domingo, 11 de setembro de 2016



Se faltar pão, eu cozinho um osso
Se faltar cama, eu durmo no papelão
Se faltar roupa, um estopa me cobre
Se faltar carro, vou a pé
Se faltar remédio, tomo chá
Se faltar lápis, uso tijolo
Se faltar caderno, escrevo na calçada
Se faltar aperto de mão, eu abraço
Se faltar abraço, eu beijo
Se faltar sapato, bota tiras nos pés
Se faltar mesa, ponho a toalha no chão,
Se faltar faca pro pão, eu corto com a mão
Pode faltar tudo, eu me ajeito
Eles podem me tirar tudo, me refaço
Mas se eles me tirarem a poesia, morro
Mas me ressuscito no morro, e desço o morro com Cartola pra dizer que " Bate outra vez a esperança em meu coração " quando eu vi o povo na rua escrevendo poesias sem fim...
E que eles saibam, que nós poetas escrevemos versos;
Pensamos versos
Declamamos versos
Respiramos versos
Tossimos versos
Bebemos versos
Comemos versos
Cagamos versos
E nem a morte detém o poeta
Porque poeta não morre
Poeta quando finda, vira adubo pra outros poetas
Parindo da terra mais poetas
E por isso nós vamos vencer
Porque eles têm as armas que usurpam, difamam, corrompem, traem e matam
E nós temos os versos paridos por poetas imortais que um dia morto, vira adubo pra mais poetas no morro, no alto, na planície, no planalto ...
VENHA BANDO DE HOMENS VIS
COM O SEU DINHEIRO E SEUS FUZIS
PRA TE VENCER , EU SÓ PRECISO DE UMA POETA: FLOR DE LIZ !!!

Poesia para a guerreira de luz Liz Rabello


Lucas, infectado por poesia , Abade-