quinta-feira, 16 de abril de 2015



ENSINAMENTOS... O QUE MAIS PRECISAMOS... 
VIAGENS ASSIM SÃO MARAVILHOSAS!


Nesta época do ano na Suécia você tem mais que chuva e vento frio... Ruas limpas, povo civilizado, transporte de qualidade e regras que sempre são cumpridas por todos. O " muito obrigado" é obrigação. Uma das coisas que mais me chamou atenção nesta temporada primaveril foi o resquício da Páscoa que são essas árvores enfeitadas de plumas coloridas. Em todas as casas são feitas, de tamanhos variados, seguindo o mesmo modelo. Super enfeitadas de plumas e ovos pintados, preparadas normalmente por todos os membros da família. São usados galhos secos em água ou terra fresca que, uma semana depois, já começam a brotar. O renascimento é descrito para as crianças em forma de folhas novas, em um país com uma porcentagem incrível de ateus. 

A origem desta decoração tem a ver com a chegada de Jesus em Jerusalém. No domingo de Páscoa, as crianças se disfarçam de bruxas, como no Halloween Americano e passam nas casas oferecendo doces ou peraltices. O assunto é tratado com seriedade nas escolas.


Angela Lino Veríssimo


quarta-feira, 15 de abril de 2015



EM BUSCA DE TRANSPARÊNCIAS


 Quebre todas as amarras
Correntes tortuosas
Marcas do que machucou
Sangue pisado
Manchas escuras do coração
Pelo corpo roxeando
Impuras nódoas de tormento

Quebre todo pensamento
Torto de falas erradas
Teimosias sem esperanças
Dentro da mente
Só permita em teu ser
As transparências
De cristais ao alvorecer


Liz Rabello


quarta-feira, 8 de abril de 2015




SAIBA O QUE FOI QUE VOCÊ PERMITIU QUE ACONTECESSE...

Sim, você votou nos deputados do PSDB, PP, e tudo quanto é lixo que está lá dentro. Dê uma olhada na lista de quem votou NÃO... São poucos e você não vai perder tempo para continuar na tua cegueira... A aprovação deste projeto revela pouca preocupação com a ética e a solidariedade, porque coloca o trabalhador em uma situação de grande desproteção social. Foi aprovado e agora caminharemos na direção de destruir pilares importantes dos direitos trabalhistas.

Estou me sentindo uma passarinha sem ninho,
sem céu, sem voo... 
É sofrível ver meu país caminhando para o nada... 
E nada poder fazer... 
Vontade de voltar para o ninho das palavras, 
onde o sonho é real e a música das letras nos embalam de alegria... 
A realidade é triste!
Machuca
Magoa
Definha!

Liz Rabello



NO PARAISO NÃO EXISTEM MUROS


UTOPIA

Que entre mim e meus vizinhos
Não existam muros
Nem portões fechados
Trancafiados em cadeados de bronze

Que entre minha janela e a rua
Existam flores em abundância
Perfumando sombras
Destrancadas de amor

Que entre minha alma e a
A morada das estrelas
Não existam nós, nem preconceitos
Apenas nuvens de algodão!

Liz Rabello



terça-feira, 7 de abril de 2015



PÂNICO  PELA  MANHÃ


Acordar pela manhã é uma festa. Em geral a Vareta chega bem de mansinho e fica fazendo carinhos até abrir os olhos.  Finjo que ainda estou dormindo para usufruir de suas lambidas e rabinhos de abano mais um pouquinho.

Nesta madrugada as coisas mudaram de cena, porque acordei assustada, pensando que algum bicho estava no meu rosto. Pavor da dengue!  Dei-lhe um tapa pensando ser mosquito. Não era, tadinha da bichinha! Dormi de novo. Acordei com a porta batendo e sendo fechada. Deduzi que era o marido saindo para sua caminhada matinal. E, é claro, levando nossa menina com ele. Fechei os olhos tranquilamente e voltei a dormir.  Fui acordada com latidos estridentes, fúria de Vareta em rebelião, vingança de um tapa que levou sem querer. A Juliana, minha ajudante aqui em casa, com um celular à mão, no alto, como se estivesse em pânico, balbuciando algo que nem sei. No torpor do susto, imaginei a porta aberta esquecida pra valer e alguém entrando para um assalto fazer acontecer.  Fiquei sem voz e mal tive como atender ao celular. Apenas uma chamada para mim.  Ai meu Deus, que manhã!

