segunda-feira, 26 de abril de 2021

ESTUDOS ACADÊMICOS DA ANLPPB... MINHAS TROVAS

ESTUDOS ACADÊMICOS DA ANLPPB... MINHAS TROVAS


Seu doutor, aqui estou:
enlouqueço verso a verso,
viciada em trovas sou,
na terapia com(verso).
Liz Rabello

Durante um ano, em 2021, com o batuque de Lu Narbot, acadêmica da ANLPPB, tal qual eu, seguimos em nossos estudos. Em 2022, alçamos voo e começamos a participar de quatro Grupos no whatsapp: 

UNT DOS TROVADORES
COLAR DE TROVAS
COLAR DE ROSAS
AULAS DE TROVAS CLÁSSICAS, com os seguintes nomes:

 * Professor principal Elias Pescador (Presidente UBT São Paulo, Capital)
 *Outros professores: Messias, Gerson, Belino, Juraci...  
*Supervisor Arlindo Tadeu Hagen
 *Professor de letras José Garcia 
*Coordenador/ criador e idealizador: Adriano de Alvarenga Azevedo


CARACTERÍSTICAS DE UMA TROVA

1. Trova não pode ter título... E por quê? Porque é uma poesia de sentido completo! Ao ler a trova, o leitor já entende o que ela contém.
2. Não se usam maiúsculas na trova a não ser no início e após pontuação!
3. Contagem de sílabas(métrica) e rimas são importantes mas acima de tudo a trova tem que ter coerência e sonoridade. A melhor forma de checar isso é ler em voz alta, pois o som faz saltar as deficiências.
4. Vale dizer também que NÃO se deve declamar trovas e sim ler com expressão.
5. Foi muito importante dizer isso primeiro para alertar sobre o fato de que a trova segue normas bem definidas... Fora das normas não é trova.
6. São sete sílabas sonoras e não gramaticais. Isto significa que a sétima sílaba tem que cair sobre uma tônica ou forte MESMO sobrando uma sílaba depois.
7. Enquanto isso digo-lhes que é muito útil ler trovas mesmo antes de começar a fazer as suas. Iniciamos a fala sobre divisão de sílabas, que é o que mais preocupa um trovador. Mas a divisão das sílabas e a consequente métrica não é a única coisa que define uma trova. Vou dar um exemplo de NÃO trova:
Batatinha quando nasce
esparrama pelo chão;
menininha quando dorme
põe a mão no coração.
Divisão silábica métrica perfeita mas, completamente sem coerência! Que tem a batatinha a ver com a menininha? E a rima? Nasce rimando com dorme? E o que esparra pelo chão é a rama. A batata, não. Não sei se poderia falar esta batatada. Além disso as palavras terminadas em "ão" trazem o risco de se tornarem pobres... Só são boas com palavras mais elaboradas menos comuns. Quem fez essa peça de falsa trova percebeu que se dissesse espalha a rama iam sobrar sílabas. Percebamos que a trova é muito mais que apenas métrica. E como resolver essa agonia pelo medo das sílabas?
Truques para escapar das sílabas: troque de lugar as palavras, até pondo em primeiro lugar o que era antes. Reveja com calma se pode dizer de outra forma.

Vânia Figueiredo


Sou trovador com primor,
escrevo, poeta sou,
cultivo rimas em flor,
versos de amor eu te dou.
DESTAQUE PELO MEU TRABALHO INCANSÁVEL EM PROL DA LITERATURA
Comecei a escrever Trovas por conta dos Estudos Acadêmicos na ANLPPB. Éramos um grupo bem grande, que foi se dissolvendo, aos poucos, só eu e a Magda Helena permanecemos, unidas, uma ajudando a outra, começamos a participar de concursos e ganhamos alguns prêmios. Gratidão imensa à Lu Narbot, Adilson Gonçalves, Aline Romariz.



Esta é a terceira vez que sou homenageada pela ANLPPB. Tomei posse em 2014, em Londrina.


Logo em seguida, recebi um diploma de DESTAQUE NO SEMESTRE POR MÉRITOS LITERÁRIOS, em 2013, Maceió, Alagoas, portanto há dez anos.


No mesmo ano, recebi indicação para o PRÊMIO WILSON CARITTAS, em Campinas, São Paulo.


Desta vez foi no Guarujá, em São Paulo. Estou feliz, pois este Prêmio é muito concorrido entre os Acadêmicos.




CONCURSO DA OMT - CHILE "TEMA GUITARRA"
QUINTO LUGAR - MENÇÃO ESPECIAL
Com teus dedos dedilhando
na guitarra uma canção,
eu escuto, imaginando,
ser meu corpo em tua mão.
Liz Rabello



ALCANCEI, FINALMENTE, UM PRIMEIRO LUGAR EM CONCURSOS DE TROVADORES...

V CONCURSO INTERNACIONAL DE TROVAS CLÁSSICAS DE LA ORGANIZACION MUNDIAL DE TROVADORES-OMT-MÉXICO, EM 02/08/2023



É A MINHA DÉCIMA TERCEIRA CLASSIFICAÇÃO EM CONCURSOS DE TROVAS E CONTINUO NOVA TROVADORA...
CADEIRA CATIVA...


HOMENAGEM DA UBT TAUBATÉ PARA TROVADORAS PREMIADAS POR ESTA SEÇÃO, NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


TERCEIRO LUGAR NO CONCURSO DE TROVAS DE TAUBATÉ 2023



É A MINHA DÉCIMA SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO EM CONCURSOS DE TROVAS E CONTINUO NOVA TROVADORA... CADEIRA CATIVA...


ESTOU EM ÊXTASE, SEGUNDO LUGAR NO II CONCURSO INTERNACIONAL DE TROVAS CLÁSSICAS DA OMT - PERU, COM O TEMA "FERVOR", NA CATEGORIA DE NOVOS TROVADORES, EM 26/07/2023



EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
TROVA MOTE
Lustrei meu chão com desejos,
roubei clarão do luar,
das estrelas, seus lampejos...
Sou luz e fervor no amar.
Liz Rabello - São Paulo / SP
01
Lustrei meu chão com desejos...
Pra ver meu amor pisar...
deixar lá fora os lampejos
e com amor me beijar.
Neiva Fernandes - Campos /RJ
02
Enquanto todos dormiam,
roubei clarão do luar,
enamorados sorriam
e o amor pude flagrar.
Ester Figueiredo - Barra do Piraí / RJ
03
No amor, são tantos desejos,
que eu achei melhor buscar
das estrelas, seus lampejos,
para enfeitar nosso lar!
Dodora Galinari - Belo Horizonte/MG
04
Com essa minha alegria,
eu vou compor e cantar,
vivendo grande magia;
sou luz e fervor no amar.
Thaís Souza - Canpos / RJ

TERCEIRO LUGAR NOS JOGOS FLORAIS DE CURITIBA

PREMIAÇÃO





Prêmio recebido: livros com a trova publicada, certificado e medalha








Belíssima festa na Câmara Municipal de Curitiba... um espaço majestoso, finalizando com um delicioso coquetel



MENÇÃO HONROSA NA CATEGORIA DOS NOVOS TROVADORES NO CONCURSO RELÂMPAGO DURANTE OS JOGOS FLORAIS DE CURITIBA 2023.

O beija-flor não tem braços,
vive sem sentir o amor,
doa-se às flores sem laços,
carícias de um beijador.





Cuidado e muito amor aos convidados... UBT Curitiba... Tudo de maravilhoso



Guardo na minha lembrança,
num barquinho de papel,
super doses de esperança,
deste grupo em ouro anel.


Um beijo para quem me encontrar nesta linda foto

XV JOGOS FLORAIS DE CAMBUCI - 2023 - NACIONAL E INTERNACIONAL


RESULTADOS:

VENCEDORES:

ARLINDO TADEU HAGEN –MG
CARLA ALVES DA SILVA - PR
GILVAN CARNEIRO DA SILVA - RJ
JANE MOREIRA BAUER - RJ
JERSON LIMA DE BRITO - RO
LUCIANA PESSANHA PIRES-RJ
LUIZA FILLUS PR
MARIA AMÉLIA BAPTISTA MÉRIDA - RJ
MARIA APARECIDA FERREIRA LIMA - SP
MARIA DULCE DE LIMA PESSOA - PE
MÁRIO MOURA MARINHO – MT
PAULO MARCELO RIBEIRO DE ARAÚJO-MG
RACHEL SANTO ANTÔNIO - RJ
SÉRGIO BERNARDO – RJ
SÍLVIO ROMERO RIBEIRO TAVARES-SP

NOVOS TROVADORES:

DARCY BANDEIRANTE DE AZEVEDO COSTA - SP
DÉA LUCIA ARAUJO DE CASTRO - MG
ELISABETE RABELLO MACHADO BRANDÃO - SP
ELOYNA DE OLIVEIRA – SP
ERVANDO FERREIRA FREITAS - RJ
JÚLIO AUGUSTO GURGEL ALVES - CE
LYRSS CABRAL BUOSO – SP
MARIA TERESINHA CIRILO DOS SANTOS - SP
MIRIAN MENEZES DE OLIVEIRA - SP
OSCAR BAPTISTA GUERRA –CAMBUCI -RJ
ROSINÉA SIQUEIRA - RJ
WANDA CUNHA – MA
TROVAS HUMORÍSTICAS:
ADILSON COSTA - PE
ADILSON ROBERTO GONÇALVES - SP
CARLA ALVES DA SILVA - PR
DÉA ARAÚJO -MG
ELVIRA DRUMMOND - CE
FERNANDO ANTÔNIO BELINO – MG
GILVAN CARNEIRO DA SILVA - RJ
FABIANO DE CRISTO MAGALHÃES WANDERLEY – RN
JOSUÉ LIMA - RJ
LUIZ ANTONIO CARDOSO- SP
MÁRIO MOURA MARINHO - MT
SILVIO ROMERO RIBEIRO TAVARES - SP



SEXTO LUGAR NO IV CONCURSO LITERÁRIO POETA ZÉ MITOCA 2023... MUITO FELIZ

Há nas páginas que escrevo
um mar de forte emoção,
lavras da sorte de um trevo,
coroando o coração.
Liz Rabello




PREMIAÇÃO NO CONCURSO INTERNO DA UBT SP EM 22/04/2023





QUINTO LUGAR NO IV CONCURSO DE TROVAS DA OMT DE ARGENTINA.
TEMA: TRADIÇÃO

ELISABETE RABELLO MACHADO BRANDÃO Brasil

A tradição é uma lei, seguida pela razão; só posso dizer que amei, se ela fala ao coração.
Liz Rabello


QUINTO LUGAR NO XVIII CONCURSO DE TROVAS DA UBT
DE MARANGUAPE 2022

NOVO TROVADOR
TROVA LÍRICO FILOSÓFICA - TEMA "CAMINHO"
Deixo fiapos de mim
pelo caminho que trilho,
perfumes de flor, jasmim,
nas andanças
de andarilho.
Liz Rabello
TROVA PREMIADA NO CONCURSO LITERÁRIO ACLAPTCTC-2022 EM QUINTO LUGAR

TEMA: FAMÍLIA
Minha família é uma luz,
no escuro túnel da vida,
um bem maior que reluz,
quando me sinto perdida.
Liz Rabello







TROVA CLASSIFICADA EM QUARTO LUGAR NO CONCURSO LITERÁRIO ACLAPTCTC-2021 TROVAS, HAICAIS, POESIAS, PROSAS

T




CARTROVA: TEMA DANTE E BEATRICE
PREMIADA PELA UBT NO PRIMEIRO
CONCURSO - SEÇÃO CAXIAS DO SUL



É com imensa alegria que compartilho com todos minha vitória. Sim, VITÓRIA, pois até Fevereiro de 2021 eu jamais havia escrito uma trova. Um pedacinho deste certificado e da medalha, vai para Aline Romariz, presidente da ANLPPB, que nos incentiva a sermos Acadêmicos Estudiosos, em franco crescimento, homenageando o Poeta vivo. Quero compartilhar outro pedacinho com a Acadêmica Lúcia Narbot, por ter criado o grupo de estudos e me convidado a participar. Outro pedação para o exímio, competente, Orientador Adilson Roberto Gonçalves.



Moras num jardim florido,
Beatrice, minha amada,
meu arco-íris colorido,
És a borboleta alada.

Doente estou, minha flor
por tanto te desejar,
mulher de grande valor,
cura-me, vens me cuidar!

Sejas cápsula verdinha,
esperança de alegria,
num rosto de menininha,
teu sorriso de harmonia!

Vens num frasco transparente,
num remédio cura dor,
para o mal incandescente
da falta do teu amor!
Liz Rabello


O QUE É UMA CARTROVA?

Consiste em escrever um poema, que deverá constar de quatro trovas (estrofes). Cada estrofe deve conter quatro versos setessilábicos, sendo que o primeiro verso deve rimar com o terceiro e o segundo com o quarto verso (ABAB). Por ser uma carta, não há uma palavra "tema". Toda ela deve ser direcionada a um dos personagens escolhidos.


O Primeiro Concurso de Cartrovas da União Brasileira de Trovadores - Seção Caxias, foi algo inesperado. Iniciaram com um Concurso Estadual: Cartrovas do poeta, escritor e político italiano Dante Alighieri, enviados para sua musa Beatrice. Ou, cartrovas de Beatrice, enviadas para seu admirador Dante.
As Cartrovas começaram a chegar, inclusive a minha. Os programadores do evento, começaram a ficar apreensivos e preocupados. As missivas vinham de vários estados do Brasil, menos do Rio Grande do Sul. O que fazer? Anular o concurso? Jamais! Quem escrevera estava tão empolgado, que não poderia ser desprezado, Então, resolveram que iriam premiar tanto Cartrovas de âmbito ESTADUAL, quanto NACIONAL. Quando escrevi pedindo desculpas pelo lapso, por ser de São Paulo, recebi a grata notícia que o Concurso havia sido ampliado. Parece-me que Deus escreve tudo certinho por linhas tortas.

No ano de 2021, fui premiada. Quinto lugar. Quatro Trovas. Uma Cartrova. Em 2022, a comissão do concurso resolveu publicar uma ANTOLOGIA BILÍNGUE Português/ Italiano: "DANTE E BEATRICE" AMOR ETERNO, e me informou que vou receber gratuitamente cinco exemplares. Este Concurso só tem me dado felicidade.


MEU PRESENTE DE NATAL


Conquistei o quinto lugar em Cartrovas no Rio Grande do Sul e fui premiada com a publicação gratuita da mesma em Italiano e Português ... Muito feliz !



CARTROVA


DE: CEBOLINHA
PARA: MÔNICA

Mônica, minha "quelida"
vim aqui pra te contar,
de tudo que amei na vida,
foi do coelho apanhar.
Eu inventava o infalível:
um plano que dava errado;
feito fato previsível,
eu era sempre surrado.
Magali corria atrás
de comer como aprendiz;
Cascão não era capaz
de brincar no chafariz.
As águas e melancias,
vitrines do bem, do mal;
criavam desarmonias,
coelhadas no final.

Liz Rabello
PRIMEIRO CONCURSO DO PROJETO HABEMUS, UBT SÃO PAULO, 11/04/2024

Que maravilha este afago poético ... Estou imensamente feliz.

https://youtu.be/eg7e6HoSXSk

Veja as trovas vencedoras do concurso.

Aproveite e curta o víde e compartilhe com seus contatos.

Ainda não se inscreveu no canal? Está esperando o quê?

Posto a seguir, os comentários de Therezinha Brisolla sobre as trovas de participantes do grupo UBT SP.

Trova com o 2º lugar mesmas observações da anterior

Métrica e rimas certas. Pontuação de acordo e sentido completo. Boa trova

Nota 9

Outono dentro de mim,

hora de podar as heras,

perfumar-me de jasmim,

renovar as primaveras.

Liz Rabello

Nota 6,5. Evitar no mesmo verso hora e heras

Não foi classificada, pois já havia uma trova classificada com nota superior e o regulamento não permitia que a mesma pessoa tivesse mais de uma trova classificada.




CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL PAKA TATU 2024
HOMENAGEM A ANTONIO JURACI SIQUEIRA

Que maravilha!!!!!!!!!!! Faço parte da lista de Menção Honrosa com um trio de trovas, juntinho do Geraldo Trombim... Estou abaixo do Elias Pescador, e ainda, de quebra, com a Grande Vânia Figueiredo. Na listagem dos vencedores, da Seção SP ainda temos: Janete Salles e Elvira Drummond.


XXIII CONCURSO DE TROVAS DO CTS/UBT SEÇÃO CAICÓ-RN 2024
12º LUGAR: LIZ RABELLO

VETERANOS
12º LUGAR: ELISABETE RABELLO MACHADO BRANDÃO
Rumo incerto sem um dono,
ostentando liberdade:
Rio, coroa sem trono,
atrai paisagem sem grade.
Liz Rabello
MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 28/02/2024
TROVA DE FECHAMENTO

Sem nunca deixar de amar,*
abandonei nosso ninho,
Sem migalhas aceitar,
*prefiro seguir sozinho.*
Liz Rabello

MEDALHA DE OURO NO GRUPO UNT EM 30/09/2022 


MEDALHA DE OURO NO GRUPO UNT EM 21/09/2022 


MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 21/08/2022


FESTA DOS MEUS AMIGOS NO GRUPO POETRIX, APÓS O OURO NA TROVA:

Esta rima esdrúxula, proparoxítona, além da elisão *Obs*táculo... Foi minha prova dos nove... Chico, você é demais 
Gratidão pela homenagem... 

VINGANÇA BOA NA TROVOADA

Com colar de trovas
Ante os obstáculos
Infinitamente Fé… Liz!
Ronaldo ribeiro Jacobina
Lisboa-PT, 21 ago. 2022


MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE ROSAS
TROVA DE FECHAMENTO


No ardente fogão a lenha,
fumaça doce saudade...
Para o coração é senha,
que me traz felicidade.
Liz Rabello

A construção desta trova ocorreu num momento de minha vida em que me senti muito amada... E sei, que antes, fui eu que amei demais... Eu a escrevi em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, durante o lançamento de INFINITO OLHAR, quando amigos fieis lá estavam, dentro de uma belíssima Antologia em minha homenagem. Gratidão a Deus...

MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE ROSAS


TEMA: OUTONO

Outono dentro de mim,
hora de podar as heras,
perfumar-me de jasmim,
renovar as primaveras.
Liz Rabello

Que alegria! Tem sabor de Concurso de UBT. É uma conquista muito importante para mim, pois está coroando estudos que faço com a ANLPPB, de Campinas. Há um ano, somente 🦋 escrevo trovas... Agradeço a acolhida, braços abertos aos abraços. Obrigada a todos que leram e apreciaram meus versos. Este colar foi de difícil escolha. Excelentes trovas. Feliz feliz feliz 🌹🌹🌹


MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 03/10/2022


MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE TROVAS (13/04/2022)

No topo daquela rocha, 
um solitário coqueiro,
enfrenta o mar, desabrocha,
namora o vento faceiro.
Liz Rabello


MEDALHA DE OURO NO GRUPO COLAR DE TROVAS
TEMA: CHUVA (TROVA DE FECHAMENTO)

Eu me sinto abençoada
vendo o Sol que aqui cintila,
secar a relva molhada,
fim de chuva e a gota oscila.
Liz Rabello


TROVA LEGENDA: TEMA: MEIO AMBIENTE
*BANCO DE PALAVRAS*
Meio ambiente, Terra, preservação, desmatamento, aquecimento global, poluição, ecologia, reflorestamento.


A
É neste planeta *terra*
banhado por oceanos
que a *poluição* ganha a guerra
provocada por humanos.
*@terezinhapantaneira*
B
Na *terra,* o *desmatamento*
é necessário acabar.
Grande *reflorestamento*
o governo iniciar!
*Vitória França*
Campos, RJ
C
Na ganância o homem esquece:
*Terra* é *reflorestamento.*
O *Meio ambiente* padece,
com o seu *desmatamento.*
*Lucy Almeida Maceió*
D
- Homem, o planeta *Terra,*
a você pede insistente:
se há um bem que em si se encerra,
- use-o pro *meio ambiente.*
*Jacyra Carneiro Montanari*
*São Paulo SP*
E
*Meio ambiente* saudável?
Não é mais que obrigação .
Mas é um fato lastimável,
*Terra* sem *preservação*.
*Silvia Irati PR*
F
*Meio ambiente* de luz,
a *Terra* clama ao Senhor!
Busca em nome de Jesus,
*ecologia de* amor.
Maria Lúcia Monteiro Xavier.
Campos dos Goytacazes/ RJ
G
Tem que haver PRESERVAÇÃO,
para manter o ambiente,
chega de POLUIÇÃO,
seja então obediente.
*Geraldo Cardoso UBT-Aperibé-RJ*
H
Cuidemos do *meio Ambiente*,
é a *terra,* quem está pedindo,
cadê o povo coerente?
Todo cuidado é bem vindo!
*Gleyde Costa Campos RJ*
I
Contra o vil *desmatamento*
tomei atitude nova:
faço o *reflorestamento*
nos quatro versos da trova!
*Juraci Siqueira/Belém-PA*
J
Flores, rios, natureza.
Fauna, reflorestamento.
De Deus fluindo beleza...
A vida em encantamento.
*Luzimagda J F M G*
K🏆🥇💐
A *Terra* é o nosso quintal.
presente do Criador,
é dever fundamental,
*preservá -la* com rigor.
*Caterina-Irati PR*
L🥈💐
Cada semente plantada,
bênção no *meio ambiente,*
faz da *Terra* preservada,
um lugar melhor pra gente.
*Liz Rabello - SP/ SP*
M
Salvemos o *meio ambiente*
das ações que causam danos,
pra que a *Terra* veemente,
não se acabe daqui uns anos.
*Glória Marson*
N
Cuidemos do *meio ambiente*
visando a *preservação,*
sem ter ato inconsequente,
que resulte em extinção.
*Lucília Decarli*
O
Luto por *preservação*
desta nossa natureza
pôr um fim na *poluição,*
pra contemplar a beleza!
*Thaís Souza.* Campos-RJ.
P
Cobiça, *desmatamento...*
Nossa *terra* devastada
clama: *reforestamento,*
*preservação* e mais nada.
*Célia Mendonça/JF MG*
Q
O *meio ambiente* é vida,
é abundância, é beleza!…
*Terra* amada, mãe querida,
onde rege a natureza!
*Marleide Canedo*
R🥉💐
Proteja o *meio ambiente,*
lute por *preservação.*
Nós precisamos urgente
conter a *poluição.*
*(Regina Rinaldi - P.Açu SP)*
S
Pratique a preservação
cuide da nossa beleza
para que a poluição
não destrua a Natureza.
*(Ester Figueiredo-Barra do Piraí,-RJ)*
T
O dia cinco de junho,
dia do *meio ambiente*.
Escrevo de próprio punho:
– Sou da *Terra* consciente!
Zilnete Moraes
*Campos dos Goytacazes/RJ*
U
Por que só *meio-ambiente*
e não o ambiente inteiro?
A *Terra* fica mais quente -
o homem não é ordeiro!
Elyzabeth Tavares
*Campos dos Goytacazes RJ*


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 02/11/2024

Viro folhas de um passado
verdes momentos de amor...
Hoje desenho guardado
num outono encantador.
Liz Rabello


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE ROSAS EM 17/05/2024

BANCO de PALAVRAS
Noivos- Maio- Alegria - Festa- Casamento - Flores - Amigos - Igreja - Parentes - Vestido - Presentes - Amor - Música.
Compor uma trova usando pelo menos 3 palavras do Banco.

Meu amor, foi bem assim:
entre amigos e parentes,
sussurramos nosso sim
às testemunhas presentes.
Liz Rabello



MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 14/04/2024

TROVA DE FECHAMENTO


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 11/02/2024



MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS
EXERCÍCIO POÉTICO COM INDICAÇÃO DE UM VERSO DO "BANCO DE "FRASES"
1 *O tempo não volta atrás*
2 *Tu deixaste de ser minha*
3 *Tristeza não paga divida*
4 *Quem gosta de mim sou eu*
5 *A vida é pra ser vivida*
6 *Meu lenço na despedida*
7 *É dando que se recebe*
(Oração de São Francisco)
8 *A lua brilha no céu*
9 *igual dar milho pra bode*
Lenço branco em despedida,
acenava sem parar...
Era um disfarce, querida,
para não me ver chorar.
Liz Rabello



MEDALHA DE PRATA NO GRUPO "COLAR DE TROVAS", EM 29/09/2023


Sou pássaro sem gaiola, barco sem âncora e cais, sem pressa, levo a viola, mochila e meus ideais. Liz Rabello
MEDALHA DE PRATA NO GRUPO "COLAR DE TROVAS", EM 29/06/2023


Ao começar a rezar,
amenizo os meus acoites,
lavras de amor a esquentar
inverno de frias noites.
Liz Rabello

MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE ROSAS (10/05/2022)
🌹 *Exercício poético* 🌹 🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹 *Compor uma trova com pelo menos 3(três) do banco de palavras, colocando-as em negrito.* *Banco de palavras* *retrato*, *ausência,* *passos*, *rua*, *saudade*, *amor*, *sorriso*, *tempo*, *destino*, *pranto,* *chegada*, *vida.*

Eu me sinto acorrentada
aos passos que nunca dei,
pela vida enclausurada,
para o amor não me doei.


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO UNT - UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO UNT - UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES

Meu santinho predileto,
pai das moças *encalhadas*,
eu te peço, com afeto,
não as deixe abandonadas.
LIz Rabello


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO UNT - UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES

DESAFIO: TROVA SÓ COM RIMAS RICAS
São consideradas ricas as rimas entre palavras pertencentes a classes gramaticais diferentes. De maneira geral, essa diferença de classes causa experiências de leitura distintas da leitura dos textos com rimas pobres, surpreendendo pela novidade.
maravilhosa – babosa (adjetivo - substantivo)
idade – nade (substantivo - verbo)
dela – bela (pronome - adjetivo)
suba – Cuba (verbo - substantivo)
fostes – postes (verbo - substantivo)
Leia alguns versos do poema “A um Poeta”, do poeta parnasiano Olavo Bilac, e observe os efeitos causados pelas rimas ricas:
A um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
(...)
(BILAC, Olavo. Tarde. 1919)

Amanhecer em Bonito,
tudo de bom a viver,
um colorido infinito,
suaviza o alvorecer.


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS: 16/08/2022

Andar de perna de pau,
engolir fogo e fumaça,
eram farras ao luau,
as brincadeiras na praça.


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE ROSAS, TROVA DE FECHAMENTO, EM 21/06/2024

*O meu hoje, o meu agora*
é o momento que bendigo,
pois tudo acaba na aurora...
*O tempo é carrasco antigo.*
Liz Rabello

MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE ROSAS EM 17/10/2024

*O que vem do coração*
será sempre uma aliança
de respeito e comunhão,
*se educarmos a criança.*
Liz Rabello


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 24/01/2023

É a praga do rancor
se espalhando no horizonte,
transformando amor em dor,
o trapiche se fez ponte.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE ROSAS, TROVA DE FECHAMENTO, DIA 12/04/2024


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS
TROVA DE FECHAMENTO EM 12/05/2024

*Só o faz, por puro amor*
todo gesto que contemplo:
delicada feito flor,
*minha mãe, meu belo exemplo.*
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 20/01/2024


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO "COLAR DE TROVAS", EM 26/07/2023


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES   (04/11/2022)

É mister viver com arte
respeito e fraternidade.
Não pensar igual faz parte,
diálogo em sociedade.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES

No fim da luz de um arco-íris
dizem estar um tesouro,
presa nesta minha íris,
belas cores que são ouro!
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT UNIÃO DOS TROVADORES DO NORDESTE (01/08/2022)

Na ânsia de roubar-te, oh Sol!
Eu, frágil, imperceptível,
sonhei ser luz no arrebol,
pela vidraça, invisível...
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 29/01/2024

EXERCÍCIO POÉTICO COM INDICAÇÃO DE UM VERSO DO "BANCO DE FRASES" 

1 *O tempo não volta atrás*
2 *Tu deixaste de ser minha*
3 *Tristeza não paga divida*
4 *Quem gosta de mim sou eu*
5 *A vida é pra ser vivida*
6 *Meu lenço na despedida*
7 *É dando que se recebe*
(Oração de São Francisco)
8 *A lua brilha no céu*
9 *igual dar milho pra bode*

*A lua brilha no céu,*
pisca, pisca, um vaga-lume,
na terra, voando ao léu,
rastro vadio de ciúme.
Liz Rabello

MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES
TROVA LEGENDA 19 - TEMA FAROL

A forte luz que me guia
vem da energia solar. 
Sou borboleta poesia,
sigo o farol estelar.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO "UNT" UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES

TROVA LEGENDA:  DESAFIO:
Usar dois vocábulos do Banco de palavras: Infância. liberdade, esperança, estrada, foco, perseverança, fé, natureza, felicidade. (15/05/2022)

No galope do cavalo,
liberdade conquistando,
ganha estrada, vai no embalo,
vai sorrindo, sempre amando.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT (UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES)
PARA COROAR MEU PRIMEIRO DIA NACIONAL DE TROVADORES

DESAFIO: ESCREVER SOBRE O TEMA "CAFÉ", SEM CITAR A PALAVRA...

Eis que tudo, tudo passa...
Chaleira chia na pia,
expresso morre em fumaça,
a noite já vira dia.
Liz Rabello


MENÇÃO HONROSA NO GRUPO UNT UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES EM JULHO/2022

O tempo, morno filete,
amanhece a travessia.
Na ponte, belo tapete!
São flores em harmonia.


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT EM 24/012/2022

Baixar antenas do ego,
aceitar os desafios,
intolerância eu nego,
até me dá calafrios.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT EM 08/03/2023 - TROVA LEGENDA

Grécia moderna ou antiga,
traz tradição e cultura,
mas não há quem desobriga,
viajar por uma aventura.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS - TROVA DE FECHAMENTO

Partilhar o coração
é o meu desejo e carinho, 
sussurrar em gratidão:
"eu não vivo mais sozinho."
Liz Rabello


MEDALHA DE PRATA NO GRUPO COLAR DE TROVAS 06/02/2024

Confetes e serpentinas,
espalhados nas calçadas,
sorrisos de Colombinas,
nas saudades disfarçadas.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO UNT UNIÃO NORDESTE DOS TROVADORES -TROVA LEGENDA 19 - TEMA FAROL

Eu, girassol, giro, giro,
caçando um farol solar,
pequenina estrela, miro
astro rei, a esperançar.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS
TROVA LEGENDA A PARTIR DE UM VÍDEO

Águas que escorrem da fonte,
descendo em véu de cascatas,
luz de prata no horizonte,
mata sede de fragatas.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE ROSAS

Ainda a vejo sentada
na máquina de costura... Em mim, saudade bordada, linhas de muita ternura.
Liz Rabello

MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 10/06/2024

Acordei num novo dia,
café quentinho na cama,
sentimento de euforia
ao lado de quem se ama.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE ROSAS EM 19/09/2024
TROVA DE FECHAMENTO
*Uma rosa sobre a mesa*
agrada e louva os amores,
mas no jardim é riqueza,
*é festa de vida e cores.*
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 09/11/2024

Pincelado num cenário
um passarinho amarelo,
voando no imaginário,
por torres do meu castelo.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS EM 20/11/2024

Mãos humanas de artista
bate, esquenta, molda e cria...
Nega ser armamentista
na escultura e fantasia.
Liz Rabello


MEDALHA DE BRONZE NO GRUPO COLAR DE TROVAS
TROVA LEGENDA A PARTIR DE UMA IMAGEM EM 28/03/2024

*Aquele que crê em mim,
a vida eterna terá,
colhendo flor de jasmim,
por aqui feliz será.
Liz Rabello


MINHAS TROVAS

TROVA LEGENDA
Banco de palavras:
scravidão Mar
Liberdade Ar
Navio Cais
Sol Cantos
Terra Adeus
Lamentos Consciência

USAR TRÊS PALAVRAS EM NEGRITO

Ainda rolam nos céus
*cantos* e muitos *lamentos*...
mas coragem borda em véus
*liberdade* em sentimentos.
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Lembrança maravilhosa*
regada a um bom sentimento
é a presença da flor rosa,
*no retrato de um momento.*
Liz Rabello


*É dezembro novamente...*
Hora de abrir as gavetas,
deixar voar livremente
as voláteis borboletas.
Liz Rabello

Despida de teus abraços,
triste acaso e desencontro,
divido-me em mil pedaços...
na saudade me reencontro.
Liz Rabello


Num campo de verde pasto
impera grata harmonia
de se conviver com vasto
manto de sabedoria.
Liz Rabello


TROVA DE HUMOR: TEMA DEBOCHE

Seu doutor, aqui estou:
enlouqueço, eis o deboche:
viciada em trovas sou,
grafo verso até no broche!
Liz Rabello

A leitura molda gestos,
caráter, inteligência...
E se vive pelos restos
de vidas de outra existência!
Liz Rabello


"E nem tudo é o que parece..."
Já dizia o cientista...
O novo nunca fenece
nas mãos de um jovem artista.
Liz Rabello


Quem recebe chicotada
e não deixa o coração
virar pedra machucada...
da vida aprendeu lição!
Liz Rabello


Menina de perna grossa,
se cair, liga não, dança!
Dança a música da roça,
navega numa esperança!
Liz Rabello


Na trilha da sedução,
de oceano embriagada...
sou sereia na emoção
de por você ser amada.
Liz Rabello

TROVA DE FECHAMENTO

*Sem querer exagerar,*
enalteço o meu agora!
Como não valorizar
*a chuva que cai lá fora?*
Liz Rabello


Sou, girassol, giro giro,
caçando uma luz solar,
pequenina estrela miro
astro-rei, a me guiar.
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Alegrar meu coração*
é bem fácil, com certeza!
Pétalas de ipê no chão,
*presentes da Natureza.*
Liz Rabello


*Ao me beijar com paixão,*
bem sei que em fé conhecia
nosso porvir de emoção...
*Meu coração já sabia.*
Liz Rabello


Uma parte de mim parte,
outra fica e quer partir...
No desencontro existe a arte,
inspiração ao porvir.
Liz Rabello


Aquele amor que lhe dei
não se perdeu lá na esquina!
Nas curvas do tempo atei
meu coração de menina.
Liz Rabello


Vejo o luxo e a privação
neste mundo desigual...
Eu, numa triste oração,
choro vivendo o real.
Liz Rabello


Nos voos dos passarinhos,
que dançam de flor em flor,
ao construírem seus ninhos,
há primavera de amor.
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO
*Compor uma trova usando pelo menos 3 (três) palavras do banco ( coloque em negrito).**TREM, FUMAÇA, APITO, VAGÃO, VIAGEM, ENCONTRO, TRILHO, MAQUINISTA.*
E vão se embora os meus sonhos,
pelos *trilhos* da estação...
*fumaça* os leva... tristonhos,
no *vagão* desilusão!
Liz Rabello

EXERCÍCIO POÉTICO
A PARTIR DO POEMA DEFINIÇÃO, ESCREVER UMA TROVA:

DE F I N I Ç Ã O
É o sol -
fugitivo,
que se esconde de noite
e reaparece cada dia...
E a lua -
a mais linda mulher
que só aparece de noite
transformada em poesia.
Henrique Eduardo

Lua ocupa Sol luar,
beija a boca do infinito,
tão erótico brilhar,
não há nada mais bonito.
Liz Rabello


Sina de escritor: palavras
em pedras emaranhadas,
mosaicos em muitas lavras...
Dizem tudo em poucos nadas.
Liz Rabello


Em fiapos de nostalgia,
num eterno esconde-esconde.
O forte Sol despe o dia,
quer ver Lua que se esconde...
Liz Rabello

Se eu me for desta morada,
plante-me abaixo do solo,
quero me sentir amada...
No ciclo vital ter colo.
Liz Rabello

Entre pedras, o Sol nasce,
traz lascas de inspiração...
E um novo dia renasce
a esperança em gratidão!
Liz Rabello

Aquilo que te incomoda
não é passado, é presente...
É preciso girar roda,
mudar aquilo que sente.
Liz Rabello

Sou Lua em fases mutantes,
não me cobro, não me julgo!
Sou sinfonia de instantes
e na alegria divulgo.
Liz Rabello

Ao sentir as mutações
dos sentidos da minha alma,
filtro boas emoções:
sintonia que me acalma.
Liz Rabello

*Hoje e amanhã, bem risonhos,*
meus desejos de igualdade...
Líder bom há nos meus sonhos,
*eu creio na honestidade.*
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO

A partir de um jogo de palavras laçadas, formamos um Banco de Palavras: foca, casa, mole, faca, arco, selo, ocas, saca, reta, seta, moca, fome, moro, mora, coro, rara, rota, fase, role, lesa, arte, fato, toro, paca.

