPRIO LAR, PELO HOMEM QUE ELA AMA.
Durante a apresentação eu me senti representada. Eu vivi este assédio...
ENTRE O CÉU E A TERRA O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO


EU FAÇO PARTE DESTA ANTOLOGIA...
UMA HONRA ESTAR AO LADO DE FAMOSOS DA VILA MARIA,
DE SÃO MIGUEL, BAR DO JULINHO E OUTRAS PARAGENS...

“EU” ESTRANGEIRA DE MIM
Não sei que sinos soam
Quando tento me entender
Busco raízes que se mostram
Sem na terra se esconder
Não me acho, não me encontro
Não sei quem sou, nem onde estou
Não há em mim um só sinal
Nem uma vida certa e fatal
Sou saudades do que fui
Do que restou, onde não estou
Dos sonhos que de mim se ausentou
Cicatrizes do que me machucou
Sou impulso, sou desejo
De ser “Eu”, mas “Só” me vejo
Sem identidade, sem idade
Ausência: “Eu”, estrangeira de Mim
Liz Rabello


ANTOLOGIA POÉTICA II
II PRÊMIO CANTINHO GIRASSOL
BEIJOS DE AMOR
Um beijo de mel
Colorido e prateado de estrelas
Eletrizante e repleto de desejos
Um beijo de mar
Salgado e rastreado pela lua
Efervescente e rasgado de nus
Um beijo de sol
Quentinho e amarelo de girassóis
Vivificando alimentos de milharais
Um beijo de suor
Trabalho dia até noite ao raiar da
aurora
Cansaço fecundo de construção do amor
Um beijo de lágrimas
Em lábios secos rachados
Mil corpos sepulcros a lapidar a dor
Seja como for, quero beijos de amor
Liz Rabello
VOO EM PÁGINAS
Livros naufragam palavras
Sons deslizam chamadas
Batidas de corações
Alcançam pensamentos
Em círculos
Que voam voltam
Revoam revoadas
De luzes e toques
Sentidos aguçados
Para aquele que me faz
Que me traz
Que me apaixona
Segundos de ilusão
Mãos que se descuidam
Se agarram, se tocam
Realidade ficção
A quatro mãos voando
Virando páginas da vida
Liz Rabello

ARIANE FREIRE FOI MINHA ALUNA NO ENSINO FUNDAMENTAL NO FONTENELLE.
GRANDE HONRA POR ESTAR AO SEU LADO NUMA ANTOLOGIA,
ONDE BRILHA COM SEU TALENTO
ONDE BRILHA COM SEU TALENTO


ANTOLOGIA POÉTICA I
I PRÊMIO CANTINHO GIRASSOL
No Primeiro Prêmio do Cantinho Girassol meu poema "Vassouras ao Vento" foi escolhido pelos jurados para compor os dez primeiros classificados. Fiquei em Sétimo Lugar.
VASSOURAS AO VENTO
Dispo-me de velhas crenças,
vestes que me vestem
Literalmente subo ao morro em São Vicente
Vassouras ao vento varrendo minha mente
Deixando meu corpo nu
Minh’alma em construção
Aberta em peito ardente!
Fissura imperceptível
Entre loucura e retidão
Hipocrisia e solidão
E tanto mais bruxas me varrem
Sofrimento, mais roupas me vestem
De tormentos, mais chuvas de dor
Me apunhalam em turbilhão!
Muralhas de gritos
Janelas de escuridão
Muito longe da verdade
Que o canto me dá por intuição
Que minha voz se encanta ao violão
Gaiolas de prisão, minha extinção!
Eu, que só queria a libertação!
Eis que vassouras voltam
Varrem agora letras de uma bíblia
Trazem-me a verdade convertida
Em letras cifradas de canção
Penetro nestas notas musicais
Embalo corpo nu nesta batida
E no pulso do meu coração eu volto à vida!
Liz Rabello

