QUARENTENA NO MEU PARAÍSO - DE FEVEREIRO DE 2020 A MAIO DE 2021
PRESENTE QUE GANHEI DE DEUS: Suco de frutas: Tangerinas com acerolas colhidas do pé. Vieram incrementar meu lanche da tarde... Gratíssima ao Criador. Não me falta nada!
FLORES E FRUTOS DO MEU POMAR NO PARAÍSO
FLORES NO PÉ DE GOIABA , NA CERCA VIVA, NO PÉ DE MAÇÃ
..
MAÇÃS, GABIROBAS, PITANGAS, MEXIRICAS, PÊSSEGOS, AMEIXAS, MANGAS, PERAS, GOIABAS, BANANAS, LIXIAS. ABACAXIS, ACEROLA, AMORAS, ABACATES, FIGOS, FRUTA DO CONDE... E TUDO VIRA DOCE, BOLO E ALIMENTO PARA MARITACAS, BEM-TE-VIS E UM MONTÃO DE PÁSSAROS... TODOS OS FUNCIONÁRIOS DA AGV JÁ EXPERIMENTARAM MANGAS DESTA VELHA MANGUEIRA, AGORA, PERAS? NEM EU!
NOSSOS SAGUIS DE ESTIMAÇÃO
A
chácara de baixo foi vendida. Os novos proprietários vieram com a moto serra.
Derrubaram muitas árvores para a construção da moradia. Ficamos tristes. E
agora? Como vamos dialogar com os saguis? O Nicholas mostra banana e os leva
até a mesinha improvisada no meio do bambuzal. Larga o alimento por lá.
Afasta-se e eles vêm se lambuzar. Pensávamos que tudo estivesse perdido. Pois
bem, os rapazes viajaram a São Paulo e eu sozinha, coloquei as roupas no varal.
Quem faz esta tarefa é o cuidador dos saguis. Eles reapareceram. Um bando feliz
e me chamando tão alto que era impossível não ouvir, mesmo para mim. Voltaram à
rotina. Como é bom esta troca solidária.
Liz Rabello
Os novos vizinhos estão destruindo todas as árvores do fundão
da chácara. Ontem chorei de aflição. Arrancaram árvores nativas que davam
acesso ao bambuzal. O Rodrigo e o Nicholas improvisaram novo comedouro
utilizando uma escada de metal. Os saguis confiam na gente. Vieram e se
alimentaram. E de quebra, usaram uma amoreira de galhos secos como trampolim até o bambuzal. Eles viram os saguis desesperados. Mas ficaram com a trena e o
trator arrancando tudo quanto era árvore. O dono com a Moto Serra. A mulher,
sem noção, dizia: "Vamos levantar um muro e replantaremos." Como se
os saguis pudessem sobreviver. E esperar. Chorei. Olha só... Não tem mais nada.
Liz Rabello
Diante da criatividade
dos pequeninos, os rapazes improvisaram um bambu trampolim. Deu certo. Foi só colocar bananas que os nossos amores
entenderam o recado. 🌹🍌🌹🍌
Novo comedouro pronto. Meus abusados saguis felizes da vida e eu mais ainda
🌹🍌🌹🍌
O Rodrigo Brandao passou a
manhã toda improvisando uma cerca de bambu.
À tarde os saguis vieram se alimentar... Podemos mudar o ambiente, sem
que nossos amiguinhos percam a confiança em nós. Que alegria!
Temos que nos preparar para o Covid. Corpo e mente. Boa
alimentação e otimismo. Alma e coração. Fé, amor ao próximo e a si mesmo.
Liz Rabello
MEU DESJEJUM
Se eu não ficar bem, não será porque não me
cuidei... Isolamento total porque quem tem respeito a si mesmo e ao próximo não
arreda pé do que a Ciência pede, nem dá trabalho aos anjos que nos protegem...
Eis meu pé de pêssego carregado
de futuro. Hoje tem muitas maritacas namorando e se alimentando de ameixas.
Ficam quietinhas comendo, mas quando o vento balança roupas no varal, fazem um
escândalo. Voam ordenadamente em bandos.
COQUINHOS
Os esquilos espalharam coquinhos pelo chão. Iniciaram o jogo. Cirilo atacou de zagueiro, Vareta contra atacou. Focinho pra cá... Focinho pra lá. Nenhum gol. Só a minha sala é que se encantou de pequeninas bolinhas de amor.
Liz Rabello
FAKE NEW
Da janela do meu quarto
Espreito a vida lá fora
Vento balança cortina
Levanta poeira da rotina
Eu aqui escondida
Vida lá me convida
"Vem aqui"
O Covid não está aqui!
Liz Rabello
QUARENTENA COM VISITANTES INESPERADOS... PAPAGAIOS NO PE´DE GOIABA, BEIJA-FLORES NAS FLORES E TUCANOS NO PÉ DE CAQUI DO VIZINHO... (Fotos de Nicholas Bettoni)
PAPAGAIOS E TUCANOS SE ALIMENTANDO NO MEU POMAR
No bambuzal mora uma família de saguis. Além de batermos um
papo ainda fotografei o casal. Simpáticos e arteiros. Ágeis serelepes de bambu
em bambu... ❤️🌹❤️
Dia de varrer folhas de outono. Limpo à direita,
vento carrega à esquerda. Trabalho sem fim. Nos entremeios fotografo para
registrar o gramado. Limpo. Cena linda de se ver. Amo de paixão. 🌹❤️🌹
PÔR DO SOL NO MEU PARAÍSO
RECEBENDO
DO CRIADOR SUAS DÁDIVAS...
Não
plantei. O pezinho de tomate surgiu do nada. Alguma semente desgarrada. E eis
que no meio do gramado o pé de tomates brota e cresce sem querer e com a força
do dom de Deus, os frutos começam a mostrar suas garrinhas poderosas de
gratidão. E eu me sinto totalmente feliz!