DESAFIO

Escolher uma das palavras e fazer uma trova com Acróstico

Rio que caminha sem dono,
ostentando liberdade,
traz coroa sem um trono,
atrai paisagem sem grade.
Liz Rabello

Tal cinema, o meu passado
surge em tela da saudade...
Meu amor, meu bem amado,
tempo de felicidade!!!
Liz Rabello

*As queimadas evitar,*
pra quem quer enaltecer
vida em primeiro lugar...
*É bonito o amanhecer!*
Liz Rabello


Finos filetes de luz
me fustigam tal açoite...
só uma estrela que reluz
é meu manto nessa noite!
Liz Rabello

Arco e flecha do cupido,
reta fatal: coração!
corta um espaço atraído...
Olho no olho em dupla ação.
Liz Rabello


TEMA LIVRE
DESAFIO

Retirar palavras de um Caça-palavras, e logo depois escolher três delas e compor uma trova: castelo, rastelo, pastel, rastro, cartel, lorota, coletar, acatar, opacas, cortes. atacas, placar, frasco, pastor, molestar, castrar, roleta, moleta.

*Roleta* russa da vida...
Meu *castelo* construí;
sem muralhas prevenida,
pra água *rastelo* o perdi...
Liz Rabello

Coração é abelha em mel
voando de flor em flor...
Às vezes licor de fel
entre amor e desamor.
Liz Rabello


Tempos de Jesus Profeta,
sobrevivo consolada;
em mim amor, uma seta
direcionando a jornada.
Liz Rabello



Tempo é pérola preciosa
para senhora marcada,
sem pressa, vive qual rosa,
"carpe diem", sempre amada.
Liz Rabello


Essa, sem hora marcada,
é a dona do seu viver,
não fica desapontada,
se os filhos não vêm lhe ver.
Liz Rabello


O destino se constrói:
"metamorfose constante..."
E o agora se destrói
no passado deste instante!
Liz Rabello


Nós estamos na mesma arca,
num dilúvio de Noé...
Profeta de boa marca:
Amar, amar... Evoé!
Liz Rabello


É de Sol esta minha alma,
sonhos de cristais em mim...
Elos de azuis, praia e calma,
verdes algas, paz assim...
Liz Rabello


Disfarço a minha saudade,
digo não aos meus fracassos,
pois conheço a realidade:
"Sei que voltas aos meus braços."
Liz Rabello


Fadiga em mim é a rotina...
Cansa viver sem meus sonhos!
Ter janela sem cortina,
fechada aos dias risonhos.
Liz Rabello

EXERCÍCIO POÉTICO
BANCO DE PALAVRAS

Compor uma trova com pelo menos 3 (três) palavras do Banco de palavras:
Fé - Renovação - Esperança - Páscoa - Alegria - Ovo - Ressurreição - União - Chocolate - Aleluia- Cristo- Reflexão.
Eu sou a *ressurreição*...
Quem crê em mim, vencerá!
*Fé* e *esperança* em ação
e a vida eterna terá.
Liz Rabello


Fiquei muito feliz por enviar para o Senhor Flávio Stefani, presidente da UBT Porto Alegre, a trova abaixo, para uma exposição na Casa de Cultura Plauto Cruz.

Degradé ao pôr do sol,
suave noite, entardecer!
Guaíba em seu arrebol,
clamor pra não esquecer.
Liz Rabello

TROVA DE FECHAMENTO

*Na primavera do amor,*
os cantos dos passarinhos
embalam vento na flor,
ao construírem seus ninhos.
Liz Rabello


Passarinho de bom gosto
também é bom jardineiro...
Constrói seu ninho em agosto
pra florir verão inteiro!
Liz Rabello


No convite, um casamento!
Eram só nomes homônimos,
unidos em sentimento,
na ficção de nós, anônimos.
Liz Rabello


Espero e, em tuas demoras,
um novo outono amanhece,
e, no pomar, as amoras
perfumam dor que envelhece.
Liz Rabello


Meu passado vem à tona:
o tempo em onda fugaz...
Vai e vem, nada sou dona...
Nem das lembranças que traz.
Liz Rabello


Cada dia que amanhece
levo um soco do destino...
Ao por do Sol, noite tece
um sonho que desatino.
Liz Rabello


Esta paz, que tanto almejo,
vive em nó, comunga guerra,
que me beija com desejo!
Mas ela, semeia a terra.
Liz Rabello


Uma colher de poesia
num galho verde de folhas,
e uma nuvem de harmonia...
Receita de Deus... Só colhas!
Liz Rabello


Tento fugir desse beco...
Trovoadas de um suplício
causam medo, engulo seco,
as águas em precipício.
Liz Rabello


No face, os retratos meus,
sorrisos emoldurando,
escondem eles, meu Deus!
Dores que estou costurando.
Liz Rabello


Nem mal amanhece e o Sol
derrete flocos de neve,
passarada do arrebol
ciscará na terra, em breve.
Liz Rabello


Trem que sobe, morro desce,
carrega doce miragem,
deste dia que amanhece,
manhã linda de viagem.
Liz Rabello


O mosquitinho atrevido,
que parece inofensivo,
gosta de quando o convido,
na água parada ao ser vivo.
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Ter a paz no coração*
do vento, que enfrenta o medo,
abraça o mar, sem noção,
*numa onda contra o rochedo.*
Liz Rabello


Filete de sangue corre
pelas terras do Brasil...
No fogo do incêndio morre,
arde num céu cor de anil.
Liz Rabello


A vida é feita de sonhos,
retalhos de bem querer,
mas tem momentos tristonhos,
que é necessário esquecer.
Liz Rabello

Meus sentimentos contigo
voam por dentro de mim,
até mesmo o que consigo
cortar asas, dar um fim...
Liz Rabello

Ampulheta gira mundo,
vira e volta pra um lugar,
o mesmo que aqui, profundo,
se conjuga o verbo amar.
Liz Rabello


O frio não é desculpa
pra ficar dentro do lar...
Sedentarista tem culpa
por seu destino riscar.
Liz Rabello

Tento fugir desse beco...
Trovoadas de um suplício
causam medo, engulo seco, 
as águas em precipício.
Liz Rabello


Nos vendavais desta vida,
mato um leão todo dia...
Nos transtornos, atrevida,
não soçobro em nostalgia.
Liz Rabello


Era digital, feito hera,
se expande com rapidez;
há quem lute, por quimera,
voltar livros outra vez.
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Lembranças da nossa história:*
realidade ou miragem?
É marcante na memória
*a doçura desta imagem.*
Liz Rabello


Eu rasgo a alma com palavras
costuro só o coração,
lindos versos de mil lavras,
estilhaços de ilusão.
Liz Rabello


Escapou- me pelos dedos,
máscaras do carnaval,
nada sobrou, só arremedos,
impactos do festival.
Liz Rabello


Um malmequer me fisgou:
Fotografia rasgada...
União que não vingou
e que findou fracassada!
Liz Rabello

Da poesia nunca esquece* quem a vê na Lua cheia, quem se permite e se aquece *na praia em que a luz clareia.* Liz Rabello


Lua ocupa Sol luar,
beija a boca do infinito,
tão erótico brilhar,
não há nada mais bonito.
Liz Rabello


Nos versos seus, em poesias,
me lambuzo dos pedaços,
choro rios das alegrias,
com prazer leio seus passos.
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO NO GRUPO UNT
ESCOLHA UM OU MAIS VERSOS E COMPONHA ATÉ TRÊS TROVAS
PROPOSTA TEMÁTICA: RESSURREIÇÃO
*Ele não está na cruz*
*Ele quis morrer na cruz*
*Eu sou a ressurreição*
*Aquele que crê em mim*
*O sepulcro está vazio
*marca a salvação de cristo*
*escravidão no Egito*
*libertação dos hebreus*




GRUPO UNT ESCOLHA UM OU MAIS VERSOS DO GRANDE CHICO BUARQUE E COMPONHA ATÉ TRÊS TROVAS


É inegável que Chico Buarque é um dos maiores compositores do Brasil. Músicas como Construção e A Banda são exemplos de clássicos que não só fazem parte do imaginário popular, como também permanecem sendo analisadas e estudadas até hoje.
*Vou cobrar juros, juro*
*O nosso amor é tão bom*
*De repente, impunemente*
*Quem espera nunca alcança*
*Hoje você é quem manda*
*Quando chegar o momento*
*Todo esse amor reprimido*
*Cada lágrima rolada*
*Antes do que você pensa*
*Estava à toa na vida*
*O meu amor me chamou*
*Pra ver a banda passar*
*Cantando coisas de amor*

*Hoje, você é quem manda*
meu coração se calar?!?
Você jogou a comanda,
pro feitiço declarar.
Liz Rabello

*De repente, impunemente,*
você partiu, me deixou...
Virou aquela semente,
pura flor que não vingou!
Liz Rabello


Sinto muita gratidão, quando o meu coração trinca... do doutor quero atenção, com emoção, não se brinca. Liz Rabello


*Meu coração não tem jeito:*
mesmo colado em pedaços,
suspira dentro do peito,
desata os nós dos teus laços.
Liz Rabello


Quem espera nunca alcança,*
porque deixa de tentar...
Não se vive de esperança,
vá pra luta, trabalhar!
Liz Rabello


Deixei na trilha o passado:
menos cobrança obrigar-me...
Jamais ficarei de lado,
quero sonhos abrigar-me!
Liz Rabello


*Em versos é seu cantar,*
notas sutis de experiências,
registram num versejar
*mãos tristes, temen
do ausências.*
Liz Rabello


*Inspirando a poesia,*
meu coração, que é sem dono,
suplica por parceria,
*nas madrugadas de outono.*
Liz Rabello


Uma figueira indefesa,
ponta cabeça cresceu...
Decerto foi em defesa
de uma luta que viveu.


Oh pai, Francisco de Assis,
quanta ternura em ti leio!
Da paz só tu és matriz...
Seguir teus passos anseio...
Liz Rabello


Ela chegou de mansinho,
derretendo os corações,
já me deu muito carinho
e me envolve de emoções.
Liz Rabello


Mãos visíveis, invisíveis,
lustram sonhos esquecidos,
criam belezas incríveis,
belos momentos vívidos.
Liz Rabello


Vareta foi encontrada
num Posto de Gasolina,
faminta, desidratada!
Muito magra, essa menina!
Liz Rabello


Vira-lata abençoada,
personagem do meu livro,
por todos é muito amada
e da solidão me livro.
Liz Rabello


Mendigo por um amor que me leve ao precipício, um toque suave de flor, razão perdida em hospício.
Liz Rabello


Diante de ti, Francisquinho,
a minha trova é só asa,
voa feito um passarinho...
Na simplicidade, arrasa.
Liz Rabello


Sou textura colorida,
alinhavo de ilusões,
junto retalhos de vida,
costuro desilusões.
Liz Rabello


"E se nós só nos amássemos
uns aos outros", soletrou
pastor, "e então mergulhássemos
no que a Bíblia nos pregou?"
Liz Rabello


Uma chuva que não veio
uma flor que não brotou
fel e tristeza no seio
frio inverno desbotou.
Liz Rabello


Entre flores azuis cantam
pássaros em liberdade, doces plumagens encantam a ternura sem vaidade.
Liz Rabello
Galopei caules de sonhos,
cavalguei fragilidades;
viajei por mundos risonhos,
semeei muitas saudades.
Liz Rabello


A ternura em doce ninho,
já não cabe em minha mão,
voa livre passarinho,
faz feliz meu coração.
Liz Rabello


Passarinho na verdade,
por herança é arquiteto.
Nunca foi pra a faculdade,
para construir seu teto.
Liz Rabello


Eu me dividi ao meio,
por inteiro me doei...
Verso e reverso em recheio
e tão só, sem mim, fiquei.
Liz Rabello


Ave presa na gaiola
triste, murcha, não gorjeia
não acompanha uma viola
sofre dentro da cadeia.
“não “ é ditongo decrescente, não elide com a vogal da palavra seguinte.
Então ficaria assim a divisão silábica:
não/ a/com/pa/nha u/ma/ vi/o/la,
O que daria 8 sílabas. A solução é retirar a palavra “uma”.
não/ a/com/pa/nha/ vi/o/la. Ficam 7 sílabas e não modifica o sentido.

TROVA CORRIGIDA

Ave presa na gaiola
triste, murcha, não gorjeia
não acompanha viola
sofre dentro da cadeia.
Liz Rabello


Diante de ti, passarinho,
sou a pequenina flor,
é tão grande teu carinho,
devo te dar meu amor.
Liz Rabello


Aos olhos salta a beleza,
muito maior que a aparência, entre o homem e a natureza, pacífica convivência.
Liz Rabello

Lustrei meu chão com desejos, roubei a luz do luar, das estrelas, seus lampejos... Deixei nosso amor vingar.
Liz Rabello


Parte de mim é saudade
das juras de eterno amor,
outra sonha liberdade
e só encontra muita dor.
Liz Rabello


Deixo fiapos de mim
pelos caminhos que trilho,
perfumes de flor, jaz(mim),
nas an(danças) de andarilho.
Liz Rabello


Cortei meu rosto do seu,
fácil tirar da memória,
agora sei quem sou eu,
difícil cortar história.
Liz Rabello


Se for pra sofrer, não tente,
se for pra sorrir, não negue
a voz do amor que não mente,
deixe vida te carregue.
Liz Rabello


Despida de teus abraços,
triste acaso e desencontro,
me divido em mil pedaços,
e na dor me reencontro.
Liz Rabello


A poesia me convida para uma trova escrever, em quatro versos, sou vida, coloco ali meu saber.
Liz Rabello


Dentro de mim mesma, moro
numa mente pequenina,
Juventude comemoro,
não sou mais do que menina.
Liz Rabello


Tenho correntes de flor
algemas bem coloridas
sementes cheias de amor
existências bem vividas.
Liz Rabello


Flores do tempo reguei, sou bem jovem outra vez, em teus braços me entreguei, sou feliz mais uma vez.
Liz Rabello


Das gavetas da memória, um dia, transbordarão enfeites da minha história, sementes do coração.
Liz Rabello


Uma indiazinha pintada, tiara de lindas plumagens, traz no semblante a pitada das mais belas das imagens.
Liz Rabello


Apago os nossos finais,
pinto lindas primaveras,
mordo maçãs outonais,
inauguro novas eras.
Liz Rabello


Eis-me a versejar perdão
por algo que nunca fiz;
magoei teu coração,
ao desejar ser feliz.

ma-goei é a forma mais usada, não como hiato.
(Adilson Gonçalves)
TROVA CORRIGIDA
Eis-me a versejar perdão
por algo que nunca fiz;
melindr
ei teu coração,
ao desejar ser feliz.
Liz Rabello


Num Namastê carinhoso,
bruxinha que vive em mim
saúda verso formoso
que existe em ti, meu jasmim.
Liz Rabello

Mais do que nunca: saudade, daquilo que jamais vi, cinzas tons de realidade, no lugar de verde aqui.
Liz Rabello


O passado se repete
nos desencontros de amor...
Para o destino compete
romper o ciclo da dor.
Liz Rabello


Entre mentira e verdade,
paisagem bela vivi,
conquista a minha saudade,
aquilo que nunca vi.
Liz Rabello


Em devaneios, minha alma
em busca do meu passado,
vagueia com muita calma,
sentindo ancestrais ao lado.
Liz Rabello


A barata é assustadora,
quando nos cerca voando,
mas a "new" esmagadora:
é "borboleto* chegando...
Liz Rabello


Uma linda borboleta borda voo suave no céu, pousa numa flor violeta, com a leveza de um véu.
Liz Rabello


Quero asas de borboletas
para da dor escapar
pousar belas violetas
lindas flores a beijar
Liz Rabello


*Semeou a santidade,*
comunhão entre os iguais,
defendeu a caridade...
e amor, seus ideais!
Liz Rabello

*Exuberante beleza*
tem a magia do mar...
Em nada há maior riqueza
do que o azul deste olhar!
Liz Rabello


Maus pensamentos são jaulas
correntes de malquerer,
nós necessitamos de aulas
de amor próprio, benquerer.
Liz Rabello


Está tudo um desatino,
afinado com má fé.
Que tal provocar destino?
Ir à missa ou Candomblé?
Liz Rabello


Gestos de simplicidade
conquistam a gratidão,
vividos na realidade,
afagam o coração.
Liz Rabello

Os belos campos de hortências
rolam morro desde outrora,
enfeitam nossas vivências,
perfumam a hora de agora.
Liz Rabello


Chove poesia em mim, tempestade de desejo, amores que sonho, enfim, esperança que versejo...
Liz Rabello


Para fugir desta chuva, que cai de dentro de mim, aquarelei guarda-chuva,
trovões e raios, dei fim.
Liz Rabello

Metamorfoses de cores, sopros voláteis de voos, borboletas beijam flores, trazem paz em sobrevoos.
Liz Rabello


Vou de coração descalço,
leve solta, borboleta,
em espaço frágil, alço
voo sobre a violeta.

A palavra voo é um hiato. Mesmo no singular, deve ser separado. Ao juntar, ouviremos "vou" do verbo IR. (Elvira Drummond)

Vou de coração descalço,
leve solta, borboleta,
em espaço frágil, alço
voo nos céus da violeta.
Liz Rabello


O outono, vida emergente;
verão, calor, energia;
inverno, amor, vinho quente;
primavera é alegria.
Liz Rabello


*Para a vitória alcançar*
É preciso persistência..
Subir degraus sem pisar
quem abaixo é resistência.
Liz Rabello


Próstata, eu não arrisco!
Exames: toque retal
junto aos fatores de risco...
É sempre fundamental.
Luz Rabello

Ao fechar os olhos sinta
afago, carinho e abraço;
aperto de mãos, consinta.
Não se afaste deste laço!
Liz Rabello


Amor há nos nós do laço,
pontas podem se afastar
ao voltar num bom abraço,
toda dor vai se acabar.
Liz Rabello


Minha luta não tem fim,
a vida sempre me chama,
busco paz neste jardim,
mas só derrapo na lama.
Liz Rabello.


Seria lindo e profundo,
caso as pessoas doassem
perdão para todo mundo...
E em silêncios se falassem.
Liz Rabello


Em busca da perfeição, sangrei as arestas da dor, percorri meu coração, plantei sementes de amor.
Liz Rabello


Gemem ou cantam os ventos?
Ou são eles sempre iguais?
Mudam só os sentimentos,
movimentos são leais.
Liz Rabello


Não gaste esforço à toa
desgaste sem fé, inútil,
a quem contra ti destoa
viva a vida, seja útil!

Esforço fica com sílaba a menos. Trocar por energia, que dará 7 sílabas.

