segunda-feira, 19 de dezembro de 2016



PALAVRAS
Palavras são como pássaros... Voam em todas as direções... E se encontram rios, criam pontes... Onde o Amor vai e vem!

Palavras são como vento... Naufragam no pensamento... Passam pelas frestas entreabertas das janelas... escancaram portas fechadas... enternecem corações!

Palavras são como as águas... Correm pelas curvas das calçadas, pelos declives do caminho, em busca de um ribeirinho... Mas se juntam a outras águas, para unir as multidões!

Palavras são como as cores... Arco-íris leste/oeste... tingindo o branco de tons e o preto de brilho... Amanhecendo a aurora com a luz da madrugada... tecendo o entardecer de rubro anil... sorrindo para a vida que dorme logo ali...

Palavras é como a música... Alimenta a alma... Rejuvenesce o espírito... Amadurece o coração do jovem para entender o verdadeiro sentido da vida! Palavras só podem ser usadas com Amor.


Liz Rabello

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ATENÇÃO URGENTE!

A NASA confirmou agora!!! HOJE, DIA 13/12/2016, ao fim da tarde, o céu vai ficar muito escuro. É um fenômeno interessante chamado "NOITE"... Pare com tudo o que estiver fazendo para “OBSERVAR”. Este fenômeno acontece diariamente em minha chácara. Gosto de observá-lo na beira do lago. É de uma inimaginável beleza, cores douradas se misturam ao azul do céu, refletem na água esverdeada do lago... Os peixinhos dançam uma canção de luz e sombra... Emitem sons quase inaudíveis aos ouvidos humanos, enquanto os pássaros dançam no céu a melodia do entardecer! Nosso olfato se veste de perfumes de damas da noite, que começam a se abrir numa canção de entrega, sensual! A noite chega e carrega consigo todas as cores, mas ainda assim vagalumes brilham luzes na escuridão! É maravilhoso!
Liz Rabello

quinta-feira, 3 de novembro de 2016


Nesta sexta feira, na Unisal - Centro Universitário Salesiano de São Paulo, unidade Santa Teresinha em Santana vai promover através da professora Cida Sarraf um bonito encontro de dois escritores essenciais. Duas gerações. Gustavo Gomes que em breve estará lançando seu livro de crônicas e outros textos e Liz Rabello, a professora que hoje caminha feliz pela literatura infantil. Estão todos convidados. E a editora Essencial não para por ai. Aguardem novos encontros com todos os essenciais escritores.



Saiu na coluna do nosso querido jornalista Arnaldo Afonso

quinta-feira, 27 de outubro de 2016


DISCUTINDO A RELAÇÃO

Ao se decidir pela compra de um casal de periquitos azuis amarelados, carinhosos e apaixonados, minha irmã passou a vivenciar arrojos e barulhentos momentos de intimidade familiar de um casal enamorado. Ela, de um salto a outro na grande gaiola que a prendia, imitando uma arvorezinha de pequeno porte. Ele, preocupado em confeccionar o ninho.  Bicadinhas de amor por todo lado, em todo canto que se roçavam, numa alegria ímpar!


Tempo passou, ninho ficou pronto, a fêmea botou dois ovinhos, mas nada de esquentá-los, pois continuava a bailar pelos galhinhos improvisados da gaiola. Ferveu o tempo. Discutiram a relação. Ele chegou à conclusão.  Deu uma surra nela. Destruiu o ninho. Pifaram os ovinhos. Amor acabou. Ele morreu de tristeza e ela por muito tempo sozinha, decidiu que fêmea tem liberdade pra fazer o que quiser.


Liz Rabello

segunda-feira, 3 de outubro de 2016


Ontem foi a saudade do futuro
Que bateu forte no coração
A esperança perdida num furacão
De imundícies e mentiras grotescas

Hoje há chuva fina frio e venta tosses
Tuberculoses de um passado recente
Fome, frio, sofrimento ao relento
Mar de canibais corrompendo o Brasil

Sampa, minha cidade perdida
Das mãos suadas de quem a mordida
Da maçã infectada do roubo vendida
Nada valeu o que de bom fizeram por ti!