JUJU OBSERVANDO O CRESCIMENTO DOS TOMATES
GRATIDÃO
Aceito
da vida o que ela pode me dar
O
que vem é bem-vindo e vou respirar
Aceito
migalhas passarinhos a voar
Pelos
ninhos repletos de fome a mostrar
Caminhos
tortuosos de prazer
Cantinhos
quentes com medo tecer
Desejos
plenos de sonhos viver
Aceito
do mundo o meu ganha pão
O
que vem do trabalho tem cheiro de paz
Aceito
a certeza do amor que ele traz
Pelas
noites bem pagas de sonhos a mais
Caminhos
retos de muito prazer
Cantinhos
quentes sem fome colher
Desejos
fortes de realidade viver
Aceito
da fé esperança verde Liz no olhar
O
que vem dos sorrisos da alma a espiar
Aceito
notas musicais e cantigas soprar
Pelas
luzes que hão de vir a indicar
Caminhos
novos a me enriquecer
Cantinhos
quentes sem medo acender
Desejos
meigos de amor amanhecer
Liz
Rabello
JUJU SABOREANDO O PRAZER DE COLHER
JUJU SABOREANDO O PRAZER DE COMER O QUE MAIS GOSTA: AZEITONAS COM TOMATES, REGADOS À AZEITE DE OLIVA
MAIS COLHEITAS
MEU PARAÍSO TRANSBORDA FLORES... PEGUE-AS PRA VOCÊ
TANTO NA CHÁCARA COMO AQUI EM CASA, OS MANACÁS ESTÃO FLORIDOS... QUE ABUNDÂNCIA DE FLORES
PRO CÉU, UM AVISO: É DIA DE COLORIR A VIDA PRO CHÃO, OUTRO: EIS O TAPETE QUE DEUS NOS RESERVOU
MEU PARAÍSO TRANSBORDA FLORES... PEGUE-AS PRA VOCÊ
Esta linda casinha saída de conto de fadas é uma lixeira coletiva para recolhimento de lixos orgânicos. Alegra meus olhos de ambientalista!
Visitar
meu paraiso é voltar carregada de energias positivas. Verde que não acaba mais,
flores a perfumar todos os cantos. Dá uma olhada na primavera ao redor da
lixeira coletiva do condomínio... Lindíssima! De encher os olhos! E perfumar a
alma!
Espia a
quantidade de botões para florir. Este Manacá 2019 promete!
As
nuances do verde me enlouquecem de alegria
EIS QUE
NÃO CONSIGO IR ATÉ A MINHA CHÁCARA E ELA É QUE VEM PARA MIM... Bendita
tecnologia que nos aproxima do distante e nos deixa feliz!
Flocos de
neve
Flores
dançantes
Algodão
doce na serra
Liz
Rabello
A FELICIDADE TEM COR... É AZUL 💙💙💙💙💙
Brindar a vida com um bom vinho... 🌹 Tudo de bom no meu paraíso 🌹🌹🌹
A FELICIDADE TEM COR... É VERDE 💚💚💚💚💚
Que frutinha é esta? Tem tamanho de jabuticaba, gosto de goiaba. Pé de fruta de pequeno porte. É uma delícia e dá frutos o ano inteiro... Degusto, aprecio e não sei o nome 💚💚💚💚💚
Oi Liz, essa é uma frutinha do gênero Campomanesia, vulgarmente conhecida como Gabiroba. Esse genero abrange mais de 170 espécies de frutas nativas do Cerrado, do semiárido e da Mata Atlantica. Dessa quantidade se dá a confusão nos nomes. Os nomes Araçá, Gabiroba, Uvaia, Sete capotes, designam algumas dessas espécies, de acordo com a região. No caso da foto que vc postou, é uma Guabiroba (Campomanésia Pubenscens). Mas pra ter certeza mesmo da diferença com o Araçá é simples: O Araçá quando maduro, fica avermelhado. Guabiroba fica amarela. È parente da Gaioba, do Cambuci e da Grumixana.
Punky A Lenda
O araçá é uma fruta da mesma família da goiaba, por isso apresentam semelhanças. Fazendo parte da mesma família da jabuticaba e da goiaba (família Mirtacea), o araçá é uma fruta que possui espécies variadas.
Marta Paes
A FELICIDADE TEM COR... É AMARELA 💛💛💛💛💛
A FELICIDADE TEM COR... É UM ARCO-ÍRIS 💚💛💜💜❤️
Algodão doce no topo da árvore...
Brilham pingos de branco na paisagem verde verão do meu paraíso
Tenho uma paz que não sei de onde vem... Vou fluindo dentro dela, mais me deixando carregar do que a levando, flexionando-me nas mãos da criação divina, agradecendo e fazendo a única coisa que sei fazer: AMAR
AMANHECER NO PARAÍSO ÀS SEIS DA MANHÃ
AMANHECER NO PARAÍSO ÀS OITO DA MANHÃ
AMANHECER NO PARAÍSO ÀS NOVE DA MANHÃ
Flores do meu paraíso🌺🌺🌺
AMANHECER NO PARAÍSO ÀS DEZ DA MANHÃ
Hoje a piscina estava assim. Água cristalina. Banhei meus pés, meu corpo, como em batismo. Aos poucos. Agradecendo... 🌺🌺🌺
UM ILUSTRE VISITANTE
Estava empolgada com a belíssima paisagem do meu paraíso
quando me deparei com um visitante meio estranho...
DE REPENTE OLHA SÓ QUEM ME APARECE PELA FRENTE!
Alguém aí para arriscar a espécie deste gambazinho/capivara/ quati/ saruê/ tamanduá/ não sei o quê?