Eu creio que a divisão seria e/ner/gi/a à/toa. (Lu Narbot)

TROVA CORRIGIDA

Não gaste energia à toa
desgaste sem fé, inútil,
a quem contra ti destoa
Acerte o rumo, seja útil!
Liz Rabello


A mediocridade é leme, que faz a nau navegar, ou será tal qual um meme, que faz Brasil naufragar?
Liz Rabello


Dobram sinos de Belém
ecoando a voz do amor...
Foi lá em Jerusalém
que nasceu o Salvador.
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Maria e José, também*
ao amor dão sempre aval...
Aos pais de Jesus, amém...
*dobrem sinos no Natal!*
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Espalho mais alegria*
ao nascer do Sol que doura,
com seus raios de harmonia
*sobre a humilde manjedoura.*
Liz Rabello


Céus em fogo de memórias,
Jogam cristãos aos leões,
choram as tristes histórias,
que se escutam aos milhões.
Liz Rabello


Eu não sou feita de ferro,
nem tampouco sou de barro,
sei que na terra me enterro,
semente de amor, me esparro.
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO COM TEMA
Cada Trovador escolhe uma palavra do *PAI NOSSO* para compor sua trova. Qualquer palavra.
*Céu* de estrelas cintilantes,
caderno onde Deus escreve,
com mensagens sussurrantes,
um forte amor subscreve.
Liz Rabello
V4 está com 6 sílabas.
Não conte ..b...mudo. um for. tea. mor sus. cre. ve
Tinha dúvidas, porque sabia de uma consoante muda, mas no caso tem duas... Arrisquei. Vou refazer.
*Céu* de estrelas cintilantes,
caderno onde Deus escreve,
com mensagens sussurrantes,
um intenso amor subscreve.
Liz Rabello
Somente ...b... é mudo porque o ...s. faz elisão.
(Therezinha Brisolla)


Feche olhos para a injustiça, tampe ouvidos à má fé, a mentira não se atiça, verdade anda em marcha ré.
Último verso o correto é:
marcha a ré ou marcha à ré.
Marcha ré é falado mas não é dicionarizado. (Magda Helena)

Feche olhos para a injustiça,
tampe ouvidos à má fé, a mentira não se atiça, verdade anda em marcha à ré.
Liz Rabello

A trova abaixo tem uma história muito diferente das minhas criações habituais. Estava dirigindo de minha casa para a chácara, com muito trânsito. E eis que as palavras vieram. Não tinha caneta. Sem dúvida nenhuma, peguei o celular e simplesmente, gravei. Confesso que fiz umas dez gravações até a certeira definição. Descobri que OUVIR é muito bom para se perceber ELISÕES. (Liz Rabello)

A dor que dormiu comigo,
acovardou-se de vez,
foi-se embora, jaz contigo,
pela manhã se desfez.
Liz Rabello


Parte de mim é saudade e jura de eterno amor, outra sonha liberdade
e só encontra muita dor.
Liz Rabello


Sou pássaro sem gaiola,
barco sem âncora e cais,
carrego minha viola,
mochila e meus ideais.
Liz Rabello


Hei de encontrar quem fui
no lugar onde restou
a parte que ainda flui
dentre as cinzas que sobrou

Nesta trova falta uma sílaba no primeiro verso:
Hei/ deen/con/trar/ quem/ fui
E eu sugeriria que no último verso você colocasse a cinza em lugar de as cinzas, para concordar com o verbo sobrou que está no singular. (Lu Narbot)

TROVA CORRIGIDA

Hei de encontrar quem eu fui
no lugar onde restou,
a parte que ainda flui
dentre a cinza que sobrou.
Liz Rabello

 
Eu cuido do que me importa:
que haja flores numa escada,
colorindo a minha porta,
mesa farta e gente amada.
Liz Rabello

Sonhar, desejar faz parte,
e correr atrás do risco,
iniciar obra de arte,
não deixá-la no rabisco.
Liz Rabello


Por trás da montanha, o Sol
abre os olhos, preguiçoso,
ilumina o arrebol
e acorda o dia ocioso.
Liz Rabello


No coração a verdade
das dores que significam
que aqui dentro da saudade,
os que partem também ficam.
Liz Rabello


Entre estilhaços de mim,
mosaico de muitas dores, correm lembranças sem fim: brigas e quebras de amores.
Liz Rabello

*Numa queda traiçoeira,*
bate, rola, sem parar...
Não há numa cachoeira,
nenhum nó pra desatar.
Liz Rabello


A morte, durante a vida, inexiste. Quando chega, quem morre não vê partida, então, vive, te aconchega!
Liz Rabello


No caminho para o fim,
em busca da eternidade,
meus passos levam-
me enfim,
a admirar a realidade.
Liz Rabello


O tempo é deveras lento,
mas quando menos se espera,
abre um oho sonolento,
e tudo a gente supera.
Liz Rabello


Tempo passa, deixa riso, que marca rosto enrugado, entrada mostra sorriso, por toda vida doado.
Liz Rabello


Dias curtos pra sonhar, noites longas pra dormir... Vida se esvai sem deixar saudades pra dividir.
Liz Rabello


Pintei nosso amor na tela
da noturna escuridão...
Noite escura, minha cela,
amor meu, minha prisão.
Liz Rabello


No fim da luz de um arco-íris,
dizem estar um tesouro,
presas nesta minha íris,
belas cores é que são ouro!
Liz Rabello

Já lanço uma questão nos versos terminados em íris: a elisão entra a vogal fraca anterior. Assim, ... doar-coí-ris e min-nhaí-ris. No primeiro parece clara a elisão, pois o som flui. No segundo, ainda há dúvida, pela quebra sonora.

Parece o caso de exceção para sons duros e desagradáveis, como diz o decálogo. Isso para o segundo verso.

No primeiro, para mim, ocorre a elisão e o verso estaria com uma sílaba a menos.

Se fosse escrito “ no/ fim/ da/ luz/ de um/ ar/co-í/ris” , acho que daria certo. (Lu Narbot)

Palavra difícil de rimar, além de começar com i tônico, também mais difícil de elidir em som limpo, como fazem o e a. Na verdade, íris só rima com arco-íris. Uma forma de evitar esses sons duros ou a dúvida é colocar antes do "problema" (no caso íris) uma palavra que não termine em vogal. Aí não haverá como elidir (ou ter a dúvida se elide ou não).(Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

No fim da luz de um arco-íris
dizem estar um tesouro,
presas nesta minha íris,
belas cores que são ouro!
Liz Rabello

Exatamente o que eu sempre digo ! Ás vezes é só trocar palavras ou posição na trova! (Adilson Gonçalves)


A ternura sempre diz,
não caber em minha mão,
mas vem me fazer feliz
adentra em meu coração.
Liz Rabello


Incansável melodia vem da mente em emoção, acordes, em harmonia, transbordam do coração.
Liz Rabello


Arco-íris beijou o céu, e o transformou numa tela, deixou Sol por trás do véu, criança a sorrir na janela.
Liz Rabello


Da vida quero ampliar
escasso tempo, sem pressa,
viver essências de amar
dar sentido ao que interessa.
Liz Rabello


Passe borracha no obstáculo,
viva transpondo penhascos,
colha da vida espetáculo
de transitar por teus cascos.
Liz Rabello

Vem, meu Sol, bom dia, vem
sorrir só por teimosia,
traga luz e cor também,
alegria em demasia.
Liz Rabello


Gaya chora de tristeza,
rolam as lágrimas de dor,
destruição é certeza:
sem futuro neste horror!
Liz Rabello


Voa, voa do lugar
onde te fazem pequeno!
Tu és ave singular,
aquela de voo pleno.
Liz Rabello


Brasil não foi descoberto...
Ocupado em invasões,
um território coberto
por povos e tradições.
Liz Rabello



Afirmam que a vida é frágil
tal qual um dente-de-leão;
quem assim diz não viu ágil
andorinha de verão.
Liz Rabello


Tudo fica colorido
quando a primavera vem...
E tudo fica florido,
esquecemos dor! Amém...
Liz Rabello


Com tantos ressentimentos
e desprezo à vida humana,
a guerra de sentimentos
nos leva à paixão insana.
Liz Rabello


Vem dançar valsa comigo,
circular amor na pista,
depois um tango contigo,
rodopios... Paixão à vista.

ro/ do/ pi/os... Não elide.

TROVA CORRIGIDA

Vem dançar valsa comigo, dar voltas de amor na pista, depois um tango contigo, circular paixão à vista.
Liz Rabello


Quero incêndios de vaidades para os egos dirimir, cinzas sobre falsidades para a verdade fluir.
Liz Rabello


Boa noite, tarde, dia,
esta mesmice me cansa...
Se não me traz alegria,
dispenso esta fala mansa.
Liz Rabello


Nas tardes quentes tecidas
pela água, tempo Sol,
lagartas expiram vidas
aladas Do Re Mi Sol

Elisão pe-laá-gua e o verso fica com 6 sílabas. Mas tenho dúvidas quanto ao sentido completo que a trova deve ter. É um conjunto poético de versos, mas difícil dizer se é trova.

TROVA CORRIGIDA

Nas tardes quentes tecidas
pela água no tempo Sol,
lagartas expiram vidas
aladas no girassol.
Liz Rabello


Como girassol, desejo:
existir no teu olhar,
sabê-lo quando te vejo,
vibração de muito amar.
Liz Rabello


Um toque suave de flor
pode humanizar o mundo,
transformar aquela dor,
em pureza, amor profundo.
Liz Rabello


Toque suave de flor: sou!
Exalo amor, com calor;
nas farpas do arame, estou,
quanto mais dor, mais fervor.
Liz Rabello


Eu, girassol, giro giro
caçando esta luz solar,
pequenina estrela, miro
astro-rei, ao esperançar.
Temos uma dúvida no último verso com dois ditongos e uma vogal juntas. Para mim, ao é ditongo decrescente também (como ei) e então não há elisão com a vogal seguinte. O quarto verso fica com 8 sílabas. (Adilson Gonçalves)
TROVA CORRIGIDA
Eu, girassol, giro giro
caçando esta luz solar,
pequenina estrela, miro
astro-rei, a esperançar.
Liz Rabello


Aprendi com secas folhas,
valorizar primaveras,
semear minhas escolhas,
não viver só de quimeras.
Liz Rabello


Aquece a pele, meu Sol.
Borboleta pousa em mim;
quer, tal qual um girassol,
transmutar calor enfim.
Liz Rabello


Semeie serenidade, plante amor e tolerância. colherá felicidade, ternuras em abundância.
Liz Rabello


Conheço bem sobre o chão,
ando veredas descalço,
porta aberta, coração
sonha altos voos e eu os alço.
Liz Rabello


Algo pousou na janela,
rápida, esperta, fugaz.
A borboleta amarela
partiu me deixando a paz.
Liz Rabello


Delírio despedaçado,
fio em casulo rompido,
desejo despenteado,
é novo sonho vivido.
Liz Rabello


Mudança, eis o momento
nós dos casulos, desatar,
livrar-se do sofrimento,
ser borboleta: voar!
Liz Rabello


Caminho quebrando regra,
polindo profundas pontas,
estrelas na contra-regra,
brincando de faz-de-conta.
Liz Rabello

No rigor da trova, pontas não rima com conta.

TROVA CORRIGIDA

Caminho quebrando regra,
polindo ideia já pronta,
estrelas na contra-regra,
brincando de faz-de-conta.
Liz Rabello

ideia é um tritongo, mas deve ser considerado com 3 sílabas i-de-ia e o i elide com o do da sílaba anterior.


“Ouça experiência”, diz
sábia Razão! “Que tal ir
pelo novo?”, contradiz
Coração! “Siga o devir.”
Liz Rabello

Está correta. Apesar de menos usado este tipo de diálogo na trova. (Adilson Gonçalves)


Nesta vida, na viagem, pouco importa a experiência, vale mais uma embalagem, do que nossa própria essência.
Liz Rabello


Marca lugar, marca tempo
relógio, porta retrato,
não nenhum contratempo,
que esta joia não dê trato.
Liz Rabello


Corro demais contra o tempo,
que não mais me ajuda em nada,
não serei seu passatempo,
já fugi desta emboscada.
Liz Rabello


Se o relógio marca o tempo
de leitura produtiva,
exis
te um bom passatempo
nesta vida evolutiva.
Liz Rabello


Passa o tempo bem depressa, às vezes, mais devagar, leva meus sonhos na pressa, deixa esta fome de amar.
Liz Rabello


Sol desponta no horizonte
e um sorriso acorda o dia...
Pra que não te desaponte:
mais sorrisos de alegria!
Liz Rabello


Onde estarei na i gual hora?
Na antiga foto passada?
Dentro do espelho do agora?
Ou na hora morta do nada?
Liz Rabello


Não há nada mais tocante
do que ouvir grito de guerra
naquele fiel instante
que o Timão faz gol e encerra.
Liz Rabello


Não tem peso, nem altura,
nem tamanho... Deus sensível,
dispõe de uma mão que cura,
só faz o bem, é invisível.
Liz Rabello


O vento trouxe uma brisa
muita chuva, paz, beleza,
tudo o que a gente precisa,
viver bem com natureza.
Liz Rabello


Eu me sentei num banquinho
na beira de um lindo lago,
meu olhar bem de mansinho
se via em constante afago.
Liz Rabello


Uma lua bem brilhante
veio luzir na janela
linda flor, um diamante,
era você dentro dela.
Liz Rabello

Como lembra a Lúcia Narbot, há a possibilidade de considerar um hiato. Para mim, o facultativo se refere à sílaba que contém a tônica, que não é caso de diamante (tônica man). Mas parece que tal critério foi expandido para qualquer hiato. Um par icônico é poesia/poeta. Em poeta a tônica é no 'e' e assim juntar ou não o hiato formato é facultativo. A eufonia leva a po-e-ta, pois poe-ta fica meio forçado. Já em poesia, a tônica é no 'i' e o hiato poe seria facultativo juntar ou não. Já vi dos dois jeitos nesse caso e muitas vezes determinado, porque faltou ou sobrou uma sílaba no resto do verso. (Adilson Gonçalves)


Lua anda devagarinho, leva luz na escuridão, carrega muito carinho para o mundo em gratidão.
Liz Rabello


O escuro igualou as cores!
São luzes as diferenças,
nos cálices de licores,
diversidades e crenças.
Igualou não elide com as
Exemplo de u + a
Viu/ a /fi /-lha da/ pa /tro/ a
Separado

A noite harmoniza as cores. Traz luzes às diferenças, em cálices de licores, diversidades e crenças.
Liz Rabello


O fim do mundo ocorre a cada grito de medo; no incêndio, no corre, corre, do ser vivo no arvoredo...
Liz Rabello


Amor, ternura e inocência
são qualidades sutis,
que têm uma iridescência
de manhãs primaveris.
Liz Rabello


*Não descontei em ninguém*
todo mal que recebi...
Perdoei e orei! Amém!
Lavra de Jesus segui...
Liz Rabello


É de mar esta minha alma,
ondas que vêm e que vão,
elos de azuis, paz e calma,
verdes algas, emoção!
Liz Rabello


Aos poucos a forte luz,
em tua voz, em teus braços,
a força que me conduz,
e eu sinto o amor em abraços.
Liz Rabello


Dentro do olhar a beleza
está, só precisa ser
vista, por quem a leveza
do amor deixar conhecer.
Liz Rabello


Entre os destinos da vida,
um só caminho a trilhar...
Um pé na doida partida,
outro querendo ficar.
Liz Rabello


Dia vira noite densa,
descubro beleza em alma,
dormente na Lu
a imensa
envolta de tanta calma.
Liz Rabello


Sobre a relva matutina,
sereno brilha e reluz...
joga vestes na rotina,
que inspiram beleza e luz.
Liz Rabello


Aquarelei céu anil,
escadas ao infinito...
Na tela, o pincel a mil
deixou tudo mais bonito.
Liz Rabello


Encanta-me que eu te encanto,
luz solar primaveril,
flores, perfumes em manto,
sonhos em céu cor de anil.
Liz Rabello


Lembranças lindas, Zezinho, meus pés em cima dos teus! Tenho de ti, meu paizinho, a força que vem de Deus.
Liz Rabello


Remendo teu chão, vovó!
Teu difícil caminhar
merece a ajuda... Forró
é para mim, que sei amar.
Liz Rabello


Os sonhos despedaçados,
deixam vestígios no chão. se não podem ser colados. guarde-os bem no coração.
Liz Rabello


Dentro de mim, luz procuro
razões de felicidades. Busca constante no escuro, respeito às minhas verdades.
Liz Rabello


Ao me lembrar do fascínio
às ilhas daquele olhar,
tento esquecer do declínio
do amor perdido no mar.
Liz Rabello


Uma mandala de luz
tão quente e bela igual Sol
mágico espelho reluz
segredos de um girassol.
Liz Rabello


Igual água vem do céu
se comporta essa alma humana,.
volta lá, retorna em véu,
cascata de amor emana.
Correto nas rimas e métricas, mas tenho dificuldades em localizar o sujeito do "vem" do primeiro verso. (Adilson Gonçalves)
Como a água que vem do céu
se comporta essa alma humana,
volta lá, retorna em véu,
cascata de amor emana.
Liz Rabello


As telas lindas que pinto,
arco-íris em olhos seus,
tempo bom que então pressinto,
esbarra nas mãos de Deus...
Liz Rabello


Debrucei-me na janela da minha alma semiaberta; prescrutei por dentro dela e continua encoberta.
Liz Rabello


Como símbolo, o chapéu, sua figura sobrou, banco vazio sob um véu de saudade que marcou.
Liz Rabello


Folha seca, relva, jaz...
Dentro da terra, a semente,
água aguarda, espera em paz,
ver muita luz do Sol quente!

OUTRA VERSÃO

Folha seca no chão jaz... Dentro da terra, a semente, água aguarda, espera em paz, ver muita luz do Sol quente!
Liz Rabello


Só me apetece o que sou,
cascata de benquerer...
Mais do que sonhos, estou
no depois do Sol nascer.
Liz Rabello


Tão Doce, lama virou; rio seco, pote de água à sua essência voltou, ao mar de barro, deságua.
Liz Rabello


Na tua delicadeza
verde esperança na cor
serenidade e beleza
encontro o gosto do amor.
Liz Rabello

na/ tu/ a/ de/ li/ ca/ de/ za -> (7 sílabas [7 = 8-1])
ver/ dees/ pe/ ran/ ça/ na/ cor -> (7 sílabas)
se/ re/ ni/ da/ dee/ be/ le/ za -> (7 sílabas [7 = 8-1])
en/ con/ troo/ gos/ to/doa/ mor -> (7 sílabas)


Beija as manhãs, beija-flor deixando a vida mais bela, sugando mel, flor em flor, pousa na minha janela!
Liz Rabello


Passado, cabe a lembrança;
ventanias, dor levando...
futuro, cabe a esperança;
presente, um amor chegando...
Liz Rabello


Viva de ponta cabeça, sem razões a sua mente, ao coração, obedeça! Viva de sonhos, somente.
Liz Rabello


O passado não perdoa,
seja antigo ou bem recente;
do nada, ressurge à toa
a dominar o presente.
Liz Rabello


Eis que tudo, tudo passa,
chaleira chia na pia,
café se esvai na fumaça,
a noite já vira dia.
Liz Rabello


Se Sol se esconder atrás
da tua sombra, sem medo,
proteção tu sentirás,
pois és força de um rochedo.
Liz Rabello


Passado enroscado em teias
flagrado pela manhã,
saudades de luas cheias
vêm à tona num divã.
Liz Rabello


Ganhei um sorriso teu,
caso não fosse verdade,
Terias sorriso meu,
como oferta em realidade.
Liz Rabello
Ou, com elisão. Qual é o certo?
Eu ganhei um sorriso teu,
caso não fosse verdade,
Terias sorriso meu,
como oferta em realidade.

