TÃO LONGE TÃO PERTO
Como o reflexo da água
Vejo-te na transparência
Das miragens eternas!
Vejo-te na imensidão do mar
No buraco negro do infinito
No meio das nuvens a se dissipar
Vejo-te no clarão do luar
No sol brilhando, orvalho secando
No vento a dispersar manhãs geladas!
Vejo-te assim tão distante, além mar!
Longe demais o coração a clamar!
Sentimentos quentes, sussurros a escutar!
Vejo-te e sei que não são apenas miragens
Angústias de quem ama em solidão
Tão longe e tão perto do coração a saltar!
(Liz Rabello, in MIL PEDAÇOS, 2012, Beco dos Poetas, SP)
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