MINHA VARETA ESTÁ NA ANTOLOGIA
"VALE DAS FADAS"
VARETA ELÉTRICA
Nossa vira-lata está cada vez mais sapeca. Alegre como só ela é capaz. Tem duas casas, dois donos e mais amores para cuidar dela. Passa finais de semana com o pai adorado, num apartamento minúsculo e dias úteis aqui em casa conosco, onde pode se divertir pelo quintal. Era de se esperar que fizesse mais artes no solitário local que seu dono a leva quando quero viajar, mas não! É aqui mesmo que faz das suas. É só ver a porta do meu quarto aberta que sobe e desce da cama em agitação, desfaz o endredom certinho e retira todos os travesseiros do lugar. Agita em meio às orelhas grandes a centopeia verdinha que eu trouxe do Rio de Janeiro e que ela é doida para tomar posse. Só pela manhã é que me acorda com doçura, lambendo meus cabelos com cuidado e me amassando de alegria.
Adora passear de carro, colocar a cabeça meio que para fora e deixar o vento tentar arrancar suas lindas orelhas do lugar. Se está com calor, senta-se em frente ao ventilador e faz a festa com o arzinho agradável que bate em sua carinha assanhada. Perdeu a chance deste último prazer quando o ventilador queimou. Mas ela não teve dúvidas, arrancou o fio teimoso em não funcionar e tentou consertar o vilão. Claro, não conseguiu! Levou uma bronca daquelas, abaixou as orelhinhas envergonhada, virou a carinha só para fingir que não é com ela que o assunto está rolando e pernas pra quem tem, porque Vareta é elétrica e precisa gastar energias.
Liz Rabello
Trata-se de um lindo trabalho com contos infantis, homenageando nossa amada Tayná com seu talento e sua vovó Genha Auga, que organizou esta antologia e a publicou pelo Beco dos Poetas. Adoro participar de Antologias, mas esta teve um caráter especial. Muito feliz!

ADORO PARTICIPAR DE ANTOLOGIAS, AINDA MAIS QUANDO ESTAMOS
AO LADO DE PESSOAS "FAMOSAS" EM NOSSO CORAÇÃO...
COMO ÁGUA E ÓLEO
Eu sou água transparente
Leve solta corro morros
Deslizo pedras
Rolo ribanceiras
Vertigens nas alturas
Lindas cachoeiras
Você é óleo
Dedos toques suaves
Na pele, nos lábios
Falo
Vertigens no chão
Voos nas estrelas
Como água e óleo
Pelas bordas você fica
Não te alcanço
Não te encontro
Teu mel se dilui
Em minhas águas
Teu fel me fere
Coração sangra
A noite termina
Manhã deserta inicia
Liz Rabello
MAIS UM TESOURO EM MINHAS MÃOS
Amei a surpresa maravilhosa! Estar em seu livro Leide Borges é brilhar muito na página 149... Parabéns pelo capricho, pelo carinho aos amigos, por nos encantar diariamente com suas trovas... Talento ímpar, escritora meticulosa, livro perfeito. RECOMENDO!
Procurando o meu banquinho
Eu li tudo de uma vez
Fome fiquei de mansinho
de correr para um banquinho de vez...
Liz Rabello
PARTICIPAÇÃO NA ANTOLOGIA E NO GRANDE LIVRO EM PRAÇA PÚBLICA
NA CIDADE DE JALES


ANTOLOGIA DO VII CONGRESSO DA ANLPPB
ENGRENAGENS
Mãos vazias
Carregam marcas
Digitais internas
Indeléveis
DNA de uma antiga
Engrenagem
Mãos vazias
Carregam marcas
Rugas externas
Palpáveis
Construção de um presente
Engrenagem
Mãos vazias
Nada carregam
Soltam em linhas
Pregam em versos
Escrevem tortuosas
Engrenagens
Mãos vazias
Coração imenso
Perdão a quem
Não te perdoa
Pelo mal que nunca fez
Engrenagens
Mãos vazias
Bolsos sem dólares
Trabalho suado sem tronos reais
Tudo doado
Ao longo da vida
Engrenagens de Saber
Liz Rabello
BRENDHA MASSUIA, PRESIDENTE DO "PORTALZINHO", ALUNA DE UMA ESCOLA EM JALES, TEM SUA CARTINHA NA CAPA DO LIVRO
ANTOLOGIA "ÀS MÃES DA SÉ COM CARINHO"


Ser mãe não é padecer no paraíso
É ficar horas ao relento procurando
Instigando o espírito a revelar
Um paradeiro perdido
É abraçar o próprio corpo em desalinho
Centopeia de sapatinhos
Cinderela à procura do próprio pé
Descalço, sem calçar sandálias franciscanas
Olhos perdidos no abismo da eternidade
Porque maior amor não há
Nem jamais resistirá
À dor real,
Fatia da canção
Faminta e desolada
De bracinhos no pescoço
Inconformada
Segue solitária em oração!
Fé é tua corrente viva
Até a ponte final
Do outro lado: Salvação!
Liz Rabello