Pela sonoridade, creio que é melhor sem elisão. Falando a trova em voz alta, “ga/nheium” fica um som duro, esquisito. Esse talvez não fique duro, mas por ter o nh e depois o m, parece “fanhoso”, tipo alguém resfriado falando… (Lu Narbot)


A genuína alegria,
que nasce das descobertas
das miudezas do dia,
está de portas abertas.
Liz Rabello


Medo: há de se descuidar,
energias de alegria
em todo canto buscar,
ser feliz em harmonia.
Liz Rabello


Triste olhar, tão infeliz, que me transmite uma dor, num grito mudo e me diz: "-Liberdade, por favor!" Liz Rabello


Sinfonia de alegria,
nos acordes matinais,
verão, chuva de harmonia
e de sons angelicais.
Liz Rabello


Bala perdida na esquina, mata mais um, que injustiça! Trabalhador cumpre sina de quem está na preguiça.
Liz Rabello


Nesta busca de te amar,
noite de encantos virá,
e logo vai terminar,
eternidade será.
Liz Rabello


Vou costurando as raízes,
minha América Latina,
nuances de povos felizes,
abraçando a própria sina.
Liz Rabello


As armas não matam fome, matam os donos da terra. Nasce criança sem nome. Adulto, sem-terra, que erra.
Liz Rabello


Quem sabe um ouro ganhar,
bronze ou prata, tanto faz!
O importante é lutar
pelo que te satisfaz.
Liz Rabello

O passado se repete
nos desencontros de amor,
para o destino compete
dizer o porquê da dor.
Liz Rabello


É nuvem de algodão doce
na janela do avião,
branquinha como se fosse
uma espuma de sabão!
Liz Rabello


*Ser muito boa e festiva*
e desafiar ternuras
de uma ação tão criativa...
*Um anjinho nas alturas!*
Liz Rabello


O tempo, morno filete,
amanhece a primavera!
Aqui jaz belo tapete,
Há flores a tua espera.
Liz Rabello


Procurei Deus no infinito,
oração furtiva em vão!
São Tomé me fez aflito:
tão lon
ge 
olhos meus não vão!
Liz Rabello

Flores formam um tapete... Há quem diga que é sujeira, mente pequena é filete, que alcança gente topeira.
Liz Rabello


Uma árvore já cansada, no outono de sua lida, senta na curva da estrada, querendo a volta da vida.
Liz Rabello


Quisera só por um dia, passear naquela trilha. Sentir total alegria, ter água, ter flor! Ser ilha.
Liz Rabello


Diante da natureza,
seja humilde, uma artesã
de seu prestígio e beleza,
curve-se, perene fã.
O primeiro verso é normalmente feito com ditongo em diante (Adilson Gonçalves)
Tendo à frente a natureza,
seja humilde, uma artesã
de seu prestígio e beleza,
curve-se, perene fã.
Liz, tenho visto a Vânia sugerir, no grupo da UBT, que em casos assim se escreva Natureza, com maiúscula, para ficar bem explicitado o sentido. (Lu Narbot)
TROVA CORRIGIDA
Tendo à frente a Natureza,
seja humilde, uma artesã
de seu prestígio e beleza,
curve-se, perene fã.
Liz Rabello


Se o planeta azul for fogo,
e seu calor destruir
ecosistema... Este jogo
mudará o que há de vir.

Mudará / o ... Para mim não elide porque o som é ascendente.
Mu/ da/ rá / o / quehá / de / vir
Liz, fui consultar o Manual, porque sempre tenho dúvidas com essas junções de vogais. Pela regra 5 não se pode juntar duas vogais tônicas. E o exemplo que eles dão é: só/ o/ poeta. Bem semelhante ao mudará / o. Creio que está certo como você escreveu. Eu colocaria o artigo antes de ecossistema, porque faz a junção e não aumenta o número de sílabas: o e/cos/sis/te/ma. Eu sei que você quase não usa artigos, é só uma sugestão. Distancia um pouco de poesia livre. Estou falando em termos de concurso. (Lu Narbot)

TROVA CORRIGIDA

Se o planeta azul for fogo,
e seu calor destruir
o ecosistema... Este jogo
mudará o que há de vir.
Liz Rabello


Abandonada, a tapera,
teias de aranha coberta,
um conto de horror à espera,
da mão que a salva e liberta.
Liz Rabello


Sofrer todos nós sofremos,
mas é bem alentador
sentir fé, crença, pois temos
no coração tanto amor.
Liz Rabello


Queria, bem que eu queria,
que este amor de longa data, que me traz melancolia, jorrasse a dor em cascata.
Liz Rabello


Passa, passa, passarinhos,
levando poesia em versos,
sussurrando mil carinhos,
cantos reversos dispersos.
Liz Rabello


Ao ter fé, a eternidade
cabe aqui na minha mão...
E nos meandros da saudade,
tu estás em meu coração.
Liz Rabello

Fui eu que plantei a flor
para abelha fazer mel;
dei de graça meu amor,
mas queria um aluguel
Liz Rabello


Vou brincar de fazer mel,
pousar numa margarida,
retirar da vi
da o fel,
torná- la mais divertida.
Liz Rabello


Quero ter paz nesta lida,
farta luz no coração,
esperança na pós vida,
com firmeza, hoje, na ação.
Liz Rabello


Eu sei: é só primavera! Flor em pedras vai brotar, efeito da minha espera, quero ver vida brilhar.
Liz Rabello


Vários avessos no espelho,
os sorrisos se distraem,
os “eus” procuram conselho,
opostos se olham, se atraem.
Liz Rabello


Espelho reflete quem pareço ser e não sou... Mas me ajuda a ver além de quem no momento estou.
Liz Rabello


No céu, constelação de aves,
saúdam sinos de paz,
portais abertos sem chaves,
ao paraíso me traz.
Liz Rabello

No meu telhado passeia aquela gata no cio; acorda o que me chateia, só me lembra este vazio.
Liz Rabello


Vejo no humilde macaco,
expressão de humanidade,
que humano transforma em caco,
restos de pura maldade.
Liz Rabello


A rosa não é uma rosa!
Em Hiroshima é uma bomba...
Destruiu a flor formosa:
a paz, num Japão que tomba...
Liz Rabello

Nos domingos em família,
há diversão e passeios,
dias santos e vigília,
não há brigas nos anseios.
Liz Rabello

Vejo-me por olhos teus,
espelho joga confete,
tu te vês em olhos meus,
onde só amor se reflete.
Liz Rabello


Ouro líquido em plumagens
abre-se em cio prazer.
São
as mais belas imagens,
pavão querendo viver.
Liz Rabello


Num algodão, doces sonhos,
sabor infância feliz,
mãos dadas com pais risonhos,
memórias de flor de Liz.
Liz Rabello


Com silêncios em abraços, vivo o acaso e este momento... Divido-me em mil pedaços, não me encontro em sentimento.
Liz Rabello


O primeiro pensamento
ao abrir os olhos meus,
foi para este sentimento
que deseja os sonhos teus.
Liz Rabello


Nas duras pedras da vida,
eu, flor tapete, pisada!
luz, estrela colorida,
perfumo ar, purificada
Liz Rabello


Queria ser outra vez, desejada e amada musa dos versos que você fez. Mas, eu sei que você me usa...
Liz Rabello


Importante é a solidão
quando busca a convivência...
Deixar partir os que vão,
pra ganhar nova experiência.
Liz Rabello


Chove amor no meu jardim,
os pingos levam a dor,
tristeza pro mar sem fim,
devolvem brisa e frescor.
Liz Rabello


Não precisa de dinheiro
para se escutar meu canto
eu sou canário do reino
em qualquer lugar encanto.

reino não rima com dinheiro.
Dinheiro não rima com nada.
(Lu Narbot)

TROVA CORRIGIDA

Não precisa de dinheiro
para se escutar meu canto
sou canário, cavalheiro,
em qualquer lugar encanto.
Liz Rabello


Devolva-me os sonhos loucos,
o imenso amor que senti,
tudo foi tecido aos poucos,
num passado em que vivi.
Liz Rabello


Coisa linda, a noite tece,
borda Sol ao amanhecer...
Coisa bela, dia tece,
borda Lua ao alvorecer.

Todas as dúvidas com estas elisões. (Liz Rabello)

Tem versos com sílabas a mais:
bor-da-sol-ao-a-ma-nhe-cer - bor-da-lu-aao-al-vo-re-cer.
Além disso, usar a mesma palavra para rimar não é elegante na trova, mesma palavra e com mesmo significado. ( Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA
Coisa linda, a noite tece,
bor
da o Sol amanhecendo;
coisa bela,
já anoitece,
Sol já parte se escondendo.
Liz Rabello


Longe, no horizonte, o Sol.
Na insistente escuridão,
brilha ofegante farol
para indicar novo chão!

Se colocar uma vírgula depois de brilha, a frase principal é Longe o Sol brilha. no horizonte, complemento de Longe; na insistente escuridão e ofegante farol... seriam os complementos de Sol. O que acha?

Longe, no horizonte, o Sol,
na insistente escuridão,
brilha, ofegante farol,
para indicar novo chão!

E vejo um outro significado ainda se mudar a vírgula de lugar:

Longe, no horizonte, o Sol,
na insistente escuridão,
brilha ofegante, farol
para indicar novo chão!

A vírgula é fundamental para definir qual significado se quer dar à trova. (Adilson Gonçalves)

TROVA ESCOLHIDA


TROVA DE FECHAMENTO

*Um Carnaval pra vibrar*
sonho sem eira nem beira,
samba no pé pra dançar...
*Tudo é ilusão passageira.*
Liz Rabello


Quem por si não tem respeito,
tende a se aprisionar;
mas ser livre caça jeito
de abrir portas e voar.
Liz Rabello


Vou semear fantasia,
mar, paz, luz, contemplação,
num banquinho de alegria,
lugar lindo de oração.
Liz Rabello


A Lua convida o mar, vem ouvir esta canção, venha comigo dançar. sentir a nova emoção.
Liz Rabello


Nesta minha vida incerta,
tenho amor dentro de mim;
e, de quebra, Deus me oferta
esta amizade sem fim.
Liz Rabello


Fiz um crime irreparável
Nestas andanças da vida
deixei que amor incurável
sufocasse minha lida.
Liz Rabello


Ler livro para iletrado,
salva vida por um triz,
risco de giz apagado,
mil e uma noite feliz.
A trova está certa, tenho dúvidas nas concordâncias. (Adilson Gonçalves)
Refere-se a Xariar, o iletrado. Sherazade salva sua vida lendo por mil e uma noite feliz. Uma noite de cada vez. Por esta razão deixei no singular. (Liz Rabello)
Certo, mas seria "mil e uma noites feliz", não é?
(Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA:

Ler livro para iletrado,
salva vida por um triz,
risco de giz apagado,
mil e uma noites, feliz!
Liz Rabello


Lua inventa um sedutor!
Quer paixão, não solidão;
parir estrelas no ardor,
ter prazer em comunhão.
Liz Rabello


Ferida de amor não cura,
adormece ali na esquina,
volta a magoar por pura
percepção da própria sina.
Liz Rabello


No passado amor foi embora,
fiquei forte por vingança,
vivendo esta dor agora,
fracasso em desesperança.

De novo, ditongo decrescente foi-em-bo-ra... (Adilson Gonçalves)

Antigo amor foi embora,
fiquei forte por vingança,
vivendo esta dor agora,
fracasso em desesperança.
Liz Rabello


No tempo ocorre mudança;
oásis na primavera,
outono, fruto esperança;
verão, sempre inverno espera.
Liz Rabello


Sentindo falta de árvore
respirei fundo profundo,
o meu pulmão como mármore,
tragava ar pesado, imundo!
Árvore não rima com mármore
E o primeiro verso está com sílaba a menos. (Adilson Gonçalves)
Em sites do Google, vários, consta que são rimas. Como me dizia uma aluna do fundamental, alfabetização, seis aninhos, cada dia, fico mais "cafusa"... kkkkkkkkk (Liz Rabello)

As considerações aqui são para trovas e as rimas devem ser perfeitas no som e na grafia. O que vale para Construção de Chico Buarque, magnífico, não vale para a trova. Nos sites, não são informações erradas, são inadequadas para a trova. Especialmente com proparoxítonas, a rima poética pode muito bem ser feita como você fez: árvore/mármore, pois a tônica é a mesma e a terminação também. Porém, para a trova, isso não vale, uma vez que uma letra é diferente: v/m. O maravilhoso Chico Buarque assim fez, bem como Alvarenga e Ranchinho. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA
Por sentir árvore em falta,
respirei fundo profundo,
meu pulmão logo ressalta
traguei ar pesado... imundo!
Liz Rabello

Meu coração mora lá...
no alto da bela montanha
eu, com saudade, estou cá
com saúde que lá se ganha.
Liz Rabello

Saúde... É hiato... Mas o a fica tão fraco...
Hiato pela regra é facultativo.


Viver requer não mentir
e nunca magoar ninguém,
ser incapaz de iludir,
só fazer feliz alguém!
Liz Rabello

Magoar é hiato ou ditongo crescente? mágoa é ditongo crescente. (Liz Rabello)

Magoar pode ser hiato ou ditongo, pois a diferença fundamental com mágoa é a mudança da sílaba tônica. A trova está correta assim. (Adilson Gonçalves)


Espreito a vida lá fora,
vento balança cortina,
vem dizer que agora é hora,
limpar poeira da rotina.
Liz Rabello

Vem/ di/ zer/ quea/ go/ raé/ ho-ra
O h inicial da palavra não conta. A regra diz que não pode haver mais de uma vogal forte (tônica) na elisão. Assim: go/raé/ho é o mais correto, mais próximo da regra. (Adilson Gonçalves)


Lá fora, vida convida,
sol e vento: "Vem aqui!"
dentro de casa escondida,
vírus não pego daqui!
Liz Rabello


Tenho janelas abertas,
travas rompidas, serenas,
a agasalhar sem cobertas,
memórias reais das cenas.
Liz Rabello


Eu sou vazio de minha alma,
de minha casa, a janela;
mundo lá fora me acalma,
me preenche, a vida é bela!
Liz Rabello


Caminhos em construção: sinais de algo de valor, cada ser traz emoção, pote de açúcar ou dor.
Liz Rabello


Vamos deixar corações bem grudadinhos, sentir que somos um, em paixões;
ir pelo mundo e sumir.
Liz Rabello


Coração alado, sonha, viaja com pensamentos, não deixa vida tristonha, balança ao sabor dos ventos.
Liz Rabello


Rasgos de pele roçando,
vorazmente se perdendo,
corpos nus se entrelaçando,
um dentro do outro morrendo!
Liz Rabello

Métrica e rimas certas. A poética desses versos é suave no início nos levando à profundidade da realidade ao final. Mas é de se questionar como um clássico juiz de trovas analisaria essa composição. (Adilson Gonçalves)

Isto significa que não seria sensato enviar esta trova para um concurso? Ou a questão é mais profunda? Pelo que estou analisando dos meus acertos e erros, é que exploro muito a interpretação do leitor, e trova tem que ter um caminho mais curto. (Liz Rabello)

Deve sempre enviar para concurso, pois é importante o julgamento de outros. O que eu quis dizer é que trovas classificadas em concursos possuem uma linguagem mais direta. Pode ser uma impressão equivocada minha. O ideal é ler o que já foi publicado e premiado para ter o sentimento próprio do que está sendo entendido como trova de sentido completo, na definição de Luiz Otávio. (Adilson Gonçalves)


Os desejos mais picantes tenho por ti, doce amor; quero em estrelas brilhantes, teu corpo nu, sedutor.
Liz Rabello


Para uma senhora idosa,
que sem pressa, vive o amor,
tempo é pérola preciosa,
curte o dia feito flor!
Liz Rabello


Ao seu lado posso ter aquilo que não se mente; de mente, sã mente, ser de amor, semente, somente!
Liz Rabello


Tal qual você também sou
um prisioneiro do amor.
Não existo como estou,
sou de mim um impostor.
Liz Rabello


Meu corpo, som de violão,
quer tuas mãos com calor,
dedilhando uma canção,
com emoção, muito amor.
Liz Rabello


Com teus dedos dedilhando
meu corpo é canção de amor
muita poesia vibrando
em tuas mãos a compor.
Liz Rabello

O uso do gerúndio na rima é considerado de pouca raridade. Já que estamos aprimorando nossas produções, fica a dica. Mas lembrar que forçar uma outra rima só para sair dessas considerações pode prejudicar toda a poesia e a mensagem. Faz parte da lapidação da trova, não como condição inicial. (Adilson Gonçalves)
Eu não troco dedilhando nem vibrando, porque a pobreza em refutar rimas pobres, se perde na riqueza de sonoridade que o significado tem. A troca é uma composição acontecendo, vibrando em notas musicais. Pelo menos foi o que tentei passar. (Liz Rabello)
Concordo com você. Inúmeras trovas de mestres são feitas com o gerúndio.Veja essa do Tadeu Hagen:
Na vida eu fui encontrando
tanta dor, tanto desgosto
que o tempo foi desgastando
a ternura do meu rosto.
E sintam a sonoridade, a leveza de ler uma trova como coisa única, mensagem direta. Um primor. (Adilson Gonçalves)


Meu corpo, violão, cereja, canção de amor... Lua cheia! Um andarilho deseja as curvas, antes da ceia.
Liz Rabello


Hoje só você me importa lá fora está meu passado, coração fechou uma porta, Aqui, você conquistado.
Liz Rabello


Se almejas felicidade, Tens que a mente naufragar em sútil, pura verdade, de águas límpidas de amar.
Liz Rabello


A palavra namorada
é o que sonha a mulher
sem amor é só um nada;
Isto a faz uma qualquer.
Liz, há elisões nos versos: éo/que/so/nhaa/mu/lher
sem/a/mor/é/sóum/na
(Anilson Gonçalves)
A palavra namorada
é sonho de uma mulher,
sem amor ela é só um nada;
isto a faz uma qualquer.
Liz Rabello

Eu não quero mudar muito para não perder o duplo sentido da mulher ser uma qualquer e da palavra em anagrama.


