SPINA

 SPINA

UMA NOVA FORMA POÉTICA

A Nova Forma Poética SPINA foi criada por Ronnaldo de Andrade. Ela veio à luz em 10/12/2019, em uma região de Santo Amaro, São Paulo, em homenagem ao saudoso professor emérito da USP: Segismundo Spina.

É poema iniciado com uma palavra trissílaba, composto de duas estrofes. Sendo a primeira com três versos de três palavras em cada, e a outra com cinco versos de cinco palavras em cada. Terá que ter uma única rima distribuída no terceiro verso da primeira estrofe, no primeiro da segunda estrofe (opcional), e obrigatória no terceiro e quinto versos da segunda estrofe. A última palavra da primeira estrofe determina quais serão as próximas rimas. As rimas precisam ser perfeitas e todas no plural ou singular.É proibido outras rimas pelos versos.

Obrigatoriamente precisa ser finalizado com algum tipo de pontuação.

O título é facultativo. Não há obrigatoriedade.

Não se usa as conjunções: e, mas, contudo, entretanto, no entanto, todavia, porém, pois.

Palavras ligadas por hífen, são contadas como uma só. Ex: disse-lhe (uma palavra).

Palavras aglutinadas por apóstrofo, são contadas individualmente. Ex: minh'alma (duas palavras).

As palavras que têm sílaba muda podem iniciar o poema, desde que tenha três sílabas formadas por vogais e consoantes. Ex: Observo.

Não se usa nenhum número no SPINA, que seja ligado um ao outro pelo conectivo “E” para formar uma unidade. Ex: 2020 tem um "e" ligando 20 a 20... Dois mil e vinte. Só são aceitos os números de 0 a 19, e todos os redondos: 20, 30, 100, 500.

PALAVRAS COMPOSTAS COM E SEM HÍFEN

Da mesma forma que a ênclise e a mesóclise, as palavras compostas ligadas por hífen serão contadas como uma única acepção. Exemplos: criado-mudo/, guarda-chuva/, bem-te-vi/, vaga-lume/, obra-prima/, beija-flor/ etc. Entretanto, FICA RESTRITA a utilização no início da primeira estrofe, que terá que ser uma palavra inteira, ou seja, não composta. A saber: honrado, castelo, beleza etc. Quanto ao substantivo composto sem hífen, cada elemento será contado individualmente. Exemplos: fim/de/semana/, pé/de/moleque/, dia/a/dia/, pôr/do/sol/ etc. Sendo contado individualmente cada elemento, não iniciará a primeira estrofe.

O APÓSTROFO

A aglutinação de palavras por apóstrofo não as tornará vocábulo único. Exemplos: sede d'água, minh'alma, d'um, Sant'Ana, etc. Mesmo sendo utilizado esse recurso, as palavras são contadas individualmente. Vejamos: sede/ d'/água/, minh'/alma/, d'/um, Sant'/Ana.

Nova Forma Poética SPINA foi devidamente registrada na Hoodid.com, Empresa de Certificação Eletrônica, com sede na cidade do Recife, e parecer favorável de Órgãos Federais Brasileiros, inclusive Observatório Nacional. CERTIFICADO DE REGISTRO Nº584103810 – Obra SPINA, Categoria Poesia, em nome de Ronnaldo de Andrade, certificando-o como seu criador.

Ronnaldo de Andrade

SPINA (Nova Forma Poética)

TUDO EM MIM

Esforço imensurável, eu,
lutadora obstinada, criei!
Nada simples, paradoxal,

escritora por acaso... Fração irreal...
Nada daquilo que represento deve-se
ao destino. Sou consequência especial,
sonho alado, determinação que voou,
buscando satisfação de utopia surreal.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SORRIA

Câmera ligada vai
captar a essência
dessa sua euforia.

Sorria, ainda que por teimosia,
tenha marcas de tempo iradas,
que possam mostrar a harmonia
entre sutil alegria, paz, coração,
alma, corpo, mente em fantasia.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DENTE-DE-LEÃO

Pétalas voando, eu,
sopro de vento,
energia vã desfiada.

Em voo suave, peguei garupa
no pequeno caule dum sonho
Fiapos! Só me sentia culpada
Frágil, despetalando a alma até
Não me sobrar mais nada...

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

EU

Aquilo que sou
caminha na trilha...
Utopia, minha adrenalina!

O impossível é minha meta,
o que não pode... Engata!
O duvidoso é minha ruína...
A palavra "NÃO" é contestada.
Vivo navalha na carne: Sina!

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

PÔR DO SOL

Chegada da noite...
Poesia em despedida,
Cinemas de verão.
Tardes quentes partem em vão!
Céu amarelo laranja abraça Lua,
apaga as luzes em contradição!
Poesia lírica... Sol se despedindo,
Acende estrelas em meu coração!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

 MEUS VERSOS

Escritos, querem leitores!
Em olhos selvagens,
rimas clamam volitar.

Não as lê? Permanecem cativas
Livro fechado, deserto sem nascentes
Tua ausência, como posso voar?
Empreste-me asas... Não quero ser
menina presa em teu olhar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SER ESCRITOR

Escrever uma poesia
é desvendar sentidos,
é desnomear dizeres.

Ser capaz de nomear estrelas,
pescar os fiapos em peneiras,
luz, luar, calor, atrair prazeres.
Coar pó de palavras, misturar
poesia com todos os quereres.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ARTE LITERÁRIA

Escrever: minha sina,
amante amiga, paixão
secreta em ideograma.

Meu dom... Música das palavras!
Com elas, durmo, abraço-me, cio
torturas, volúpias; sou quem ama.
Prazer em cada metáfora, estrofe,
em cada cantiga, rima, anagrama.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PERMITA-ME O AMOR

Tristeza para trás,
morte da mariposa
Nunca mais solidão!

Melodias, sons, acordes de canção,
manhãs de Sol... Janelas abertas!
Uma aliança em minha mão...
Alucinantes viagens rumo aos céus...
Permita-me o voo em comunhão!

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

VIOLÃO

Acorda notas musicais
Dedos adolescentes ágeis
Arrebentam cordas... Emoção!

Encantam a todos com alegria
Namoram extasiadas garotas ao luar
Entre serenas nuvens de algodão
Embalam sonhos... Os sons deixam
Vestígios de amor no calçadão!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EU TE PROMETO

Amanhã, ontem, hoje!
Um dicionário inteiro
de  palavras quentes

Vou enraizar em teu coração
melodias em ritmo de ternuras...
Risos fáceis, canções, beijos calientes
Inusitadas emoções... Favos de mel
Amor, paz, pecado... Corpos ferventes!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)
RASGOS DE SILÊNCIO
Telinha computador, breu,
tempestade de ventos,
tempo passou vagaroso.
Fios entrelaçavam-se em direções opostas,
chocavam-se, vertigens agonizantes no ar,
milagre inusitado, doentio jardim leproso.
Serenamente, em orações, fôlego retorna,
metamorfose: dor em perfume generoso.
Liz Rabello (editado 2023)


SPINA (Nova Forma Poética)

RETROCESSO

Discreta,  tímida, sensível,
intensa, profunda, sincera,
arrisquei romper fronteira.

Volver o tempo... Sem pintura,
ser eu mesma... Só essência!
Ousei para pular uma barreira. 
Na encruzilhada, volto ao nada...
Meu lugar: Solidão, pó! Poeira!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MUDANÇA DE PERCEPÇÃO

Diante da verdade,
fato, enfim, revelado,
resta ao amador:

Uma certeira dose de autoestima
derrubando nova dor de plantão,
enaltecendo ao ser errante: valor!
Criando pessoa rica, bem experiente,
agindo com restrição, cautela, pudor.

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

VIVER VALE O RISCO

Girassol abre manhãs,
invade tardes, sabe:
Respirar é incrível!

Esta existência, por vezes cinzas,
passa borracha na palavra escrita.
Amar tão difícil! Sorrir impossível!
Invoco tintas, pinto belíssimas telas.
Acendo luzes colorindo o invisível.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MORRO DE MORRETES

Encanta meu olhar...
Minh' alma inebriada,
ternura de carrossel.

Mistura de ferro, trilhos, campos
floridos de brincos de princesa,
passarinhos a beber seu mel...
Nuances verdes, magia de cores
Fragas matizadas com um pincel.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RECITAR

Receitas de amor
Doá-las aos outros?
É fácil demais!

Esvoaçantes, no passeio de barco.
Nos mágicos potes da vida.
Guardá-las em pó? Algo mais?
Vivê-las na rotina do lar?
Difícil, não dá certo... Jamais!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)
MUITO ALÉM
Fechados vão estar
meus restos mortais
Atrás daquela porta.
Um dia, isto vai acontecer.
D'outro lado, pouco, nada sei,
a fé, esperança me conforta,
pensar que está aqui, agora,
meu penar. Lá, morte aborta.
Liz Rabello (Revisão 2021)

SPINA (Nova Forma Poética)

VOOS

Recortes de incertezas
Aventuras em multiplicação
Desejadas por instantes

Abro janelas fechadas de casulos
Precipício de sonhos... Asa Delta!
Sou equilibrista em metamorfoses constantes
Guardando esperanças em gavetas secretas
Driblando no infinito estrelas brilhantes.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ANOITECER NO GUARUJÁ

Fiapos brilhantes... Sol
penteia cabelos marítimos,
termina suavemente dia.

Clarões subvertem filetes de harmonia,
acendem as estrelas... Nuvens esparsas
desmancham-se em prata luar nostalgia.
Melancolias... Luzes em doce profusão!
Lua, poderosa, soberana, inaugura alegria.

Liz Rabello)


SPINA (Nova Forma Poética)

MOSAICOS

Embrulho os sonhos
por luas prateadas,
fases, luzes, abraços.

Fitilhos de estrelas, matizes coloridos,
azuis profundos durante ciclos cheios,
cinzas em minguantes, desfazem laços
lilases: madrugadas, infelizes por tuas
ações, fazem de sonhos  P E D A Ç O S!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EU

Grãozinho de areia,
luzes das estrelas,
semente de energia.

Música suave ao acabar bateria,
fonte mutante de muitos casulos,
salpicada de Sol, intuição, poesia,
Lua prateada na calada noturna,
repleta de amor, sorrisos, magia!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

CÔNCAVO CONVEXO

Conexão: elos invisíveis,
entrelaçamentos  sem nexos,
somos gravatas abissais.

Vertigens de amor mui colossais,
dois corpos febris em erupção,
fúrias em ais de vendavais,
desejos de galopes em lençóis!
Nós em "nós"... Nada mais...

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

OPORTUNIDADES IGUAIS

Programas sociais, sim!
Desejos de Projetos
Políticos para carentes

Ao povo, todo direito dele!
Por Lei, não por caridade!
Suprir os desejos vitais aparentes,
esmolas para oferecer vindas de
lixos, sobras de almas dementes.

Liz Rabello



 SPINA (Nova Forma Poética)

ODE AO OPERÁRIO

Digitais internas frágeis,
mãos vazias carregam
marcas de experiência.

Mãos calejadas, nada levam, bolsos
sem dólares, roupas velhas tatuando
n' alma tortuosa fome: Inconsciência!
Trabalho suado... Nenhum trono real,
Doação durante toda sua existência...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INTERAÇÃO VIRTUAL

Pessoas se aproximam,
interagem, ideias afins,
trocam desejos sedentos.

Nem sequer se viram pessoalmente!
Prova que estamos todos interligados
no mundo invisível dos pensamentos.
Corrente prisão ou profunda libertação
pela comunhão: força dos sentimentos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PERSISTÊNCIA

Colheita de flores,
sempre a postos
em cada morada!

Em dias nublados serei Sol...
Plantarei rastros de belos sonhos,
serei sementes em terra molhada!
Profunda luz  brilhante na escuridão,
perfume volátil quando flor pisada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MUTAÇÕES

Transitar pelos outonos,
arrepiar-se de invernos,
renascer nas primaveras.

Despetalar-se de folhas secas, quimeras
esquecidas! Ser adubo, renovar-se, florir,
desnudar-se, deixar-se abraçar por heras,
embebedar-se com os aromas silvestres,
equilibrar-se nas raras mutações sinceras.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESERTO EM MIM

Silêncios pelas ruas...
Altos gritos engasgados,
vidas partindo, gemendo.
Curvas do destino se escondendo
Detrás de janelas, portas fechadas,
em sonhos partidos se mantendo,
Lar decantado em tristes decepções,
Ah! Triste monotonia, vazia morrendo!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ODE AOS QUINHENTOS MIL

Rainha sem coroa,
quebra janelas, portas.
assassina o amor!

Desata nós desta sociedade podre
Mostra face torpe, aniquila sonhos
Rouba sorrisos, escancara a dor...
Apaga sóis, desliga sons... Trevas!
Não permite velório, luto vingador.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MARIELLE PRESENTE

Sorriso, olhos, brilho
Num rosto apagado
Corpo, fotos, pilhagens!

Morte solitária, semelhante a tantas!
Coração parado, uma placa destruída.
Os sádicos boicotam as homenagens,
calarão voz uníssona de indignados,
cidadãos idólatras de suas imagens?

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

DIVAGAÇÕES

Espero a noite
Disparo o dia...
Passos leves, dançar!

Doçura... Cada palavra não dita,
oculta nos pensamentos, na mente.
Desejos secretos bailando no ar...
Virás... Despir meu corpo! Prazer!
Libertar minh'alma, fazer-me voar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SUPERAÇÃO
Solidão foi intensa,
depois da partida,
morada dessa dor.
Durante noites mal dormidas, inventei
abraçar-me como gatinha enrolada em
mim mesma, aquecer-me de autoamor.
Nada difícil: Aprendi a esquentar-me,
braços alheios, outros novos cobertores.
Liz Rabello (editado em 2023)

SPINA (Nova Forma Poética)

OFERENDA PARA IEMANJÁ

Vermelho batom... Eu,
Botão de rosa, 
Joguei-me ao mar

Não me traga de volta
Assim sozinha... Devolva-me a dois!
Leve-me para profundezas do amar
Traga-me... Suaves goles de ondas
Não me deixe lá... Perambular!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SIMPATIA

Promessa para Santo
Antônio, oferendas à
Iemanjá: Amor ideal.

Ao perder a esperança, desiludi,
árduo milagre; de ponta cabeça,
abandonei o santo; surdo afinal!
A rosa vermelha escutou, trouxe
amor, além-mar, o gajo especial.
Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

ONDAS DA VIDA

Procuro paz, plenitude,
voos leves, voláteis...
Caminhada sem partida.

Vibro sonhos bons de igualdade,
dou pouca importância à solidão.
Estar comigo mesma nesta lida,
é uma honra, alegria ínigualável,
modelar minh' alma tão sofrida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

UM AMIGO

Empaco, mula manca,
medo me invade,
paralisa minha vida.

As forças exauridas me embrutecem,
teu amor me empurra... Desloca-me
do resultado confortável desta lida.
Sonho esquecido respira ares novos,
volto a caminhar... Aproveito torcida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ODE AO SER OPOSTO A MIM

Dúvidas inexistem, quando
crenças superam Ciência...
Ser plena(mente) religioso.

Acalentar fé, jogar-se em precipício,
acatar brilhante farol sem contestar,
crer certezas num mundo duvidoso,
seguir intuição, desapegar da razão.
Será? Existe o paraíso maravilhoso?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ESCREVA

Segurar vã finitude?
Mortais buscam pela
vida afora: Eternidade!

Quero nuvens para remontar pedaços,
estrelas para colar pequeno mosaico,
delirante sonhar, recriar a realidade.
Eternizar-se além do próprio tempo:
Um livro significa esta oportunidade!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EXPECTATIVAS PARA  2023

Passado a limpo
Ano velho, cinzas
Ano novo, ensina!

Lustrei os instantes do tempo
Acendi vagalumes, imitei as estrelas.
Perfumei Lua... Respirei nova sina!
Lavei Sol com ouro líquido
Novo ano inicia, com vacina!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PANDEMIA

Histórias são interrompidas
Sem calor humano,
Quão pouca solidariedade!

Solidão é palavra de ordem
Afagos, abraços, beijos, fé, olhares
negados... Vive-se só pela metade!
Separados cada qual num canto...
Sem velórios, choros, sem humanidade!

Liz Rabello
Foto da obra de Vick Muniz


SPINA (Nova Forma Poética)

PANDEMIA

Costuro minha alma,
remendo com sangue
meu coração partido.

Acima da insuportável morte silenciosa,
há caixões, maldade, solidão desumana,
mentira criada pelo genocida bandido!
Improviso filetes de esperanças: desejo
potente vacina contra ódio pervertido. 

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

QUINHENTAS ROSAS

Plantadas na areia
salgada das praias
Dor: Quinhentos mil!

Meu chão encharcado de lágrimas,
desesperança em olhares, Sol, céu
sombrio, escurece, sem luz varonil,
estéril manhã, nenhum hino único,
triste país: sangue vermelho Brasil.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APRENDIZADO DO AMOR

Trocamos nossas cascas
A cada estação,
Período que findou...