O ÓDIO VENCEU!
Liz Rabello

domingo, 11 de setembro de 2016



Se faltar pão, eu cozinho um osso
Se faltar cama, eu durmo no papelão
Se faltar roupa, um estopa me cobre
Se faltar carro, vou a pé
Se faltar remédio, tomo chá
Se faltar lápis, uso tijolo
Se faltar caderno, escrevo na calçada
Se faltar aperto de mão, eu abraço
Se faltar abraço, eu beijo
Se faltar sapato, bota tiras nos pés
Se faltar mesa, ponho a toalha no chão,
Se faltar faca pro pão, eu corto com a mão
Pode faltar tudo, eu me ajeito
Eles podem me tirar tudo, me refaço
Mas se eles me tirarem a poesia, morro
Mas me ressuscito no morro, e desço o morro com Cartola pra dizer que " Bate outra vez a esperança em meu coração " quando eu vi o povo na rua escrevendo poesias sem fim...
E que eles saibam, que nós poetas escrevemos versos;
Pensamos versos
Declamamos versos
Respiramos versos
Tossimos versos
Bebemos versos
Comemos versos
Cagamos versos
E nem a morte detém o poeta
Porque poeta não morre
Poeta quando finda, vira adubo pra outros poetas
Parindo da terra mais poetas
E por isso nós vamos vencer
Porque eles têm as armas que usurpam, difamam, corrompem, traem e matam
E nós temos os versos paridos por poetas imortais que um dia morto, vira adubo pra mais poetas no morro, no alto, na planície, no planalto ...
VENHA BANDO DE HOMENS VIS
COM O SEU DINHEIRO E SEUS FUZIS
PRA TE VENCER , EU SÓ PRECISO DE UMA POETA: FLOR DE LIZ !!!

Poesia para a guerreira de luz Liz Rabello


Lucas, infectado por poesia , Abade-

sexta-feira, 2 de setembro de 2016


EU, LIZ RABELLO,  MEUS LIVROS E PERSONAGENS 
ESTAMOS NA BIENAL  2016 JO85


O GAROTINHO PEGOU O LIVRO, FOLHEOU, PAROU... VOLTOU À CAPA, FIXOU OLHAR NAS LETRINHAS NO PRATO DE SOPA.... VIROU DE PONTA CABEÇA E GRITOU: É AMOR!







quarta-feira, 31 de agosto de 2016



RUPTURA

Se já não conseguia mais tolerar aqui no virtual antes do fato consumado, agora o que desejo é DISTÂNCIA DE AMIGOS E PARENTES... Gente obtusa que em prol de algumas roupas de marcas, compradas em Miami, via sonegação de impostos, apoiam a retirada de todos os direitos trabalhistas dos mais pobres. Que fiquem com suas ideias tortas, consumismo barato e não me procurem mais, porque eu prefiro a solidão de minhas ideias. Compromisso com a Verdade, História e Justiça. Quero me olhar no espelho e me ver, limpa, nua, sem problemas de consciência. Eu não sou culpada pelo que hoje aconteceu. Lutei! Quando os dias de fartura da era Lula/Dilma se evaporarem e vocês não conseguirem mais viajar para o exterior, nem mesmo dentro do Brasil, quando seus carros do ano se tornarem velhos e não puderem mais ser trocados. Quando a mesa farta se tornar vazia, porque o papai já não pode pagar, pois salários de aposentados agora vão congelar. Quando não conseguirem mais manter a mesma faixa na cabeça de gente faz de conta que sou elite, lembrem-se: foram vocês que bateram panelas!

Liz Rabello

terça-feira, 23 de agosto de 2016


PARA UMA CERTA ESTRELA

13 não é número de azar
13 é ranking no placar
Rio 2016

Descobri que te conheço há tempos,
remotos, num passado de desejos,
talvez num pulsante coração de estudante,
que nunca deixou de bater...
Talvez nas trincheiras da esperança
de tentar ver a pirâmide social
do nosso Brasil se tornar um trapézio
Talvez na ilusão de uma estrela,
que um dia brilhou vermelho sangue!
Talvez nos erros... Ah, decepções!
Abro os olhos pra enxergar
Procuro não apagar pra não se repetir!
De onde for que a conheço,
é maravilhoso dividir este tempo
histórico... Muito atual...

Nesta luta com você!

Liz Rabello

domingo, 21 de agosto de 2016

VAMOS?????????????????
Estarei autografando meus novos livros infantis na Bienal Internacional do Livro."A menina que mastigava letrinhas", com prefácio de Lucimar Athayde e ilustrações de Maria Cristina Vieira... e "O Resgate", com ilustrações de Punk Além da Lenda. Ambos publicados pela Editora Essencial. Aguardamos vocês para conhecerem no dia 30/08, das 18 as 19hs, no estande JO85.

sábado, 20 de agosto de 2016


AVANTE BRASIL

Hoje somos girassóis brasileiros
Verde amarelo azul e branco
Numa só voz cantando o hino nacional
Jovens num futuro promissor
Crianças alçando voo de amor
à Pátria, à Bandeira, ao Hino!