PREMIAÇÃO: PUBLICAÇÃO DO POEMA NUMA COLETÂNEA
Meu Eu... Casulo amordaçado
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras
Gélidos invernos de dor
Lápides frias de cemitérios
Meu eu... Casulo cinzento
Semente de amor escondida
À procura de terra fértil
Água límpida de nascentes
Manhãs de sol primaveril
Intervalos
Meu eu... Fruto maduro
Macieira perfumada
Outono esquecido no tempo
Preso às malhas do destino
Sem razão para existir
Esquece teus finais
Hora de recomeçar
Borboletas frágeis
Em margaridas a dançar
Sangra arestas, cria pontes
Voa, Voa, Voa! Livre...
Solto
Liberdade Conquistar!
Liz Rabello
MAIS UMA PÉROLA PARA MINHA COLEÇÃO
“EU” ESTRANGEIRA DE MIM
Não sei que sinos soam
quando tento me entender
busco raízes que se mostram
sem na terra se esconder
Não sei que sinos soam
quando tento me entender
busco raízes que se mostram
sem na terra se esconder
Não me acho, não me encontro
não sei quem sou nem onde estou
não há em mim um só sinal
nem uma vida certa e fatal
não sei quem sou nem onde estou
não há em mim um só sinal
nem uma vida certa e fatal
Sou saudades do que fui
Do que restou, onde não estou
Dos sonhos que de mim se ausentou
Cicatrizes do que me machucou
Sou impulso, sou desejo
De ser “Eu”, mas “Só” me vejo
Sou impulso, sou desejo
De ser “Eu”, mas “Só” me vejo
Sem identidade, sem idade
Ausência, “Eu” estrangeira de Mim
Liz Rabello
CORAÇÃO DE POETA
Ando devagar
Pela rua abafada
De sons da multidão
Afoita, triste caminhante!
Passante! Alma perdida
Olhar solto ausente
De vitrines e espelhos
Nada que me chame atenção
De repente uma gota de orvalho
Cai na telinha do celular
Voo raso de andorinha
Que não sei onde quer chegar
Acompanho o rodopio
Pelos céus a se afundar
Observo o fugidio perfume
Deste meigo alçar.
Para onde foi meu pensamento?
Neste imenso firmamento?
Em busca de estrelas pra namorar?
Tiro pés do chão... Voo!
Que poeta sou e amo divagar!
Liz Rabello

IV ENCONTRO DA ACADEMIA NACIONAL PORTAL DO POETA BRASILEIRO
TEXTO LITERÁRIO ESCRITO POR ACADÊMICOS DA ANLPPB E ESCOLHIDO ENTRE OS DEZ MELHORES PARA SER PUBLICADO PELA EDITORA ILUMINATTA 2014
Liz Rabello
(...) Certa vez decidi trazer para a rotina da sala de aula poemas inéditos. Não dos mestres: Cecília Meirelles, Carlos Drummond, Pablo Neruda. Que poetas assim, tão conhecidos, já são declamados demais. O projeto da Escola era Humanizar o Jovem no mundo da Tecnologia. A proposta chegou rápida: Vamos pesquisar poetas anônimos. Descobrir caminhos novos. E num repente, junto com os adolescentes, Luciana Dimarzio, a minha frente:
“Brotam-me palavras
puras
cruas
nuas
para vesti-las a meu bel prazer
(fatigo-me das roupas emprestadas)”
Esta poetisa, cuja família está em primeiro lugar, mora em Campinas, São Paulo, e seu talento com as palavras se revela num maravilhoso livro de poemas e frases Reversos (in) Versos, pela Editora Braspor, publicado em Dezembro de 2012. Em março do ano seguinte já foi laureada com o prêmio Mulher Destaque na Literatura pelo CPAC (Centro de Poesias e Artes de Campinas). Em maio deste ano recebeu o prêmio Troféu Staff de Ouro 2013 pelo destaque cultural. Mas quando a conheci pela Internet, era apenas a Lu do Face book, a Luciana do Canto da Lu, com um Blog gostoso de ler, já mostrando um talento insuperável com as palavras, que a fez conquistar permanentemente a Cadeira número dois da Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro.
“Escrever é transformador. Sempre que me converto em palavras já não sou a mesma. A cada metamorfose, sinto-me não necessariamente melhor, porém mais inteira.”
(Luciana Dimarzio) (...)
RAIOS DE LUZ
Que venham ecos de montanha
Raios de luz nas manhãs geladas
Puros reflexos na água parada
Encantos das auroras reiniciadas
Que venham azuis dos mares
Transparentes e límpidos olhares
Ventos uivantes nos penhascos
Que nada é perdido no tempo
Que venham recentes alegres memórias
Mandando embora ares poluídos d'outrora
Tempestades riscadas por outros
encontros
Relíquias esquecidas de folhas viradas
Liz Rabello

MEUS CEM EXEMPLARES CHEGARAM: UMA FESTA DE ALEGRIA!
Nosso Jornal Correio da Palavra está on line, o endereço do blog é
http://alpas-21.blogspot.com.br
ANTOLOGIA IV CONGRESSO DA ANLPPB