A primavera nos traz mágoa
Uma chuva que não veio
Uma flor que não brotou
Amargo fel da tristeza secreta
Que no frio inverno desbotou.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EU, BUSCADOR DE MIM

Reflexo no espelho,
meu olhar instiga,
busca uma essência!

Naquilo que forte luz flameja,
não nesta matriz que apresenta
pintura de parte da existência...
A verdadeira face: olhar divino,
dentro de mim, sem divergência!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SIGO I

Tristeza, minha rotina.
Caminhos do coração, 
trancados com agonia.

Mente esperta busca a alegria,
vida perdida em folhas mortas,
segue o outono sem harmonia,
busca qualquer cor, uma rosa,
motivo para viver nova magia.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética) 

SIGO II

Enfrentei furiosas ondas
Aprendi: pular páginas
Minha luz abraçada!

Pés cortam transparência das águas
Limpidez salina, milenar do universo
Reflexo, vejo-me: luz miragem amada
Pedras... Grãos de areia brilham
Sal banhando minha pele dourada!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ESCOLHAS

Pisando em pedras,
preciosas pedras para 
encontrar o benquerer.

Nós procuramos pedras, às vezes,
em lugar de flores, aprisionados
estamos em jaulas de malquerer,
nós precisamos de amor próprio,
para melhor escolha sempre fazer.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PAINEIRA

Travesso anjinho alado
Penas... Flores dançantes
Criança... Plumagens voam!

Despencam flocos de neve... Algodão.
Sobras outonais de gulosas maritacas,
esparramam-se pelo chão, se doam...
Anjinho desengonçado estatela-se ao vento
Tapete macio, sonhos despetalados destoam!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RUPTURA

Caminhos suspensos, vazios
Jamais planejei magoar-te...
Aconteceu sem querer!

Não me apetece tanta mágoa,
quero lavar este cruel destino
com uma cascata de benquerer.
Mais do que sonhos, sou
o depois do Sol nascer...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PALETA DE CORES
Pétalas de rosas,
arco-íris no horizonte.
Preciso eterna magia.
Fiapos translúcidos de luz, cor!
Não consigo viver sem tingir
bela vida... Preciso de poesia.
Lua brincando com as estrelas
Sonho intocável ao acaso: Utopia.
Liz Rabello (Editado em 2023)


SPINA (Nova Forma Poética)

CHORO DA VIDA

Gotinhas de lágrima
caem como cantiga!
Entrego-me ao chover.

Amor, literalmente, chove por aqui;
plantas, flores, agradecem em louvor.
Amanhã, Sol brilhará para conceber
bênçãos, rosa desabrochará, bebê irá
chorar ao olhar primeiro amanhecer!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SONHOS PERDIDOS

Pedaços de ilusão
Atravessam minha vida
Viram profundos sentimentos

Trilhos de ferros em nuvens 
de algodão, ocupam espaços vazios
sustenidos: Que perdição! Oh, vento,
na tempestade, não os carregue.
Magia de amar... Sem lamentos!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VIAGEM

Silêncio! Não subestime
minhas dores, Necessito
somente "amigo ouvido".

Conselhos não mudam rumos. Devolver
passado, missão impossível, sem bilhete!
Julgamento não resolve tempo perdido,
desperdiçado, durante viagem nesta vida.
Trem, devagarinho, leva tempo decorrido.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SEM RAZÕES

Liberte teu coração
Livre, ao sabor
do delirante vento.

Deixe-o gritar bem alto... Fluir
furacão de desejos. Juízos moldados?
Não ao preconceito, vale sentimento!
Coração tem sempre cem razões
Sem razão nenhuma ao sofrimento.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INDAGAÇÕES

Música consegue acordar, 
para  realidade  visceral,
aquele sonho perdido?

Acoplado no fundo da alma,
ele, que se perpetua invisível,
permanece, em vão... Sem sentido.
Será que alma transborda, permite
sons musicais ao sonho esquecido?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)


Cultiva desapego... Bens?!!
Vida terrestre, transitória...
Busca tranquila serenidade!

Asas voarão para a eternidade
(sairão dos grilhões dos casulos)
lá onde decerto existirá felicidade,
comunhão de almas, alegria, paz,
união, glória, júbilo, sem futilidade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RECADO AO TEMPO

Escorrem minhas horas,
areias duma ampulheta,
juventude anda surtada.

As rugas marcam os viveres,
corro veloz contra o tempo,
que não colabora em nada!
Não serei mais teu brinquedo,
eu já fugi desta emboscada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TU ME ESCAPAS

Relógio do tempo,
túnel da vida,
batida do agora.

Nas gotas de água nascentes,
nos flocos de neve derretidos,
no doce gemido da aurora...
Limpidez das águas dos lagos,
no pêndulo da solitária hora...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VERTIGENS

Delírios da mente
Roubas do pensamento
Minha doce ilusão

Em teu corpo me aqueço
Até esqueço, que és apenas
luz na escura trilha solidão
Sede, mui gozos, júbilos, vivo
ardor de uma vã imaginação.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NÓS DOS LAÇOS

Perdida, imenso vazio...
Rosas murchas, lágrimas!
Cristais em pedaços...

Coração partiu em mil partículas
cada corte se transmuta inteiro.
Tu desatas entrelaçamentos de laços
Enxugas lágrimas, costuras os rasgos
Imitas estrelas, brilhas nos espaços!

Liz Rabello (2021 - Revisão)


SPINA (Nova Forma Poética)

HETERÔNIMOS

Habitam em mim
outros "eus", que
eu trago comigo.

Amarrados em nós, eu laçado!
Pesa-me o peso deste suplício:
carregar eu vazado em inimigo,
querer dominar, ser presa fácil,
tão ofuscada por pseudo amigo!

Liz Rabello
Obra de Adam Martinakis


SPINA (Nova Forma Poética)

TECELÃ DO AMOR

Agulhas, linhas, novelos,
novas cores traçadas,
nós dois emaranhados.

Novelo nas mãos... Fios enroscados,
novo bordado rendado, teço contigo,
outra vivência, mil pontos lavrados,
corte, costura dos nossos devaneios.
Artesanato pueril de sonhos: atados!

Liz Rabello
Obra de Adam Martinakis


SPINA (Nova Forma Poética)

DENTRO DOS MEUS OLHOS

Crianças bailam sorrindo,
cantando em serenatas...
Dançando sons, tambores!

Cabem todas as pessoas... Amores!
Mãos unidas percorrem as estradas.
Belas cores do universo... Flores...
Luzes... Caminhos tortuosos de união.
Sons de paz... Vivificantes sabores!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESUNIÃO

Fissura... Dor sutil!
Fresta aberta, onde
passam as impotências!

Lugar onde finas agulhas espetam-se,
dores pontiagudas... Lá onde queimam
os desejos... Fagulhas são ardências...
Dominam a mente, martelam corações.
Alfinetes na pele... Latejam dormências!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

LUTA

Ferida de amor
não morre nunca...
Só amortece corrida.

Volta a doer... Última tempestade,
impossível de se evitar, recorda...
Fênix renasce das cinzas! Sofrida...
Continua seu voo único, inevitável,
buscando a essência da vida!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EXISTIRÁ AMANHÃ?

Futuro do Planeta
Somente se realizará
Partindo do presente.

Abrindo folhas do passado recente,
idealizando ecos, reflexos de espelho.
Realizando desejos que coração sente,
fazendo valer sonhos, tempo atuante,
medindo forças com utopia ausente...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ESTRELAS

Destino incerto, duvidoso,
armadilhas enlaçadas: "Nós"
no universo embolados.

Faltavam teus olhos me encontrarem,
destino nos guiou... Direção certeira!
Nó em nós, grudados, emaranhados.
Estava escrito nas estrelas, pressentia!
Apaixonada, abraço os rumos cruzados.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMAR VALE O RISCO

Enfrento o invisível,
enalteço amor, sem
medo atroz solidão!

Conheço muito bem sobre chão,
eu ando pelas veredas, descalço,
porta, janelas abertas do coração,
sonham altos voos! Não dispenso,
chego ao infinito desta imensidão.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SINESTESIA

Acordes da manhã
sentidos são serenos
cantigas de pardais.

Teus dedos percorrem meu corpo
Vejo-te nos toques da excitação...
Sinos rompem silêncios de catedrais
Tudo misturado ao mesmo tempo!
Ouço sabores maçãs em vendavais.

Liz Rabello

 
SPINA (Nova Forma Poética)

NÓS EM NÓS

Dispare muitos fogos,
Acenda coloridas luzes,
Olhe-me, meu amado.

Amor às claras, louco apaixonado!
Quero tua sedução, minha perdição,
sem medo, um trem desgovernado!
Vivenciar delírios de entrega, junto
ao teu, coração meu, enamorado...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TARDES DE VERÃO

Picolé gelado, desculpa!
Culpa das línguas... 
Roçando beijos: Amor!

Teu beijo mel cura fel,
da mesmice do meu viver...
Volta, revolve ondas de calor,
inspira, respira cascatas de benquerer,
desencadeia mágicos fluxos de fervor.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DOCE VENENO

Desejo insano, vontade
delituosa, delícia pura...
Anjos diabinhos, aliciada!

Tu és meu doce veneno,
sede que não se aplaca.
Te bebo, não fico saciada!
Cometo todos os pecados para
sentir prazer contigo: ser amada!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

UM DIA FIZ...

Contato com você,
forte, terceiro grau!
Amor em chama.

Diluí vertigens, captei suaves nuvens,
apaguei sóis ferventes em combustão!
Restou dúvida insuportável: Me ama?
Pele sarou. Deixou profundas marcas.
Aro coração incurável em pictograma.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DELÍRIOS

Demente, plantei nas
nuvens um benquerer.
disparei uma semente.

Como se possível fosse, ao
seu lado, ser ponte, sonhei
carinho que não se mente...
De mente, sã mente, nascer
da semente o amor, somente.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CONFISSÃO

Coração traiçoeiro traz
passado, beijos ardentes,
que memória envenenou.

Ensina-me a esquecer-te, meu amor!
Pulsam armadilhas dentro de mim.
Destrua loucas mentiras que criou,
tu me ensinaste delírios delituosos,
viver taras, fantasias que inventou.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ILUSÕES VIRTUAIS

Líquido amor fluido,
escorre pelas mãos.
neste mundo louco.

Amores atuais não duram nada,
evaporam na lógica do consumo.
Uma relação duradoura é pouco
vivenciada. É, o sexo passageiro,
fugaz, sem valor, amor tampouco.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMORES & DESEJOS

Vertigem, volúpia, prazer
paixão, incêndios, luxúria,
são sentimentos corporais.

Almas inquietas não são calmas,
águas rasas não revolvem ondas, 
corpos inertes não adicionam ais.
Leves toques de amor equilibrista,
contrários se acalmam, são reais.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BEIJOS

Amante amigo! Cabelos
molhados, corpos suados,
toques divinos! Ardor!

Teu beijo, colmeia, mel saliva,
cascata suave em minha língua,
revira, revolve, ondas de amor.
Essa paz interior aspira, respira,
excita fortes torrentes de fervor!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DELÍRIOS FEMENINOS

Desejos em curvas,
mulher quer amor,
corpo em doação.

Sonha dizer rimas com borboleta,
viver côncavo, convexo com taras,
palavra libidinosa em louca paixão.
O prazer maior: sentir-se desejada!
Hipocrisias machistas são em vão.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMANTES

Desejos guardados no
infinito, ponto estrela,
farol que norteia

Meu corpo, violão, piano, sonha
uma canção de amor, serenata
composta ao luar... Lua cheia!
Tocas com dedos de andarilhos,
deslizes, curvas, antes da ceia.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESENCONTROS

Solidão nos aproximou,
anelamos serenar desejos,
alvorada desfez amantes.

Abracei amor, como nunca antes,
aprisionei-o numa bolha de Lua,
gaiola estável em fases mutantes.
Nunca foi meu, conquistei adeus,
tão logo, em minguados instantes.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESEJOS

Vontade de ti
devora a vida
jorra sem ser.

Raios, trovões, relâmpagos, fome de
chorrilhos, tortura infinita de desejos
tomam completamente todo meu ser!
Chibatadas aflitas disparam o coração
Tentando equilibrar-se para se perder.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VEM

Conquista minha fé,
anseio por segurança,
gestos de harmonias.

Faça-me surpresa com seus gemidos,
afaga-me com lábios, quero carinhos,
acaricie seios, pena roçando magias,
sentir ternuras durante posse carnal,
vento entoando bailados, em sinfonias!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMAR, AMAR E AMAR

Vivenciar o amor, 
ser feliz amando,
me faz justiçada.

Perdi na vida momentos únicos,
ao pretender ser amada; sentindo
amor tão profundo, agora, calada,
entrego-me ao gostoso prazer de
viver alegria da paixão inusitada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RENOVAÇÃO

Acordo vazia, solidão
em agonia, multiplico
felicidade que perdi.

Subtraio censuras que resisti.
Quero de volta sonhos loucos,
aquele imenso amor que senti.
Aos poucos, ele foi construído,
naquele passado em que vivi.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MÚSICA DESAFINADA

Orquestra oculta, minha
alma, instrumento solo,
distanciada da harmonia.

Os sons tangem, rangem, dentro
de mim, cordas, harpas, tímbales,
tambores, teimam imitar a alegria.
Dançam os díspares sem maestro,
exalam inútil lampejo de sinfonia.

Liz Rabello
arte" sebastian luczy"


SPINA (Nova Forma Poética)

SE ELE PARTIR

Espere nua, voltará
pela porta entreaberta,
não silencie canção.

Enfeite-se de estrelas, luzes, clarão!
Invente uma harpa, toque baixinho,
faça serenatas, cantigas de solidão.
Aguarde sem tristeza. Quando chegar,
consertará cordas quebradas do violão!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BELKISS: AMOR SENSUAL

Guilherme de Almeida...
Amor por correspondência
"Decifre meu codinome"!

Pedaço por pedaço, foto mosaico!
Aquela carta, decorei, lembro tudo:
você disse: "Pronuncie meu nome";
acrescentou: "antes que eu parta".
Lembranças: lábios, beijos de fome.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENCRUZILHADA

Roteiro para renovar:
Pezinhos de mim.
Plantei minha metade.

Onde me levarão os caminhos?
Para belas trilhas da alvorada?
Ao abismo da feroz tempestade?
Ambos? Aquilo que flor, arco-íris
eu serei, nos hiatos, majestade!

Liz Rabello



SPINA (Nova Forma Poética)

MULHER

Contraste de alegria
Quem ama sofre...
Agonias de partida!

Carrega a espera com ternura
Esposa, mãe, preserva o viés
do amor... Dor da despedida!
Retém suas forças com flama
Embala a incoerência da vida!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)
EU, BUSCADOR DE MIM
Procurei por Deus
Inúteis palavras... Orei
saúde para Papai...
Minha oração, fé, não vingou:
"Vem cá, quero te abraçar!"
Era ele, humilde, carinhoso pai!
Morte levou abraços de mim
Busco-me, essência que se esvai.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TRAMAS DO AMOR

Perdido na paixão,
deixei-me lá atrás,
quem sou? Dor!

Tal qual você, sou também
alguém que não sabe viver
um prisioneiro do seu amor.
Eu não existo como estou,
sou de mim, um impostor.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DOIS É UM

Caminhos a escolher...
Ambos são perfeitos...
Deus: Endereço certo!

Em todo canto vida eterna...
Tudo em ebulição: Só sentir
a presença dele tão perto!
Nada é efêmero em essência
Só nós dois passamos, decerto!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ROTAS

Melhores são caminhos
não planejados... Acaso!
Confiança na intuição...

"Vá, acredite neste atalho!" - " Não,
estrada longa, incerta, é melhor."
- "Ouça experiência", diz a Razão.
"É preciso deixar-se conduzir pelo
novo, inusitada rota", diz Coração!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RESPIRAR VIDA

Escrever versos com
tintas, fotografar luz!
As estrelas, conceber.

Viver poesia da vida, dançando
pingos de chuva, lavando todo
cinza do asfalto para enobrecer
o arco-íris, aprisionar o instante,
enfastiar-se de luz. Só merecer!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PEREGRINAÇÃO

Caminhei no Cosmos
Poeira, tempo... Deus!
Para anjos... Orei!

Na rede de estrelas, descansei,
passeei em um cometa perdido,
no balanço do vento, cavalguei,
Pelo chão... Rastros de luzes,
no céu... Com Lua, namorei!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AR MAR AMAR

Vibração, luzes, energia,
toques de amanheceres,
Ondas tumultuadas, mar.

Eis, despindo-me poeira de palavras
ressignificando os sabores da vida,
o desejo de sentir, experimentar!
Do silêncio de minhas verdades
Usufruir os sonhos a conquistar.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PARAÍSO

Límpida água jorrando,
anjos tocando harpas,
fonte, vida inesgotável!

