O TAPETE
Nesta rua onde moro
A árvore não é minha
É de todos... É da rua
Mas o tapete que ela cria
Enfeita a calçada,
A minha,
Do outro lado da rua
Onde até o passarinho
Vem cantar
E o sol se esconde
Para não a maltratar
Há quem diga que é sujeira
Flores lindas e cheirosas
Há quem não a queira
Como pode ser assim topeira?
Meus pés descalços a deslizar
Nem o carro deixo por cima passar
Desço a rua devagar
Dou a volta pelo quarteirão
Só para não estragar
O tapete que Deus cria!
Liz Rabello
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