DESUNIÃO
Quando a gente se separa
Fica uma fissura
Pequena fresta
Onde passam todas as agulhas
Onde vertem todos os desejos
Onde dormem todas as saudades
Onde jorram lágrimas salgadas
Fagulhas são ardências
Agulhas são dormências
Dores pontiagudas
Latejam os sentidos
Dominam pensamentos
Martelam sentimentos
Machucam corações
Liz Rabello
MUTAÇÃO
Meu amor é feito flores
Perfumes que exalam paladares
Gosto que perfuma os ares!
Meu amor é feito seda
Brilha na maciez da pele
Dedos coloridos de luz!
Meu amor é feito água
Escorre pelas veias d‘ alma
Adentra pelos rios das lágrimas!
Meu amor é feito música
A mais linda que seus olhos ouviram
A mais bela que seus ouvidos viram!
Mutação de sentidos
Sintonia total!
Sinestesia!
Sinta!
Liz Rabello
Liz Rabello
PARTICIPAR DOS PROJETOS DA ANLPPB É SEMPRE AGRADÁVEL, EM ESPECIAL ESTE... NATAL DO BEM... CUJOS FUNDOS ARRECADADOS FORAM DISTRIBUÍDOS PELA EDITORA ILUMINATTA AOS MAIS CARENTES... MEUS POEMAS FORAM UMA HOMENAGEM AO MEU PAI ZEZINHO E OUTRO A UM AMIGO CÍCERO CARLOS E SEU PROJETO "LIBERDADE E PAZ"
OLHOS DO MEU PAI
Era uma manhã fria de Natal
Acordei e fui correndo pra cama de casal
Quatro ou pouco mais aninhos tinha então
Meu pai pegou em minha mão
Levou-me até a árvore de natal
E me mostrou um carrinho
Dentro dele um bebê de fralda
Com uma chupetinha azul
Brincando de mamar!
Desabei a chorar pura emoção
E nem me lembro de pegar senão o coração
Dos olhos de meu pai
Que comigo engatilhou nesta oração
Fazendo do meu natal o mais doce abraço
Que jamais me ouviu cantar em gratidão!
PALAVRA MÁGICA
Real é o nosso pensamento
Sonhos a nortear este sentir
Sou o que tenho dentro da mente
E não o que tu consegues mentir
Sobre mim ou sobre ti!
Real é a faísca do instante
Aquilo que se projeta de mim
Para um vazio fora de ti
E não o que tu consegues captar
Sobre ti ou sobre mim!
Diante da incerteza
O que é o mundo real
Ou o que é aparência
Fica apenas uma certeza
O que cabe dentro de mim!
Tuas verdades não são as minhas
Minhas mentiras não são as tuas
Só que há uma ponte entre elas
Do meu EU para o SEU
A palavra mágica: AMOR!
(Liz Rabello-In “ENCONTRO COM A POESIA”, 2013, Beco dos Poetas)
ASSUSTADOR
O mar avança
sobre o rio
indefeso
diante desta magnitude
pobres águas doces
rebelam-se,
fortes,
arrancam terras.
capelas
e sobre a propriedade
se dilacera.
Liz Rabello




DIAMANTE BRUTO: A VIDA
CAMINHOS DO NÃO SABER
As melhores rotas
São as não planejadas
Caminhos trilhados ao acaso
Confiança na intuição
Vá! Siga por este atalho
Não! A estrada longa
E incerta é a mais viva
A razão sempre diz o contrário
É preciso ser forte o bastante
Para deixar-se levar pelo novo
Inusitado caminho do não saber
Inusitado caminho do não saber
(In "DIAMANTE BRUTO, de Liz Rabello, 2013, Editora Beco dos Poetas)

SEDE DE SILÊNCIOS
Carícias de mãos entrelaçadas
Beijos roubados ao sabor do vento
Mistura de desejos e momentos
Dedos deslizando nos cabelos
Toques suaves de corpos
Abraços apertados sem tocar
Pés que se cruzam um ao outro buscar
Notas musicais que se encantam
Sem som ou delírios de gemidos
Bocas que se abrem
Sem um ao outro voltar
Mudas palavras teu olhar é tudo
Só esta sede de silêncios
Que naufraga dentro de mim a sonhar
(In Antologia DELICATTA VIII - Editora Delicatta, 2013)
Notas musicais que se encontram
Sem som ou delírios de gemidos
Bocas que se abrem sem um ao outro voltar
Mudas palavras teu olhar é tudo
Só esta sede de silêncios que naufraga
Dentro de mim a sonhar
Sem som ou delírios de gemidos
Bocas que se abrem sem um ao outro voltar
Mudas palavras teu olhar é tudo
Só esta sede de silêncios que naufraga
Dentro de mim a sonhar
ABRAÇO COM PALAVRAS
A você, meu amor,
Que meus braços não alcançam,
Eu abraço com palavras!
E Palavras são como pássaros
Voam em todas as direções
E se encontram rios, criam pontes
Onde o Amor vai e vem!
Palavras são como vento
Naufragam no pensamento
Passam pelas frestas
Entreabertas das janelas
Escancaram portas fechadas
Enternecem corações!
Palavras são como as águas
Correm pelas curvas das calçadas,
Pelos declives do caminho,
Em busca de um ribeirinho
Mas se juntam a outras águas,
Para unir as multidões!
Palavras são como as cores
Arco-íris leste/oeste
Tingindo o branco de tons
E o preto de brilho!
Amanhecendo a aurora
Com a luz da madrugada
Tecendo o entardecer de rubro anil
Sorrindo para a vida que dorme logo ali!
Palavras é como a música
Alimenta a alma
Rejuvenesce o espírito
Amadurece o coração do jovem
Para entender o verdadeiro sentido da vida!
Palavras só podem ser usadas com Amor!
(In MENINAS SUPER POÉTICAS II, de Liz Rabello, Editora Beco dos Poetas, 2012)

