quinta-feira, 3 de setembro de 2015




DOR

Um barquinho de papel se desfez no mar azul
Uma vida de bebê que se acabou junto a mais de mil
Esperanças que se fazem perdidas na torre de marfim
De povos e terras e religiões sem fim.

O que podemos esperar de humanos incapazes
De compaixão por famílias que pedem socorro
E são tratados de forma desumana assim?
Por Deus quanta miséria, quanta dor!

Abrir os braços e aceitá-los é assim que se faz
A quem deixa pra trás toda cultura e vai em frente
A procura de um novo lar... De uma nova terra... 
Como meus antepassados fizeram... Há  um século atrás!


Liz Rabello