LUZES DE HANAH
Hanna tinha medo do escuro. Mas não era um medinho qualquer... Era pavor. Não dormia se não fosse com luzes acesas, agarrada à mão de seus pais.
Certa noite, acabou a energia. Lua escondida não emitia clarão. Aliás resolvera brincar com as nuvens de esconde-esconde e ninguém a encontrava no céu.
Naquela noite, os pais não estavam. Foram a um jantar de trabalho. Tinham deixado a menina com a vovó, que bem na hora, estava tomando banho.
Enquanto ela se arrumava, Hanna foi abrindo os olhinhos bem devagar. E foi percebendo que a escuridão não era tão densa. Até vislumbrou um monstrinho lhe oferecendo flores.
Hanna esfregou-os até enxergar melhor. Era clarão de estrelas ou era o fogo do medo que estava se apagando?
Liz Rabello