HOMENAGEM DA POETISA MIRIAN WARTTUSCH PARA TODAS NÓS "MENINAS SUPER POÉTICAS" - DEUSAS DO AMOR, MUSAS DA PAIXÃO
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA III DA ANLPPB, em Maceió, 2013
"Palavras são como o mar
Volvem revolvem areia agitar
Vão e voltam pro mesmo lugar
Levam e trazem conchinhas de paz"
Liz Rabello
""Palavras são como árvores
Tecendo verdes paisagens
Ecos em montanhas e vales
Poluição transmutando doces ares"
Liz Rabello
QUANDO PENSO EM TI
Quando penso em ti
Meu corpo lateja de vontade de você
Meus olhos te procuram
Enquanto minhas mãos tateiam o corpo
à procura do ponto certo!
Quando penso em ti
Raios e trovões e relâmpagos
tomam conta do meu ser
Tortura infinita de desejos
Sem razão ou fim pra se perder!
Quando penso em ti
Chibatadas desesperadas
fazem o coração disparar
Desarmonia viceral
Desequilíbrio total!
Quando penso em ti
Sei que te amo
Como louca insana
a devorar a vida
perdida na tempestade
que jorra do meu ser!
(In POR DETRÁS DA CORTINA, de Liz Rabello, Editora Beco dos Poetas, 2012)
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA DELICATTA IX
23ª BIENAL DE SÃO PAULO 2014
ALFABETO DO EDUCADOR
Amor nas agulhas de dor
Barcos à vela de papel jornal
Ciranda de ideias
Degraus de saber
Emaranhado de sonhos
Fios de esperanças
Giros ao sol
Há de existir
Ideias a mais para
Juntar os retalhos
Km de superação
Leituras e imaginação
Minutas de versos
Navios no Atlântico
Opulentas mensagens
Penhascos transpostos
Quimeras soltas no ar
Raios de luz a cruzar
Sementes de sonhos encantar
Teimosia esperança suportar
Utopias e crenças costurar
Vivências tristes a superar
Eis o X
da questão!
Pois nada, nem ninguém, retira de “mim”
De “nós”
Amarrados em nós
Esta gravidez de sonhar
Por um mundo melhor
LAÇOS DE AMOR
Há sempre um ponto
Uma encruzilhada
Um banco
Uma esquina
Um lance de olhar
Uma gota de orvalho
Uma luz ao luar
Uma fonte a jorrar
Uma chuva constante
De lindas notas musicais
Onde o amor está!
Liz Rabello

ONDE ESTÁ O AMOR?
Há sempre uma porta aberta
Uma janela a sorrir à luz do sol
Uma flor abrindo pétalas de cores
Exalando mil aromas
Gritos e gemidos de orgasmos
Lances de poesia dos sorrisos de crianças
Lambidas e carinhos de animais de estimação
Onde a única nota musical a soar é o Amor!
Liz Rabello
CÓDIGO AGV foi o meu primeiro conto, publicado em uma antologia coletiva AMOR SEM FIM, pela Editora Beco dos Poetas, em 2012. Eu escrevi para o meu amor: RAFAEL GARCIA MACHADO BRANDÃO, meu netinho, minha vida, pedacinhos de mim especiais para ele. Trata-se de um conto que decifra um poema em código palavra por palavra e de uma doce descoberta paradisíaca. Quando li pra ele, em primeira mão, antes mesmo da publicação, sua reação foi encantadora. Primeiro se identificou, depois se aconchegou no meu colo e por fim disse-me que era uma responsabilidade grande demais! Não sei se a aceitou, mas percebo que nossa convivência, após este fato, tornou-se muito mais aconchegante, próxima, repleta de beijinhos doces.
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Te amo Rafa...