Liz Rabello 

segunda-feira, 6 de abril de 2015


VARETA ELÉTRICA


Nossa vira-lata está cada vez mais sapeca. Alegre como só ela é capaz. Tem duas casas, dois donos e mais amores para cuidar dela. Passa finais de semana com o pai adorado, num apartamento minúsculo e dias úteis aqui em casa conosco, onde pode se divertir pelo quintal. Era de se esperar que fizesse mais artes no solitário local que seu dono a leva quando quero viajar, mas não! É aqui mesmo que faz das suas. É só ver a porta do meu quarto aberta que sobe e desce da cama em agitação, desfaz o endredon certinho e retira todos os travesseiros do lugar. Agita em meio às orelhas grandes a centopeia verdinha que eu trouxe do Rio de Janeiro e que ela é doida para tomar posse. Só pela manhã é que me acorda com doçura, lambendo meus cabelos com cuidado e me amassando de alegria.


Adora passear de carro, colocar a cabeça meio que para fora e deixar o vento tentar arrancar suas lindas orelhas do lugar. Se está com calor, senta-se em frente ao ventilador e faz a festa com o arzinho agradável que bate em sua carinha assanhada. Perdeu a chance deste último prazer quando o ventilador queimou. Mas ela não teve dúvidas, arrancou o fio teimoso em não funcionar e tentou consertar o vilão. Claro, não conseguiu! Levou uma bronca daquelas, abaixou as orelhinhas envergonhada, virou a carinha só para fingir que não é com ela que o assunto está rolando e pernas pra quem tem, porque Vareta é elétrica e precisa gastar energias.

Liz Rabello


domingo, 5 de abril de 2015



CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL



Eu sou totalmente a favor de escolas, Céus abertos, com arte, piscina, cultura. Bibliotecas, saraus de poesias... Jovens precisam de amor, educação, saúde.... É muito mais barato ao Estado penitenciárias podres de pobres.... Reduzir a maioridade penal é colocar um menor infrator na trilogia do mal: Sem amor, sem educação e sem futuro!

Liz Rabello


SERÁ QUE É PRECISO UM OVO DE PÁSCOA PARA NOS DEIXAR FELIZ NUM DIA COMO HOJE?????


Não creio, recentemente conversando com minha prima Marcia Cappabianco, falávamos sobre a bíblia e em que nosso Mestre Jesus nos legou: Na verdade ele apenas pediu que o celebrassem na noite de sua morte e não na ressurreição. Foi a mídia e o destino consumista que ela prevê quem lançou esta necessidade: Ovos de páscoa! Ah, tá bom, são deliciosos! É verdade! Mas estão caríssimos! E por que jogar dinheiro fora, se podemos pensar neste abraço gostoso, quentinho e desejoso de paz para todos os amigos? Sintam! Feliz páscoa!



sexta-feira, 3 de abril de 2015

QUANTO MAIS CONHEÇO AS OBRAS DE DEUS MAIS ME APAIXONO POR ELE!


SANDUÍCHE DE PÉTALAS DE FLORES

Na Irlanda e na Turquia
Solitárias abelhas
Exótico ninho a construir
Um sanduíche de flores
Camadas em arranjo
Frágeis pétalas coloridas
Barro pra umidade manter
Outra camada de pétalas interna
Para perfumar o ninho de um único ovo
Néctar e pólen a alimentar
Dez meses para larvar
Só dois meses para a vida embelezar
e construir seu novo ninho de flores
para a beleza da natureza
num minúsculo mundo edificar e perpetuar!