No paraíso tem coruja, (já a fotografei namorando um bibelô de porcelana) aranhas de montão, pererecas e sapos, três lagos repletos de peixes
coloridos (carpas), lagartos, guaxinim, tucanos, frangos e galinhas dos vizinhos, araras, coelhos do mato,
pássaros de várias espécies... Tanto que uma das ruas foi batizada com o nome de Beija-flor e a minha é Rua João de Barro, com direito a casinhas de barro no poste, que eu alegremente a chamo de "Meu Poste, Minha Vida". Até cobra já vi, mas esse aí nunca!
Por lá tem até este morador que ali estava quando nós chegamos, que não adianta reclamar porque toda sua linhagem já acampa no jardim por dezenas de anos. Tem vovó, filhinhos, mamãe. Pai que é bom, num sei não!
Tem borboletas e beija- flores que fazem ninho na varanda.
Os Beija-Flores decidiram fazer prédios de dois andares num mesmo galho... Meu ninho, minha vida... Tô perdida! Vou contratar um advogado para reintegração de posse... 🌺♥️🌺♥️
É TUDO TÃO BELO QUE ME FEZ PARODIAR
ODE A GONÇALVES DIAS
Minha chácara tem palmeiras
Na entrada do portal
Tem canto de sabiás
Que gorjeiam tal qual lá
Tem flores e gramados
Verdes montes acolá
Bem-te-vis, João de barro
Acompanham os sabiás
Beija-flores tecem plantas
Festejam com alegrias
As varandas dos quintais
Só é preciso arar
Para o sonho alimentar
Só é preciso cuidar
Para as flores vir plantar
Só é preciso alegria
Para sentir euforia
Vibração da minoria
Que ainda consegue ver
Que ainda consegue ler
Que ainda consegue versejar
Lindos versos, num poeta acreditar
Liz Rabello
Perco-me na paisagem e me visto de flores
É verde que não acaba mais... Sou formiguinha na paisagem majestosa das árvores milenares do condomínio...
Ao sol do meio dia ou ao entardecer... A paisagem é sempre bela!
Nada de tempo ruim, chuva ou sol, as flores agradecem!
Tem dálias gigantes, orquídeas lindas, manacás da serra, um montão de primaveras...
Tem lichia!!!!!!! Que delícia!!!!!
Tem frutos apertitosos e suculentos
E eu subo nas árvores mais altas para catar frutas e me deliciar com elas...
Colho maçãs e faço doces
Colhemos o abacaxi que o Nicholas Betoni plantou. Namoramos
cada centímetro de comprimento em seu carinhoso crescimento. E agora? Quem vai
ter coragem de comê-lo? Fico me lembrando de minha infância. Galinhas botavam
ovinhos, que chocados transformavam-se em pintinhos de penugens fofinhas e piar
pedinte. Como eu os amava! Ninguém ia pra panela.
Liz Rabello
Sou muito feliz por lá, torcendo pra seleção, ficando lelé da cuca fazendo quentão, dançando carnaval, jogando uma pelada com meu neto na quadra ou "roubando" abacate dos vizinhos ... E levando uma abacatada no rosto...
Em uma das trilhas mais desertas tem cogumelos
gigantes e até uma cabana abandonada...
MAS ESTE CARA AÍ EU JURO QUE NUNCA VI!
SERÁ ELE UM TAMANDUÁ? UM SARUÊ? UM GAMBÁ?
ARRISCO MAIS DIZER QUE É UM QUATI...
CAMINHADAS
PARQUE TORONTO - JANEIRO DE 2019
DE BRAÇOS ABERTOS PARA ABRAÇAR A VIDA
LEMBRANÇAS AO PÉ DO OUVIDO
Em nossa casa, mamãe comprava os bichinhos vivos e após matá-los, nos oferecia um delicioso jantar. Na hora da fome não dá para questionar. Certa vez trouxe uma patinha toda branquinha e tagarela. Ligeira escondeu-se debaixo de minha saia e de lá não mais saiu. Quando o susto passou e mamãe desistiu de assá-la no fogão à lenha, resolveu me adotar. Brincamos de esconde-esconde. De pega-pega e eu a batizei de Patoquinha... A patinha corria abrindo as asinhas e voava acima das águas do verde lago, que ficava no fundo do terreiro. Dormia embaixo da minha cama e eu a escondia no meio dos meus trastes e cadernos e livros escolares. Ela me ajudava nas lições, porque era pra ela quem eu lia, quando queria ganhar o concurso de leitura com microfones criativos a base de latinhas de massa de tomate amarrados num cabo de vassoura. E quando aconteceu de ganhar o concurso foi para ela quem mostrei o meu primeiro diploma, uma cartolina branca impressa num mimeógrafo a álcool e recortado com tesoura de picotar. Patoquinha foi minha mascote por dez anos e me deixava completamente feliz.
Liz Rabello
Histórias do coração ... A professora que promovia o
concurso de leitura com microfones feitos com latinhas de massa de tomate
amarradas a um cabo de vassoura, era eu. A menina adotada pela patinha tagarela
era a Giovana Maciel... Minha linda amiga eu te amo
O PARQUE É BELÍSSIMO, MAS ESTÁ MUITO ABANDONADO POR CONTA QUE O ATUAL PREFEITO DA CIDADE DE SP COVAS NÃO CUMPRE COM SUAS OBRIGAÇÕES
AQUI EXISTIA UMA PONTE DE MADEIRA QUE LIGAVA UMA MARGEM À OUTRA DE UM LINDO LAGO AZUL... HOJE É APENAS MATO!
CAMINHADA EM FEVEREIRO DE 2019
O NOME DO PARQUE NASCEU DESTAS BELAS ÁRVORES ORIGINÁRIAS DO CANADÁ, CUJAS MUDAS VIERAM DIRETAMENTE DE TORONTO... NO OUTONO ESTAS FOLHAS VERDES TORNAM-SE COLORIDAS DE UMA BELEZA ESTONTEANTE.