Fotos puídas rasgadas...
Eu, em pedaços, me enrolando,
saco de lixo jogadas,
pela calçada, voando.
O segundo está com sílaba a mais Eu/ em... (Adilson Gonçalves)
Fotos puídas rasgadas...
Em pedaços, me enrolando,
saco de lixo jogadas,
pela calçada, voando.
Liz Rabello


Neste cale-se de dor,
afaste-se dos anéis,
equilibra-se um amor,
surdas lâminas cruéis.
Liz Rabello


PROPOSTA
*UTILIZE UMA FRASE OU PARTE DE UMA DELAS*

No sucesso, cuide
do ego...
No fracasso, cuide
da alma...
Não se
ja imbecil, nem cego!
Equilí
brio e muita calma...
Liz Rabello
Reclusa em profunda dor, minha palavra está muda, verso que outrora foi flor, murcha em triste dor aguda.
Liz Rabello


Não lute contra os bons anos
que só você conquistou...
Abrace os cotidianos...
São frutos que semeou!
Liz Rabello


Eu, meus pedaços, doendo,
foto puída rasgada,
bruxa, vassoura, varrendo
pelas curvas da calçada.
Liz Rabello


Sem taras e sem pretéritos,
"eu" volúvel muda o foco,
Não se vive sem os méritos,
doce sedução, desfoco.
Liz Rabello


Depois que fui rejeitada, aprendi boa lição: quero mais é ser amada pelo meu bom coração.
Liz Rabello


Amor, fonte de água pura,
jorra em cálices de mel,
há quem viva com fartura,
sem saber da vida o fel.
Liz Rabello


Meus livros foram tijolos; com eles cresci, vivi! Com saudades dos miolos, hoje escrevo o que sofri.
Liz Rabello


O trem que corta a neblina é o mesmo que chega e parte, traz ventos quentes e mina saudade, poesia em arte.
Liz Rabello


Só escrevo, no desespero,
Depois rasgo folha solta,
Percebo triste exagero,
Névoa de lágrima envolta.
Liz Rabello


Quero toda a calmaria
que venta da rima em verso,
Desejo a paz e harmonia
que paira em todo Universo.
Liz Rabello


Flor, lilás de uma cascata, sobe escada para o céu desce luz, calma e pacata,
cobrindo tudo com véu.
Liz Rabello


Meu corpo em olor carrega
desejo insano... Só teu!
Viver delírios de entrega
Junto ao teu, coração meu.
Liz Rabello


Na cor, poesia da luz, há calma, tranquilidade, um desejo que reluz, transforma a realidade.
Liz Rabell


Meu coração em pedaço,
obra do tempo empreiteiro,
quanto mais estilhaçado,
mais me faz um ser inteiro.

pedaço não rima com estilhaçado (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Coração despedaçado,
obra do tempo empreiteiro,
quanto mais estilhaçado,
mais me faz um ser inteiro.
Liz Rabello

TROVA ESCOLHIDA

Meu coração em pedaços,
obra do tempo empreiteiro,
quanto mais os estilhaços,
mais me faz um ser inteiro.
Liz Rabello


Meu coração, que espetáculo!
Obra do tempo empreiteiro,
quanto maior for o obstáculo,
mais me faz um ser inteiro.
Liz Rabello


Fiz um contato contigo,
forte grau, amor em chamas;
viver só, não mais consigo,
restou dúvida: Tu me amas?
Liz Rabello


Se para ti eu fosse mais
que amiga... Mulher... Amante,
café a dois, que demais!
Eu, neste frio, confiante.

As elisões são complicadas aqui. tieu parece certa, apesar de não eufônica. caféa leva a uma sílaba a menos. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Se para ti eu fosse mais
que amiga... Mulher... Amante,
Um café a dois, bom demais!
Eu, neste frio, confiante.
Liz Rabello


SEMPRE PODEMOS PLANTAR VIOLETAS ENTRE OS VÃOS DAS PEDRAS QUE ATIRAM EM NÓS...

Entre os vãos das pedras, plante,
perfumadas violetas...
Lavre original instante
do voo de borboletas.
Liz Rabello


Que tal um café quentinho,
na neve de congelar,
tocar línguas de mansinho,
e bem juntinhos ficar?
Liz Rabello


Vermelho batom, estou,
Ilusão, cor da paixão,
minto o que de mim restou,
fingir feliz coração.
Esta está correta, mas tenho dificuldades para ler a mensagem única. Leia a trova em voz alta para sentir se está com ritmo, sentido completo, fluida. (Adilson Gonçalves)
Vermelho batom, estou,
ilusão, cor da paixão,
minto o que de mim restou,
fingir um frio coração.
Último verso com sílaba a mais: fri / o. (Adilson Gonçalves)
TROVA CORRIGIDA
Vermelho batom, estou,
Ilusão, cor da paixão,
minto o que de mim restou,
fingir quente coração.
Liz Rabello


*Fez Seu caminho de amor,*
humildade, fé, perdão...
Mudanças foi defensor:
*a Páscoa é ressurreição.*
Liz Rabello


Tua imagem virtual,
bate o coração daqui,
sentimento surreal,
te laça, além-mar, ali!
Liz Rabello


Nesta rua virtual,
fotos se trocam, disparam
corações, amor fatal!
As vidas se transformaram.
Liz Rabello


Quem ama escuta segredo
de amor, de quem acredita,
secreto prazer sem medo,
de quem ouve, de quem grita.
Liz Rabello


Sorrisos, oculto abraço!
Só no mundo virtual,
olhos, amores em laço.
Saudades, vida ideal.
Liz Rabello


A meninice sem eira
nem beira, balança sonhos,
pra lá, pra cá, de bobeira,
embala instantes risonhos.
Liz Rabello


Mesclam-se abraços reais, repletos de sentimentos, gestos sinceros, leais, marcando vários momentos.
Liz Rabello


Um abraço bem gostoso,
tudo aquilo que eu preciso,
um carinho valoroso,
neste momento indeciso.
Liz Rabello


Precisamos desejar
pós tantos velhos olhares,
manter pureza no olhar,
luz estrelas aos milhares.
Liz Rabello


Margaridas, flores pobres,
em campos, vemos aos montes,
enfeitam casas de nobres,
graças e glórias são fontes.
Liz Rabello


Mendigo por um amor,
com pétalas de amizade,
um toque suave de flor,
canção que deixe saudade.
Liz Rabello

Eis que chega a primavera!
Traz um mundo bem florido...
Beleza não é quimera,
é sonho real vivido.
Liz Rabello


Subir um degrau por dia,
ser melhor a cada instante;
não me ausentar da alegria
é minha meta constante.
Liz Rabello


Para conversar com Deus,
só do silêncio preciso;
olhar para os olhos teus
é começo que improviso.
Liz Rabello


Quis as florzinhas plantar
para abelha fazer mel...
quem diz que vão me pagar
por tão gostoso aluguel?
Liz Rabello


Entre sonhos, trovas nascem,
sons de pudores despidos,
versos em transe renascem,
momentos são esculpidos.
Liz Rabello


Tempo, tecido da vida,
ancora tristes saudades, boas lembranças da lida, tece muitas realidades.
Liz Rabello


Amo foto colorida,
É como se me dissesse,
quando vejo estarrecida:
"sou assim linda, não me esquece".
Veja a questão do ditongo decrescente que não elide com a vogal seguinte. E também, no rigor da UBT, dissesse não rima com esquece, apesar de o Tadeu Hagen não seguir a regra rigidamente. (Adilson Gonclaves)

TROVA CORRIGIDA
Amo foto colorida,
É como se me dissesse,
quando vejo estarrecida:
"sou bem linda, não me esquece".
Liz Rabello


Gente ruim vive em ilha,
não carrega uma esperança;
gente boa não humilha,
coloca amor na balança.
Liz Rabello


Lua inventa um sedutor!
Quer paixão, não solidão;
parir estrelas no ardor,
ter prazer em comunhão.
Liz Rabello


Cacto azul entre espinhos,
ostenta uma bela flor,
(onde olhar pousa carinhos),
segura de predador.
Liz Rabello


Só para laçar o instante,
e não perder o que amamos; neste momento excitante, às vezes nem respiramos.
Liz Rabello


Eu pergunto ao coração:
Será que quero ser tua?
Me responde a intuição:
Quero ser livre igual Lua.

ou

Quero ser livre igual rua.

As duas são interessantes, mas o verso fica quebrado sem um artigo antes, o que aumenta as sílabas. Outra coisa, gramaticalmente começar a frase com Me não é adequado. Mais uma coisa intuição é mais usado como ditongo. (Adilson Gonçalves)

Descobri outro erro: tinha usado ditongação no "in" é hiato no "tui"... (Liz Rabello)

TROVA CORRIGIDA

Eu pergunto ao coração:
"Será que quero ser tua?"
E me responde a intuição:
"Amo ser igual a Lua."
Liz Rabello


Eu, flor poema, pisada,
ali, no asfalto, esquecida,
toquei tua face amada,
exalei cheiro de vida.
Liz Rabello


Sinto-me tão incompleta, que ter a vã esperança de incertezas tão repleta, traz à vida insegurança.
Liz Rabello


A rosa flor rompe farpas, abre espaço colorido, entre arames, atrita harpas, sons leves, sem alarido.
Liz Rabello


Se amar é dançar no fogo, vermelho do coração, eu, bailarina no jogo, danço até a combustão.
Liz Rabello


Nascem de minha garganta
as lindas frases de amor, sussurro e a alegria é tanta, que a vida é botão em flor.
Liz Rabello

Sem abrir mão da vingança,
hoje, relógio parado,
fez-me lembrar da esperança,
que jaz no tempo esgotado.
Liz Rabello


Se parte e o passo acelera,
lá na curva do destino,
meu coração dilacera,
meu juízo desatino.
Liz Rabello


A maquiagem não esconde
marcas de tempos vividos,
e por vezes, nos lembra onde
andam sonhos escondidos.
Liz Rabello


De cara alegre, eu enfrento qualquer coisa que vier, por mais que meu sofrimento, pinte da cor que quiser.
Liz Rabello


Passarinho espreita a chuva
sem ter tristeza no olhar;
pra florir, cai como luva,
é preciso tolerar.
Liz Rabello


Liz, em trova viciada,
segue contando dedinhos,
tal flor na rima algemada,
escrevendo segredinhos.
Liz Rabello


Como se traga um cigarro,
meu vício é poetizar,
nesta labuta me agarro,
dia e noite sem parar.
Liz Rabello


Num trapiche, Pedro Bala,
capitão sem coração,
enquanto corre, trem-bala,
Pirulito em oração.
Liz Rabello


Eu, pelos canos, entrei,
ao te dar caldo de cana;
querias gin, me assustei,
também charuto à cubana!
Liz Rabello


Meu coração está de luto,
ver tanta gente morrendo,
por Lockdown não reluto,
não quero ninguém sofrendo.

Há um problema que é o uso de termos estrangeiros na trova. Como contar a sílaba? Em inglês, lock-down são duas sílabas. E no primeiro verso veja que há 8 sílabas: meu-co-ra-ção-es-tá-de-lu

TROVA CORRIGIDA

Coração está de luto,
ver tanta gente morrendo,
por um lockdown não reluto,
não quero ninguém sofrendo.
Liz Rabello


Ao toque da tolerância,
um bêbado equilibrista,
subtraindo a tola ganância,
fez valer amor à vista.
Liz Rabello


Tem gente que só acorda
quando a tal corda arrebenta,
de amigo dantes, discorda,
com ódio, sem água benta.
Elisão no primeiro verso "sóa". (Adilson Gonçalves)
Há pessoas que só acordam
quando a tal corda arrebenta,
de amigos dantes, discordam,
com ódio, sem água benta.
Liz Rabello


Estamos de asas quebradas, estagnados numa esquina, vírus, ruas assombradas, à espera de uma vacina.
Liz Rabello


Silêncio, gritos contidos,
ocultos para olhos nossos,
são tantos, dentro engolidos,
que acordam doídos ossos!

Linda trova. Tenho dúvida quanto à pontuação, pois o sujeito dos verbos é gritos. Talvez deva ser isolado do silêncio inicial com ponto. Para mim a pontuação pode ser essa. Ao meu ver, se tornou uma sequência de ideias e nesse caso pode ser utilizada a vírgula.

Os gritos contidos seriam uma analogia ao "engolir sapos"
A trova nasceu "Em silêncio"... Como locução adverbial, mas ficava com oito sílabas poéticas. Gostaria de me manter fiel à concepção. Pensei num plural.

TROVA CORRIGIDA

Silêncios, gritos contidos,
ocultos para olhos nossos,
são tantos, dentro engolidos,
que acordam doídos ossos!
Liz Rabello

Assim o sujeito passa a ser silêncios e gritos contidos um aposto. Ambos acordam ossos.(Liz Rabello)


Abraço, boa notícia!
sela o caminho da paz,
entre os negros e a polícia,
onde o preconceito jaz.
Liz Rabello


Ao forte a deficiência,
sua existência não poda...
Faz da sua experiência
uma evolução em roda.
Liz Rabello


Eu não posso ser amiga,
de quem tantos preconceitos
dentro de sua alma abriga...
Sou livre com meus conceitos.
Liz Rabello


A notícia é conflitante,
tem sabor e sentimentos,
desenvolve ideia brilhante
e indigestos pensamentos.

de/sen/vol/vei/de/ia/bri/lhan

o tritongo é considerado como dois ditongos: i-dei-ia. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

A notícia é conflitante,
tem sabor e sentimentos,
descreve ideia brilhante
e indigestos pensamentos.
Liz Rabello

Lembre-se que usar artigos e outras palavras muletas para corrigir a trova não é elegante e normalmente perde a sonoridade. No caso, mudar o verbo é a melhor solução. Princípios da trova não são a métrica e a rima, são a mensagem completa e a fluidez. Quer dizer, sem métrica e rima não há trova, mas, sem o resto, fica algo artificialmente construído para caber dentro de uma caixinha de sílabas. (Adilson Gonçalves)


Loucura não é querer
a volta do voto impresso;
difícil é perceber
tanto apoio ao retrocesso.
Liz Rabello


Tempo histórico à frente,
o visionário e idealista,
vive ideal coerente,
sendo o melhor pacifista.
Primeiro com 6 sílabas: Tem/pohis/tó/ri/coà/fren... Veja a forma como contou as sílabas nós versos 2 e 3. No 2 "dea" como ditongo e no 3 como hiato. (Adilson Gonçalves)
TROVA CORRIGIDA
Com tempo histórico à frente,
o visionário e idealista,
Transmite ideal coerente,
sendo o melhor pacifista.
Liz Rabello


Não quero ver meu declínio, sou guerreira, sim, senhor, é bom demais o fascínio
desta vida com ardor.
Liz Rabello


São peixes em abundância,
grande fonte de alimento,
se o homem não tiver ganância,
sem fome em qualquer momento.
Liz Rabello


Natureza, porta aberta, tanto diz, ninguém escuta a triste fala deserta. Homem prefere cicuta.
Liz Rabello


Noite escura pede luz, tanto quanto abraço meu, Lua se esconde, traduz dor, silêncio, lábio seu.
Liz Rabello


Infinito olhar é o teu,
um poeta de mil versos,
descobres no mundo meu,
sonhos lindos e diversos.
Liz Rabello


Entre o desejo e a razão
loucura, amor incurável,
há abismos de conexão,
diálogo nunca amável.
Liz Rabello

Lembrando que é comum fazer do hiato inicial do último verso um ditongo. (Adilson Gonçalves)


Se quiser falar com Deus,
para a podre sociedade,
jamais feche os olhos teus!
Crave a triste realidade.
Liz Rabello


TROVA INSPIRADA DA PÁGINA DE ROSEANE CEOLIN "PIRÂMIDE DE GAYA"

Vejo a espiritualidade,
nas ações de rotina;
diante da dificuldade,
como usa amor que ilumina.
Veja que o segundo verso está assim: nas/a/ções/de/ro/ti... (Adilson Gonçalves)
TROVA CORRIGIDA
Vejo a espiritualidade,
Em atuações de rotina;
diante da dificuldade,
como usa o amor que ilumina.
Liz Rabello
DITONGAÇÃO DE TODOS OS HIATOS
ve/ joaes/ pi/ ri/ tua/ li/ da - de -> (7 sílabas [7 = 8-1])
em/ a/ tua/ ções/ de/ ro/ ti-na -> (7 sílabas [7 = 8-1])
dian/te/ da/ di/ fi/ cul/ da-de -> (7 sílabas [7 = 8-1])
co/ mou/ saoa/ mor/ quei/ lu/ mi-na -> (7 sílabas [7 = 8-1])


Se a criança nasce boa,
se transforma em ser tão vil...
Por que muda tudo à toa
lá no final do funil?
Liz Rabello


É bem fácil entender:
ninguém nasce se odiando,
se aprendem a desquerer,
podem começar amando.
Liz Rabello


Mãe preta tem com carinho
leite branco, que emoção!
Pão de Cristo, melhor vinho,
Santa Ceia em comunhão!
Liz Rabello


Sonho vivência plural,
aceitas as diferenças;
na sociedade ideal,
há amor, não indiferenças.
Liz Rabello


Vagalume quero ser
na negritude da noite...
Luz forte permanecer
mesmo no tronco do açoite.
Liz Rabello


Negro, à própria sorte: azar!
A liberdade é escapar...
Inocente, sem quilombo...
Prisão, chicote no lombo.
Liz Rabello


Sonho vivência plural,
aceitas as deficiências;
na sociedade ideal,
amor há, não divergências.
Liz Rabello


Será destino traçado,
ou incoerências do acaso,
me sentir tão engessado,
quanto o dia, mãos do ocaso?
Liz Rabello


Eu te amei como nunca antes,
te prendi, bolha de Lua,
dentro de fases mutantes,
jamais consegui ser tua.
Liz Rabello


Esta minh’alma em pó se esvai
morre triste em desamor,
madrugada fácil vai,
molhada de tanta dor.