O verde dégradé, entretons, amável,
folhas murchas farfalham ao vento,
tons primaveris de colorido saudável,
ar puro vivificado, sons melodiosos.
Apaixonar-me por aqui é inevitável!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

AURORAS

Andanças pela vida,
sons em harmonia,
encantos sem par!

No alvorecer, poesia me rodeia
Nas curvas, orla de palmeiras,
Meus cabelos, brisa de mar!
Alegria exótica ver-te em mim,
afagar ar, perder-me de amar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

SOU GIRASSOL

Transmuto minha luz,
tristes dias, nublados,
permuto novas energias!

Curvo-me ao Sol na passagem...
Dobro-me ao Sol para testemunhá-lo.
Persigo Sol... Renovo minhas alegrias. 
Aqueço-me! Luzes de outros girassóis.
Em comunhão, nós trocamos fantasias!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APRENDIZAGENS DE FLOR

Cinemas de vida!
Olhe, veja, sinta...
Leveza do amor!

Cultive, ore, diante dos girassóis
Veja-os! Olhos de primeira vez.
Sinta perfume! Respire igual flor:
amanheça firme buscando o  Sol,
anoiteça alegre dormindo sua dor.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ROMPIMENTO

Erradas falas... Quebre-as!
Olvide pensamento torto...
Limpe! Tente esquecer!

Apague marcas que te machucou,
impuras nódoas de tormento, anule
teimosias sem esperanças ao nascer
na mente... Nesse coração, provoque
transparências de cristais ao alvorecer.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

BUQUÊS DE PEDRAS

Solidão: Faço ramalhetes,
amarro fragas, sofrimento,
filtro emoção dominante...

Há momentos, não raros, corpo,
mente, coração, pedem o voo...
Procuramos o amigo, o amante,
Asa Delta, precipício no horizonte,
Voo profundo de amor abundante!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

MUTILAÇÃO

Árvore no chão
Flor que beija-flor
Abortou na gravidez...

Galho, folhas, flor cortada é
fruto, que não será alimento!
Cada sombra que se desfez,
é nefasta ausência de vida
que se consome em morbidez.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

VOLVER O TEMPO

Páginas da vida
Repaginar o vivido
Cenas inéditas recriar!

Só queria de novo embarcar
Bela inocência de um desejo
De um grande amor vivenciar
Na despedida do Sol / Lua
Mágico encontro a brilhar

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APRENDIZADO DO AMOR

Esperar bom tempo
suficiente ao coração,
chave da existência.

Sucesso no amor é persistência,
perdoar sem a oportuna súplica,
ser capaz de esperar, resiliência,
oportunidade certa para ser feliz,
por meses, buscando a essência.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FORÇA INTERIOR

Inteira... Eis-me aqui!
Tudo, nada falta...
Hei de vencer!

Pode vida esgotar-se, paz perder,
solidão,  só comigo mesma estar,
tempestade, trovão no céu ranger,
orla calma tornar-se vento voraz,
mar feroz, onda gigante enfurecer!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ALTO PREÇO

Perdida nas desilusões,
tentação deveria deixar
só, esperando conquista.

Sentidos aguçados, amor à vista!
Entre farpas de amar, entrego-me
à paixão, ardentemente, já prevista.
Que nada, sem longuíssimo prazo,
pago importância, altíssima, à vista!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EPÍLOGO

Música da despedida,
açúcar sem canção,
agonia... Mar salgou.

Pelas portas quebradas do tempo,
sufocando últimos raios de amor,
areia rolou, dissolveu, me enterrou,
desisti de respirar... Portas abertas
roubam vida! Nenhuma flor vingou.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

IMPLOSÕES INTERIORES

Emoções são incontroláveis:
nascem, crescem, morrem...
Por certo, espontâneas.

Cascatas do coração, jorram livres,
convulsivas comoções ou leves brisas
matinais... Como for são instantâneas.
Carregam em vertigens de sentimentos,
culpas, tristezas ou alegrias simultâneas.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MOLEJO AFRO

Semblante da alegria
Motor essencial: Vida
Gesto expressivo: Arte!

Sonoros gritos dançantes do corpo
Festas, vestes, opulência das cores
Respeito pelo pouco... Grande parte
o preconceito quase consegue matar
Exaltação cultural nega o descarte.

Liz Rabello
Foto da pintura de Punk Além da Lenda


SPINA (Nova Forma Poética)

13 DE MAIO: NADA A COMEMORAR

Formato de trabalho 
novo, sem inserção,
ex-escravos a dançar...

A Lei Áurea aboliu oficialmente
a escravidão... Negro foi entregue
individualmente à própria sorte: azar!
Inocente, sem quilombo, aprende que
liberdade é da penitenciária escapar.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AUTO SUSTENTABILIDADE

Machados no ar!
Mãe Gaya paciente
Sempre, vida cresce!

Pode o homem abrir estradas...
Deixar boiada passar, atear fogo!
Aqui, vida morre; acolá, rejuvenesce,
firme forte equilibrada... Basta anuir,
cumprir-se um tempo... Gaya floresce!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

UBUNTU: "SOU PORQUE SOMOS"

Conceito africano, filosófico,
compaixão, alegria, confiança,
respeito, cortesia, generosidade.

Oposto ao narcisismo, sonha solidariedade,
vem profundamente carregado de valores
para convivência harmoniosa em sociedade.
Alternativa política, nova atitude planetária, 
pautada por altruísmo, constrói fraternidade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ARMAS E FEIJÃO

Semente de amor
contra máquina de
ferro... Fome berra!

No Brasil atual, falta feijão,
as armas não matam fome,
matam reais donos da terra!
Nasce sem nome a criança,
o adulto Sem-terra, que erra.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DIRAC: A MAIS BELA EQUAÇÃO DA FÍSICA

Descreve fenômeno, contato,
sistemas diferentes reunidos,
muito além: impermanência.

Seres díspares ao interagir perduram
como únicos, após longa separação.
Humanos, em amor atados, vivência,
na quântica ligação, partículas unidas,
anos-luz de distância da experiência.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ORAÇÃO

Vibração pelo Planeta,
estamos unidos, num
só pensamento: Viver!

Acordar num mundo melhor: Solidário
Amanhecer luz nos orvalhos: Caridade
Descobrir novas rotas: Olhar entardecer
Somar, multiplicar palavras: Vinho, peixe
Tecer esperanças nas vielas: Anoitecer!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VACINA PARA TODOS

Parados, sem voos,
sem sonhos, Brasil
regrediu, triste sina!

Os abraços negados, muito desejados,
braços cruzados, asas tortas quebradas,
com medo, estagnados numa esquina,
ruas assombradas, o vírus circulando,
orando, esperança, milagre: a vacina!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VERDADEIRA(MENTE)

Opostos circulam em
mim, dominam dores,
controlam a vaidade.

Coração de beija-flor, doce, vontade
equilibrada; por vezes, embolo linha,
num cortante cerol: pipa, majestade!
Pinto céu, sobrevoando um arco-íris,
copo de cristal, preservo tempestade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FIM

Aflição... Infinita tristeza
Meta: Suicídio... Frenesi,
Sorriso, disfarce, artista!

Corpo em pausa, corpo neutro
Nenhum som faz mente despertar
Olhos fechados, loucura de farsista
Palavras agora são notas desafinadas
Ponta do penhasco, ébrio equilibrista!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CHUVA DE SAUDADES

Momento único nem
mal de Alzheimer
apaga da memória.

Mesmo que fotografia se dilacere,
que incansável tempo umedeça cores,
transforme cinza água, uma história!
Ainda assim, seremos nós, cristalizados,
fazendo chover saudades... Que glória!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EMIGRAÇÃO

Portugal, distante demais,
mudança tão impossível,
nem por brincadeira!

Sou árvore frondosa... Raízes firmes
fincadas visceralmente ao solo mãe.
Ponte, além-mar, na água aventureira,
nenhum navio me fará ondular...
Ida, volta, só visita hospitaleira!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FAROL

Primeiros raios... Alvorecer!
Repousa Lua... Tristonha
Acorda sonolento girassol.

Move-se, quer girar nesta flama,
ousa esperançar a pequena flor.
Longe, no horizonte, pisca Sol
Fria escuridão, lampejos de luz
Indica novo chão, brilha farol!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

GIRASSÓIS POÉTICOS

Poemas são girassóis, 
buscam luz, palavras,
tecem os significados.

Giram, giram, buscando as essências,
perfumes coloridos de arco-íris, chuva,
gotas de ilusão, corações machucados
roçam pétalas, mutuamente, em noites
mal dormidas, soltam nós encarcerados.

Liz Rabello


DESEJOS AO PÔR DO SOL
Âncoras jogadas, fincadas,
portos solitários... Sonhos
ao anoitecer, indiferentes.

Enormes desejos em parcas nascentes,
horizonte, aurora, na natureza austera,
corpo molha-se de gotas transparentes,
ventos mornos levam, sonhos devolvem,
vivos, alvorecer decantado de correntes.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NARCISO

Espelho reflete quem
pareço ser. Ajuda-me
conhecer quem estou.

Logo cedo, passo um sonho
pelo rosto, não por vaidade,
propósito de saber como sou,
um sorriso largo atrasa rugas,
preza vida, prazer que atestou!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CRIE O QUE VOCÊ QUER

Caminho entre pedras
Dia feio, nublado,
Decido: Vou brilhar!

Rajadas de vento cortam céus
Nuvens escondem raios de Sol
Disparo click! Câmera do celular
Plumas do Criador me enfeitam
Mil sorrisos vêm me enquadrar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

JUJU, MINHA ALEGRIA!

Pequena flor, palma
da mão permanecia...
Cresce sem maldade.

Vislumbro com sentidos da alma
Intensamente dentro dos meus olhos
Garantir a riqueza de peculiaridade
Sorriso maroto... Detalhes! Só para
desfrutar no latejar da saudade!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

UM NOVO OLHAR

Abraços, sorrisos ocultos,
Silêncio amoroso, Covid
relembra olhar profundo!

Minha neta, bebê, obviamente não
falava, suavemente, ela me olhava.
Esta melhor imagem deste mundo!
Sorrir com os olhos, imensamente
sublime, toca o coração... Fundo!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MOMENTO MÁGICO

Estrelas ausentes, Sol
se esconde. Entardecer
vazio... Luz oscilante!

Não está escuro o bastante...
As estrelas se escondem rubras,
não ousam iluminar meu semblante.
Somente eu, entregue aos delírios,
delituosos, eróticos, do único instante.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EM MEUS SONHOS

Mergulho de vagalume
Depois do paradisíaco
voo, quero mansidão.

Lágrima vinda direto do coração
Flama etérea no túnel noturno
Dança com palavras na escuridão
Quedas de mil estrelas cadentes
Vibração de orgasmo da imaginação.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CRÔNICA, ASSAZ CRÔNICA

Escritor, esdrúxulo, faz
da proparoxítona, uso!
Afastando místico bolor.

Ímpetos de rir: lépido, esquelético,
célere texto. Na prática: paroxítona?
Oxítona? Ausentes do artístico labor.
Canto épico, leitura anêmica, lápide,
fórmula antigo sarcófago do criador.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

HOBIN HOOD

Roubava dos ricos
Doava aos pobres
Desejos de igualdade!

Coração de vidro, pura bondade
Nenhum mal há de esperar-se
Gestos sem preconceito ou idade
Arco, flecha, mãos miram fome!
Doação em prol da solidariedade!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)LUTA

Contigo vivi história,
ilusória, rápida, banal.
Segundos sem fim...

Paradoxal realidade irreal, tu és
memória! Subsiste por um fio,
voa livremente dentro de mim,
até mesmo naquilo que consigo,
cortar asas, romper muros enfim.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ALMA DE SEREIA

Navego com cautela, 
enfrento onda feroz,
perfume doce ilusão.

Meu corpo frágil se acalma
minha alma é mar profundo,
ondas que chegam, que vão,
elos de azuis, verdes algas,
sou paz, fé, vida, emoção!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PALAVRAS SÃO ARMAS

Xariar foi dis(traído)
a(traído) por Sherazade,
sabedoria com verniz.

Durante mil mais uma noite,
lia um capítulo para iletrado,
futuro arriscado por um triz,
risco de giz extinto: sedução!
Chamariz com um final feliz!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DORES NO CORPO

Silêncio, gritos contidos,
são tantos, tantos!
Que acordam ossos...

Dores são minhas asas quebradas...
Impedem pousos poéticos, alma livre,
sonhos esquecidos aos olhos nossos,
interrompidos... A vida atravanca voos,
lança armadilhas. Livra-me, sais grossos!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MILAGRE

Tristeza imensa, a
minh'alma em
pó se esvai...

Num paradoxal alvorecer de paz,
eu amanheço, renascendo em fé!
Perdição de hospício, fácil vai
na aurora de lençóis molhados,
Vendaval... Só sopro de ai!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PAZ

Estado de espírito,
abandono do egoísmo,
concórdia, acordo, paz.

Numa ausência total de violência,
a paz, bondade, quietude, requer
cultivar cultura que lhe apraz...
Equilíbrio, calma, isenção de ira.
Para alcançá-la, só diálogo satisfaz.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NINHOS

Procurei o amor
beijando a rosa
cercada de espinho.

Quando leve toque de carinho
bordou ternura em meu coração,
senti a felicidade de mansinho,
chegar, pousar, a solidão apagar,
mudar minha vida de passarinho.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SAGRADO AMOR

Outono... Fria manhã,
Verão se despetala...
Teima versos... Poesia!

Pássaros em refúgios de ninhos,
cantam o silêncio das mágoas,
unidos numa canção de alegria,
vibram... Todo amor é sagrado,
nas notas musicais em harmonia.

Liz Rabello


SPINA 

(Nova Forma Poética)

PÉTALA

Outono... Flor seca,
vento me levando,
brisa da madrugada.

Semimorta, caída, embelezo a rua,
nestas duras pedras da existência,
mulher, flor tapete, sou purificada,
luz esquecida, marcas de exaustão,
perfumo ar, em gratidão, pisoteada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

GAIOLAS ABERTAS

Preservo até hoje
um sonho infantil.
(Prazo a expirar?)

Sonho ser Branca de Neve,
ter frágeis passarinhos nas mãos,
livres para voar, brilhar, voltar,
soltos em liberdade, sem amarras,
ficar ou partir, sem retornar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RECOMEÇAR

Cedinho, novo dia,
abro as cortinas...
Só quero namorar.

Sol me convida a viver,
vejo da janela uma flor,
lanterna chinesa, para se amar,
às vezes, beija-flor vem tocá-la,
vem beijar o meu olhar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NINHO DE FLORES

Camadas em arranjos,
sanduíche de flores,
frágil pétala colorida.

Exótico ninho, abelhas criam lares,
usam barro para manter umidade,
camada de pétalas externa, convida
perfumes de renascer, um ovinho...
Néctar, pólen, alimenta ciclo: Vida!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

UTOPIA

Morada das estrelas
Não existem muros
Nem trancado portão...

Aprisionado em cadeado de bronze!
Entre mim, janelas, rua, vizinhança,
perfuma sombras, flores em profusão,
entrelaçadas de solidariedade, sem nós,
preconceitos, apenas nuvens de algodão.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

OÁSIS NO ASFALTO

Descansa teu olhar!
Pedras no caminho,
flor quer história.

Solitária, entre as pedras, flor
perfuma sem desejo de retorno,
enfeita sem querências de glória,
doa-se por amor, nada espera,
recebe da vida, pouca vitória!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APRENDIZAGENS

Preciso energizar desejos,
aprender lições: vivências,
eternizar amor: mansidão!

Sol, calor, batidas do coração,
alegria, luz, para outros seres,
ar, beleza, manhãs em gratidão,
apagar Sol, acender as estrelas,
energia vital, força em profusão.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PAISAGENS

Adentram meus olhos,
confins do tempo
sem pouso... Tento!

Vão galgando margens ao relento,
buscando no infinito tempo, pouso!
Escorregadias visões, som do vento,
eternidade dentro da mortal vida.
Sinto, imortalidade é meu intento!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

GEOMETRIA OUTONAL

Lembranças de verdes,
tempo, abismo, ciclo,
infinito sem partida.

Relógio segue marcha das horas...
Implacável, em ritmo, paz, ternura,
Reminiscência de Sol, chuva, vida!
Presente na geometria do outono,
pintura despida de roupa colorida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENCANTA-ME!

Insanas mãos cortam
troncos de árvores,
vida flutua, perdida!

Raro ar puro da montanha
fustigando divina luz do Sol,
enobrece as árvores sem vida.
Vestígios perdidos que se vão,
diálogo com vida, que convida!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NA RELVA

Tapete te aguarda,
voltarás a redimir
esta punição severa.

Tempo corre, vai, volta, traz
meu amor, tanto, tanto espero
que já amanhece a primavera!
Aqui jaz um belíssimo tapete,
muitas flores para tua espera.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

À ESPERA

Procuro teus olhos
camuflam em  nuvens
sozinha, sou Lua!