CAMINHADA MATINAL NO PARQUE PELEZÃO NO CITY LAPA
ZONA OESTE DE SÃO PAULO
Caminhada no Pelezão
Depilando pelos do coração
Energizando a Paz
Brincando com a vida de ser feliz
Liz Rabello
PENSANDO NESTA BOLA...
Sintam o perfume das camélias,
o aroma da rosa solitária,
a
beleza dos Coqueiros,
penetrem no azul dos campos de Hortências, no arco-íris de peixes na fonte a jorrar,
respirem o ar
da manhã ensolarada
Silêncio!!!! Ouçam os cantos suaves de passarinhos e se enfeitem comigo de flores do Manacá da Serra.
Gratidão! Oh, Criador, quanta beleza em ti existe!
Liz Rabello
Minha insignificância diante das belezas do Criador
Eis minha prisão... É aqui que encontro a liberdade...
Verde que não acaba mais...
Caminhar paradas pra tirar fotos é o mesmo que comer
morangos com leite "CONDENADO" a nos deixar engordar... 💋
CAMINHADA MATINAL NO PARQUE TORONTO - CITY AMÉRICA
DIA NUBLADO, MAS DEUS NOS AGRACIOU COM SUA LUZ E HARMONIA...
PLUMAS, VENTANIA, ÁGUAS LÍMPIDAS E MUITO CARINHO DO CRIADOR
Dia nublado Vento corta o céu Nuvens escondem raios de sol Decido que meu dia vai brilhar Tênis nos pés e celular nas mãos Caminho por entre pedras da trilha Plumas do Criador Emolduram meu olhar E eu clico a câmara do celular E mil sorrisos luz alegria vêm me enfeitar
Liz Rabello
A TRAGÉDIA CONTINUA... NÃO TEM FIM
MARIANA MARLAMA
PARAOPEBA PAR (ODIADA)
Fúria de rejeitos da Vale
Desce rio abaixo do córrego do Feijão
Terra arrasada
Cenário de guerra
Passarinhos teimam cantar
Mas os peixes agonizam
Insetos desapareceram das bordas
Poucas espécies de aves
Escondidas na mata
Testemunha do desastre
Cantarolam alienadas
Como se a vida não tivesse sido alterada
Bacia do Rio Paraopeba
Segue implacável para doar
Rejeitos mortais
Ao Pai da vida Chicão
Mídia segue em silêncio
Nada se lê
Nada se fala
Choro ora pro nobis
Das lavadeiras mudas
No doce Rio Doce
Tudo morto em silêncio profundo
Mariana Marlama
Samarco Vale da morte
Tragédia anunciada
Fotografada
Esquecida!
Bichos vivos e abutres "capetalistas"
Migram para outras regiões
Minhas minas gerais
Hoje são minas mortais!
Liz Rabello
ESCOLA NO ESPÍRITO SANTO USA ÁGUA DO RIO DOCE
PARA ENSINAR QUÍMICA E FÍSICA
Lama tóxica
Lama barrenta
Caudalosa lama
Que invade casas, quintais, pastos
Identidades, passado,
Trabalho, cultura perdida
Matas, córregos, rios, mar adentro
Pescadores sem ganha pão
Ondas gigantes em tubos de esgoto
Surfistas choram na areia maldita
Peixes agonizam a sua passagem
Tartarugas perdem habitat
Desovas prematuras não as deixam vingar
Transformando belezas exóticas
Em morte visceral
Enlameando vidas
Matando tudo o que é vida
Deixando sede em tudo que é lugar! Liz Rabello
" ARARAS AZUIS "
SÍMBOLO DE URÂNIA
Araras azuis no entardecer de Urânia. Primaverando minha partida com gosto de quero mais é voltar... Amei demais
Este danado me acuou. - Saia já daqui que eu quero comer...
ADORO VESTIR-ME DE FLORES
SETEMBREI-ME... ACORDEI CEDINHO E FIZ O QUE MAIS GOSTO... DESPI-ME DO INVERNO E COMECEI A COLHER AS CORES E AROMAS DA PRIMAVERA...
NASCER
Descortinar-se de aromas Despetalar-se de flores Desnudar-se de folhas Transitar pelos outonos Arrepiar-se de invernos Ser adubo Voltar às primaveras Nascer e curtir a vida de novo
Liz Rabello
ORQUIDÁRIO DE JALES PELAS MÃOS AMOROSAS DE MARILENE PACHECO
EU E MINHAS FLORES NO PARAÍSO
ARQUITETOS DE DEUS
ARQUITETOS
DE DEUS
Já vem escrito no DNA
Ninguém precisa ensinar
Passarinho tece o ninho
Pra seus filhotes proteger
E a ninhada nascer
E a música do tempo florescer
São arquitetos de Deus
Costuram folhas com amor
Tecem lares sem teares
Usam bicos como agulhas
Que não furam nem machucam
Só carinhos do Criador
E as folhas verdes
Novinhas em doação
Deixam-se estar
Em pronta servidão
Amoldam-se ao novo lar
E respiram pura gratidão
Liz
Rabello
OUTROS ARQUITETOS DE DEUS
PASSEIO DE ESCUNA PELO MAR DE PARATY... CONHECENDO
ILHAS POR PERTO
VESTIR AZUL
Só por hoje Quero o mar em minha pele o céu nos meus cabelos o perfume de lindas flores uma tela de anoitecer Uma cachoeira vertente, nascente pingo d'água onde o azul impera!
Só por hoje Quero um vestido de tafetá transparente pele a mostrar buscando anil prata ao luar e me enfeitar de tardes de verão Iluminar de azul meu coração Deixar rastros de paz no caminhar só para teu amor me encontrar! Liz Rabello
Vou me vestir de azul Pra teus olhos iluminar Para meu planeta Encantar Soltar a voz Cantar Esperança No olhar Voar!