Algumas considerações. O uso de aférese pode ser evitada, uma vez que a elisão já acontece: minha alma = minh´alma na contagem de sílabas. Mas o primeiro verso está com sílaba a mais. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

A minha alma em pó se esvai
morre triste em desamor,
madrugada fácil vai,
molhada de tanta dor.
Liz Rabello


Envelheci, só fiquei,
repleta de sábias rosas;
um hoje, sem igual! Sei
que terei rosas formosas.
Liz Rabello


A chave da liberdade
está nas mãos de quem ler.
Cultura, na realidade,
ocorre junto ao saber.
Liz Rabello


Sem sono, caos hospício,
desperto! Em mim, a dor jaz!
Milagres em armistício,
num alvorecer de paz.
Liz Rabello


Escuta, não tenhas medo,
este som obscuro é alado,
alegria acorda cedo,
aves voando ao teu lado.
Liz Rabello

Boa trova Liz. O estilo é algo bem pessoal e o seu dá um tom de haikai aos versos. Outra coisa, voando é mais usado como ditongo, não hiato. (Adilson Gonçalves)
TROVA CORRIGIDA

Escuta, não tenhas medo,
este som obscuro é alado,
alegria acorda cedo,
aves voando ao nosso lado.
Liz Rabello


Noite serena, cortina
geme saudades, cadeira
vazia, dor descortina...
Ausência, agulha, afiadeira.
Liz Rabello


O que preciso é tão pouco,
cabe na palma da mão,
em silêncio, quase louco,
fico pedindo perdão.
A regência correta diz que é Do que preciso: Verbo Transitivo Indireto (Adilson Gonçalves).

Do que preciso é tão pouco,
cabe na palma da mão,
em silêncio, quase louco,
fico pedindo perdão.
Liz Rabello


Um risco, cisco, rabisco,
são fontes de fantasia,
chuvisco ou a flor hibisco,
rimam minha poesia.
Liz Rabello


A emoção é espontânea,
cascata do coração,
Jorra livre, é instantânea,
convulsiva comoção.
Os versos 1 e 3 fazem elisões e ficam com 6 sílabas. ées-pon-ta
vreéins... (Adilson Gonçalves)
Emoção nasce espontânea,
cascata do coração,
Jorra bem livre, instantânea,
convulsiva comoção.
Liz Rabello

Assim ficou bom! A poesia, se não couber na trova, é porque não é trova. (Adilson Gonçalves)


Terra por ali morria
por ninguém a semear,
mas quando alguém invadia,
famintos vinham jantar.
Liz Rabello


Com o simples, encantar-se... Seguir caminhos, ter fé, com o amor, enamorar-se...
Ver a vida assim como é.
Liz Rabello


Entre os vãos das pedras, plante
perfumadas violetas.
Lavre original instante,
um voo de borboletas.
Liz Rabello


Vislumbro Lua poética... Ao transportar-me por lá, espanta-me Terra hermética, ser conflitante por cá.
Liz Rabello


Astros regem o poder,
agem quando a meu favor,
pois ganhar ou se perder
depende do meu fervor!
Liz Rabello


Minha vida está passando
sinto uma tristeza no ar, tal qual um barco afundando, sem ter o quê segurar.
Liz Rabello


Futuro dentro de mim,
quer passado bem rasgado,
brinda roupa nova, sim!
Tim, tim! Presente apertado.
Liz Rabello


Amor que une na vivência, na quântica ligação... Anos-luz da experiência, para sempre em união.
Liz Rabello


Conheço bem esta técnica
de jogar nos ombros meus,
não vou parar numa clínica
por culpa dos erros teus.

Técnica e clínica não rimam. Proparoxítonas, não por acaso, são chamadas de esdrúxulas. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Esta técnica conheço,
jogar culpa em ombros meus,
é tudo o que não mereço:
pagar pelos erros teus.
Liz Rabello


Guardado por trás da chave,
trancada do coração,
amor engaiolado de ave,
cantando dor sem canção.
Tenho dúvida com o terceiro verso: a/mor/en/ga/io/la/do/dea... Já discutimos aqui esses tritongos que podem ser divididos como dois ditongos. (Adilson Gonçalves)
Sempre uma pedra no nosso caminho... Eu também dividiria como o Adilson. (Lu Narbot)
TROVA CORRIGIDA
Guardado por trás da chave,
trancada do coração,
amor em gaiola de ave,
canta triste sem canção.
Liz Rabello


Adeus, trezentas mil vidas!
Eram pessoas amadas...
Histórias interrompidas
pelas curvas das estradas!
Liz Rabello


Se acaso és um sofredor,
que não para de chorar,
que a dor dá muito valor,
isto podes anular.
Liz Rabello


Naquela energia em trauma
Só me sentia culpada
despetalando a alma
Até não sobrar mais nada
Liz Rabello

Aqui temos algumas questões. O terceiro verso está com 6 sílabas: des/pe/ta/lan/doa/al e a rima entre trauma e alma não é oficialmente aceita pela UBT, apesar de eu já ter visto várias trovas premiadas com a rima pelo som: água/mágoa. É o que se chama trova de risco, pois dependerá de um juiz permissivo ou não. E precisa conferir as maiúsculas e necessidade de vírgulas. (Adilson Gonçalves)

Naquela energia sem calma,
só me sentia culpada,
despetalando minha alma,
até não sobrar mais nada.
Liz Rabello.
O hiato de energia agora considerei ditongo. É facultativo.

Na verdade, pela regra 9 do decálogo, não se pode considerar a sinérese, ou seja, não se pode transformar esse hiato decrescente em ditongo. Veja que você mesma usou senti-a como hiato, que é a mesma situação. Lembrar de poeta e poesia. Podemos fazer poe-ta ou po-e-ta, a tônica é e, depois de o. Mas poe-si-a ou po-e-si-a porque o hiato oe não é tônico. O ia final é tônico. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Na energia falta calma,
porque me sinto culpada,
despetalando minha alma,
até não sobrar mais nada.
Liz Rabello


Se o homem permitir fluir,
beleza nas mãos de Deus,
natureza reagir,
encantaolhos teus.
Liz Rabello


Entardecer na varanda, no primeiro dia do ano, esqueço na brisa branda, o calor do cotidiano. Liz Rabello


Árvore em meio do nada,
respira, teima poesia; prova, assim tão isolada, que persiste em agonia.
Liz Rabello


Uma árvore de natal,
teima a vida renovar,
paz e luz bem natural,
traz nova força no olhar.
Liz Rabello


O sorriso é minha sina,
a alegria faz morada;
na tristeza, me fascina,
tempo faz a marca irada!
Liz Rabello


A praia revitaliza,
ar puro vivificado;
enquanto homem agoniza,
por falta de ar, sufocado.
Liz Rabello


Eu quero a chuva sentir
e lambuzar-me também;
lama, sujar-me, fluir,
pra depois lavar-me... Amém!
Liz Rabello


*Pratica na Terra o mal,* quem o coração fechou e se esqueceu que o normal é ser o amor que inspirou. Liz Rabello


Livro, chama que vem da alma,
faz todo leitor querer, sem sair da própria calma, fortes emoções viver.
Liz Rabello


Tudo aquilo que almejamos,
grande parte nem sabemos;
tudo de que precisamos
é dar valor ao que temos.
Liz Rabello


Consequência especial,
um sonho alado, que voou,
satisfação surreal,
eis o que de mim sobrou!
Liz Rabello


Em tempos de Pandemia,
sobrevivo consolada;
em mim mora a poesia,
seta a indicar a jornada.
Liz Rabello


Que triste este mundo vil!
Menino foge do lar,
porque o país é servil...
Com garrafa enfrenta o mar!
Liz Rabello


Como dói ver a criança, trabalhando sem infância, vivendo pouca esperança, sem bondade e tolerância.
Liz Rabello


Mente repleta de beco,
as curvas em precipício,
causam medo, engulo seco,
aprendo neste suplício.
Liz Rabello


News é um novo porto
velho Pinóquio salgado
tem nariz crescendo torto
criando crenças pra gado.

Primeiro é pela contagem de sílabas, que é distinta entre as línguas. Segundo porque pela sonoridade o primeiro verso tem só 5 sílabas. (Adilson Gonçalves)

Fake News é um novo porto
velho Pinóquio salgado
tem nariz crescendo torto
criando crenças pra gado.

Resolve a sonoridade. O risco é pelo uso de palavra em outra língua. Como trova está certa, mas duvido que seria aceita em um concurso. Lembrar que além de poesia, a trova está aí para valorizar nossa língua. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Farsante tem novo porto
velho Pinóquio salgado
tem nariz crescendo torto
criando crenças pra gado.
Liz Rabello


Pandemia não é festa,
Vedar nariz, boca... Ação!
Usar máscara na testa
ou no bolso é negação.
Liz Rabello


Para mulher encalhada,
homem bonito é paixão,
feio, dose escanifrada,
mas cumpre com a função.
Liz Rabello


Guarda-roupa social,
dose de culpa me chama
só vejo no meu varal
roupa de cama e pijama.
Liz Rabello


Sil, tantas vezes guerreira,
enfrenta espinhos qual rosa
Pula mais uma barreira
desabrocha vitoriosa!
Liz Rabello


Acreditar na Ciência:
não aglomerar é lei.
Cuidar-se, ter consciência...
Vacina já, reclamei!
Liz Rabello

Eu senti um toque de flor,
vento a fez cair em mim,
gratidão ao Criador,
Lacei flor, que sou enfim!
Liz Rabello


Inventar esta lição:
“Aquecer-me de autoamor",
é minha superação,
"viver sem seu cobertor".
Liz Rabello


Danço palavras em rimas
transformo as letras em flor,
passos lentos, obras-primas,
carícias de um beija-flor.
Liz Rabello


Cinzas jogadas ao mar,
última curva do amor...
Pétalas perfumam ar,
levam saudades e dor.
Liz Rabello


Chutado, lá vem o cão,
volta pra quem o desfez,
como a lhe pedir perdão,
por algo que nunca fez.
Liz Rabello


Um olhar irracional
diz-me ternuras leais,
mais doces que o racional,
direto aos meus ideais.
Liz Rabello


Acordes da madrugada,
galo canta no terreiro,
festa ao Sol em chegada,
traz vida para o celeiro.
fes/taao/sol/em/che/ga... (Adilson Gonçalves)
Acordes da madrugada,
galo canta no terreiro...
Faz festa ao Sol em chegada,
traz vida para o celeiro.
Liz Rabello


Triste coração de poeta!
Ao virar pedra pesada,
medo de ser borboleta,
no casulo faz morada.
Liz Rabello

Poeta não é rima perfeita com borboleta: som aberto/fechado.(Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Poeta com coração,
que virou pedra pesada;
medo de perder o chão,
no casulo faz morada.
Liz Rabello.

Muito bem. Note que a estratégia de inverter palavras funciona. Até outra palavrinha que estava incomodando foi alterada: na primeira versão, você tinha feito elisão em poe-ta. Agora, separou o hiato, ficando mais eufônico. (Adilson Gonçalves)


Meu beijo mel, cura fel
da mesmice do viver,
te promete ser fiel,
como os anjos sabem ser.
Liz Rabello

Trova inspirada, perfeita na estrutura. Uma questão quanto às vírgulas, pois não deve haver após mel, certo? Outra questão, mais controversa, é que alguns trovadores clássicos recomendam não usar a palavra 'como' devido ao duplo sentido que possui, Eu discordo, usei muitas vezes, mas fico preocupado quando a trova vai a concurso e procuro um substituto. (Adilson Gonçalves)

TROVA CORRIGIDA

Meu beijo mel cura fel
da mesmice do viver,
te promete ser fiel,
tal qual anjo sabe ser.
Liz Rabello.


Só para ti guardo a chave deste velho coração voo livre tal qual uma ave, e aguardo sua atenção.
Liz Rabello


A taça do tinto vinho preenche grande prazer, mas o melhor do caminho só você a satisfazer.
Liz Rabello


Num álbum, puídas fotos,
fronteira dos ascendentes,
perdidos num terremoto,
os poucos sobreviventes.

Olá, veja que fotos não rima com terremoto (plural/singular)

TROVA CORRIGIDA

Num álbum, puída foto,
fronteira dos ascendentes,
perdidos num terremoto,
os poucos sobreviventes.
Liz Rabello


A solidão deste agora,
fruto do teu caminhar,
Vai terminar naquela hora,
que abrir coração e amar.
Liz Rabello


COLAR DE TROVAS
TEMA: ESCADA
Velha escada, de madeira... Oh! Meu Deus, quanta lembrança. No sótão, a infância inteira, brincadeiras de criança. Silvia / Irati PR
02 *Brincadeiras de criança*.. muitas até hoje oculto, ou o castigo me alcança, mesmo depois de adulto. Julimar Andrade Vieira-Aracaju-SE
03 *Mesmo depois de adulto* A criança continuo a ser Para mim não é insulto Ser criança até morrer! Edu Viola
04 *Ser criança até morrer* com uma vida de adulto, vou seguindo o bem querer esquivando do tumulto... @terezinhapantaneira
05 *Me esquivando do tumulto,* que é comum na escadaria, eu prefiro ouvir insulto na ladeira todo dia! Janilce- Campos -RJ
06 *Na ladeira todo dia,* brincava quando criança nosso sorriso explodia... Isto ficou na lembrança! Vitória França *Campos, RJ*
07 *Isto ficou na lembrança* e me trouxe uma saudade do meu tempo de criança, que vivi a felicidade! Thaís Souza.Campos-RJ
08
*Que vivi a felicidade*
dos doces dias de glória,
ilusão desssa saudade,
que a enaltece na memória.
Liz Rabello - São Paulo/ SP

09 *Que a enaltece na memória,* pois recordar é viver. Cada degrau uma glória, que bem fiz por merecer. Jessé Ojuara - SSA/BA
10 *Eu bem fiz por merecer* , passei e sobrevivi onde fui, me fez crescer cada escada que subi... Malu Bontorin
11 *As escadas que subi* não me fizeram esquecer das vezes em que desci e, na descida, aprender. Olympio Coutinho - Belo Horizonte - MG
12 *Se na descida aprender,* a subida será boa. O que isso quer dizer? Seu futuro aperfeiçoa. *(Regina Rinaldi P.Açu SP )*

Relâmpagos e trovões
são clarões de Estrelas D’alva, para incendiar paixões, em neblinas de alrealva.
Liz Rabello


Saí do abismo da dor,
desafio um amor jovem;
fuga em véu libertador,
dias melhores promovem.


Neste império de mentira,
vacina é mais utopia;
a vida que o vírus tira
arranca a nossa alegria.
Liz Rabello


Tenho sede de viver,
páginas que não vivi,
como se fosse morrer,
sentindo que já morri.
Liz Rabello


Os livros sacodem almas, mudam brutos em humanos, asas, borboletas calmas, transformam mundos mundanos.
Liz Rabello


Na crise existencial
em que me vejo perdida,
busco vida essencial
pra ser fértil nesta lida.
Liz Rabello

Tova certinha. Uma ou duas sugestões: se fizer busco a vida essencial, mantém as sílabas, flui um pouco mais, porém dá outra conotação. "Pra" pode ser usado, mas nas trovas mais elaboradas é evitado. Se fizer para ser fértil na lida, encaixa e veja se o sentido mantém o mesmo. Mais uma coisa: en-ci-al ou en-cial são duas formas de contar, por ser hiato

TROVA CORRIGIDA

Na crise existencial
em que me vejo perdida,
busco a vida essencial
para ser fértil na lida.
Liz Rabello


A metamorfose em rosa,
menina mulher, a flor,
enfrenta a dor, curiosa,
descobre no voo, o amor!
Liz Rabello


Vejo da janela a flor
linda lanterna de amar,
às vezes um beija-flor
vem beijar o meu olhar...
Liz Rabello

Eu tenho desejos de aves,
árvores, matas sem fim,
espaço aberto sem traves,
perfumado de alecrim.
Liz Rabello


Vem perfumar meu olhar com a cor do alvorecer; pelas manhãs me acordar, trazer prazer de viver.
Liz Rabello


Eu, buscador de mim, visto
a pele de um impostor;
cenas reais com um misto
de teatro, onde sou o ator.
Liz Rabello


Na batalha contra o vírus,
não enalteça a vitória;
volta do Coronavírus,
pode abalar sua glória.
Liz Rabello


Quando em chamas, tudo é luz!
Carvão só, perde energia.
Em grupo, volta e reluz,
todos trocam alegria.
Liz Rabello


O passado mente o que é,
nega esta flor em botão,
não quer dizer que tem fé
na espera do coração.
Liz Rabello


Nas andanças do viver,
siga sempre o girassol, cinemas de entardecer, no giro do por do sol.
Liz Rabello

Embrulho sonhos em luas
prateadas, fases em laços,
fitilhos de estrelas... Suas
mãos os fazem em pedaços.
Liz Rabello


No infinito, Terra e Sol,
brilham outras estrelinhas...
Eu me escondo, girassol,
sou uma luz nas entrelinhas.
Liz Rabello


Lua, espere sua vez
para ocupar seu lugar.
Sol esconde-se, talvez,
não queira espaço alugar.
Liz Rabello


Dinheiro sumiu da praça,
de debaixo do colchão,
sem trocados pra cachaça,
nem no bolso do patrão.
Liz Rabello


É preciso fazer censo,
descobrir dados aflitos.
Depois exigir bom senso,
para resolver conflitos.
Liz Rabello


Natureza vem buscar o belo, tudo o que é dela; sem praia para se amar, vamos sofrendo por ela.
Liz Rabello

Foto da Praia da Toninha, em Ubatuba, Litoral Norte de SP, após ressaca que a destruiu em 14/07/2021


Folhas, fruto, flor cortada...
A sombra que se desfez,
é pura vida pisada,
que se consome de vez.
Liz Rabello


Que tal uma linda rosa,
para enfeitar meus cabelos?
Perene e bem generosa,
doa-se aos meus apelos.
Liz Rabello

do-a-seaos-meus-a-pe 6 sílabas... E tiraria a vírgula do primeiro verso.