Liz Rabello

As abelhas solitárias das espécies Osmia avosetta Osmia tergestensis, encontradas na Turquia e Irlanda, constroem um ninho diferente e exótico que tem sido chamado de “sanduíche de flor”. O ninho é formado por um arranjo de três camadas. A camada mais externa é feita de pétalas de flores coloridas seguido de uma camada de barro para manter a umidade e finalmente outra camada de pétalas revestem o interior da câmara.

Um único ovo é depositado no interior deste sanduíche e depois na fase larvar se alimenta de néctar e pólen depositado no interior pelo pai. Fantástico! Essas abelhas vivem por um ano, mas passam cerca de 10 meses dentro do ninho de pétalas e sua vida adulta dura apenas 2 meses. Tempo o bastante para construir seu próprio sanduíche de flor e seguir seu ciclo.

Os ninhos são minúsculos e abrigam apenas uma larva. São também incrivelmente coloridos.

(http://diariodebiologia.com/2014/06/abelhas-raras-que-constroem-ninhos-individuais-com-petalas-de-flores/#.VR7IK_zF9Z9)

segunda-feira, 30 de março de 2015


VIAGEM PARA DENTRO DE NOSSA ALMA EM BUSCA DA ESPERANÇA


AOS QUE ESTÃO SOFRENDO

Em tempos difíceis na minha vida, aprendi, a duras penas, que devemos trazer à memória aquilo que nos dá esperança.
Normalmente em meio a sofrimentos, temos a tendência de voltar nossos pensamentos para aquilo que nos machuca, que reforça a nossa dor ou em palavras ditas e ouvidas. O que fazemos na verdade é alimentar o nosso sofrimento. Parece às vezes, que procuramos certo conforto em sentirmos pena de nós mesmos.
Se deixarmos os nossos pensamentos nesta linha, da autopiedade logo passaremos para a revolta, nos sentindo vítimas e tentando de alguma maneira achar um culpado. A revolta nos transforma em pessoas amargas.
Na minha experiência, descobri outra maneira de enxergar às coisas, trazendo a minha memória aquilo que me trazia esperança. A Bíblia nos ensina que os nossos olhos são a luz do nosso corpo e se os nossos olhos forem bons, todo o nosso corpo será luminoso. Isto quer dizer, que tudo depende da maneira como enxergamos as coisas.
Podemos olhar o sofrimento como um fim em si mesmo, ou encará-lo como um trampolim para crescermos e alcançarmos patamares mais elevados da nossa humanização.
Sei o quanto é difícil para quem sofre, enxergar desta maneira, mas não é impossível. Muitas vezes, no meu sofrimento tive que tomar algumas decisões importantes que fizeram toda a diferença na minha vida. Tive que optar em ficar com aquilo que os meus olhos naturais viam, as circunstâncias, os fatos, a realidade cruel ou enxergar com os olhos que Deus vê as coisas..
Algumas vezes, precisei dar ordens a minha mente, para não pensar os pensamentos que insistiam em vir até ela . Aprendi isso num versículo da Bíblia que diz: ...descansa ó minha alma, pois ainda o louvarei...
É preciso ordenar a alma, descansa, sossega.
Os pensamentos que me traziam esperança, estes sim eu queria pensar e me traziam consolo, me levava não a uma falsa realidade, uma fuga, mas a fé por dias melhores. Fé de que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Fé de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e guardam a sua palavra. Fé de que basta a cada dia o seu próprio mal. Fé para lançar o meu pão sobre as águas e depois de muitos dias, o encontrar. Fé de que felizes são os que choram, porque serão consolados. Fé de que não estamos sozinhos, Jesus está conosco todos os dias da nossa vida até a consumação dos séculos.
Mesmo que não podemos ver, sentir, pegar, independente da sua escolha, estas são verdades eternas que podemos nos apossar com os olhos da fé.
Foi assim comigo, e você como escolhe enxergar? 
Andrea Bergamashi




MINHAS LÁGRIMAS INUNDAM AS VIAS SAGRADAS DA JUSTIÇA!

