NAS CONSTANTES ONDAS DA VIDA
Fiquei setenta e seis horas sem água e sem comida, para deter a infecção generalizada que dentro de mim ocorria, antes de fazer a cirurgia e retirar o cálculo devastador. Minha imunidade baixou e o vírus oportunista do herpes se aproveitou para mostrar suas garrinhas. Sofri como nunca! Dor da alma e do corpo. Este sarou. A saúde voltou. Ferida de amor não cicatriza jamais, não morre nunca, amortece apenas os sentidos, mas volta a doer quando o tempo muda, quando as tempestades desabam, quando a última dor, impossível de se evitar, a faz recordar. Como fênix que renasce das cinzas, continuo meu voo único, inevitável, sem olhar para trás, em busca da essência da vida!"
(In ARMADILHAS DO DESTINO, INTERVALOS, Liz Rabello, Beco dos Poetas, 2013 - SP)