Pingos de estrelas são lâminas,
estremeço... Fome de te amar!
Meu sonho, desejo vão continua
a te esperar... Quero-te livre...
Persisto sem pedir... Nua, tua!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

JANELA FECHADA

Cortina semiaberta... Eu
brinco de esconder-me.
Sigo... Vida continua...

Numa fresta do infinito espreito:
alvorada, neblina, luz tardia, flor,
Sol, borboletas; ocaso, Lua nua!
Esqueço que sou apenas mulher,
ausente, olvidada! Nunca fui tua!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

REDE DE LUZ

Grávida de luz
Lua cheia... Por
instantes é Sol.

Entre rochedos do tempo, Lua
se fez Sol, muralhas rompidas!
Virou no infinito, potente farol,
enredou em nuvens de algodão,
sonhos que me fisgaram: anzol.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FASCINAÇÃO

Estrela de cores,
linda como Sol,
mandala de luz!

Mágica luz, que universo conduz;
de um girassol, guarda segredos;
nas tardes quentes, corpos seduz;
nas noites enluaradas se esconde.
nas manhãs frias, orvalhos reluz.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CONTRADIÇÃO

Presente das estrelas,
hoje persiste semente,
antiga ternura, cafuné.

Coração ocluso com a tinta
da caneta da intuição, sem
afirmação de que existe fé;
mente, rosa flor em botão,
passado nega aquilo que é.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SEDUÇÃO

Caminho pela orla 
desta praia deserta.
Poema doce passeia.

Sol beija cabelos, vento serpenteia,
fogosamente afaga filetes de luzes,
ensejos de ondas! Borbulha sereia
de dentro de mim. Amorosamente,
convida: "Desejo-te na Lua cheia."

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SIGO

Dançando na vida,
semeando viva paz,
plantando as flores.

Sou ainda aquela menina sonhadora,
cativando raios luminosos de estrelas,
dançando na chuva, minguando dores,
girando girassóis em amanheceres de
ensolarados maios, com meus amores.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PEGADAS NAS PEDRAS

Remendo retalhos rasgados
Procuro respostas ausentes
Feridas não cicatrizadas.

Solidão, única palavra de ordem
Corrimão que da mão escorrega
Fogueira em cinzas... Quimeras estilhaçadas
Labirinto tenebroso, sem tréguas, caminhos
secretos... Regra... Pedras, minhas pegadas!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ANTES DAS PORTAS SE FECHAREM

Sementes em terra
adubada, com lágrimas
salgadas, quero regar!

Anteriormente ao mar me devorar,
desejo cultivar as adoráveis flores,
deixar perfumes exalando pelo ar.
Amor, canções ardentes de prazer!
Ao futuro sorrir, sementes deixar.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

REINAUGURAR AURORAS

Rotina impõe obrigações,
rótulos, caminhos certos,
previstos. Rouba euforia.

Nocauteia criação, espírito em nostalgia.
Deixe-se aventurar em louca criatividade,
desfrute inusitada formosura da fantasia,
afaste-se do destino, ninguém prescreve!
Redescubra sempre viver eterna alegria.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ELOS VERDADEIROS

Abraços em palavras,
mais que realidade,
carregam afetos leais.

Na ausência da presença, existem
essências do sentir, sem mentiras,
sentimentos não morrem, são reais.
Enquanto plantas secam sem água,
lágrimas regam coração, são vitais!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SER EU MESMA!

Angústias pediam respostas
urgentes: onde, exatamente,
magica(mente) errei fantasias?

Maior desafio: vestir minha pele,
aceitar meus limites, sem julgar,
ser bondosa com minhas manias,
acreditar que posso agradar, sim,
a quem não julga idiossincrasias.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SPINA AOS 500 MIL

Página em branco
Poesia não nasce
Palavras são demências.

Pedras na ponta do penhasco,
prestes a desequilibrar em suicídio,
voraz vômito de minhas impotências,
mal estar sufocado de incertezas,
lápis quebrado... Rimas em dormências.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BENDITA MÃO QUE SEMEIA

Aquelas mãos rudes
plantam a sabedoria
toque suave, fecundo!

Mágica semente, dança nos dedos,
numa leve ternura, perfumada flor,
que pode humanizar podre mundo,
transformar aquela dor em pureza,
decantar tristeza, ser amor profundo!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

IMPOTÊNCIA

Caminho ao nada,
realidade muito triste, 
tudo é incompreensível!

Hoje sou passarinho sem ninho,
voo sem céu, sem esperanças...
Meu país, ladeira abaixo, sofrível!
Ao ninho quentinho, desejo voltar:
palavras, onde sonho é possível.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

POR TRÁS DO VÉU: CULTURA MACHISTA
(NIQAB, BURKA, CHADOR, HIYAB)

Tortura, não tradição.
Mulher: ser submisso,
fonte, piores pecados.

Feminicídio existe: mulher é culpada,
confirma professor no Brasil. Homens,
inocentes vítimas, só são provocados!
Tal como religião Islâmica, mulheres
não podem incitar homens obcecados.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

A DOR DO OUTRO NÃO "CABUL"

Humana sou... Não
desvio olhares para
dores deste mundo.

Eu carrego este sentir profundo!
Meus ombros não suportam mais
lidar com sofrimento tão imundo!
Nem cabeça de alfinete caminha
na fissura, tampouco cala fundo.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VIVER

Jornada fácil? Ilusão!
Obstáculos fazem parte,
superação é condicionamento.

Vida me encanta pelos caminhos...
Desviando dos espinhos, sigo metas,
mais difícil, maior o crescimento!
Quanto mais sofro, mais aprendo,
se for intenso, maior vivenciamento!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PROCURA

Guiados socialmente para
ser outrem. Engessados,
moldes de experiências.

Quebrei os gessos de exigências,
despindo os rótulos, as etiquetas,
as longas noites, as preferências.
Meu eu interior: busca constante!
Nua, tricotei Luas! Achei essências.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BRINCADEIRAS

Exausta... Na verdade/
mentira, minha ilusão:
resiste só malmequer.

Para recepcionar suavidade da manhã,
enfeitei-me de singelas margaridas; ao
brincar de tecelã, desejei bem-me-quer.
Última pétala, abortei verdade, guardei
mentira, um malmequer, ninguém quer.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMOR PLATÔNICO

Batidas de corações,
distâncias se uniram,
sonhos atados: ardor!

Naveguei pelas asas do céu
quando, entre nuvens, te vi!
Ao vislumbrar o novo amor,
voos livres, paixões ao luar,
vivi prazer, perfume de flor!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESAPEGO

Coração caça jeito,
ter flores primaveris,
somente para vê-las.

Amar as flores, deixá-las livres,
à beira dum perigoso penhasco,
ter coragem para não colhê-las,
deixá-las de enfeites no abismo,
não tentar possuir ou prendê-las.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RASGOS DE RIMAS

Caneta seca, folhas
em branco, teclado,
lápis quebrado: Ais!

Não consegui escrever os sentimentos!
"Ouça, sinos inspiradores vão replicar."
Calaram-se nos gemidos das catedrais,
poesia permaneceu em triste anonimato,
perdeu-se pelas esquinas das marginais.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TROCAS

Sorriso de olhos
chega aos lábios,
provoca o meu...

Ganhei um belo sorriso seu!
Se isto não fosse realidade,
teria grátis um sorriso meu,
em oferta, boca minha sorri
à toa. Deus assim concebeu.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CUMPLICIDADE

Beleza rara busca
essência de sentir
alegria da vivência.

Na gaveta da memória, registro
um instante misto medo infantil,
palma da mão: uma experiência.
Ser feliz requer descobrir magia
íntima fantasia da flor existência.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CONSTRUÇÃO POÉTICA

Criação requer desconstrução,
movimentos, retrocessos, fluir
impulsos: irrealidades ideais!

Em constante busca de sentidos,
rasgo palavras, crio as chegadas,
estilhaço partidas, roubo as vitais
energias do universo para sonhar
acordada, dentro de refúgios reais.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMOR AO ALVORECER

Sedução madrigal, encantado,
admira, enamorado, lindíssima
flor! Dança apaixonadamente!

Chega de mansinho, um passarinho
beija-flor, conquista coração da flor.
Frágil, garboso, a beija, suavemente,
carícias, asas roçam ventos voláteis,
leves toques na flor, amorosamente.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

POESIA, MINHA SINA

Versejar rotina, vida...
Tristeza, escorre lágrima!
Sorrisos, fazem morada!

A poesia é minha insígnia,
choro em tintas de letras.
Na alegria é minha risada,
que ecoa nas amáveis palavras,
criando marca de tempo irada!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TEIA DE VERSOS

Caneta, lápis, teclado,
celular à disposição,
escrevem nossa lida.

Há encontros inusitados de seres,
com ideias afins, mesmos sonhos,
gestos coloridos, à união convida.
Irmanados, poetas criam versos à
doce poesia, inexplicável, da vida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MILAGRES EXISTEM

Certeza como vento,
que respiro, esvoaçando
cabelos sem grampos.

Sobrevoo os caminhos, coração descalço,
esqueço escuridão dos casulos, quando
Sol abrevia noite, adormece pirilampos.
Levemente solta, borboleta, espaço frágil,
milagrosamente, alço voo pelos campos!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NA AMIZADE

Floresce a paz,
a alegria existe,
as flores voam.

Há um espaço aconchegante onde
voz inaudível ama doces silêncios,
coração descansa, mãos se doam.
Maldades não têm morada, afetos
são as borboletas, que sobrevoam.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BAILARINA

Mansidão sem luz,
dança na escuridão,
rasga teias materiais.

Voa corpo com passos leves,
beija o vento, doce beija-flor,
abre asas, voos frágeis, vitais.
Quebra as correntes do medo,
rompe os últimos apuros reais.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BORBOLETA SOU

Mulher sou enclausurada!
Vida inteira titubeante,
estimulo medo bendito.

Disforme par de asas tortas,
equilibram-se em um voo frágil,
olhos voltados para um conflito,
agonizo horas em casulo retida.
Bato asas rumo ao infinito!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

POÉTICA DAS CORES

Coloriu lilases tons,
roxo das amarguras,
mentiu sorriso batom.

Pincelou céu azul anil. Arco-íris
flertou. Sabotou cinza do asfalto,
Voou pétalas de borboletas. Som
celestial! Pescou luzes de estrelas.
Dormiu abraçada ao seu edredom.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TECELÃ

Bordados em mãos...
Linhas, nós, emaranhados!
Crias desenhos surreais!

Teces com teus dedos ágeis,
enquanto Deus em suas telas,
criativas, imortais e tão reais,
mantém a vida sempre linda,
que tanto cremos recriar leais.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

HUMILDADE

Caçando luz solar,
rajadas de vento,
deixo-me estar, vã!

Tendo à frente a Natureza,
sou humilde artesã de seu
prestígio! Rara graça, sou fã.
Curvo-me, em busca do Sol,
esperançar é meu melhor afã.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

REMENDOS

Promessas: amigos para
sempre! Nem sempre!!!
"Nós" arrebentam laços.

Amor em nós, sem abraços, 
pontas às vezes se afastam,
ao voltarem a unir pedaços,
aquela imensa dor vai curar,
costurar amor! Nós em laços.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ETERNIDADE

Gravidez perene, plante;
diariamente: cuide, colha!
Tempo indefinido convida.

Na geometria da árvore, bailam
galhos, mil braços para abraçar,
sombras herméticas em sua lida,
folhas secas em adubo converter
complexo círculo vicioso da vida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MEU AMBIENTE

Caminhos de devassidão,
dinheiro esbanjado, para
destruição deste mundo.

Na avenida, pelas estradas cinzas,
sentindo falta de árvores, respirei
o ar longamente, fundo profundo!
Este meu pulmão como mármore,
tragava velho ar pesado, imundo!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ORAÇÃO

Gratidão pelo teto,
cantinho quente sem
fome, frio, colher!

Aceito o meu ganha pão
Fruto do trabalho, sabor paz...
Caminhos retos de muito prazer!
Gratidão por noites calmas, pelos
sonhos fortes de realidade viver!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SEDUÇÃO

Memórias se apagam.
Cinzas ao vento!
Queimo minha dor.

Lua cheia, invento um sedutor!
Prefiro flor paixão à solidão...
Viver sem encanto, sem amor,
sem memórias! Eu quero mais
parir estrelas com muito ardor.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CICLO

Adubo, rosas, jardinagens...
Envelhecer sem perder-me,
Deus, cientificamente convida.

Achar-me em ocas folhas semimortas,
dar-te minhas mãos para mutuamente
nos ampararmos... Longa, infinita lida,
agradável tarefa, terminar a existência,
viçosas flores! Adubo, lindíssima vida!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

OUTONO EM MIM

Tapete silvestre, sopro
de vida, amorosamente,
Sol manhãs beijando...

Volátil, vento segue folhas espalhando,
pelos caminhos, eu, bailarina, pontinha
dos pés, dançando, energias somando,
desejando tempo parar, fazê-lo maior!
Outono em mim. Enfim, concretizando!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)


Proteção você sentirá,
força invisível, rochedo!
Sol, sombra escondida.

Ao caminhar num deserto, sem
sentir medo, você terá proteção.
Energia para seu viver, convida,
passo a passo, firme equilíbrio,
regulando corda bamba da vida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

OLHARES VAZAM

Palavras não ditas
Em tudo entendidas
Decifram letras mortas.

Há pessoas se escondendo, botões
sem pares, casas fechadas, agulhas
sem linhas, fechaduras sem portas.
Um belo dia, cruzam-se olhares;
da represa, jorram as comportas!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FOLHA DE PAPEL

Convite feito, escrito,
página é virada,
beijos em ilusão.

Campo aberto, bolhas de sabão,
flutuam ao sabor do vento...
Quem irá costurar meu coração?
Há remédio curador para amor,
após se entregar numa paixão?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TROCA DE CORPOS

Coração não vibra
aqui... Está aí...
Perco-me a falar-te...

"Coração não é mais meu."
"É teu somente, meu pulsar."
Não sou piegas por roubar-te,
sozinha, órgão não bate mais,
como ser eu sem comungar-te?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SUSSURROS

Palavras doces, em
toques de violinos,
bem de mansinho...

Com dedos em meus cabelos,
sob sons de gemidos meus,
sinos tocam regados a vinho,
voraz fome de prazer, saciada,
repouso repleta do teu carinho.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INDAGAÇÕES

Cuidado, viver requer
não magoar ninguém,
mentir, nem iludir...

Qual seria nosso meigo abraço,
na sapiência do último suspiro?
Olhar profundo, sem ação omitir?
Hoje seria imensamente melhor se
o amanhã não acontecesse existir?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SÓ PARA SONHAR

Escreve um bilhete,
envia-me uma flor,
pétalas em versos.

Coração preservará à moda antiga,
numa caixinha de veludo vermelha,
papéis escritos em licores imersos,
chocolate com poesia, muita alegria,
palavras em ritmos, desejos diversos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESENCONTROS

Sofrida, por nadinhas,
desistiu das paqueras
dele! Sentiu desamor.

Percebeu que esfriou o calor,
o ciúme culpou mau parceiro,
sentimento gelou, veio a dor:
conviver com sobras. É difícil
ter certeza que faltou amor.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SE O AMOR CHEGAR

Permita, não fuja!
Sorrir, não negue.
Sofrer, nem tente!

Abra janela, destrave a porta,
deixe a vida carregá-lo, sinta
tudo, regue o amor semente,
deixe-o florir no seu coração,
grite alto: "Amor não mente!"

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INTUIÇÃO

Permita amor real,
deixe seu coração
descalço. Só sinta!

Quando fechar os olhos, aprecie
carinho, aperto de mãos, afagos;
luz no olhar amoroso, pressinta.
Acredite na existência do amor.
Não afaste forte laço. Consinta!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SINFONIA

Relógio certeiro, cantos
magistrais dominam os
dias, marcam momentos.

Chilreios matinais ou ao entardecer,
campeiam as matas, pássaros cantam.
Aproveitam doce calmaria dos ventos,
espalham os sons perfeitos. Harmonia
nesta troca profunda dos sentimentos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AVES SEDUTORAS

Plumagens desafiam arco-íris,
roubam cenas cinematográficas,
conquistam corações amorosos.

Danças das formas, efeitos coloridos,
em rituais de acasalamento, explosão
de criatividade, rara beleza, calorosos
comportamentos, cujo único desejo é
atrair atenção das fêmeas, vitoriosos!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ANDANÇAS

Caminho pela vida,
leve, indefesa, frágil,
alço voo, borboletas!

Arte imita vida, volátil vento,
do pó viemos, areia voltamos,
concentro o belo das violetas,
farejo luz da natureza. Rosas,
em pétalas caídas nas valetas.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

LAREIRA ACESA

Crepitam amores despetalados,
salamandras desabam flagelos,
queimam-se vidas desenlaçadas.