DOIS CORAÇÕES... UM COMPASSO VIRTUAL!
De repente uma luz,
uma força que me conduz
Eis-me em teus braços,
em tua voz me laço
Fecho meus olhos,
pra sentir melhor os sonhos
Sei que não é real, que é image
tual, sentimento surreal...
Mas tão forte bate o coração daqui,
que te alcança além mar logo ali!
Toco a tela com meus dedos,
frio de luz que se dissipa...
Onde estás, amor, que não te vejo?
Te perco, bibelô de porcelana!
Coração de vidro,
sintaxe mecânica,
ondas de energia na penumbra!
É por ti que o meu coração bate descompassado...
Desarticulado...
Que importa se não és real...
Se, por fim, pôs fim à solidão banal!???
De repente uma luz,
uma força que me conduz
Eis-me em teus braços,
em tua voz me laço
Fecho meus olhos,
pra sentir melhor os sonhos
Sei que não é real, que é image
tual, sentimento surreal...
Mas tão forte bate o coração daqui,
que te alcança além mar logo ali!
Toco a tela com meus dedos,
frio de luz que se dissipa...
Onde estás, amor, que não te vejo?
Te perco, bibelô de porcelana!
Coração de vidro,
sintaxe mecânica,
ondas de energia na penumbra!
É por ti que o meu coração bate descompassado...
Desarticulado...
Que importa se não és real...
Se, por fim, pôs fim à solidão banal!???
(In DOIS CORAÇÕES UMA SÓ BATIDA, de Liz Rabello, Editora Beco dos Poetas, 2012)

UM OLHAR MÁGICO: AMOR VIRTUAL:
MINHA CORUJINHA APAIXONADA POR UM BIBELÔ DE PORCELANA

Foto de Liz Rabello na Rua das Corujas do Condomínio AGV/2012

BORBULHANDO SONHOS
Tem um sabor agreste
Verde oliva azul celeste
Gotas de arco íris em luz
Bolhas de ilusão no meu capuz
Tem um sabor de eternidade
Algo que transmuta realidade
Mudanças de estado, verdades
Erros de egos, status de vaidades
Tem sabor de alegorias
Luzes claras de alegrias
Sons suaves de euforias
Canções em doces melodias
Minha árvore dos sonhos
É assim... água corrente
Nas manhãs incandescentes
Abraçando sol lua paz nascentes!
Liz Rabello
AMOR SOMENTE
Nós dois a voar
Sol espaço brilhar
Mar gigante navegar
Ondas suaves repousar
Colorido ardente
Paixão candente
Estrelas na mente
Coração semente
Cantigas de ninar
Sorrisos a trocar
Serenos a bailar
Mãos a se tocar
Amor semente
Amor se mente?
Amor só mente?
Amor somente
Nada mais
Nós dois a voar
Sol espaço brilhar
Mar gigante navegar
Ondas suaves repousar
Colorido ardente
Paixão candente
Estrelas na mente
Coração semente
Cantigas de ninar
Sorrisos a trocar
Serenos a bailar
Mãos a se tocar
Amor semente
Amor se mente?
Amor só mente?
Amor somente
Nada mais
Liz Rabello
“Palavras dentro de mim ficam aprisionadas! Liberto-as ao escrever, mas se ninguém as lê, permanecem em cativeiro! Preciso de você pra me trocar, dividir comigo o que sinto, unir sombras alinhadas, projetadas contra luz! (...) Minhas rimas incompletas clamam por teus dedos notas musicais fazer vibrar. Sou fome de querer nestas linhas inocentes, e sem ti para as ler um deserto sem nascentes! Dias sem auroras, chuvas de estrelas, sem noites pra brilhar. Madrugadas sem partidas, sou sonhos sem castelos. Não sou nada, sou sem asas, porque sem ti, como posso voar? Sem teus olhos como posso me soltar?”
Liz Rabello
“Perdida no vazio das horas, angústia de quem ama em vão, cristais de sangue estilhaçados, rosas murchas em solidão. Meu coração se fez em mil pedaços, e em cada corte se transmuta inteiro, porque você rasga os nós dos laços, costura estrelas, brilhas nos espaços.”
Liz Rabello
CURA DOR"
UM REMÉDIO CURA DOR
Mora num jardim secreto
Numa ilha deserta
Numa trilha de verde coberta
Num arco-íris de concreto
Vem num frasco transparente
Um remédio cura DOR
Para o mal incandescente
Da falta de amor
São capsulas verdinhas
Esperanças de alegria
Num rosto de menininha
Meu sorriso Sedutor!
(In MENINAS SUPER POÉTICAS II, de Liz Rabello,
Editora Beco dos Poetas - página 61, 2012)
PLURALIDADE
PROJETO DO FONTENELLE
NOSSA HISTÓRIA É ASSIM:
- Vamos pras Índias!
Dias e dias os horizontes se repetem...
Velas baixaram. E desembarcaram
O sol do lado de fora assistiu missa
Terra em que Deus anda de pés no chão!
Outros chegaram
- Queremos ouro!
Começou daí um Brasil-sem-história-certa.
A terra acordou-se com o alarido de caça de animais e de homens!
Mato-grande foi cúmplice nas novas plantações de sangue
Mulher foi espremer filho no escondido.
O sol espalhou verão nos canaviais das fazendas
O mato escondeu escravos
Com inscrições de chicote no lombo...
E veio o negro
Trouxe o sol na pele
E uma alma de nunca-mais
Carregada de vozes
Foi desbeiçar terra
Alargaram-se as lavouras
Brasil encheu-se de queixas de monjolo
Bandeiras passaram
Nem deixaram rasto
Outras cansaram
Não continuaram
A água do rio engasgou
Secou
Índio com alma hipotecada à floresta
Fugiu por caminhos escondidos
Negro ficou para trás
Apalpou a terra
o sol foi trabalhar nas lavouras
o ouro cresceu pelos campos de milho África Brasil!
E foram chegando soldados e frades
Trouxeram as leis e os dez mandamentos
LIVRO ARTESANAL BORDADO À MÃO E COLADO
RELEITURA ARTÍSTICA E ICÔNICA DO CONTO
"MANUELZÃO E MIGUILIM" DE GUIMARÃES ROSA - 2011


