ALÉM DAS PEDRAS
De tempos a tempos
Me atiram pedras
Direções inesperadas
Pessoas más indesejadas
Como ondas gigantes do mar a bailar
Eu rochedo a me quebrar
Palavras tortas sangram rios
Torrentes de revoltas
Não as quero ouvir
Meus olhos buscam além das pedras
Muito embora elas sejam jogadas em mim
E agem como água benta
Tentando polir arestas
Mil vezes repito:
“Podem jogá-las
Construirei um castelo
Com Fernando Pessoa vou morar
À porta de ferros
Um jardim de pedras
De minha mente
Gramado verde a florir intensamente
E fazer valer a pena rolar pela vida”
Liz Rabello
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