Proibidos beijos que se desenham
na grossa chuva, madrugadas frias.
Nas fuligens das janelas fechadas,
vidros nublados, gotinhas de saliva
permeiam de fel fitas despenteadas

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AUSÊNCIAS

Espero mensagens tuas
longos suspiros libertos,
grades, gaiolas poluídas.

Silencio-te para derreter terrível gelo!
Minto esquecer-te para ser lembrada,
não sofrer amargas rejeições, erguidas
por frustrações, ausência de realização
de tristes expectativas, tão ressequidas!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

LEVEZA

Dançando na solidão,
entrego-me à música,
bailarina por momentos.

Deslizo sublime! Viajo espaço aberto,
rodopio desejos contidos, não vividos,
bailo, senhora dos meus pensamentos,
no ritmo da imaginação, compartilho
contigo, minha dança de sentimentos.

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

ECOS

Montanha vibra repetidamente,
"liberte-se, liberte-se, liberte-se"
devolve-me tormentos sufocados.

Suplicando: "Pai, distancia de mim!"
Cálice de vinho sangrando venenosa
dor: "afaste-se!" Em gritos angustiados
equilibra-se um amor, lâminas cruéis: 
"cale-se"! Silêncios são urros abafados.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BUMERANGUE

Relute os pensamentos!
Silencie torpes vozes,
cuidado com palavras!

Ação lançada ao Universo é
energia pura, pode ir longe,
ou não: um bumerangue! Lavras
tanto bem quanto mal retornará
ao ponto de origem: caça-palavras!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AQUARELAS DE TINTAS

Prefiro, das cores,
criadas por Deus, 
amálgama da luz.

Nas mãos certas nascem belíssimas
telas, paisagens de formas tortuosas,
inexatas, pontilham focos que reluz.
Quase mortas, cores alcançam vida,
semente carregada de futuro: seduz!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DEIXAR-SE ESTAR

Saudades imensas sentir,
caminhar pela orla,
permitir tempo passar...

Ondas do mar ziguezagueando canção
ventos cortantes uivam doces saudades,
deixar-se estar... Para quê postergar?
Tempo destruidor é também construtor,
carrega-me, pés molhados, cantiga bailar!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PONTES

Desejos para hoje:
"Você me encontre
na renovada rota."

Do outro lado da ponte, 
amor que não se perde,
uma cor que não desbota,
clarão que não se apaga,
o fim da última derrota.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ALMAS DE RENILDAS

Segredos? Todos guardam.
Muitas pessoas querendo
desvendar as fechaduras.

Leituras em entrelinhas de rachaduras:
passam adiante as conjecturas, fofocas,
fluem mentiras envoltas em armaduras,
às vezes verdades, coloridas fantasias,
projeções livres... Almas sem ataduras.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENVELOPES DE SAUDADES

Lembranças de momentos
marcados por ausências...
Tempos jamais existidos!

Num envelope lacrado da memória,
guardo palavras de afetos, carinhos
não realizados, leais sonhos vividos,
jamais acontecidos! Na saudade, são
reais partes de caminhos percorridos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NOVAS ERAS

Esqueci meus finais,
montei cavalo baio,
viajei nas primaveras.

O calendário das flores convida,
voo veloz, displicente, sabor do
vento pairando feliz sobre heras.
Abri minhas gavetas de sonhos.
inaugurei as manhãs, novas eras.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TEMPO

Marcado, Senhor das
horas mortas, tecido
da vida... Paradoxal!

Ancora tristes saudades, cenas em
fotografias, papéis sonhos de valsa,
flores, lembranças murchas do ideal.
Tece silêncios, gritos de realidades!
Colorida vida vivida, teatro ficcional.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

OUTRA PERSPECTIVA

Dançante Lua acena:
convida-me a fugir,
tudo lindo, bonito!

Transporto-me. Da Lua, eis que
vejo Planeta Terra... Bola azulada,
bailando na imensidão do infinito.
Divago, tão garbosa, tão perfeita!
Inadmissível esta vida em conflito.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MINHAS ORIGENS

Capital, grande metrópole,
edifícios arranham céus,
chão cinzento paulista.

Ocupa lugar na América Latina,
terra hostil do indiferente Brasil,
súdito real do mundo capitalista.
Nasci, cresci, louca injustiça: eu
sem espaço, espremida numa lista.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

E POR FALAR EM SAUDADES...

Morada das estrelas...
Do infinito, aquele
abraço bem quentinho!

Frio me surpreendeu de repente,
do velho baú, resgatei agasalho.
Há doze anos bem guardadinho,
saudades do colo dela: mamãe!
Carinhoso foi o seu cheirinho...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

UM NOVO VELHO AMOR

Esqueci velho amor,
pendurado na lareira,
tempo das estações.

Intenso! Esfrego-me, enrolo corpo, braços,
pernas, mãos entrelaçadas aos cobertores.
Agarro travesseiros, sinto novas emoções...
Cubro cabeça ruborizada: "Frio, congela-te!"
Desejo ardentemente novos quentes verões.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

COSTURANDO RAÍZES

África, Europa, América,
nuances, povos infelizes,
combatem sina sacrificada.

Pacífico ao Atlântico: descendentes formam
nação acorrentada numa mesma construção,
raízes aproximadas entre Cultura diversificada,
aculturação compartilhada pelo mesmo lance,
minha América Latina, imensamente espoliada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

É PROIBIDO PROIBIR

Perdurar o diálogo,
para liberdade alcançar,
transparência sem poeira.

Proibido jogar lixo, virava lixeira!
Proibido para menor, virava maior!
Proibido fumar, já virava zoeira!
Proibido estacionar, já virava anarquia!
Que tal responsabilidade ser bandeira?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DE DENTRO DOS LIVROS

Páginas escritas, coloridas,
coladas, ilustradas! Leitores
vorazes! Vidas contraditórias.

Livros, por dentro, carregam memórias,
folhas rasgadas de desejos incontáveis,
Mares marés, ondas gigantes, histórias
fantásticas, amores, bruxas, fadas leais,
realidade brutal, sonho, cenas ilusórias!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

É PROIBIDO DEIXAR DE SONHAR

Respeito ao cidadão,
genocidas, corruptos, presos!
Extinção: Sociedade imoral.

Sonho com vivência amorosa, plural,
ninguém sem carteira de vacinação.
Alimentação saudável, todos por igual.
Ciência valorizada, jovens sem armas,
livros multiplicados, eis filosofia ideal.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ANAVILHANAS

Floresta Amazônica, palco
incrível, belíssimas praias,
enamorar-se, sempre fatal.

No mágico mundo, um portal
abre pontes para a imaginação,
complexo de ilhas, praia ideal,
lindas margens do Rio Negro,
aventura por ali é excepcional.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TEIMOSIA

Verdade, mentira, prisão,
ingenuidades de crenças
outrora! Agora: teimosia.

Para onde levam as verdades,
fake news que você acredita?
Roubam sincera vida de alegria.
Percebe que mentira é grilhão,
que escraviza à pura hipocrisia?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENCANTOS PRIMAVERIS

Matinal chilreio, primavera,
filhotes famintos gorjeiam, 
enfeitam belíssima realidade.

Em campos de girassóis: liberdade,
pássaros beijam as flores amarelas,
eles voam, pousam com simplicidade,
Suaves plumagens encantam a todos.
Quanta leveza! Ternura, sem vaidade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CREPÚSCULO

Vestida de mel,
pousei na flor,
um doce girassol.

Entre abelhas, fogo queima verão,
roubo luz solar, amarelo, laranja,
cores multicoloridas, pôr do sol,
a semente amada concebeu lindo
crepúsculo! Sou parte do arrebol.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

VIVÊNCIAS

Sorrisos espantam rugas, 
tristeza comanda insônia,
velhice, fiel consequência.

Elástico do tempo, tão flácido,
estica, estica, a pele enrugada,
a cada marca uma experiência,
uma dor, a amargura incurável.
Apenas sorriso nega a vivência.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

LUA DE ESTRELAS

Floresce céu, infinito, 
um jardim enluarado,
cores, sabores, licores.

Lua de estrelas veio brilhar!
Ao olhar da janela, encontrei
dentro dela, as lindas flores,
beleza eterna, saudade se foi,
só lembrança de teus odores.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PARA VIVER O AMOR

Desnuda tua alma,
desnuda o coração,
os gestos insatisfeitos.

Desnuda os sonhos, os caminhos,
para amor não existem fronteiras.
Desnuda fé, a religião, conceitos,
libera rótulos, não há deficiência,
na vida perfeita sem preconceitos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RENDAS DO SILÊNCIO

Escrevi neste livro
os meus silêncios,
gritos: dor engessada.

Poesia roubou os meus silêncios.
Aprendi: não desabafar ao outro,
ficar quieta, deixar dor sufocada.
Papel em branco recebe, escrevo,
tinta escuta toda lágrima salgada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DEVANEIOS

Estrada Velha, Minas,
sensação de paraíso... 
Banco de contemplação!

Na serra, Campos do Jordão,
planando para além dos céus,
em flocos, nuvens de algodão,
extasiada, topo do alto morro,
eis-me no avião da imaginação.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BUSCADOR DE MIM

Viagens entre eus,
Para quê pressa?
Busco sempre Liz.

Na viagem desta vida, aprendiz,
perdi minha pressa, trem fumaça,
devagar, sobe, desce morro: atriz.
Gentil com meus próprios passos,
desato nós, emaranhados, feliz.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VESTIDA DE ILUSÃO

Despida, valor verdadeiro,
compro moradia, títulos,
escrevo verdade ilusória.

Tenho a propriedade, comprei, paguei.
Ego grita exaustivamente: "Sou dona!"
Ledo engano. Experiência é transitória.
Eternidade: natureza, árvores, ar, água.
Risco pegadas durante minha trajetória.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ARCO-ÍRIS

Instantes atrás, chuva!
Depois, Sol atrevido,
secou asfalto alagado.

Na janela, uma criança sorriu,
quando Deus pintou linda tela,
arco-íris beijou o céu molhado,
coloriu azul, numa mágica luz,
Sol fugiu num véu desenhado.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INTENTOS PARADOXAIS

Desejei carnaval, confetes,
serpentinas, beijos, alegria.
Voluntariamente, me perdi.

Ao encontrar-te, eu me mudei;
era fantástico esbarrar em mim
dentro do coração, onde residi.
Disseste adeus! No labirinto de
mim, noutra prisão, me despedi.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

JANELA

Fechada recria memórias,
viver novamente, inventar
experiências, janela aberta.

A dor, embaixo da coberta,
traz saudade que não sara,
traz passado que me aperta.
Às vezes, Sol bem quentinho
entra por ela, já entreaberta.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENTRE AZUIS

Turquesa, preciosa pedra.
Flores azuladas, jacarandá.
Macias, lindas, charmosas.

Teus olhos lembram infinito céu,
um agitado mar, longe horizonte!
pelos cheirando a flores formosas,
lealdade profunda neste teu olhar.
Mergulho, águas azuis, bebo rosas.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BORBOLETA AZUL

Espaço novo cultivado,
procuro nova amizade.
Sinta-me com coração!

Doarei tudo de melhor: emoção!
Poesia, alma, carinho, a conquista
dos sonhos já esquecidos, paixão!
Sei, às vezes sou incompreendida,
somente beba esta mágica poção.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DEPRESSÃO

Tristeza pelos caminhos,
tempos difíceis, solidão,
angústia se multiplicando.

Entre luzes, sombras estão presentes,
amantes de nossas doces fragilidades,
centelhas divinas, quase se apagando.
Morta por dentro, deixo-me carregar
pelo vento, num balanço vivenciando.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PERMITA-SE

Desejos de continuidade,
verde esperança, infinitos
caminhos. Escolha poesia.

Entre luzes coloridas, formosa alegria,
nossa vital companhia, sacode tristeza,
desata nós, dilacera infiel desarmonia.
Reinaugura alvorecer, convidando a paz,
recepcionando aromas... Colha lindo dia!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DORES ALHEIAS

Famílias desabrigadas, vulcões,
tragédias, inundações, acidentes,
tsunamis, cruéis desabamentos.

Acima da pior realidade mundana,
ciscos nos olhos, dores cerceiam-me
o tempo todo, sentindo sofrimentos.
Quando me vejo saudável, vergonha
tenho da felicidade destes momentos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESEJOS

Mormaço de dores,
gotinha de lágrima
na alma. Saudade!

Tórrido calor, desejos de chuva.
No coração, pingos exalam suor.
É uma tempestade de "Verdade",
disfarçada, no meio de mentiras,
espelhada na mais doce realidade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PERMITA

Coração nada explica,
sente, agradece, ilusão
vomita. Simples assim...

Mente, des(mente) a euforia latente,
contradição calma, em volátil vento.
Pulsa simples(mente) amor sem fim.
Ele distancia realidades de verdades,
carrega só doces sentimentos, enfim!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

O BELO EMOCIONA

Carinho salva, união
fortalece frágil alma,
só atenção... Tenta!

Pouco aquilo que lhe suplico.
Espero uma palavra, só uma!
Doce olhar, sorriso seu, inventa.
Venha colher o meu sentimento;
dele, sentir a debilidade, acalenta.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ESSÊNCIA DO TEMPO

"Trabalhe: dia, noite,
tempo cospe dinheiro",
diz sistema capitalista.

Vincula ao dólar essência humana,
como se possível fosse transformar
coletivo para um bem individualista.
Tempo, tecido da vida, experiência
única. Desperdiçá-lo? Não, seja realista.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FAROL

Estrela, intensa claridade,
poderosa fonte, energias
positivas sem cobranças.

Eterna fresta estará aberta... Sol
lhe dará abraço quente, carinhoso,
vida que lhe convida: esperanças!
Sempre encontrará uma forma de
chegar até você, lumiar andanças.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SAUDADE

Algodão doce, açúcar,
sombras nas nuvens, 
silêncio da memória.

Saudade, um pouco de realidade,
um tanto de despedida, indefinível,
borbulhante dança em cada história.
Aquilo que jamais parte, permanece
invisível mágica vivência, sem glória.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

POETA SOU

Viajo fantástica poesia,
sons celestiais, cristais,
palavras em movimento.

Laço mil termos em pensamento,
pinto mensagens no papel branco,
crio belas conexões de momento,
vibro em cada verso, apaixonada,
sonho vertigens jogadas ao vento.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VIDA EM MUTAÇÃO

Cortado cordão umbilical,
sobraram felizes sussurros,
Voei, borboleta, liberdade.

Encharcada de escuridão, mal vestida,
trapos velhos, sonolentas noites casulo,
ofusquei meus olhos: brilho, claridade.
Não me deixei enganar, silenciosamente
alcei voo, completamente sem vaidade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

VIAGEM PELA REALIDADE

Sementes do futuro
agonizam no passado.
Colho instante presente.

Esperançar é minha maior alegria.
Abraçar um sonho utópico: Gaya,
paz, harmonia, um mundo contente.
Fecho olhos para crueldade: guerra!
Ao abri-los, eu choro, copiosamente.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

REVELAÇÃO

Lágrima deslizando sem
motivo, sinal involuntário
de humanidade presente.

Salgado gosto no mar furioso,
azedim de alecrim na gotinha,
sem piedade ou pudor aparente,
salpica emoções, revela a alma,
mancha tez de amor, suavemente.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PERMITA O NOVO

Remexer ferida cicatrizada,
reviver sofrimentos antigos,
revolver passado perdido?

Aquilo que passou, passou friamente,
dias virão amorosamente em gratidão.
Esquecer? Impossível! Que fique vestido
de perdão. Anjos melodicamente tocando
harpas, saudarão novamente dia colorido!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

COMUNHÃO

Desejo manhãs ensolaradas,
tristezas esquecidas, alegrias
renovadas, realidade viajando.

Sigo a borboleta colorida voando,
ao camuflar-me entre belas flores,
quero mel das abelhas trabalhando!
Beija-flor tenta um beijo roubar-me,
não percebe que estou esperando.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SABEDORIA

Mágicos potes guardam
mil possibilidades! Almas
vulneráveis às novidades.

Acreditar! Fé num futuro amoroso,
manter-se afastado de chuvas ácidas,
coração aberto ao Sol, tempestades
passam rápidas, arco-íris inunda íris,
expõe boas energias de positividades.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

EMPODERAMENTO

Enfrento feras, solto
fragilidades ao vento,
amenizo meus medos.

Coragem! Há de se redescobrir:
âmago do coração dos desejos.
Engolir todos os fiéis arremedos,
purpurinas que brilham em farpas,
confetes que burlam os rochedos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

LIÇÕES DO TEMPO

Outono me trouxe
uma infinita calma,
vivo este instante!

Não tenho mais tanta pressa,
aprendi a aceitar meu destino,
alongar a estadia: ser viajante,
mais gentil com meus passos,
adiar tempo de ida: caminhante!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

QUE PENA!

Manacá da Serra,
floração em ápice,
enobrece céu anil.