DIÁLOGO ROMPIDO

Eis que pulo poças d’água
Duas maiores e mais largas 
de repente não é mais possível 
escapar de suas águas, 
que me invadem,
inundam minh’alma
enchentes de subversão
lodo em lugar de transparência
Sufoco,  falta de ar
Ausência de vida
Diálogo rompido.

Liz Rabello

domingo, 29 de março de 2015



TATUZINHA TATUADA DE AMOR

Amo o frio pra dormir
bem enroladinha em mim mesma
É bom demais virar uma bolinha 
Uma tatuzinha tatuada de amor

Eram tempos de começo. Pouca experiência de vida. Muito jovem comecei a lecionar e minhas turmas eram de pequeninos.  As primeiras letras eram ensinadas com carinho.  Tinha uma relação amorosa com minhas crianças e muitas vezes trocávamos sentimentos maternais. Eram lúdicos e agradáveis os beijinhos de “Boa Tarde”,  de “Até amanhã, professora!” Ficava no portão parada na despedida dos turnos para que um por um me abraçasse e me desse o famoso “tchau” com beijinho no rosto.

Um dia uma menininha, loirinha, cabelinhos encaracolados me esperou e por último disse-me ao ouvido: “Faz tempo que não durmo, professora, você sabe, minha mãe morreu e eu não consigo mais fechar os olhos, tenho medo e saudades dela.” - Emudeci e não só a beijei como lhe dei um abraço bem apertado e as primeiras palavras que brotaram foram aquelas:  “Lembra do tatuzinho, que vimos hoje no jardim, durante a aula de Ciências?   Pense na mamãe e “se abrace”, fique bem enroladinha, feito uma bolinha tatuada de amor...  Feche os olhos e durma!   Não sei se consegui vê-la indo embora sorrindo e enrolando os próprios pés pela calçada, pois meus olhos teimaram marejar. E chorei.

Dia seguinte lá vejo a menina, uma das primeiras a me esperar na sala. Olhinhos brilhantes de alegria: Professora, dormi a noite inteira!  Foi a frase mais linda que ela balbuciou pra mim.  Não, não foi. Na verdade, algumas semanas depois, estávamos lendo juntos “O Menino Maluquinho”, quando parei naquele trecho em que os pais se separam e o garoto descobre a fórmula da felicidade e da compreensão com os versos do Ziraldo:

TEORIA DOS LADOS

Todo lado tem seu lado
Eu sou o meu próprio lado
E posso viver ao lado
Do seu lado que era meu.

Pedi às crianças para decifrarem os versos com algum gesto, palavras, desenhos. Alguém tem alguma ideia?

Cristiane levantou a mãozinha timidamente e me falou: “Posso mostrar aí na frente?”  - E veio e se enrolou com os bracinhos finos dizendo os versos que um dia eu lhe ensinei. “Perdi meus lados, professora, quando aprendi a dormir de tatuzinho.”

Não sei se a classe entendeu, mas nós duas nos abraçamos e eu novamente chorei.
Liz Rabello

sexta-feira, 27 de março de 2015




ALIANÇAS DE BRONZE

Perdidos caminhos carregam as massas
Convergem para o mesmo ponto
Paradoxal experiência do canto
Onde a música reforça os labirintos

Todos marcham ao som do tambor
Rede globo lançando o furor
Corrupção um mal que vem a vapor
Que só a mídia faz jorrar recente valor