Liz Rabello
Quando você se sentir sozinho, pegue o seu lápis e escreva. No degrau de uma escada, à beira de uma janela, no chão do seu quarto. Escreva no ar, com o dedo na água, na parede que separa o olhar vazio do outro. Recolha a lágrima a tempo, antes que ela atravesse o sorriso e vá pingar pelo queixo. E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas, pegue as palavras que lhe fizeram companhia e comece a lavar o escuro da noite tanto, tanto, tanto... até que amanheça”
(Rita Apoena)
Mar calado, noite densa
Nenhuma onda gigante se manifesta
Palavras são redemoinhos ausentes
Pedregulhos pousados no fundo do mar!
Corpo em pausa, corpo neutro
Nenhum som de encanto te faz acordar
Palavras são notas desafinadas
Na ponta do penhasco a se equilibrar!
Arrepio na coluna...É o vento
Trazendo cantigas de um tempo lá atrás
Palavras agora exalam novos aromas
Perfumes mesclados a sabor e a paz!
Coração se exalta, enrubesce o rosto
Desejos mansinhos de vida a voar
Palavras nascem querendo acordar
Aurora repleta de sonhos a vivenciar! Liz Rabello
APÓLOGO AO NOSSO PLANETA!
Há um futuro
Além do tempo
Lilás azul verde esperança!
Só consegue vê-lo quem se sente
num universo a desvendar
dentro do relógio do tempo
abrindo folhas do passado
lendo histórias do presente
medindo forças com sonhos ausentes
fazer valer a pena o tempo atuante!
Costurando silêncios noturnos
Idealizando ecos
reflexos de espelho
caminhando para um futuro
Imaginário
que só o Coração consegue captar! Liz Rabello
Um por do sol
Um barco a navegar a esmo
Na imensidão do mar!
Um único ser humano impotente
Diante de tanta beleza
Me faz pensar
Que não adianta a gente querer tanto
Os outros a nossa volta,
Porque sempre haverá este instante
De encontro do nosso eu com o infinito! Liz Rabello
AUTO SUSTENTABILIDADE
Pode o homem capinar
Pode o homem destruir
Pode o homem matar
Pode o homem incendiar
Pode o homem asfaltar
Aqui a vida morre
Acolá ela renasce
Firme forte equilibrada
Basta o homem à natureza
Deixar a sua morada! Liz Rabello
Aqui onde a lua
Respira sal
Estrelas dançam
Nas ondas do mar
Colho paz
Imensidão
Tal qual areia
Que o vento leva
Pra qualquer parte
Ou pro fundo do mar Liz Rabello
CANTINHO DE CONTEMPLAÇÃO
Hoje quero a luz do sol
O marulhar da água
Um barco a navegar a esmo
Uma manhã de alegria
Folhas a cair dos galhos
E eu... bem quietinha
A olhar o azul do mar,
O vento a roçar
Pulmões a respirar
A alegria de viver
E sentir e amar a vida
Como ela é
De uma rede
De contemplação! Liz Rasbello
Paraty,
Rio de Janeiro, um lugar onde a História parou.
Mistério no reflexo das águas
Sol, brilho, luz que reluz!
Sombras se cruzam com mágoas
Dilaceram e desfazem em lágrimas!
Galhos retorcidos em quimeras
Imagens, mosaicos sem encaixes
Árvores que se chocam no universo
Céu azul, anil, verde musgo a tecer
Esperanças
Liz Rabello
POR DO SOL NO CAIS DE PARATY
BORRÕES DE AMOR
Por trás dos montes nuvens se agitam
Compõem desenhos de cor em degradê
Mágicas canções em notas multicores
formam-se agitadas ondas em nuances
Antes da lua prateada sondar a escuridão
O sol nos leva para outras dimensões
Uma tempestade de cores se forma no horizonte
Aos nossos olhos autênticos borrões de amor! Liz Rabello
DEIXAR-SE ESTAR
Sentar-se num banco qualquer
Permitir o tempo passar
Levar saudades pro mar
Trazer o novo de lá
Quebrar-se aos pés a molhar
Ziguezagueando uma canção
Cortante de ventos a uivar!
O tempo destrói a vida
Que segue e volta
Retorna à vida
Como ondas do mar em nossos pés
Não há como fugir
Deixar-se estar
De pés molhados
A bailar e viver!
Liz Rabello
POR DO SOL EM ALTO MAR (Foto de Liz Rabello)
RAIOS DE LUZ
Que venham ecos de montanha
Raios de luz nas manhãs geladas
Puros reflexos na água parada
Encantos das auroras reiniciadas!
Que venham azuis dos mares
Transparentes e límpidos olhares
Que nada é perdido no tempo
Ventos uivantes nos penhascos!
Que venham novas memórias
Mandando embora ares poluídos d'outrora
Tempestades riscadas por outros encontros
Relíquias esquecidas de folhas viradas!
Liz Rabello
CARTA PARA A HUMANIDADE
Ubatuba, 21 de Julho de 2018, 17 horas e 17 minutos.
Senhores habitantes do Planeta Terra,
Hoje estive num mar, de águas verdes azuladas, brilhantes de olhares de sol, ondas calmas: Caçandoca, Maranduba, litoral norte de São Paulo. De repente rajadas fortes de ventos selvagens, carregavam para o mar folhas atrasadas de um Outono findo. Voavam pelos ares objetos pequenos, cadeiras de praia, guarda-sóis, toalhas, esteiras, chapéus. Como que para piorar esta mudança brutal no clima até então tão calmo e tranquilo, alguém havia feito uma fogueira, velho hábito de por fogo em galhos secos, que ao leve toque das rajadas do ar em fúria, se alastrava pela mata. Sorte que a direção do vendaval era mar adentro e que o rio cortava o fogo, mas não impedia que o ar infestado nos fizesse passar mal com o cheiro poluído da queimada.