Os mais belos versos coloriu.
Escrevi com pena de ouro,
riquezas que registrei em Abril,
fechei meu olho, tesouro guardei.
Queimada de Agosto, olho abriu...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FOLHA SECA
Promessa de futuro,
círculo contínuo: nasce,
fenece... Túnel abissal...
Uma folha outonal voa, lépida;
declina, queda livre na paisagem,
no solo se decompõe, magistral
adubo, basta um toque superior,
semente para brotar vida ideal.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PRO_CURA

Decidir brilhar no
tempo vazio, só
depende de mim.

Acordo na manhã gelada, solitária.
Há duas opções: melancolia atroz
ou sorrir: perfumar-se de jasmim!
Escolho a segunda, vou aquarelando
arco-íris nos caminhos, feliz enfim...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENIGMA

Estranho verde olho
pintado numa parede,
espiando olhar meu...

De olho na minha sombra,
eu só eu, mais ninguém!
Como pode ser tão teu?
Entre avessos, o que sou,
nesse corpo atrás do meu?

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AO MEU EU

Desculpas! Bolsos vazios
de experiências positivas,
urgem alforrias emergentes.

Busca-me, caso perca-me de mim,
no desapego de ser compreendida.
Ante críticas, só ilusões sorridentes!
Armada dos desafios de aceitar-me,
inaudível grito contido entre dentes.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ABISMOS

Vagando aquém de
mim: passos atrás,
além das bordas...

Coração virou pedra, me afastei:
gélido amor, luzes se apagaram.
Lavras mudas, atadas em cordas
de violão quebrado! Em silêncio,
meus eus guerreiam em hordas.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

MALDITA TIMIDEZ

Abraços sem toques.
No momento perdido,
meus anseios despejo.

Diante de ti, emudeço estática,
coluna de pedra, rocha fincada,
lábios fechados ao beijo! Ensejo
paradoxal: oceano de emoções no
coração. Corpo fechado ao desejo.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SOLIDÃO PARADOXAL

Existo como único,
diferente de todos,
em solitude exigente.

Sou os outros: telhado passado;
ascendente do futuro, que virá,
cadeia de DNA: um descendente!
Sem presença deles, não existiria,
solitário, numa multidão de gente.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DESFORRA

"Vingança, prato que 
se lambuza frio..."
Diz certeiro ditado.

Principal ingrediente é a paciência.
Lágrimas do tempo, cal, sofrimento;
parede, cimento se faz, edificado.
Não se vingar, melhor vingança,
desprezo é sutil, bem elaborado.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

FUMAÇA

Cigarro, extintas cinzas,
cristaliza morno cinzeiro.
Troveja câncer depressa.

Esvoaça, se desfaz na atmosfera:
junto vai meu pensamento girando,
girando, se perdendo, sem pressa...
Mil nuvens estelares de querências,
a inutilidade da esperança impressa.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética

LIÇÕES DA PANDEMIA

Pontinha de esperança,
rasgada de pedaços
despedaçados da vida.

Expiro mágico milagre da respiração,
exalo fragrâncias de antigas pressas;
cada segundo que respiro convida:
"Procure nefastas ruínas dos sonhos
um novo amanhã sem despedida..."

Liz Rabello
Obra de Arte: Michael Lang


SPINA (Nova Forma Poética)

SENTIMENTOS

Inscritos no silêncio
dos mudos versos,
em lábios cerrados.

Nenhum acorde de sílabas traduz
música secreta, desejos do corpo,
detrás das rendas, beijos molhados,
volúpia, prazer, brilhando nos olhos,
sem sons, nossos amores estrelados.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SENSIBILIDADES

Mudanças de olhares,
ventos sempre iguais,
movimento garboso ar!

Idêntica repetição do verbo amar,
só mudam nossas infinitas percepções,
As nuvens, em constante transmutar,
viajam, divagam, viram água, chuva.
Sonhador vê figuras nesse caminhar.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ONDE ESTÁ A AMIZADE?

Vitória do diálogo,
aceitação do outro,
amor em exigência.

Rompimento do muro da intolerância,
num forte diálogo quase impossível,
nasce uma nova, sincera experiência.
Amizade mora numa linha equilibrista
do respeito, aceitação da divergência.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APENAS UM PORTÃO

Sensação: máxima profundidade.
Estrutura, movimentos circulares,
sentidos aprisionados, enganados.

Estrutura do portão, plana, engana!
Ilusão de ótica demonstrando: "Nem
tudo resiste aos olhos enfastiados..."
Pior: nossos conceitos mentais são
frutos de sensações, corpos limitados.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

AMOR INCURÁVEL

Estrela Sol ilumina,
seduzindo Lua Cheia...
Sua obsessão ausente.

Um certo ar, mistério indecifrável,
paira por trás, fulminantes raios.
Lua, musa nua, amável, indiferente,
veste-se de luz, intensamente fria!
É ela quem seduz, completamente.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

COSTURANDO O FUTURO

Passado: roupa fora
de moda, apertada
demais! Inovar dança!

Dia de rejuvenescer na andança,
sonhar outros mundos, viver ares
olorosos, cristalizar a nova aliança,
majestoso futuro, fincado em fé...
Adaptado a corpo verde esperança.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

BILHETE

Difíceis dias virão,
solidão, amor meu,
numa paixão voraz.

Os sentimentos não se perdem,
louca ausência de tua presença,
dentro do pensamento se refaz,
levado pelo vento, pote mágico,
saudades além mar, tempo fugaz.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TODO DIA É NATAL

Véspera deste Natal,
acordei bem cedinho,
embebedei-me de Sol.

Plantei uma flor no jardim,
sujei minhas mãos de terra,
sorri para Deus, meu farol...
escrevi poemas, abracei a luz,
respirei ar novo. .. Sou girassol.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)
FELIZ NATAL
Libertar torpes correntes,
extravasar doces lágrimas,
subornar visceral vaidade.
Natal é momento de desapego,
soltar as amarras do consumismo,
abrir coração para nova realidade,
desatar nós, perdoar, filtrar emoções!
Amar ao próximo, profunda lealdade.


SPINA (Nova Forma Poética)

UM BRINDE A 2023
Desejo ano único!
Nada de impossíveis,
praia verão Janeiro...
Confete, carnaval, fantasia em Fevereiro,
chocolate em Março, gerânios pendentes
das janelas: Abril! Maio aventureiro...
Quadrilha, quentão, vinho, junho, julho.
Agosto... Dezembro: viagens, ano inteiro!
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

RESISTÊNCIA

Chutada lá vinha
Vira-lata, na rua
largada, a coitada.

Símbolo do guerreiro, Lula preso,
(caminho aberto à extrema direita).
Ela, no acampamento, foi resgatada.
Ambos representam luta, força, fé!
Sobe a rampa, Resistência, louvada.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ALFORRIA

Sonhando serem livres,
meus eus emaranhados
dançam no pensamento.

Pegam carona... Asas de passarinhos,
colos de bem-te-vis, fiapos esvoaçantes,
dente-de-leão voando, voando ao vento!
Liberdade caça jeito: são borboletas. 
Louca imaginação, exige o sentimento.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

POLIDEZ PERSISTENTE

Carícias em pedras,
vento molda caminho,
traz sementes: amor...

Toques voláteis de puro calor,
festa de vida, eterno equilíbrio,
leva beleza, sua grandeza, valor;
antes do abismo, verdes folhas,
ponta do penhasco: uma flor...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

NARCISISMO

Reflexos do Criador,
água reluz beijos,
nuvens de algodão.

Translúcido colorido nas tardes quentes,
Sol margeia horizonte, nuances de sangue,
Lua desponta prateada, solitária ilusão!
Mesmice em ternura, encontros infinitos,
eternidade presente: dia, noite... Fusão!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENCANTAMENTO

Avesso ao pensamento
vestido de fronteiras...
Visitação ao indizível.

Abrir asas para movimentos poéticos,
aquarelar, pincelar os desejos utópicos,
administrar sonhos alados ao incrível,
ampliar limites, horizontes do mundo,
abrir espaço ao admirável impossível.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SOLIDÃO

Silêncio, rua deserta,
Lua mastiga sombras
dos passos incertos.

Luz que me deixa inquieta,
farol em laços de abraços,
o medo em corações cobertos
por fé, pedidos de proteção
ao Cristo de braços abertos.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APRENDIZAGENS

Feridas cicatrizadas, lutas
vencidas, demonstram em
gotas: lições incorporadas.

As manchas no corpo escondidas,
frágeis rugas sempre bem vindas,
provas fiéis de guerras camufladas;
muitíssimo bem, em mim, provam,
forças diante das dores relacionadas.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DIA D... Decisões

Agita o medo,
rasgue os fios,
eis sua hora!

Drible rios, enfrente as correntezas,
atravesse-os sem olhar para trás,
solte-se em fantasias de outrora.
Nas piores adversidades, tenha fé,
acredite: seu momento é agora...

Liz Rabello
Foto de Bijuka Camargo


SPINA (Nova Forma Poética)

SER ESCRITOR
Palavras voando sem
algemas, sem amarras,
só poeticidade presente.
Acolher, imortalizar a lavra profana,
busca constante, dizer sem etiqueta.
Hálito de saliva alheia, sinceramente,
pouca importância tem, quero exercer
o meu ofício livremente, independente!
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DANÇA NAS ANDANÇAS

Instante mágico! Troca
escolhas: Sim... Não!
Borboletas no jardim.

É sempre possível mudar tudo,
aquilo que nos deixa infelizes,
por momentos de alegria assim:
energizados de doação, amor fiel,
pura gratidão, cheiro de jasmim.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENLACE PERFEITO
Limitar ser amado,
obsessão, não amor.
Na pauta, liberdade.
Sonhar junto é condição primordial,
cada qual seguindo rota diferenciada,
labirintos de inspiração, auto verdade.
Casamento de emoções ou desenlace,
vale sempre respeito, fiel diversidade.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SER O DIFERENCIAL

Espessa camada, tristeza
profunda, mundo pesado,
pessoas agressivas: ódio!
É preciso construir a esperança,
derramar poeira de amor, sonhar,
perdoar, criar um novo episódio,
rico em espiritualidade, alma leve.
Meu corpo, transporte ao pódio!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INCONFESSÁVEL AMOR
Escorrem não ditos,
versos rimados, pelas
páginas que escrevo.
Às vezes, ao grito, escoa
um mar de forte emoção,
lavras da sorte, um trevo...
Abro o meu coração distraído,
sussurro: te amo, me atrevo!
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TEMPO PASSA, EU PASSARINHO

Devagar, devagarinho, aspiro
nostalgia, paradoxal alegria...
Perco-me completa, envolvida!

A pressa não pede passagem,
aqui onde urgência não existe,
horas mortas, repletas de vida,
semeio amor, colho muita paz!
No paraíso, a esperança convida.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

O BEM É FIEL

Gratidão aos seres,
que viajam comigo,
nestes trilhos: vida.

Pessoas que em mim deixaram
rastros de ensinamentos, uma luz,
olhar bondoso, sorrisos na partida.
Palavras de coragem... Sou grata,
ainda que deles seja esquecida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TROCADILHO
Desejos entorpecidos navegam
pensamentos, palavras ausentes.
Sério? Maravilhosamente seria...
Lágrimas inundam a triste realidade;
na ampulheta, areia atrita coração
se estilhaçando, falta de harmonia,
deixando saudades do que jamais,
rasgando costura de minha fantasia.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PASSO

Espero nada, calejada,
vou seguindo, doação,
meu carinhoso abraço.

Tudo que vem, bem vindo,
doo meu melhor bom dia,
divido o meu melhor pedaço.
Quanto mais me dou, mais
repleto de luz, meu passo...

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENVELHECER

Pedaços mil, recortei-me,
em antíteses paradoxais.
Viagens sem futuro,

ou sem anteceder o passado.
Peças que não se encaixam,
cores sem brilhar no escuro.
Da aurora ao belo entardecer,
somente filetes do ser obscuro.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FESTA LITERÁRIA
Bienal de Maceió,
espaço lindo, amplo.
Escritor, prato principal.

Leitor, muito amável, o respeita;
valoriza livro, enobrece as letras.
Organização do evento sem igual.
Troca de experiência, rica, marcante,
aconchego do povo alagoano, ideal.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENCONTROS
Escrevo, pulo linha,
Risadas, farra, barro,
festim de gargalhada.
Banhos de chuva do passado...
Esbarro em barquinhos de papel
jornal soltos na última enxurrada,
molho-me de poesias, gotinhas de
suor do coração, tarde improvisada.
Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

LEI DA ATRAÇÃO
Vibrações atraem outros
seres interagindo conosco!
Universo em movimento.
Tudo aquilo que pensamos transmite
sentimentos: luz, cores, lavras vibram,
geram fiel gosto, sem discernimento.
Paradoxal, atraímos tudo que somos,
vãs querências fogem do pensamento.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

POSTURA

Prática, oportuna, sensível,
caridade embrulhada com
dignidade! Alma feminina.

Caso não valorize, quem notará?
Frequento mini mercado do bairro,
garagem pequena, loja de esquina,
enalteço os pobres, coração nobre,
farol: compro balinhas da menina.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

INTUIÇÃO

Perfeita, a minha
não falha, navalha
na carne... Farol...
A vida tem me ensinado
a confiar no escuro... Fé!
Sinais são vitais como Sol.
Entre as luzes que brilham,
consigo ver o real arrebol.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

LÁBIOS OUTONAIS

Sensuais, sulcos marcados,
impaciências dos caminhos,
camuflados embustes ideais.

Desejos reprimidos por parceiros irreais,
lábios outonais são belos, experientes!
Guardam memórias de beijos maternais,
outros tantos libidinosos. Cores púrpuras,
naturais, sem maquiagens, são especiais.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)


HERÓIS VOLUNTÁRIOS

haminé antiga... Coadjuvante!
Silenciosa testemunha: Avanço
caudaloso Guaíba.... Enchentes!

Águas de Maio ocupando centro,
cobrindo de lodo comércio, cultura,
invadindo tudo, sem deixar ausentes
calorosa força humana de voluntários,
doações, água potável... Preces silentes.

Liz Rabello

Monumento aos Voluntários Anônimos
Orla do Guaiba.
Foto:Zenar Ferraz


SPINA (Nova Forma Poética)

MORRETES - PARANÁ - BR


Cidade histórica, viagem
charmosa de trem,
comida típica tradicional!

Barreado, carne desfiada, guarnecida de
camarões, peixes, arroz, farofa... Banana
empanada, cereja do prato especial!
Sobremesa: sorvete , banana da terra,
maravilhoso, sabor sem igual! Artesanal!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DEGUSTO EM SAMPA

Virado à Paulista...
Ganhador de elogios...
Origem muito instigante.

Feijão, bisteca suína, ovos fritos,
farinha de mandioca, couve, arroz.
Sabor da infância, torresmo crocante!
Nas monções, bandeiras, época colonial,
era principal alimentação do viajante.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FEIJOADA NA QUARTA NACIONAL

Sobejos de porcos,
um arroz fresquinho,
couve para acompanhar.

Uma laranjinha para acidez cortar,
aquela farofa carregada no bacon,
uma leve caipirinha para degustar!
Não tem quem resista... Depois,
só rede pós-almoço para descansar.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

CAMPOS DO JORDÃO - SP

Respira música, teatro,
poesia, paladar delicioso!
Arte em vida.

Região serrana, cultural, belíssimas flores!
No inverno, aquecem corações... Fondues:
queijos, carnes, chocolates. Típica comida,
originária da fronteira franco-suíça, aqui
encontrou espaço, que nos convida.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

TRADIÇÃO GAÚCHA


Regado à chimarrão,
Arroz de carreteiro,
gaúcho ama cavalgada.

Famoso, delicioso, churrasco, além do
arroz de carreteiro (azeite, cebola,
bacon, carne-seca em cubos dessalgada);
dos indígenas, o chimarrão aprenderam,
chá mate... Tradição muito elaborada!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ILHÉUS - BAHIA

Cantava Dorival Caymmi,
típica culinária da
Bahia, seus encantos!

Ilhéus oportuniza variedade de delícias,
com destaque para caranguejos, mariscos,
camarões, lagostas, peixes, pitus! Tantos!
Cacau tradicional plantado em fazendas...
Chocolate: fácil encontrá-lo pelos cantos!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ARROZ DE HAUÇÁ - SALVADOR - BAHIA

Mistura picante, prato
preferido pelo famoso
escritor Jorge Amado.

Bem cozido, praticamente sem sal,
arroz branco, charque frita, ralada,
da culinária africana, vem herdado,
servido com alho, cebola, pimenta.
É perfeito com camarão defumado!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

FEIJÃO DE CORDA

Famoso na capital 
Paulista, Minas, Nordeste,
Norte, africana tradição!

Culinária com sotaque nordestino: Arroz
servido com linguiça calabresa defumada,
costelinha de porco, picadinho pimentão,
toucinho, salsinha, farinha de mandioca...
A sedução: ingrediente principal: Feijão!