Era criança ainda, treze anos apenas. Aval de juiz,  autorização assinada para trabalhar como  recepcionista das grandes empresas  GIORGI, mesmo sendo menor de menor de idade. E lá fui eu, menininha feliz de carteira assinada. Menos de três meses de empresa enfrentei as feras do capitalismo: “OURO PARA O BEM DO BRASIL”.  A imprensa jornalística, o rádio e a TV, que já se iniciava pra valer, lançaram a campanha e toda a minha família: avós, pais, tios, primos adultos trocavam suas alianças e jóias de ouro por bronze...  Tudo pelo bem do Brasil!  Fiquei contra a ideia!  Não me entrava na cabeça que mesmo depois de tanto roubarem o ouro do meu país ainda precisassem tirar dos pobres coitados, que tanto trabalharam para comprar alianças de casamento de ouro! A ideia era mesmo oca de bronze e soava mal aos meus ouvidos jovens.  E quando a circular apareceu nos corredores da empresa para que os funcionários doassem um dia de trabalho para este Projeto, eu disse NÃO e ainda escrevi no papel.  Achei estranho o documento ter desaparecido. Mas não liguei. Mês seguinte fiquei sabendo que além do meu chefe ter pago do bolso dele o meu dia de trabalho, havia rasgado a circular para que eu não ficasse mal com a família Giorgi.  Trabalhei com pessoas queridas, amadas, fui feliz durante sete longos anos de minha juventude, mas nunca, nunca vi voltar às mãos deles o OURO PARA O BEM...   DE QUEM MESMO?????

Sempre que esta história volta em minha memória eu sei o que está por trás do bojo da corrupção.  Sei por experiência própria que meu país vem sendo lapidado por todos os lados e que o bolo cresceu, mas não é nas mãos do trabalhador de alianças de bronze que o lucro voltou. 

E agora vocês vêm me dizer que a corrupção é Vermelha? Sei não...  Sei não!


Liz Rabello


Dei ouro para o bem do Brasil – 1964” O anel era trocado pelas alianças de ouro doadas na campanha do ouro da revolução de 31 de março de 1964


Diploma de participação na Campanha "Ouro para o Bem do Brasil, acontecida nas dependências do "Elefante Branco"



quinta-feira, 26 de março de 2015


 ESTA CENA ME  FEZ LEMBRAR DE MOMENTOS BONS...


MÁGICAS MÃOS

A vida nem sempre foi um mar de rosas para mim. Muito pelo contrário.  Infância repleta de Não! No entanto, guardo em minha memória um arsenal de momentos de glória. No fundo do quintal de uma casa pobre uma lata de tinta vazia e limpa. Uma fogueira, onde a água esquentava e quando morninha um banho de chuveiro de latinha, que de improviso caía sobre meus cabelos... Vestidinho engomado. Fita nos cabelos! E lá ia eu e minha irmã, as duas iguaizinhas para a tarde de cinema num domingo ensolarado!  Sentia-me linda!  

O capricho dos meus pais não parava por aí.  Pés de chuchu e hortas num cantinho. Nos fundos, uvas, caqui, goiabas nos tiravam a fome quando a natureza nos fartava com seu doce mel outonal. Doces, tortas, ensopadinhos de chuchu deliciavam nossa mesa.  Nunca passei fome, mesmo sem dinheiro.  Nunca saí de casa mal arrumada, mesmo sem ter como conseguir valores para comprar aquilo que a sociedade capitalista já começava a oferecer. Minha mãe costurava... Fazia vestidos caipira para eu dançar na festa junina tirando a cortina e depois mudava para almofadas. Era o mesmo tecido indo e vindo em suas mágicas mãos. 

Ríamos às gargalhadas dos elogios ao meu lindo vestido na dança caipira do colégio.  Conseguíamos nos divertir com nosso modo de viver alheio à dor da ausência. Para nós o que tinha valor era o fato de existirmos.
Liz Rabello

segunda-feira, 23 de março de 2015





Amo o frio pra dormir
bem enroladinha em mim mesma
É bom demais virar uma bolinha 
Uma tatuzinha tatuada de amor

Liz Rabello

domingo, 22 de março de 2015


ROMPE UMA ASA

Lagartas  dançam
 em nossas mãos
Desandam  sonhos
Quebram unhas
Sangram dedos
Impedem sons musicais
 as cordas do violão
não  vibram mais...

Casulos parasitam
Dentro delas
Inertes sem movimentos
Gestos de amor
Reinvenção do trabalho
Apodrecem  dores
Tremores... Suor
Escorrendo em
Almas cruas!

Rompe uma asa
Uma fresta se abre
Um colorido exalta
Fragilidade
Metamorfose
Voa
Uma borboleta
Em liberdade!

Liz Rabello