Nosso planeta berra um grito de socorro. Humanidade, escute!
Confesso, senti medo. Muito medo... Confesso que neste dia de encontro de almas pelo planeta todo em prol de uma única prece, mentalização por ações mais responsáveis, não pude deixar de chorar. Fugimos daquele inferno que poucos segundos antes não era mais do que um paraíso na Terra.
À tarde fomos conhecer as cachoeiras de Ubatuba. Primeiro a da Renata, depois, a do Poço Verde. Trilhas pouco frequentadas nesta época de baixa temporada. Era verde que não acabava mais. Pouca chuva. Mesmo assim, ouvindo aqueles sons de água límpida correndo e batendo nas pedras, mentalizo amor, menos dor, mais justiça social, mais responsabilidade com as ações, que possam destruir o meio ambiente. Que neste instante, 21 de julho, as 17 horas e 17 minutos do Brasil, nasçam crianças, de dentro dos velhos homens, que sejam capazes de repartir o pão, de pensar no próximo. Que não queiram o bem só pra si, mas para toda a humanidade. Que sejam de todos o desejo máximo de redenção, de bênçãos, de preces para o bem maior do planeta e dos nossos irmãos,
Liz Rabello
O TAPETE
Nesta rua onde moro
A árvore não é minha
É de todos... É da rua
Mas o tapete que ela cria
Enfeita a calçada,
A minha,
Do outro lado da rua
Onde até o passarinho
Vem cantar
E o sol se esconde
Para não a maltratar
Há quem diga que é sujeira
Flores lindas e cheirosas
Há quem não a queira
Como pode ser assim topeira?
Meus pés descalços a deslizar
Nem o carro deixo por cima passar
Desço a rua devagar
Dou a volta pelo quarteirão
Só para não estragar
O tapete que Deus cria!
Liz Rabello
MEU PARAÍSO
Em meados de 2013 coloquei este poema pendurado em uma árvore. Ali está. Fico feliz é como se outros saboreassem palavras semeadas ao vento...
É tanto verde
É tanta cor
São tantas flores
É tanto fruto
Que a tempestade que se aproxima
Não consegue ofuscar a luz
Liz Rabello
UM PEDACINHO DO MAR SÓ PRA MIM
TRILHA DE LAGOINHA PARA BONETES... OITO ANOS SEM REVER ESTAS MARAVILHAS... OBRIGADA MEU DEUS POR ESTA BÊNÇÃO
MEUS PÉS
Pisam amaciando areia
Driblando pedras
Sentindo o roçar das algas
Encantando lentes
Desaparecendo em águas salinas
Reaparecendo ao sabor das ondas
Graças por momentos mágicos
Graças pela alegria deste
Reencontro micro, macro cosmos
Liz Rabello
Não pise no meu planeta Já está muito devastado Já está muito poluído Dilacerado e corrompido! Há de se cuidar com lealdade Otimismo, fé, criatividade Do pouco que lhe resta Das árvores que ainda estão em pé
Liz Rabello
Eis um micro cosmos do Planeta Terra
Nem deixei meus pés roçarem estas algas
Delicadeza do olhar e da vida
Que se perde e se renova a cada dia
Liz Rabello
UMA ALEGRIA INFINITA E UMA GRANDE TRISTEZA, POIS ESTA PRAIA PÚBLICA PODERÁ EM BREVE SER TOMADA PELA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA... TRANSFORMADA EM PRAIAS PRIVADAS DE GRANDES CONDOMÍNIOS, ONDE SÓ O DINHEIRO PODERÁ COMPRAR ESTAS ÁGUAS... UMA GRANDE TRISTEZA INVADE O OLHAR DE QUEM JÁ SENTE SAUDADES...
CAÇANDOCA É UMA PRAIA LINDÍSSIMA... TERRA REMANESCENTE DE QUILOMBOLAS, QUE SÓ COM O GOVERNO LULA É QUE FOI DEVIDAMENTE DEMARCADA. A DESPEITO DO ÓDIO QUE OS DONOS DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA SENTEM, AQUI É MUITO DIFÍCIL FECHAREM AOS NOSSOS OLHOS ESTA RIQUEZA
MEU AMOR DE NETO, AO MEU LADO, APRENDENDO A VALORIZAR A NATUREZA
FOTOS DE LIZ RABELLO NA TRILHA DAS SETE PRAIAS EM UBATUBA- SP
PINGOS DE OURO
O nome nasceu do improviso
Ao sol o ouro é aviso
Que a verde mureta é abrigo
De pingos de ouro em folhagens
Que pincelam as manhãs de sol
Abraçam as tardes de miragens
E perfumam meus sonhos noturnos
Liz Rabello
PINGOS DE AMOR EM CHUVA
Desabam pingos de amor em chuva
Pra fazer a semente vingar
E dela flores vermelhas, azuis, amarelas
Ao despontar do sol vir a calhar
Depois os frutos maduros
Pingos que satisfazem a sede
E a fome também faz saciar
Liz Rabello
DEGRAUS PARA O TOPO DO PARAÍSO
NA TRILHA HÁ DEGRAUS DE RAÍZES DE ÁRVORES FRONDOSAS...
INGENUIDADES PURAS, BELEZAS ETERNAS!