Alienação do futebol???
ali/futebol/nação
Que seja... De alguma forma Unidos estão
Por algo comum há de se unir a nação
Por respeito ao nosso coração
Auto afirmação de um povo que não se acredita


Tudo começa por um bom início
Óbvia tecla do improviso
Eu acredito neste grito uníssono!
Palavra mágica de amor instante
Que venha O OURO, pra mostrar os dentes
cariados de desejos onipotentes!

Liz Rabello

quarta-feira, 20 de julho de 2016


NATUREZA EM FÚRIA

  
O mar avança
sobre a calçada
indefesa
diante desta magnitude
pobres pedras mansas
desaparecem
Árvores se  envergam
torturam-se entre rajadas de águas salgadas!

Ondas gigantes em ressaca
rebelam-se,
fortes,
arrancam areias
derrubam muros
descortinam fumaças de águas
e sobre a rodovia
se dilaceram!

Liz Rabello


Fotos de Sidney Santos

terça-feira, 12 de julho de 2016

CÍRCULO VICIOSO


Fotografei a aurora
Ao clicar já era manhã

Fotografei o orvalho
Ao clicar já era água
O sol desbotara a noite
O sol desfiava a neblina
O sol delirava o dia


Fotografei a manhã

Ao clicar o frio já era quente
O sol aquecia o ar
O sol temperava a luz
O sol desmanchava trevas


Fotografei a tarde

Ao clicar o vento bramia
Mandava para longe
Folhas de um girassol


Fotografei a chuva

Que escondera o pôr do sol
Que o Arco Íris cambiou
Ao leve sol que voltou


Fotografei a noite
Ao clicar a lua advertia:
Mandava chamar o meu amor
Porque já era hora bem perto da hora
De se encontrar com o dia!”


Liz Rabello - Poema escrito no Workshop de Carloz Torres,
 no Armazém da Cidade, em São Paulo, Vila Madalena

DENÚNCIA


Faltava apenas uma inscrição para que a Oficina fosse realizada. Eu me inscrevi e paguei duzentos e cinquenta reais pela vaga. A oficina aconteceu com a promessa que no final do curso um livro seria publicado com fotos e também os poemas numa Antologia de PHOTOPOESIA, pela Editora Essencial. Porém, ao término dos encontros não havia material suficiente para que o livro acontecesse. Entramos todos num acordo comum, a Editora Essencial, através de Carloz Torres, nos prometeu que faríamos parte do próximo evento que já estava em vias de acontecer. Dito, combinado, mas não cumprido, porque no início deste ano, 2018, o livro ÍRIS DO AMANHECER,  não registrou minha poesia, EXCLUINDO-ME de uma Antologia que paguei para participar.
Liz Rabello



Saudade é o que fica
No ponto curvo do horizonte
Onde a paisagem desatina
A esfumar o perfil de quem partiu

Liz Rabello 


LIBERDADE
Não há ninguém que não a queira
Nem alguém que dela não seja prisioneiro

Liz Rabello



Quero nuvens pra remontar pedaços,
Estrelas pra colar mozaicos
Infinito pra deixar mensagens
Eternidade caminhos afora
Um livro é uma oportunidade
De se viver além do próprio tempo!


(Liz Rabello)



SINAIS


Levanto atrasada. Banho rápido, café pretinho, sem mais. Saio correndo! O carro não pega. Vizinho me ajuda. Ladeira abaixo, no tranco, é o que resta. Na esquina, curvinha chata e com muitos pedregulhos, pneu fura. Largo o carro por lá e vou a pé para o trabalho. Dou as três primeiras aulas e no intervalo peço ao Diretor do colégio ajuda para a troca do pneu. Volto para completar a jornada da manhã. Saio de lá para ir buscar dindim no banco. Não consigo. Outro pneu furado. E não tenho estepe pra trocar. Desço ladeira abaixo correndo atrás do redondinho que desliza mais rápido do que meus pés. Subo carregando todo aquele peso ladeira acima, com pneu consertadinho. Troco, com auxílio dos alunos. Já no Banco, tudo certinho, mas ao sair do estacionamento, o carro empaca feito mula persistente. Tanque de combustível vazio. Logo em frente uma loja de comércio de veículos usados. O dono vem em meu auxílio e me “DÁ” um pouco de gasolina. Ele próprio fez aquela chupação toda com mangueira improvisada de um carro a outro. Ligo, engato, saio. Tranco. Barulho. Morte final! Correia dentária do meu velho Volks que arrebenta. O mesmo dono vem de novo me ajudar. Troca a correia, que por sorte está de reserva no meu porta-malas. Ligo de novo e parto aliviada e agradecida por tudo acabar bem. Na garagem guardadinho, ali o deixo e volto para as aulas vespertinas. Sou recebida até com flores pelo vizinho da frente do colégio, que acabara de ganhar na Loteria com os números da chapa do meu carro!