Liz Rabello


DIONÍSIO EM TERRAS PAULISTAS

Beleza exótica entre
São Roque, Ibiúna.
Estrada do Vinho.

Museu, vinhedos, trem Maria Fumaça,
Restaurante Olivardo, Vila Del Pato,
Culinária Portuguesa, regada a vinho.
Góes, Canguera, Palmares, Bella Aurora...
Degustação: Cuidado, só fique "alegrinho."

Liz Rabello



SPINA (Nova Forma Poética)

SOUVENIRES EXAGERADOS: ITU/ SP

Orelhão: fama marcada.
No grandioso Brasil,
Itu, maior, formidável!

Bonecos do personagem Simplício, criador
da fama. Exageradíssimo escorregador: trena,
joaninhas, formigas, interfone, lista infindável!
Culinária segue mesma regra desproporcional,
enormes churrascos, pastéis, gosto saudável!

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

ENCALHADA

Viagem ao Rio,
fim de ano...
Fogos no paladar!

Entrava, saía, sem nada encontrar:
"Molhos, massa, queijo, linguiça, tomate"
Maitre, muito atencioso, veio conversar:
"Palmito, ervilha, azeitona, sabores mil"
Sangue italiano, paulista: Pizza desencalhar!

Liz Rabello



SPINA (Nova Forma Poética)

ARMADILHA
Destino desviando rotas,
puro acaso, desencontro,
tecendo os descaminhos.
Entre ombros opostos, em filetes
de águas turvas, passei invisível,
fissura de agulha, tecendo ninhos,
sonhando lábios sorrindo, em vão;
na foz, emboscada: perdi caminhos.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

DEDOS DE DEUS

Pintando a paisagem,
colinas, terrenos áridos,
arco-íris muito especial.

Exuberante floresta petrificada no Arizona,
madeiras, coloridas, belos fósseis antigos...
Destino único, inesquecível, beleza natural,
Parque Nacional da Floresta Petrificada,
Deserto Pintado, passeio turístico ideal.

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

APENAS PENAS
Escreve tuas dores,
rosário de catarse,
em cicatrizes apenas.
Penas brancas... um dia asas!
Penas em cio, aves dançantes,
girando no travesseiro de penas.
Pena! Letras com tanta função,
na palavra são apenas "penas".

Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

SEDUÇÃO
Ternura... paradoxal vitória,
pós indomável tempestade,
varrendo tímida madrugada.
Chuva, vento, granizo, raios, trovões,
barro marrom num verde gramado.
Orvalho matinal na folha molhada.
Cristais ao Sol... Poética sedutora...
na folha de bananeira despenteada.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PERMITA-SE

Mesmice te prende?
Abrace a teimosia,
ouvidos de criança.
No risco moram as oportunidades,
o medo nos mantém prisioneiros.
Abrace uma ideia com esperança,
saia daquela zona de conforto:
pequeno passo cria a mudança.
Liz Rabello


SPINA (Nova Forma Poética)

PASSOS DE JESUS

Desejo que você
por caminhos
onde Ele cruza...

Siga suas pegadas de salvação.
Redescubra na humildade do lar
novo sentido, semelhante: Ele usa
só gratidão, coragem, fé, respeito.
Quando não existe amor, recusa!

Liz Rabello






QUE HONRA...  Há certas manhãs acordadas com ternura sem igual... 💥🦋💥...

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MEU ESTILO AO ESCREVER

Anos 90: “Um Sonho Dentro de Mim”, do genial Júlio Emílio Braz, livro ímpar que marcou minha vida. Li para meus alunos do Fundamental II por etapas. Um capítulo por aula, até quase decorá-lo, pois tinha muitas turmas diferentes. O tema era envolvente. Aos dezessete anos, Ana engravida de Rubinho e os dois, apaixonados, resolvem se casar. Para espanto e desespero de Ana, o rapaz, às vésperas do casamento comete suicídio, deixando apenas um bilhete: “Perdoai-me, eu não sabia...” Ele descobriu que era soro positivo. Se o tema por si só não fosse tão envolvente, por ser chocante, o estilo do escritor o era e me cativou. A cada capítulo, como um aperitivo ao que viria, um poema minimalista. Calou fundo numa época em que nem sonhava escrever. Meu primeiro livro solo foi de poemas. Versos livres: MIL PEDAÇOS. Concomitante, escrevi meu primeiro conto: CÓDIGO AGV, publicado numa Antologia, “Amor Sem Fim”, da Editora Beco dos Poetas. O Código é sempre um poema a ser desvendado pelo leitor. Era o começo de minha trajetória na criação de um estilo. Meus Contos e Crônicas têm como marca a prosa iniciada por um poema curto e em seu bojo, a predominância da função poética da linguagem. “INTERVALOS” e “LUA NO CHÃO” são assim.
Em 2018, tornei a publicar versos livres em “RENDAS DO SILÊNCIO”. Concomitante, passei a fazer parte de um grupo de criação de poesias no Whatsapp: “Ciranda Poetrix”. Escrevi mais de dois mil poemas ao longo de dois anos. Descobri que tercetos são curtos demais para explorar sentimentos tão diversificados quanto os que moram dentro de nossas almas. A crítica que mais recebia dos amigos do grupo era sobre o excesso de rimas, que empobrecia o Poetrix. Neste interim, fui apresentada ao SPINA. Logo me apaixonei. É uma forma poética que traz três versos iniciais como chamariz para serem desenvolvidos nos cinco versos restantes. A primeira palavra, obrigatoriamente trissílaba, faz parte de três palavras, que irão compor as nove existentes nos três primeiros versos. Sem perder a poeticidade, cada uma das cinco palavras que compõem a segunda estrofe, passeia pela “Prosa Poética”, sem sê-la. E o melhor de tudo: As rimas rígidas são obrigatórias no terceiro, sexto e oitavo verso, sendo que no quarto é opcional.

Nesta nova experiência, descobri que gosto muito de utilizar rimas, mas (sempre tem um “mas”, que aliás é proibido num Spina, como tantas outras conjunções: e, contudo, todavia), cometia erros por desconhecimento de regras. O Universo conspira. Meu grupo de Acadêmicos da ANLPPB, de Campinas, abriu espaço para Estudos de Trovas. Abracei a experiência. Tem sido muito excitante escrever e descobrir as regras da UBT, de acordo com o Decálogo. Assim, o que percebo é que intuitivamente estava à procura de uma forma ideal de escrita, desde meus tempos de leitora. Eu a encontrei: É o Spina.
Liz Rabello

OPINIÃO DO CRIADOR DO SPINA

Sua trajetória é de crescimento, evolução e conquista. Fazer uma autoanálise e se observar constantemente são fundamentais. Aquele que consegue fazer isso, certamente lapidará sua pepita todos os dias, tal qual você vem fazendo. O Poeta, qual o artesão, precisa encontrar a melhor forma de talhar a madeira, ou seja, o poeta tem que compreender as regras de cada tipo de poesia e usá-la da melhor maneira. Isso você tem feito no SPINA. Você já é uma excelente Spinaísta e me sinto feliz em tê-la como parte dessa família que vê, reconhece a qualidade literária do SPINA e se dedica a ele! Muitíssimo obrigado e parabéns!!!



Quando li o convite e o aceitei, pensei que seria on line. Até perfume passei... De qualquer forma foi uma noite memorável, muita inspiração e poesia. Amei.



CHEGARAM OS EXEMPLARES DA "NOVA POESIA BRASILEIRA SPINA"...

DEPOIMENTO
Meu primeiro livro solo foi de poemas. Versos livres. Concomitante, escrevi o primeiro conto: CÓDIGO AGV, publicado numa Antologia, “Amor Sem Fim”, da Editora Beco dos Poetas. O Código é sempre um poema a ser desvendado pelo leitor. Era o começo de minha trajetória na criação de um estilo. Meus Contos e Crônicas têm como marca a prosa iniciada por um poema curto e em seu bojo, a predominância da função poética da linguagem. “INTERVALOS” e “LUA NO CHÃO” são assim. Em 2018, tornei a publicar versos livres em “RENDAS DO SILÊNCIO”. Concomitante, passei a fazer parte de um grupo de criação de poesias no Whatsapp: “Ciranda Poetrix”. Escrevi mais de dois mil poemas ao longo de dois anos. Descobri que tercetos são curtos demais para explorar sentimentos tão diversificados quanto os que moram dentro de nossas almas. A crítica que mais recebia dos amigos do grupo era sobre o excesso de rimas, que empobrecia o Poetrix. Neste interim, fui apresentada ao SPINA. Logo me apaixonei. É uma forma poética que traz três versos iniciais como chamariz para serem desenvolvidos nos cinco versos restantes. A primeira palavra, obrigatoriamente trissílaba, faz parte de três vocábulos, que irão compor as nove existentes nos três primeiros versos. Sem perder a poeticidade, cada uma das cinco palavras que compõem a segunda estrofe, passeia pela “Prosa Poética”, sem sê-la. E o melhor de tudo: As rimas rígidas são obrigatórias no terceiro, sexto e oitavo verso, sendo que no quarto é opcional.


Durante uma entrevista para a escritora Valeria Gurgel, Ronnaldo de Andrade, o Criador do Spina, revelou algo fundamental acerca de um dos objetivos do novo estilo Spina: "tornar o poeta observador do próprio texto e estimulá-lo a valorizar mais as regras básicas da gramática..." Particularmente, descobri meus parcos conhecimentos sobre rimas e métricas. Passei a fazer estudos sobre o tema. Pego-me pesquisando novos vocábulos. Ampliando meus conhecimentos. Este novo estilo tem sido um grande desafio. Agradecida pela oportunidade.
Liz Rabello
METALINGUAGEM
(Para minha surpresa está na contracapa do livro)
Palavra inicial: trissílaba,
primeira estrofe: terceto,
segunda: cinco... Ideal!
Oito versos ao todo... Normal.
Rimas rígidas no terceiro, sexto,
oitavo verso. No quarto, opcional.
Pontuação: quando o sentido exigir.
Usar conjunção é proibido: fatal!

Liz Rabello

Nesta nova experiência, descobri que gosto muito de utilizar rimas, mas (sempre tem um “mas”, que aliás é proibido num Spina, como tantas outras conjunções: e, contudo, todavia), cometia erros por desconhecimento de regras. O Universo conspira. Meu grupo de Acadêmicos da ANLPPB, de Campinas, abriu espaço para Estudos de Trovas. Abracei a experiência. Tem sido muito excitante escrever e descobrir as regras da UBT, de acordo com o Decálogo. Assim, o que percebo é que intuitivamente estava à procura de uma forma ideal de escrita, desde meus tempos de leitora. Eu a encontrei: É o Spina.
Liz Rabello


Dia 17/09/2021 aconteceu a Live de lançamento do livro "Nova Poesia Brasileira" SPINA. Em. breve estará disponível no YouTube. Tivemos a presença dos dez participantes da Antologia e conhecemos um pouco da trajetória literária de cada um. O criador Ronnaldo de Andrade expôs suas ideias e sonhos para o futuro do SPINA. Uma noite para se guardar na memória, no mundo encantado das saudades.


O COLAR DE SPINA E SUAS REGRAS
Em comemoração aos dois anos do surgimento da Nova poesia brasileira (a forma poética) SPINA, apresentamos uma novidade: o colar de SPINA. Assim como o SPINA, o colar tem suas regras estabelecidas, as quais precisam ser seguidas. O colar de SPINA é constituído por um título que faça referência ao conteúdo abordado e por 8 SPINAS. Cada texto precisa ser independente, ligado um ao outro somente pelo conteúdo, ou seja, um texto não complementa o outro como se fosse estrofe subsequente. É necessário que cada SPINA tenha vida independente: sentido completo. A primeira palavra do segundo SPINA, deverá ser uma trissílaba retirada da segunda estrofe do texto anterior, e assim se sucederá até o último Spina .O último Spina, além de ser iniciado por uma acepção trissílaba retirada de um dos versos da segunda estrofe do Spina anterior, sua última rima deverá ser a palavra trissílaba que começou o primeiro SPINA do colar. (No exemplo abaixo percebemos que Ataque iniciou o primeiro Spina e finalizou o último). O colar de Spina pode ser feito por mais de uma pessoa. Sugerimos que seja por no máximo oito pessoas!
Ronnaldo de Andrade


COLAR DE SPINA O VIAJANTE Atraque seu barco, atire-se nas águas, viva esse instante. Permita que a sereia cante às dores de amores findos, um hino para cada amante. Depois siga avante. Vá, vá, singrando o mar, ó viajante. 2 Singrando o mar, furando as ondas, avisto o barquinho. Ele some assim, bem devagarinho, naquele seu sobe, desce contínuo, livre, semelhante a um passarinho. Na bandeira levantada está escrito: "Nenhum homem deverá ir sozinho". 3 Naquele oceano imenso, emergido nas angústias, vislumbrava o horizonte desconhecido, sempre à sua frente, como certo alguém guiando alguém silenciosamente a caminho da fonte. O Viajante, velho barqueiro solitário, navegava tentando criar uma ponte. 4 Tentando se libertar da intensa sensação de amor tresloucado, que faz do nosso peito um hospício, da paz (ah, a paz!) ser rio estourado; sim, assim vai o homem, sem o bem mais amado! 5 Hospício das águas, às vezes... revoltas ou pouco cristalinas, que abriga saudades, lágrimas, dores de amores colossais, intensos, findos; almas tristes, felizes, velhas, meninas. Esse oceano infinito acolhe andarilhos, quais as tais locomotivas clandestinas. 6 Intensos têm sido alguns dias atuais que não evaporam no ar, rápidos, como desejado. As horas trazem infindo tempo, são bichos (às vezes devoram os momentos felizes) um tanto famintos. No mar, elas choram. 7 Infindo caminhar terminal, ectoplasma do reencontro, utópica veracidade poética sacodem no peito o coração como um navio tantas ondas. Nada mais há nessa dialética, além de um recordar contínuo ancorado na alma já diabética! 8 Recordar é: reviver, reassitir aos filmes, novo ritmo – tic-tac, tic-tac – do órgão humano – tic-tac. O passado distante faz-se, presente, deixando tantas vezes em destaque uma terna ingenuidade. Oh, viajante, jamais nessas emoções se atraque! Ronnaldo De Andrade Ponta da Praia Santos - SP 🇧🇷 Fotografia: Rogério J. Moreira

 
Meu primeiro contato com o Spina ocorreu às vésperas de fecharem a primeira Antologia. Minha dedicação foi tão grande que em menos de uma semana já tinha os oito poemas necessários à participação. Sigo, nesta mesma euforia. Além desta, vou estar presente na Segunda Antologia: "DE MÃOS DADAS, SINGRANDO HORIZONTE". E, já tenho Spinas suficientes para um livro solo. Como já afirmei em lives, eu me identifiquei com esta nova forma poética. Parabéns ao criador, Ronnaldo de Andrade e, também, ao grupo, aos amigos Spinaístas, que se apóiam uns aos outros. Sou pura gratidão.
Liz Rabello


Dois anos de vida do SPINA, criado por Ronnaldo de Andrade, tenho a felicidade de ter participado de três Antologias, e já tenho um livro solo totalmente de SPINAS. É uma realização atrás da outra. Na última Antologia DE MÃOS DADAS, SINGRANDO HORIZONTES, a convite do criador, ao qual aceitei, escrevi o Prefácio.

O LAPIDAR DIÁRIO

Tudo muda rapidamente nos dias de hoje. Nada é feito para durar, desde as mercadorias até as relações amorosas. Vivemos sob a lógica do imediatismo e do descarte. Nesse tempo de incertezas, a única constante é a mudança. Ao mesmo tempo em que as comunicações à distância e a rapidez de informações se tornam cada vez mais reais, a comunicação escrita continua essencial. É comum, famílias, em restaurantes, juntos, estarem separados pelos celulares. Cada um lendo e escrevendo isoladamente. Estes textos não podem ser prolixos. Igualmente, na Literatura, os poemas minimalistas conquistam espaços cada vez mais firmes. Num momento em que Versos Livres tomam conta de diversas publicações; quando muitas vezes o exagero das liberdades chega a destruir as regras gramaticais da Língua Portuguesa; no instante histórico em que surgem impulsionados pelos grupos de criação literária, via redes sociais, manifestações poéticas diferenciadas, como a volta das tradicionais Trovas, os populares Cordéis, as pérolas em Haicais; as pílulas em Poetrix e as mais recentes criações: Camaquianos, Aldravias... Cada qual com suas especificidades; entre elas, damos destaque ao SPINA. Tenho experimentado criações em cada uma destas formas poéticas, mas, não com tanta avidez como no caso do SPINA. Percebo que estou em busca da perfeição, e que, esta não é um ato isolado, mas um hábito. Nós nos transformamos naquilo que praticamos com frequência. O que antes era difícil, torna-se fácil. Esta Nova Forma Poética, criada por Ronnaldo de Andrade, tem regras básicas muito bem estruturadas, que nos permite uma constante autoanálise fundamental para quem se dedica diariamente a lapidar o próprio texto. Um bom SPINA segue a receita: “Trinta e quatro palavras arrancadas do dicionário da vida, pinceladas com canetas e tintas da inspiração. Pegue palavras frias e as aconchegue à memória, dispa sentidos comuns, vista duplicidade. Siga as regras da criação Spinaísta e gramaticais. Use a linguagem formal. Verifique se a estética está agradável aos olhos, equilibre os versos entre si, todos com o mesmo tamanho. Corte aparas, deixe em maturação. Recheie com Figuras de Linguagem e muita poeticidade. Faça a revisão. Permita a imaginação. Seja criativo.”