Desintegrando-se da vida
Nem todas as pessoas perderam a ingenuidade; por isso, nem
todos são infelizes. Quem viveu ou vive assimilado, ingênuo, na existência, não
por burrice ou imbecilidade - pois a ingenuidade exclui tais deficiências,
sendo ela um estado muito mais puro - mas por um amor instintivo e orgânico
pela graça natural do mundo que a ingenuidade sempre acaba descobrindo, atinge
uma harmonia e realiza uma tal integração na vida que merece ser invejada ou ao
menos apreciada pelos que se perdem nos cumes do desespero. Desintegrar-se da
vida corresponde a uma perda total da ingenuidade, esse dom encantador que o
conhecimento, inimigo declarado da vida, destruiu. A vida cósmica, a alegria
pela existência e o pitoresco dos aspectos individuais, o encanto pela graça
espontânea do ser, a vivência inconsciente das contradições - anulando-lhes
implicitamente o caráter trágico - são expressões da ingenuidade, terreno
fértil para o amor e o entusiasmo. Não ter a consciência dolorosamente atingida
por contradições significa conquistar a alegria virginal da ingenuidade,
significa ser incapaz da tragédia e da consciência da morte, que exigem uma
desagregação paradoxal e uma complexidade das mais desconcertantes. A
ingenuidade é opaca para o trágico, porém aberta para o amor, pois o homem
ingênuo, por não se consumir em suas próprias contradições, possui reservas
suficientes para se doar. Para quem conseguiu desintegrar-se da vida, o trágico
adquire uma intensidade extremamente dolorosa, pois contradições não ocorrem
apenas dentro de si mesmo, mas também entre ele e o mundo.
Emil Cioran - Nos cumes do desespero - pág 60 e 61
EM BUSCA DO ZOOM PERFEITO
NO MEU PARAÍSO É ASSIM...
SE É NOITE DE LUA CHEIA... BORA CONTEMPLAR A LUA
E MESMO QUE O MEU CORAÇÃO ESTEJA EM LUTO,
SE É DIA DEUS ME PRESENTEIA COM FLORES...
GRATIDÃO POR SUAS TELAS, SENHOR!
Aceito da vida o que ela pode me dar
O que vem é bem vindo e vou respirar
Aceito migalhas passarinhos a voar
Pelos ninhos repletos de fome a mostrar
Caminhos tortuosos de prazer
Cantinhos quentes com medo tecer
Desejos plenos de sonhos viver
Aceito do mundo o meu ganha pão
O que vem do trabalho tem cheiro de paz
Aceito a certeza do amor que ele traz
Pelas noites bem pagas de sonhos a mais
Caminhos retos de muito prazer
Cantinhos quentes sem fome colher
Desejos fortes de realidade viver
Aceito da fé esperança verde Liz no olhar
O que vem dos sorrisos da alma a espiar
Aceito notas musicais e cantigas soprar
Pelas luzes que hão de vir a indicar
Caminhos novos a me enriquecer
Cantinhos quentes sem medo acender
Desejos meigos de amor amanhecer
Liz Rabello
OUTONO COM SABOR DE PRIMAVERA... UM ARCO ÍRISDE FLORES!
PINGOS DE OURO
O nome nasceu do improviso
Ao sol o ouro é aviso
Que a verde mureta é abrigo
De pingos de ouro em folhagens
Que pincelam as manhãs de sol
Abraçam as tardes de miragens
E perfumam meus sonhos noturnos
Liz Rabello
OUTONO COM SABOR DE VERÃO... O AZUL IMPERA!
Por lá o ar é mais ameno. O céu é mais azul. O verde é mais esperança.
A NATUREZA SEMPRE SE RENOVA... PODE O HOMEM DESTRUIR, DESEQUILIBRAR O MEIO AMBIENTE... CAUSAR DANOS AO CLIMA... SEJA O QUE FOR... TUDO VOLTA A FLORIR. RESULTADO: PÉS DE MANACÁ DA SERRA, DE ABRIL, MISTURADOS ÀS FLORES DE JULHO...TUDO NO MÊS DE JUNHO... FELIZ, EU ME VISTO DE CORES!
CURVE-SE DIANTE DA NATUREZA
Quando fui conhecer minha atual propriedade em São Paulo, junto com meus filhos e o corretor, senti que aquela casa iria ser mesmo o meu novo lar. Adorei a claridade, o sol batendo em todos os cantos, quartos arejados, cozinha ampla, uma belíssima copa para o jantar com a família, uma varanda na frente e um jardim... Hummmmmmmm! Completamente abandonado! Da porta da sala, via-se um poste com muitos fios! Fechei meus olhos para não guardar aquela imagem que não me agradou. Teci folhas, flores, verde, em lugar de tanto cinza! Planejei, inventei, criei, plantei, cuidei. Lá se vão quase vinte anos e meus olhos se deliciam com a paisagem que aprecio tanto lá na frente como nos fundos. Mas (sempre tem um mas...) a lindíssima primavera de folhas dobradas vermelhas cresceu e se tornou uma belíssima árvore, com galhos tortos, retorcidos e pesando, pendendo para baixo e nos impedindo a entrada. Meus filhos e minhas visitas reclamam que é preciso se abaixar para passar por ela e iniciar a subida dos degraus, que está bem na hora de cortá-la! Não! Isto não! Meus olhos marejam só em pensar na possibilidade funesta. Um amigo sugeriu a placa: CURVE-SE DIANTE DA NATUREZA! E eu cedi. Jamais cortarei a minha primavera!
QUEM ABRIRIA MÃO DE ALGO TÃO LINDO?
APÓLOGO AO NOSSO PLANETA!
Há um futuro
Além do tempo
Lilás azul verde esperança!
Só consegue vê-lo quem se sente
num universo a desvendar
dentro do relógio do tempo
abrindo folhas do passado
lendo histórias do presente
medindo forças com sonhos ausentes
fazer valer a pena o tempo atuante!
Costurando silêncios noturnos
Idealizando ecos
reflexos de espelho
caminhando para um futuro
Imaginário
que só o Coração consegue captar!
Liz Rabello
" Que minhas mãos a sustente ao invés de derrubá-la! Que minhas mãos possam arar a terra, semear, molhar, cultivar, podar, colher e se alimentar dela, em lugar de incendiá-la! Que meus olhos possam admirá-la, namorar com ela, fotografá-la, só para eternizá-la na memória e no tempo! Que meu olfato possa se embebedar de cheiros, aromas, alfazemas... Em lugar de se intoxicar do veneno da poluição! Que meus ombros se curvem à sua sombra e respire minh' alma de paz!"