QUANDO SE AMA O QUE SE FAZ CADA DEGRAU É UMA VITÓRIA!

FANZINES - REVISTAS CONSTRUÍDAS À MÃO
EMEF ESTAÇÃO DO JARAGUÁ - 2012 -
TEMA: PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
FANZINES - REVISTAS CONSTRUÍDAS À MÃO
EMEF BRIG. HENRIQUE R. DYOTT FONTENELLE - 2011
TEMA: PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
LIRA PAULISTANA - LIZ RABELLO E ALUNOS DO FONTENELLE
CORDÉIS PUBLICADOS DE FORMA CASEIRA, ARTESANAL
(...)
Fatalidade idílica,
Anna escolhe seu amor
De sua família destruidor
Matando um de cada vez
Marido e amigo que o anunciou
Dilermando matou o mais velho
Legítima defesa e Anna o perdoou
Mas ele na bola pisou
Com outra mulher a traiu
E Anna dele se separou
E assim termina a história
Que é triste e muito real
Não tem nada de glória
Mas apenas um amor fatal
Da mulher que ao amor foi leal
Em 2009 organizei uma pesquisa sobre a trágica história real de Anna de Assis, Dilermando de Assis e Euclides da Cunha. Um triângulo amoroso, cujas consequências foram marcantes para todos. Na época meus alunos transformaram os autos dos processos e os dados pesquisados em livros e jornais em versos de cordel. Reorganizei os mesmos e eis que os publico em livrinhos atuais, agora em 2018. As publicações da época foram caseiras, organizadas e digitadas por mim. Fizeram parte da Mostra Cultural de 2009 da EMEF Brigadeiro Henrique Raymundo Dyott Fontenelle.
SOS GALERIA NARCISA
O LIVRO FOI CONSEQUÊNCIA DE UMA PESQUISA REALIZADA POR LIZ RABELLO, COM A COLABORAÇÃO DE TRÊS ALUNAS DA EMEF BRIGADEIRO HENRIQUE RAYMUNDO DYOTT FONTENELLE EM 2004, E PARTICIPOU DO CONCURSO TESOUROS DO BRASIL,PROMOVIDO PELA FIAT, NO ANO DE 2005.
CONCURSO PROMOVIDO PELA FIAT "BRASIL DOS MEUS OLHOS"- 2002
http://www.fiat.com.br/sustentabilidade/cultura/o-brasil-dos-meus-olhos.html
O projeto mobilizou 31.366 estudantes e professores de 1.886 escolas públicas e particulares, incluindo a participação de deficientes visuais, crianças hospitalizadas, membros de comunidades indígenas e internos da então Febem. Dos mais de 30 mil trabalhos inscritos, 100 foram selecionados pela equipe de jurados e compõem este livro O Brasil dos Meus Olhos, com prefácio de Frei Betto.
MINHA REVISTA POR UM NÚMERO
FORÇAS OCULTAS IMPEDIRAM A CONTINUIDADE DA MESMA... QUE PENA! TRABALHO LINDO! MEU E DOS ALUNOS...
MINHA TRAJETÓRIA LITERÁRIA
REEDIÇÃO DE "A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS" (2019)
AS QUATRO ESTAÇÕES (2019)
AO TODO SÃO DEZ LIVROS SOLO
EIS A LISTA POR ORDEM DE PUBLICAÇÃO:
MIL PEDAÇOS (2012)
INTERVALOS (2013)
AMOR À PRIMEIRA LAMBIDA (2014)
LUA NO CHÃO (2015)
O RESGATE (2016)
A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS (2016)
XIMBINHA, DE PERNAS PRO AR QUE A PELADA VAI COMEÇAR (2018)
RENDAS DO SILÊNCIO (2018)
E, DOIS CORDÉIS: "CORDEL PARA UMA ESTÁTUA DE BRONZE: O BEIJO ETERNO (2018) E CORDEL PARA ANNA DE ASSIS (2018)
