ALÉM DAS PEDRAS
De tempos a tempos, me atiram pedras. Chegam de quem menos espero. Como ondas gigantes do mar a bailar, eu rochedo a me quebrar. Palavras tortas sangram rios, torrentes de revoltas! Não as quero ouvir, pois sempre meus olhos buscam além das pedras, muito embora elas sejam jogadas em mim como água benta, tentando polir arestas. Mil vezes repito: Podem jogá-las, ainda construirei um castelo! À porta de ferros, um jardim de pedras. De minha mente, gramado verde a florir intensamente e fazer valer a vida!
Liz Rabello