METALINGUAGEM DA TROVA
A Metalinguagem, ou função
metalinguística, é um recurso literário. A Metalinguagem é a linguagem que
descreve sobre ela mesma. Ou seja, ela utiliza o próprio código para
explicá-lo. A metalinguagem nada mais é do que a preocupação do emissor
totalmente voltada ao próprio código que está sendo utilizado. Isso quer dizer
que o CÓDIGO é o tema da mensagem ou, então, ele é usado para explicar sobre
ele mesmo.
ANÁLISE DA POSTAGEM
A sexta não é trova porque
conteúdo não rima com absurdo. (Liz Rabello)
E eclética não rima com métrica.
O segundo verso tem apenas 6 sílabas. A consoante muda não pode ser contada
como sílaba sonora. Então o ab elide com o do anterior: "
che-ga-per-to-doab-sur-do " (Adilson Gonçalves).
Vale ressaltar na terceira trova
do Luís Otávio o uso de "como a trova"... (Liz Rabello)
Sim, isso é importante. A
história do veto ao como é recente. Eu não concordo, como já disse... (Adilson
Gonçalves)
As cinco trovas seguem dentro do TEMA: TROVA, mas não servem como exemplo de trovas metalinguísticas. O paradoxo da postagem é que o único poema que tem a função metalinguística é o sexto, uma quadra, que especula sobre a não trova, negando todos os preceitos da trova, na sua criação.
Pode-se definir “metalinguagem”
como a linguagem que comenta a própria linguagem, fenômeno presente na
literatura e nas artes em geral. O quadro “Van Gogh pintando girassóis”, de
Paul Gauguin, é um exemplo de metalinguagem, porque mostra o pintor no momento
da criação.
Um bom exemplo de metalinguagem
nas artes é a obra “Drawing hands” (“Desenhando mãos”), de Maurits Cornelis
Escher. A técnica usada é a litografia, processo de reprodução que consiste em
imprimir sobre papel, por meio de prensa. Dizem que o artista usou a sua
própria mão direita como modelo para ambas as mãos representadas na gravura.
Portanto, é um desenho mostrando o ato de desenhar.
O EXERCÍCIO DA CRÔNICA
"Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um assunto qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado."
Predomina nesse texto a função da
metalinguagem, que se constitui nas dificuldades de se escrever uma crônica por
meio de uma crônica.
OUTRO EXEMPLO
"Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista."
LAJOLO, M. Do mundo da leitura
para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato do texto discorrer sobre o ato de leitura.
PESQUISA
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