Nesta Segunda Antologia Poética, organizada por seu criador, você encontrará os mais belos Spinas. Venha encantar-se com esta Arte Literária!

Liz Rabello



EIS MEU MAIS NOVO LIVRO SOLO DE POESIAS: "GIRASSÓIS POÉTICOS"


Poemas escritos na Nova Forma Poética SPINA. Circula por temas variados entre amores, dores, sentimentos cruéis vividos durante a Pandemia de 2021. Mas são lindos, otimistas, repletos de esperanças, Sol, girassóis, beija-flores e borboletas.
Com capa de Symone Elyas e Prefácio de Anna Meirelles, ambas amigas daqui do grupo SPINA. Editora Areia Dourada, sob o batuque de Josué Gonçalves Oliveira do Cordel.


PALAVRAS DO CRIADOR

É com muita satisfação que parabenizo à poeta Liz Rabello pela publicação do seu mais recente livro (Girassóis Poéticos), todo em SPINAS. Esse livro é um verdadeiro jardim poético, pois seus SPINAS são rosas diversas, girassóis, margaridas, orquídeas com beleza e textura que nos abraçam, alegram e comovem com o colorido harmonioso dos seus versos!
Liz conseguiu pintar com palavras ( SPINAS) um dos mais belos cenários da Nova Poesia Brasileira,  sem desprezar os tradicionais conceitos do fazer poético. Portanto, unindo passado e presente, demonstrando ter entendido e se apropriado do conceito (um dos objetivos) do poema SPINA!
Desejo êxito com a publicação dessa obra e em sua vida literária!

Ronnaldo de Andrade


AGRADECIMENTOS

Ao criador do SPINA, Ronnaldo de Andrade, não só pela criação poética, como também, por incentivar, orientar a todos os poetas que fazem parte do grupo no Facebook, respeitando o crescimento individual de cada um.
Liz Rabello


O ano de 2022 está no início, mas já nos proporciona muita satisfação, principalmente acerca da Nova forma poética SPINA.
Neste mês de fevereiro recebemos o recém-nascido "Girassóis Poéticos", da professora e poeta Liz Rabello (São Paulo), que traz na capa o espetacular desenho feito pela poeta Symone Elias ( que irá fazer o lançamento do seu livro de SPINAS em 12/02 em Tocantins). Ambos publicados pela editora-parceira Areia Dourada. A mesma tem como editor-chefe o poeta, cordelista e prosador Josué Gonçalves De Araújo Do Cordel.
O livro em questão, "Girassóis Poéticos", é um verdadeiro jardim poético, pois seus Spinas são rosas diversas, girassóis, margaridas, orquídeas com beleza e textura que nos abraçam, alegram e comovem com o colorido harmonioso dos seus versos e a delicadeza de suas palavras e temáticas que vai da natureza ao sentimento que afaga nosso âmago.
Liz conseguiu pintar com palavras ( SPINAS) um dos mais belos cenários da Nova Poesia Brasileira, e sem desprezar os tradicionais conceitos do fazer poético. Portanto, unindo passado e presente, demonstrando ter entendido e se apropriado do conceito (um dos objetivos) do poema SPINA!
Parabéns, poeta Liz Rabello, e muito obrigado pela dedicação ao nosso SPINA!!!
Ronnaldo de Andrade
06/02/2022, SP



LANÇAMENTO NO ENCONTRO DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO


SOFÁ DAS CELEBRIDADES POÉTICAS

A professora e escritora Liz Rabello esteve hoje na editora Areia Dourada para receber o seu mais recente livro, lançado por essa editora. "Girassóis Poéticos" SPINA - Nova Forma Poética. O Sofá das celebridades poéticas fica cada vez mais branco com tantas luzes poéticas que assentam sobre ele.


Josué Gonçalves de Araujo do Cordel

PRÊMIO ESCRITOR NOTÁVEL AO LIVRO "GIRASSÓIS POÉTICOS, COFERIDO PELA ALPAS, CRUZ ALTA, RIO GRANDE DO SUL



Uma alegria ímpar! Se ter um poema em DESTAQUE é maravilhoso, imagine ter um livro todo... Este prêmio foi o maior e melhor presente, que recebi em minha vida Literária.







COLAR DE SPINA
GIRASSÓIS POÉTICOS
1
Girassol abre manhãs,
invade tardes, sabe:
Respirar é incrível!
Esta existência, por vezes cinzas,
passa borracha na palavra escrita.
Amar tão difícil! Sorrir impossível!
Invoco tintas, transmuto belas telas.
Acendo luzes colorindo o invisível.
2
Transmuto minha luz,
tristes dias, nublados,
permuto novas energias!
Curvo-me perante Sol na passagem.
Dobro-me ao Sol para testemunhá-lo.
Persigo Sol... Renovo minhas alegrias.
Aqueço-me! Luzes de outros girassóis.
Em comunhão, nós trocamos fantasias!
3
Persigo as cores,
linda como Sol,
mandala de luz!
Mágica paz, que universo conduz;
de um girassol, guarda segredos;
nas tardes quentes, corpos seduz;
nas noites enluaradas se esconde;
nas manhãs frias, orvalhos reluz.
4
Mágica da vida.
Olhe, veja, sinta!
Leveza do amor!
Cultive, ore, diante dos girassóis.
Veja-os! Olhos de primeira vez.
Sinta perfume! Respire igual flor:
amanheça firme dançando ao Sol,
anoiteça alegre dormindo sua dor.
5
Dançando na vida,
semeando viva paz,
plantando as flores.
Sou ainda aquela menina sonhadora,
cativando raios luminosos de estrelas,
brincando na chuva, minguando dores,
em poemas girassóis, amanheceres de
ensolarados maios, com meus amores.
6
Poemas são girassóis,
buscam luz, palavras,
tecem os significados.
Giram, giram, buscando as essências,
perfumes coloridos de arco-íris, chuva,
gotas de ilusão, corações machucados
roçam pétalas, mutuamente, em noites
mal dormidas, soltam nós encarcerados.
7
Perfumes de mel,
pousada na flor,
sou doce girassol.
Entre abelhas, fogo queima verão,
roubo luz solar, amarelo, laranja,
cores multicoloridas, pôr do sol,
a semente amada concebeu lindo
crepúsculo! Sou parte do arrebol.
8
Semente de alvorecer!
Repousa Lua, tristonha,
acorda sonolento farol.
Move-se, quer girar nesta flama,
ousa esperançar a pequena flor.
Longe, no horizonte, pisca Sol.
Fria escuridão, lampejos de luz
Indica novo chão, brilha girassol.

Liz Rabello
BIENAL DE SÃO PAULO SETEMBRO DE 2022




COLAR PUBLICADO NA ANTOLOGIA ALMAS II DA EDITORA CONEJO, LANÇADO EM PARATY, RIO DE JANEIRO





MEU LIVRO NAS MÃOS DE LEITORES MUI ESPECIAIS


Aninha, você é maravilhosa... Lembra? Gosto de você de graça... Gratidão pura pelo PREFÁCIO. Minha primeira leitora. Agora esta foto e Spina encantadores. Como agradecer? Mil vezes obrigada

Liz Rabello

SPINA-Nova Forma Poética

O DOCE ENCANTO DE GIRASSÓIS POÉTICOS

Alegre, cativante prazer
Presenteou-me Liz Rabello
Com Girassóis Poéticos.

Seu apaixonante filho das letras
Concebido nos albores do afeto
Quente, Sol de versos, imagéticos;
Onde a fantasia brinca, embeleza
Com rimas os universos ecléticos.

Ana Meireles 


PREFÁCIO DA LINDA ANINHA (ANNA MEIRELLES) POETISA DO GRUPO SPINA, DE LÁ DE BELÉM DO PARÁ, NOSSA VERDE AMAZÔNIA

PREFÁCIO

Foi ela, Liz Rabello, autora de GIRASSÓIS POÉTICOS, quem disse que a forma poética SPINA era um caso de amor que passou a viver desde a primeira vista. Não tenho dúvidas de suas palavras, porque no livro acima intitulado, ela se derrama numa poética iluminada, que é peculiar aos corações apaixonados. Prova disso se verifica nos versos que compõem as páginas desta obra em face de uma imagem - girassóis - que simboliza um voltar-se para a Luz a fim de se vestir, e dela beber e sentir. Ato que faz, poeticamente, através dos versos escritos na claridade da paixão, esta que se delineia por caminhos não ditados pelo destino, mas pela determinação que voou buscando satisfação. Liz Rabello, vai, vai e vai… E na sua peregrina inspiração, depara-se com os inevitáveis apelos dos caminhos, as diferentes temáticas que instigam o terreno das idiossincrasias. E ela, obstinada, desce o corpo, bebe a água, levanta os olhos, regozija vendo a Luz. Imagina os extensos campos de girassóis e sua alma se abre para a beleza, o mistério, a voz que irrompe na palavra e diz “poemas são girassóis, buscam luz.” E a Poeta apaixonada sente que seu dom é a música das palavras, a fonêmica que promete um dicionário caliente, a compor seu livro, e através dele eternizar-se além do próprio tempo, porque é isso o seu significado: a oportunidade de experimentar o paraíso vivendo a poética de uma grande paixão.

ANA MEIRELES.

Paraense, Psicóloga, Poeta e Compositora.

Autora dos livros: Escritos ao Vento; Tempo meu


Nada mais amoroso do que abraços reais







CENTÉSIMO SEGUNDO SARAU DA CASA AMARELA - SETEMBRO/2022


GIRASSÓIS POÉTICOS NA FLIPENHA - NOVEMBRO DE 2022


AGRADECIMENTOS AOS AMIGOS :
RONNALDO DE ANDRADE E JOSUÉ DO CORDEL PELA EXPOSIÇÃO DO MEU LIVRO SOLO "GIRASSÓIS POÉTICOS


NESTE NATAL DE 2022, DÊ LIVROS DE PRESENTE, DE PREFÊRÊNCIA, DE AUTORES NACIONAIS 


Sisy Daros

MINHA CENTÉSIMA VIGÉSIMA TERCEIRA PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS... Desta vez trata-se da Nova Forma Poética SPINA... Mais um trabalho de coautoria que faço parte: TERCEIRA ANTOLOGIA "METAMORFOSE POÉTICA"... Na verdade, também registrei meus SPINAS numa participação especial na NOVA POESIA BRASILEIRA, com dez outros autores. E, com muita alegria já tenho um livro solo, agraciado com o Primeiro Prêmio Escritor Notável, conferido pela ALPAS (Cruz Alta - RS) ao meu GIRASSÓIS POÉTICOS .


Os livros chegaram. Estão lindos. Tudo perfeito. Acabamento. Organização. Escolha de cores. Parabéns a todos os envolvidos: Ronnaldo de Andrade, Josué, poetas Spinaistas.

EIS APERITIVOS PARA VOCÊS DEGUSTAREM

SPINA (Nova Forma Poética)

EMPODERAMENTO

Enfrento feras, solto
fragilidades ao vento,
amenizo meus medos.

Coragem! Há de se redescobrir:
âmago do coração dos desejos.
Engolir todos os fiéis arremedos,
purpurinas que brilham em farpas,
confetes que burlam os rochedos.

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)

AO MEU EU

Desculpas! Bolsos vazios
de experiências positivas,
urgem alforrias emergentes.

Busca-me, caso perca-me de mim,
no desapego de ser compreendida.
Antes críticas, só ilusões sorridentes!
Armada dos desafios de aceitar-me,
inaudível grito contido entre dentes.

Liz Rabello

SPINA (Nova Forma Poética)FOLHA SECA

Promessa de futuro,
círculo contínuo: nasce,
fenece... Túnel abissal...

Uma folha outonal voa, lépida;
declina, queda livre na paisagem,
no solo se decompõe, magistral
adubo, basta um toque superior,
semente para brotar vida ideal.

Liz Rabello




"Estivemos presentes na PERIFERIA PRODUZ, dias cinco e seis de maio de 2023, durante o dia todo, no estande da Areia Dourada. Inclusive fizemos parte da mesa de bate papo, a convite do criador Ronnaldo de Andrade e mais algum convidado, para falar sobre o SPINA, minha experiência com essa forma poética e sobre as participações em todas as Antologias e também acerca do livro solo GIRASSÓIS POÉTICOS, ganhador do Prêmio Escritor Notável de 2022, conferido pela ALPAS do Rio Grande do SUl.



SEGUNDA FEIRA DO LIVRO PERIFÉRICO - PRIMEIRO DIA

Movimento engajado com a Feira de Agropecuária, num galpão, grande, espaçoso e muito bem organizado. Gostei demais.














SEGUNDA FEIRA DO LIVRO PERIFÉRICO - SEGUNDO DIA

Sensacional! Muita cultura literária. Troca de sorrisos, abraços, amizade verdadeira. Irmãos na poesia.










DÉCIMA BIENAL INTERNACIONAL DE LIVROS DE MACEIÓ-ALAGOAS

Tudo arrumadinho... Para ser desarrumado...


Nunca me imaginei numa parede de Bienal em terras Alagoanas... Inundada de amor e poesia.




 Um brinde ao Portal do Poeta Brasileiro


LANÇAMENTO NA PRAÇA PARAÍSO DOS ESCRITORES 






DENTRO DO ESTANDE DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO






É tão gostoso quando uma pessoa, amante da literatura, como a Maria José, esposa do João Gomes, chega de mansinho e escolhe um poema da gente para ler num Sarau dentro da Bienal de Alagoas. Fiquei muito feliz.


Recebi a visita de Isabel Pernambuco, do grupo SPINA, uma alagoana muito arretada. Encantada com a acolhida deste lindo povo nordestino.



Tive o prazer de conhecer aleatoriamente o poeta Professor Leonel, alagoano, que se apaixonou pelo SPINA.


Esta jovem veio de longe olhando para a estante, ao chegar pertinho disse que gostou muito da capa dos Girassóis Poéticos, que queria o livro para ela. Eu me apresentei como a autora do mesmo e comecei a falar sobre o SPINA. Declamei alguns poemas e ela ficou encantada. Levou o livro, é claro. 

"VISITAS ÀS ESCOLAS"

SEMANA LITERÁRIA NA EMEF EDU CHAVES, PROJETO ONDULAÇÕES
A EMEF EDU CHAVES, através das coordenadoras Pedagógicas, Diretora e Professores contatou a Presidente de Honra do Projeto OndulAçoes: Tereza Azevedo, para fazer parte da Semana Literária. A escola nos recebeu com muito carinho, alunos e profissionais de primeira linha. Tudo muito organizado e alunos interessados. Para mim, que fiquei com os adolescentes de oitavo e nono ano, que fiz três palestras, durante o dia, foi uma experiência inusitada. Minha parte foi falar sobre os poemas minimalistas, dando destaque ao SPINA, criado por Ronnaldo de Andrade. Hoje semeamos promessas de futuro. Estou imensamente feliz com o resultado. Convite feito e já aceito. Voltaremos.








MINHAS PUBLICAÇÕES DE SPINAS NO JORNAL ELETRÔNICO DA ALPAS, ACADEMIA ONDE OCUPO CADEIRA DE IMORTAL, NÚMERO 47, PATRONO OLAVO BILAC, EM CRUZ ALTA, RIO GRANDE DO SUL.









RASCUNHO - EM CONSTRUÇÃO

SPINA (Nova Forma Poética)

PERMITA-SE

Mesmice te prende?
Abrace a teimosia,
ouvidos de criança.
No risco moram as oportunidades,
o medo nos mantém prisioneiros.
Abrace uma ideia com esperança,
saia daquela zona de conforto:
pequeno passo cria a mudança.
Liz Rabello

SEDUÇÃO
Ternura... paradoxal vitória,
pós indomável tempestade,
varrendo tímida madrugada.
Chuva, vento, granizo, raios, trovões,
barro marrom num verde gramado.
Orvalho matinal na folha molhada.
Cristais ao Sol... Poética sedutora...
na folha de bananeira despenteada.
Liz Rabello


2 comentários:

  1. Parabéns, Liz! Tudo muito belo! A arte salta aos olhos.Gostei demais! Beijo.

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  2. Obrigada Beth por sua apreciação e comentário. Vindo de uma estrela da palavra é muito lisonjeador.

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