REEDIÇÃO DE "O RESGATE" (2019)REEDIÇÃO DE "A MENINA QUE MASTIGAVA LETRINHAS" (2019)
AS QUATRO ESTAÇÕES (2019)
SAPECAS S/A POEMINHAS (2021)
PARTICIPAÇÃO EM OITENTA E OITO ANTOLOGIAS
ADORO PARTICIPAR DE ANTOLOGIAS OU DE TRABALHOS COLETIVOS, POIS QUE INÚMEROS ESCRITORES FAZEM PARTE DELES E, FINALMENTE, SOMOS LIDOS, POR VÁRIOS PÚBLICOS... QUER COISA MELHOR DO QUE SER LIDO?
MEU CARRINHO DE TESOUROS
2018 VEIO COM TUDO EM MINHA VIDA
E 2019 NÃO DEIXA POR MENOS
MINHA TRAJETÓRIA LITERÁRIA
ADORO PARTICIPAR DE ANTOLOGIAS OU DE TRABALHOS COLETIVOS, POIS QUE INÚMEROS ESCRITORES FAZEM PARTE DELES E, FINALMENTE, SOMOS LIDOS, POR VÁRIOS PÚBLICOS... QUER COISA MELHOR DO QUE SER LIDO? MINHA TRAJETÓRIA LITERÁRIA: AO TODO SÃO NOVENTA E TRÊS ANTOLOGIAS, NOVE LIVROS SOLOS E DUAS LIRAS PAULISTANAS.
Valquíria Marotti ... Seu texto de leitura e suas palavras foram ótimas. A mim soaram como Crítica Literária e me dão forças para continuar a escrever dentro de um estilo próprio, sem me preocupar com o gênero, porque misturo tudo: Conto com Poesia e Crônica... Por vezes, Causos ou Monólogos. Arrisco em nome do que pressinto. Não posso me preocupar com elogios ou críticas de quem entende do assunto. Conheço apenas um escritor que escreve assim: Júlio Emilio Braz e não é famoso. Amo os livros dele e o estilo.
ResponderExcluirLiz, amiga, confreira de largo sorriso, terminei de ler seu livro. Li como sugere o título da obra com "Intervalos". Quando cheguei à página 116, fiquei triste, porque tive que despedir-me de sua presença marcante em cada página lida. Em Intervalos emocionei-me, ri, entristeci, em muitas passagens recordei da minha própria infância. Fiz uma viagem e tanto. Neste ano como propósito, colocar em dia a leitura dos livros dos colegas. Comecei bem lendo Liz Rabello. Grande abraço confreira, e parabéns por este livro, e pelos que estão nos projetos. (Andrade Jorge)
ResponderExcluir" Entre um conto e outro, Liz Rabelo nos brinda com intervalos poéticos que amarram a narrativa dos contos, como se fosse um aperitivo, antes de saborear o próximo conto, revelando seu talento poético." (Cícero Carlos)
ResponderExcluir"Amei conhecer uma parte da sensível e talentosa Liz Rabello que se divide em "Mil Pedaços" para que possamos desvendá-la. Meu abraço repleto de carinho!"
ResponderExcluir(Luciana Dimarzio)
Agora já um pouco mais organizada e de volta ao meu habitat natural, comecei ler nos meus intervalos o seu INTERVALOS. Estou deslumbrada, em breve farei um post legal em meu site que está desatualizado desde maio. Beijo Terno!
ResponderExcluir(Vera Lúcia Favero Margutti)
"QUERO DIZER-LHE QUE LI "LUA NO CHÃO" FIQUEI APAIXONADA PELO "MILAGRE DA VIDA" TRECHOS - Caminhos entrecortados - ao acaso perdido - sorrisos se espalham e sonhos coloridos. Acredito que todos nós temos um pedacinho de "Lua no Chão"
ResponderExcluirVocê é uma pessoa de mil brilhos... (Diva Barbosa - Via Facebook)