segunda-feira, 25 de maio de 2015



VESTIDO VERMELHO
Em nosso colo a sonhar

Com amores colorir
De vermelho paixão
Corações a tingir
Ilusões especiais
De rasgos de amor sorrir


Eis que a turba panelaço
Violenta sem igual
Pobre viralatinha manca
De preconceitos e tabus
Querem-na fora da elite
Por vestido vermelho vestir


Mas Vareta é de paz
Não permite a ninguém mentir
Mora lá no décimo terceiro andar
E se comporta como a Lady Blue
Respeita o sinal vermelho
E quer bem a todos os pedigrees


Vareta é mais racional
do que o humano animal
Que bate panela sem ter o que pedir
Carioca da gema zona sul no Leblon
Ou o dono do apê luxuoso dos jardins
Late zangada quando a paz é cortada

Afinal é uma viralatinha feliz!
Liz Rabello



Quando a gente se separa
Fica uma fissura
pequena fresta
Onde passam todas as agulhas
Onde vertem todos os desejos
Onde dormem todas as saudades
Onde jorram lágrimas salgadas
Corte e costura de minhas desilusões
Artesanato pueril de ilusões.

Liz Rabello