Liz Rabello



ESTA CRÔNICA FOI AGRACIADA COM O PRÊMIO DE MENÇÃO HONROSA NO  XL CONCURSO  LITERÁRIO  FELIPPE D"OLIVEIRA, EDIÇÃO 2017


domingo, 10 de julho de 2016

POEMAS CURTOS  E  MÍNIMOS  (SLANS)


Tece com teus dedos ágeis
Linhas, nós, desenhos inimagináveis
Enquanto Deus em suas teias
Belas, imortais e tão reais
Mantém a vida que tanto cremos recriar leais

Liz Rabello


Teias multifacetadas 
Fios de sonhos 
Tecidos perdidos 
No tempo do jamais 
A morte chegou 
O relógio parou!


(Liz Rabello)


 Desate os nós de minha vida
Retire os nós de meus anseios
Cascas retorcidas de velhas memórias
Renove, oh Vida, e nos permita
Laços em “nós” de amor em nós.

Liz Rabello




AUTO SUSTENTABILIDADE

Pode o homem capinar
Pode o homem destruir
Pode o homem matar
Pode o homem incendiar
Pode o homem asfaltar

Aqui a vida morre
Acolá ela renasce
Firme forte equilibrada
Basta o homem à natureza
Deixar a sua morada!


Liz Rabello



DES (JEJUM)

Tempestade de ventos
Galhos secos tombam
Mortos carregam vestígios de vida
Embelezam árvores inteiras
Raízes se retorcem, se encaixam
Numa crescente onda de vertigem
Tesão descontrolado na paisagem
Vida multifacetada de incertezas!
O verde em volta inspira cor
Mortes e mortes se alastram
Ninhos de pássaros se escondem
É a vida querendo a vida por toda parte!

Liz Rabello


Mistério no reflexo das águas
Sol, brilho, luz que reluz!
Sombras se cruzam com mágoas
Dilaceram e desfazem em lágrimas!
Galhos retorcidos em quimeras
Imagens, mosaicos sem encaixes
Árvores que se chocam no universo
Céu azul, anil, verde musgo a tecer
Esperanças


Liz Rabello



ÁGUA, PEDRAS, FLORES E ESPINHOS

Vida a me encantar em meus caminhos
Vou indo, me enfeitando, desviando dos espinhos
Sei que fazem parte de todo livramento
Quanto mais intenso, maior vivenciamento
Quanto mais difícil, maior o crescimento!


Liz Rabello



NATUREZA EM FÚRIA

O mar avança
sobre a calçada
indefesa
diante desta magnitude
pobres pedras mansas
desaparecem
Árvores se  envergam
torturam-se entre rajadas de águas salgadas!

Ondas gigantes em ressaca
rebelam-se,
fortes,
arrancam areias
derrubam muros
descortinam fumaças de águas
e sobre a rodovia
se dilaceram!

Liz Rabello (Foto de Sidney Santos)



CHUVA DE SAUDADES

Nem o mal de Alzheimer
Consegue apagar tudo da memória
Por vezes nos remete a
Momentos cristalizados
Mesmo que a foto se rasgue,
Que o tempo umedeça as cores
E as transforme em cinza água,
Ainda assim seremos nós, por lá,
Fazendo chover muitas saudades.


Liz Rabello



Lama de Mariana chegando no mar, 
vida que se nega ao encontro do mal,
sangue que se quebra na cortina de sal.

Liz Rabello




MASTIGANDO DOR

Lama tóxica
Lama barrenta
Caudalosa lama
Que invade casas, quintais, pastos
Identidades, passado,
Trabalho,  cultura perdida
Matas, córregos, rios, mar adentro
Pescadores sem ganha pão
Índios dançam tristeza sem fim
Ondas gigantes em tubos de esgoto
Surfistas choram na areia maldita
Peixes agonizam a sua passagem
Tartarugas perdem habitat
Desovas prematuras não as deixam vingar
Transformando belezas exóticas
Em morte visceral
Enlameando vidas
Matando tudo o que é vida
Deixando sede em tudo que é lugar!

Liz Rabello



GRITOS

Sedento
Cedendo
Cedendo
Sigo em frente
Até a morte em sede


Liz Rabello


APÓLOGO AO NOSSO PLANETA! 

Há um futuro 
Além do tempo
Lilás azul verde esperança! 
Só consegue vê-lo quem se sente
num universo a desvendar
dentro do relógio do tempo
abrindo folhas do passado 
lendo histórias do presente
medindo forças com sonhos ausentes 
fazer valer a pena o tempo atuante! 
Costurando silêncios noturnos 
Idealizando ecos 
reflexos de espelho
caminhando para um futuro 
Imaginário
que só o Coração consegue captar!

Liz Rabello