CÍRCULO VICIOSO
Fotografei a aurora
Ao clicar já era manhã
Fotografei o orvalho
Ao clicar já era água
O sol desbotara a noite
O sol desfiava a neblina
O sol delirava o dia
Fotografei a manhã
Ao clicar o frio já era quente
O sol aquecia o ar
O sol temperava a luz
O sol desmanchava trevas
Fotografei a tarde
Ao clicar o vento bramia
Mandava para longe
Folhas de um girassol
Fotografei a chuva
Que escondera o pôr do sol
Que o Arco Íris cambiou
Ao leve sol que voltou
Fotografei a noite
Ao clicar a lua advertia:
Mandava chamar o meu amor
Porque já era hora bem perto da hora
De se encontrar com o dia!”
Liz Rabello - Poema escrito no Workshop de Carloz Torres,
no Armazém da Cidade, em São Paulo, Vila Madalena
DENÚNCIA
Liz Rabello
LIBERDADE
Não há ninguém que não a queira
Nem alguém que dela não seja prisioneiro
Liz Rabello
DENÚNCIA
Faltava apenas uma inscrição para que a Oficina fosse realizada. Eu me inscrevi e paguei duzentos e cinquenta reais pela vaga. A oficina aconteceu com a promessa que no final do curso um livro seria publicado com fotos e também os poemas numa Antologia de PHOTOPOESIA, pela Editora Essencial. Porém, ao término dos encontros não havia material suficiente para que o livro acontecesse. Entramos todos num acordo comum, a Editora Essencial, através de Carloz Torres, nos prometeu que faríamos parte do próximo evento que já estava em vias de acontecer. Dito, combinado, mas não cumprido, porque no início deste ano, 2018, o livro ÍRIS DO AMANHECER, não registrou minha poesia, EXCLUINDO-ME de uma Antologia que paguei para participar.
Liz Rabello
Saudade é o que fica
No ponto curvo do horizonte
Onde a paisagem desatina
A esfumar o perfil de quem partiu
LIBERDADE
Não há ninguém que não a queira
Nem alguém que dela não seja prisioneiro
Liz Rabello
Quero nuvens pra remontar pedaços,
Estrelas pra colar mozaicos
Infinito pra deixar mensagens
Eternidade caminhos afora
Um livro é uma oportunidade
De se viver além do próprio tempo!
(Liz Rabello)
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