Liz Rabello
DEVOLVER À NATUREZA SUAS VITÓRIAS
Olhar o rio
Água correndo leve
Solta, imponente!
Translúcida manhã
Primaveril
Olhar Vitórias régias
Rainhas da beleza
Rosa escarlate
Roubar suas riquezas
Pra tua mesa ornamentar!
Olhar o céu
Anil azul
Nuvens bailando
Roubar o vento
Pra teus cabelos acariciar!
Olhar a planície
Esperanças vivas
Luzes e cores
Roubar o verde
Pra teus olhos enfeitar!
Apenas Olhar
Desejar e agir: Devolver
Ternuras e beijos
À mãe natureza
Suas vitórias e riquezas!
Liz Rabello
SAL DA TERRA
Somos todos poeira do vento, sal da terra, células que se movimentam, interagem, se refazem, se completam, se transfiguram. Entre o ser ideal que idealizamos e a pessoa real que está a nossa frente, há uma fresta por onde podemos tocar e agir, interferir, ajudar na construção de um novo Eu, que muito podemos amar! Quando aceitamos as pessoas simplesmente como são, sem interferir, sem iluminar com nossa presença, sem questionar, sem tentar a reflexão para a mudança... Não estamos cumprindo com nosso papel aqui na Terra. Há de se ocupar com o Outro! Há de se pensar e agir pelo Outro! Há de se acreditar e sonhar! A grande utopia de ensinar e aprender a viver melhor entre nós e nossos semelhantes, sejam eles, humanos, animais, vegetais... Ou seja nossa morada: o Planeta Terra.
Liz Rabello
MINHA MAIOR ALEGRIA É VOLTAR AO MESMO LUGAR SEIS MESES
DEPOIS E ENCONTRAR OS CARTAZES AINDA EM AÇÃO
JANEIRO DE 2014 CHOVE POUCO, ÍNDICE DE CALOR MAIOR DOS ÚLTIMOS CEM ANOS. VENTOS FORTES, POUCA UMIDADE DE AR E ASSOREAMENTO DOS LAGOS... TRISTE REALIDADE!
Eis um tronco de árvore
Derrubada por mãos insanas
Sua alma se eleva flutuando
Ar puro de montanha
Fustigando luz do sol
Enobrece árvores inteiras
Vestígio de vida que se vai
Diálogo com a vida que retorna!
Liz Rabello
AUTO SUSTENTABILIDADE
Pode o homem destruir Pode o homem poluir Pode o homem matar Pode o homem incendiar Pode o homem asfaltar Pode o homem capinar Pode o homem descuidar Aqui a vida morre Acolá ela renasce. Firme forte equilibrada Basta o homem à natureza Deixar sua morada Não vender a sua alma ao "Capetalismo" selvagem!
Liz Rabello
DES (JEJUM)
Tempestade de ventos
Galhos secos tombam
Mortos carregam vestígios de vida
Embelezam árvores inteiras
Raízes se retorcem, se encaixam
Numa crescente onda de vertigem
Tesão descontrolado na paisagem
Vida multifacetada de
incertezas!
O verde em volta inspira cor
Mortes e mortes se alastram
Ninhos de pássaros se escondem
É a vida querendo a vida por toda parte!
Liz Rabello
Saudades de temperatura
amena, de barulhinhos gostosos de chuva caindo no telhado, de cheiro de terra
molhada... Saudades de me sentir amiga e irmã da natureza. Ando me sentindo
mal, ausente dela, de mãos desatadas... Triste!
Chuvinha fresca
Bate no telhado
Escorre pelas calhas
A marulhar saudades
A embaralhar verdades
Terra molhada
Cheiro saudável
De vida eterna
Iniciada
Não terminada
Distante
Difusa
Ilusão
Matéria
Barro
Tudo destruído pelos
homens!
Liz Rabello
EM PLENO PERÍODO DE ESTIAGEM LONGA E MEU POMAR ESTÁ ASSIM... DEUS SEJA LOUVADO!
CAMINHOS PARA O MEU PARAÍSO
ESTRADA DO VINHO, BUNJIRO NAKAO, CONDOMÍNIO... PASSOS PARA CHEGAR AO PARAÍSO... ENCANTAMENTO DE CORES E ODORES, BELEZA E LEVEZA... ALMA EM PAZ!
RUA JOÃO DE BARRO... UM TAPETE DE FLORES PARA ME RECEBER...
VOCÊ JÁ VIU UMA ÁRVORE NO MEIO DA RUA? POIS É...
LÁ NO MEU PARAÍSO, TEM! É LINDA DEMAIS!
AMO PAISAGENS PINTADAS POR DEUS... E AMO MEUS OLHOS PORQUE CONSEGUEM VISUALIZAR A FOTO ANTES DE REGISTRÁ-LA.
ENCANTADA COM A TEXTURA DESTA VELHA ÁRVORE... MUITO BELA!
NEM SÓ DE INDIGNAÇÃO POLÍTICA VIVEMOS... HÁ CAMINHOS DE FLORES...
DIA CINCO DE JUNHO - DIA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE
Meio ambiente é o meu jardim
O gramado verde molhado com cheiro de jasmim
Mas é também a estrada cinza de asfalto quente
Salpicado de óleo e restos de petróleo
Meio ambiente é a minha varanda
com primaveras que se multiplicam pelas bandas
Mas é também cinzas que sobram das queimadas
Insanas que desandam as matas
Meio ambiente é tudo o que eu crio
Ou que me aproprio sem dó nem piedade
Mas é também minha reflexão
Meu desejo de salvar e equilibrar minhas vontades.
Está lindo o seu blog, Liz. Parabéns!
ResponderExcluirObrigada Rosana Nóbrega.
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