TROVA CORRIGIDA

Que tal uma linda rosa
para enfeitar meus cabelos?
Perene e bem generosa,
Alia-se aos meus apelos.
Liz Rabello


Deus fez de barro, a mulher,
com forças de terra e chão,
cuidar de todos, sequer
pensar, só ser coração.
Liz Rabello


Nós estamos na mesma arca,
num dilúvio de Noé...
Ideologia com marca:
Amar, amar... Evoé!
Liz Rabello


Eu, que só sei me doar,
trago paz a te envolver;
vim aqui só te abraçar
com cantos de espairecer.
Liz Rabello


A criança deu os sinais,
pediu socorro, do jeito
que sabia... Só que os ais,
nem a morte ouviu no leito.
Liz Rabello


Tal qual flor, quero o destino:
perfumar o ar de jasmim;
não desisto, não atino:
embelezar o jardim.
Liz Rabello


O amor em nós é profundo,
ergue centelha divina,
luz da alma vem lá do fundo,
indicando o que me ensina.
Liz Rabello


Deseje a pura alegria de caminhar e lutar. Abrace no dia a dia cada vitória de amar.
Liz Rabello


É só mar o que tu vês?
Ou é céu o novo olhar?
Beijos longos outra vez,
mar e céu sempre a se amar.
Liz Rabello


Ontem a dor que eu sentia, já não tem espaço em mim. Junto ao Sol, vem alegria, um dia após outro, enfim!
Liz Rabello


É pura bênção de Deus
seguir na viagem da vida
e antes de dizer o adeus,
tecer as rugas da lida.
Liz Rabello


A luz para a caminhada Sol, farol em minha vida, aquece além da jornada, a minha alma enternecida.
Liz Rabello


Afirmam que é breve a vida, tal qual dente-de-leão, mas tem força e não olvida, quem se sente em solidão.
Liz Rabello


Amanhece quer se queira,
quer não... Também anoitece;
o orvalho vem molhar beira
das folhas, quando alvorece.
Liz Rabello


Tal o orvalho da manhã,
a lágrima é o sentimento,
que dá sabor de hortelã
para a dor em movimento.
Liz Rabello


Forte elástico do tempo,
detê-lo é tão impossível!
Não um só passatempo
que segure o previsível.
Liz Rabello


Dentro de mim, a menina,
professora de um ursinho,
sonhava ser bailarina,
bailava um lindo passinho.
Liz Rabello


Carteiro leve a remessa:
Uma flor ao meu amado.
Tempo previsto, sem pressa,
que a flor merece cuidado.
Liz Rabello


Filhos e mães, feliz dia,
ambos nasceram enfim,
no mesmo instante em poesia,
de ser mãe e filho sem fim.

o último verso está com 8 sílabas pois mãe não elide com vogal posterior, sendo ditongo decrescente.

Filhos e mães, feliz dia,
ambos nasceram enfim,
no mesmo instante em poesia,
ser mãe e filho sem fim.
Liz Rabello


Pobre Mariana é o drama
das minhas Minas Gerais,
virou barragem de lama...
Hoje são minas mortais.
Liz Rabello


Saúde e simplicidade
na minha cama de graça.
Gratidão à realidade;
o hospital, olho da praça.
Liz Rabello


Vejo bela flor que voa...
Pétala de passarinho...
Imagem bela que ecoa:
É mão do mesmo padrinho.
Liz Rabello


A chave do coração
do nosso planeta amado,
está guardada na mão
de quem o tem preservado.
Liz Rabello


É hora do enfrentamento,
soltar amarras do mal,
deixar fluir sentimento,
ser só amor... É Natal!
Liz Rabello


O beija-flor não tem braços,
vive de beijos em flores...
Circula bem sem abraços,
carícias sem causar dores.
Liz Rabello


Vê se apaga ingratidão.
Dê perdão, passa borracha,
faz bem ao seu coração...
Certeza, sua paz acha.
Liz Rabello


Quero criatividade...
Nuvens para remontar
pedaços de realidade,
um novo recomeçar.
Liz Rabello

Aqui há uma questão interessante. Você fez criatividade como hiato e realidade como ditongo. O caso é o mesmo; cria / cri-a rea /re-a. Não fica bem na mesma trova duas contagens de sílaba.

Desejo criatividade...
Nuvens para remontar
pedaços de realidade,
um novo recomeçar.
Liz Rabello

Quero criatividade...
Nuvens para remontar
cortes de realidade,
um novo recomeçar.
Liz Rabello

TROVA ESCOLHIDA


A profunda deferência,
que nasce do meu respeito,
às nuances da existência...
Fez calar-me a voz no peito.
Liz Rabello


O ritmo do coração
acenou para a surpresa,
balizou forte emoção
diante da sobremesa!

Trova correta. Uma única questão: dian-te é mais comum que di-an-te, mas como é hiato é facultativo. (Adilson Gonçalves)


No reverso do meu verso,
acho a tradução de mim,
alteridade... Converso!
A pura traição de mim.
Liz Rabello


Coragem é desapego,
é deixar-se desfolhar,
expor o seu maior apego,
doar-se, florir e amar.
Liz Rabello

ex-por-o-seu-ma-ior-a-pe 8 sílabas

TROVA CORRIGIDA

Coragem é desapego,
é deixar-se desfolhar,
expor seu maior apego,
doar-se, florir e amar.
Liz Rabello


Cada vez que alguém comunga,
sua estrada em minha vida,
ao bem ou mal, dá muçunga,
evolução nesta lida.
Liz Rabello


Linda, repleta de flores, a trepadeira mais bela me acorda com seus odores... Madrugada... Abro a janela.
Liz Rabello


Entre flores, esquecidas,
minhas trovas a bailar
vejo letras mal vestidas
de cores a se pintar.
Liz Rabello


Se uma noite tu voltares, deixes por aí, saudade, fisgue estrelas em colares, só me traz felicidade.
Liz Rabello


Escolhemos as respostas,
que desejamos ouvir,
quando jogamos às costas
do ser eleito, ao se abrir.
Liz Rabello


Nosso tempo é impreciso,
se desmancha sem rigor,
saber viver é preciso,
não guardar mágoa e rancor.
Boa trova, apenas acho que há essa elisão: Nos/so/tem/poéim/pre/ci ... (Adilson Gonçalves)
O tempo corre impreciso,
se desmancha sem rigor,
saber viver é preciso,
não guardar mágoa e rancor.
Liz Rabello


Amo foto colorida,
é como se me dissesse:
"Curta a viagem da vida,
sou bem linda, não me esquece,"
Liz Rabello


Uma perene ampulheta
várias vezes renovada
se vi
ra e dá pirueta
à vivência comprovada.
Liz Rabello


Ensinamentos de Cristo precisam ser reinventados. Dubiedades de anticristo,
malefícios são pregados.
Liz Rabello


O tempo destruidor,
carrega meus pés cansados,
mas é também construtor
de novos sonhos irados.
Liz Rabello

Lembrando sempre desses hiatos facultativos - destruidor (Adilson Gonçalves)


Vem conquista a minha fé,
anseio por segurança,
vamos tomar um café,
depois unir esperança.
Liz Rabello


Tu és meu doce veneno...
Meu fel, meu mel, azedim!
Bebo e me sinto sereno,
goles de amor alecrim.
Liz Rabello


Para alcançar teu querer,
enfrento cruel espinho!
Rosa perfuma o prazer,
degustado após o vinho.
Liz Rabello


À mão, está bem perto, a Lua,
distância maior viver.
Lá no fim da minha rua,
minh'alma sem percorrer.

O primeiro verso tem sílaba a mais: À-mão-es-tá-bem-per-toa-Lu... E no último verso não use apóstrofo, pois a elisão é automática: minha alma sem percorrer... (Adilson Gonçalves)

À mão, está perto, a Lua,
distância maior viver.
Lá no fim da minha rua,
minha alma sem percorrer.
Liz Rabello


A criança, ainda em mim,
saúda aquela que um dia
se perfumou de jasmim
e se banhou de alegria.
Liz Rabello


Ser feliz é desapego...
Rosa em único momento;
se curvando ao aconchego
do mais doce sentimento.
Liz Rabello


Visto a melhor fantasia
para brincar "faz de conta",
às vezes, tenho alegria,
tristeza só desaponta.
Liz Rabello

Suspiros de amanhecer, espumas de ondas do mar, me convidam a viver, meus sonhos de algodão no ar.
Liz Rabello


Vou de coração descalço, borboleta no céu, suave, espaço frágil, voo alço... Imitando uma bela ave.
Liz Rabello


Coração é borboleta,
voando de flor em flor,
dando volta e pirueta
entre amor e desamor.
Liz Rabello


Livro é a ponte pra vencer, melhorar fala da mestra, quanto mais é bom saber quem na palavra se adestra.
Liz Rabello


Não se compra a confiança,
conquista-se a calmaria.
Não se perde uma esperança
de se viver a harmonia.
Liz Rabello


Mocidade está perdida no meu andar sem idade... Mais do que nunca, na vida, sou feliz na realidade.
Liz Rabello


Toda a beleza da paz,
que mora dentro da flor é agulhada capaz de nos permitir o amor.
Liz Rabello


Margarida desfolhei
para saber bem-me-quer; mas dolorida fiquei, pois malmequer ninguém quer.
Liz Rabello

Coração e olhos fechados,
ante tanto desamor;
orações para os amados,
que partem sentindo dor!
Liz Rabello
Manter ou não a vírgula depois de amados é facultativo, mudando um pouco a ênfase. (Adilson Gonçalves)

Com a vírgula dá mais dor por conta do desamor. Penso que se tirasse a vírgula teria que tirar o ponto de exclamação. Deixar um ponto e vírgula. A leitura seria completamente diferente. (Liz Rabello)


Pra viver um viver meu, confesso que bem me quero, divido com amor teu, mas antes, me considero.
Liz Rabello


Vou te contar um segredo...
Será fofoca? Perdão!
Só sei se contar o enredo,
não é segredo, pois não?
Liz Rabello


Sei de cor aquela carta,
pede que eu fale teu nome:
"Eu desejo, antes que eu parta,
lábios em beijos de fome."
Liz Rabello


Casa nova na colina,
rua sobe, para, desce!
No topo, um instante, ensina:
aqui amor rejuvenesce!
Liz Rabello


Moras num jardim florido,
Beatrice, menina amada,
meu arco-íris colorido,
És a borboleta alada.
Liz Rabello

Moras num jardim florido,
Beatrice, minha amada,
meu arco-íris colorido,
És a borboleta alada.
Liz Rabello

As duas formas são aceitas. Você pode juntar Bea/trice, ( como no caso facultativo poe/ta), pois o e de Beatrice é mais fraco do que o a. Mas pode separar também Be/a/trice/, da mesma forma que po/e/ta. Entretanto, escolha a segunda pela sonoridade melodiosa do verso. (Ronnaldo de Andrade)


Vens num frasco transparente,
num remédio cura dor,
para o mal incandescente
desta falta do teu amor!

Está muito bonito. Só precisa retificar o último verso que tem 8 sílabas. Teu / a/mor/ se separa. Nunca se junta teu a, seu a/ (Ronnaldo de Andrade)

Vens num frasco transparente,
num remédio cura dor,
para o mal incandescente
da falta do teu amor!
Liz Rabello


Brinde especial novo ano, sem lenços, sem documentos, assim dizia Caetano... No bolso, meus sentimentos.
Liz Rabello


Floração, em multicores, inaugura a primavera, arco-íris perfuma as dores, é setembro... quem me dera.
Liz Rabello


Escrever a poesia
é desnomear dizeres
inventar sabedoria,
descobrir novos prazeres.
Liz Rabello


TROVAS INFANTIS

Passarinho amarelinho pousa em flor de cerejeira, deixa aromas, bom gostinho, prazerosa brincadeira.
Liz Rabello


Juju é bem pequenina...
Vovó Bete, escreve o nome,
baixo pra cima, menina,
a barriga é o codinome.
Liz Rabello


A patinha tagarela,
por mim sentiu atração,
sagaz, fugiu da panela
e ganhou meu coração.
Liz Rabello


Mel de abelha é uma cilada
lá no pote da vovó
na colmeia é ferroada
que dói deveras, sem dó.
Liz Rabello


A formiguinha valente,
dia e noite na labuta,
é bom exemplo pra gente,
saber viver nesta luta.
Liz Rabello


Ora sobe na parede,
ora fica pelo chão,
perereca fura rede,
pula feito furacão.
Liz Rabello

Tartaruga quis ser bola
ponta cabeça virou
casca dura não é mola
pro seu lugar não voltou.
Liz Rabello


Na roseira um passarinho;
do céu pirilimpimpim,
magia do bom anjinho,
olhando só para mim.
Liz Rabello


Passa, passa, passarinhos,
levando poesia em versos,
sussurrando mil carinhos,
cantos reversos dispersos.
Liz Rabello


Perereca sabidinha,
só queria passear,
mas carro da vovozinha,
não é lugar de ficar.
Liz Rabello


Lua e nuvens, vão pra onde?
Ficam ziguezagueando,
brincando de esconde-esconde,
céu do infinito vagando.
Liz Rabello.


O João de Barro ensina:
"selva de pedra sofrida,
improviso minha sina
o meu poste, minha vida"

Trovadores de referência usam João como sílaba única. (Adilson Gonçalves)

Veja esta trova do Tadeu Hagen:
"Sem um teto que o conforte,
num mundo de tanto esbarro,
João-Ninguém inveja a sorte
de outro João... o João de Barro!"
(do livro Retratos 4x7, p.56)

João de Barro nos ensina:
"selva de pedra sofrida,
improviso minha sina
o meu poste, minha vida"
Liz Rabello


Perereca dorminhoca,
repousava no jardim
nem procurou sua toca,
dormiu feito querubim.
Liz Rabello

Seu é junto... sua é separado


Uma andorinha sapeca,
gulosa, caiu do ninho,
fez do alimento peteca;
sentiu do fel o gostinho.
Liz Rabello


Um filhotinho sapeca,
guloso, caiu do ninho;
fez do alimento peteca,
ficou sem nada o filhinho.
Liz Rabello


Caixa de fósforo amiga
tem sonho devastador:
colorido cromóforo abriga
um ninho de beija-flor.
Liz Rabello


Passarinho tece o ninho,
ninguém precisa ensinar;
tudo com muito carinho
para filhote aninhar.
Liz Rabello.


Lobo bom, vou te contar
o avesso de tua história;
eu sei que és capaz de amar
cantar feliz em vitória.


Em mim mesma enroladinha
amo frio para dormir
bom demais ser tatuzinha
sonhar feliz a sorrir
Liz Rabello



NOVOS DESAFIOS GRUPOS DA UNT, COLAR DE TROVAS E COLAR DE ROSAS

Entre pedras, eu caminho,
sem amor eu vou ficando,
pobre vida sem carinho,
só poesia namorando.
Liz Rabello


Esta minha emoção gesta
movimentos similares,
luz e sombras na floresta,
terra e água subliminares.
Liz Rabello


Vejo da janela a flor,
meu prazer ao despertar,
às vezes, um beija-flor
vem beijar o meu olhar.
Liz Rabello


A paz chega ao coração,
pela trilha da poesia,
a fé comanda a canção,
que traz alegre harmonia.
Liz Rabello


Sol e Cristo Redentor,
simbiose mais profunda,
querem resgatar a dor,
da cidade injusta e imunda.
Liz Rabello


Fiquei viúva tão cedo,
mas jamais ao desamparo,
Deus comigo, no meu medo,
foi luz, amor! Forte amparo.
Liz Rabello


Gatos dentro da minha alma,
são pura serenidade...
Elo de toques, acalma:
mágica cumplicidade.
Liz Rabello


Face a face, bico à flor, passa, passa, passarinho. transmuta dor em amor, beija a flor bem de mansinho.
Liz Rabello


Fios de seda a aranha tece, a fim de sobreviver, ao seu instinto obedece, ninguém ensina viver.
Liz Rabello


Sigo em nova caminhada, livre dos fios da teia, desejo ser encontrada pelas pegadas na areia.
Liz Rabello


A brincar de comidinhas, óleo mil vezes usado, lambuzei as torradinhas, passei mal com meu assado.
Liz Rabello


É hora do enfrentamento,
soltar amarras do mal,
deixar fluir sentimento,
ser só amor... É Natal!
Liz Rabello


Ano Novo de esperança, saúde, paz e alegria, hora de nova aliança, conquistas no dia a dia.
Liz Rabello


A vida é o Sol se pondo,
num eterno anoitecer;
uma neblina compondo paisagens de amanhecer.
Liz Rabello


Tudo isto é passageiro...
Meu corpo será capaz
de seguir aventureiro,
após cinquenta, na paz.
Liz Rabello


Uma abelhinha só vive
cerca de quarenta dias,
mas a vida sobrevive
em flor e mel de alegrias.
Liz Rabello


Azar foi pensar que o amor
teria um final feliz,
quando em minha vida a flor
desbota na alma infeliz.
Liz Rabello


É preciso ter coragem
para aprender a voar,
e nos brilhos da miragem
asa Delta decolar.
Liz Rabello


Há nas páginas que escrevo 
um mar de forte emoção,
lavras da sorte de um trevo,
coroando o coração.
Liz Rabello


Amor: liberdade, vida! Não prisão, limitação... É fonte que nos convida a seguir o coração.
Liz Rabello


Um mistério indecifrável
paira por trás de um clarão
seria o Sol todo amável
dando à Lua o coração?
Liz Rabello


Hora de esquecer rojão,
balão então nem pensar!
Tá libera
do o quentão
e a menina pra dançar.
Liz Rabello


O sonho nunca tem pressa,
requer muita persistência; realizá-lo depressa, não é bom para a experiência.
Liz Rabello


Deus a gente agradece luz que nos emudeceu, porque na noturna prece o Sol ainda não nasceu.
Liz Rabello


Que os pedaços de bondade
espalhem luzes de arco-íris,
fiapos de felicidade,
paz em amanhecer de íris!
Liz Rabello


Dando brilho às atitudes,
com livros e a mente aberta,
sejas luz da paz... Estudes!
Este ditado é um alerta.
Liz Rabello


Beleza inaugura o dia;
folhas, o vento balança... Outono tem, sim, poesia! Vem da mão de Deus, que a lança.
Liz Rabello


Mãe, é também sentinela,
educa a beijo e chinelo, amor e bronca, com ela, não há momento mais belo.
Liz Rabello


Um bumerangue é a vida, o bem com o bem se paga, se você o mal convida, o mal de ti não se apaga.
Liz Rabello


Coleciono cicatrizes,
pés bem plantados no chão,
mantenho minhas raízes,
fincadas no coração.
Liz Rabello


Na viagem da fantasia,
deste mundo em exaustão,
jaz a criança que ali havia,
andarilha em solidão.
Liz Rabello


Noite no meio do mato,
Lua cheia lá no céu...
Meu coração insensato,
só quer amor em troféu.
Liz Rabello


Com três letrinhas de amor,
escrevo num ramalhete:
"Mãe"... És a mais linda flor,
perfumando este bilhete.
Liz Rabello


Quando a chuva se despede,
deixando um cheiro de mato,
sei que ele perfuma e impede
tanta erosão e maltrato.
Janilce e Liz Rabello


Meu corpo violão é canção de amor, as tuas mãos regem sinfonias de emoção, carícias que me protegem.
Liz Rabello


Ao violão, uma ovação...
Para o corpo ou para o som?
Que visão e
que audição!
Um é melhor que o outro dom.
Liz Rabello


"E se então nós nos amássemos
uns aos outros," o pastor
soletrou: "e mergulhássemos
na ingenuidade do amor?"
Liz Rabello


Com muita paz, muita luz,
vivo meus dias de glória,
percebendo que reluz
cada passo da vitória.
Liz Rabello


Fácil: controlo a pressão,
preço me passa chapéu,
eu sofro de alto preção!
Logo vou morar no céu...
Liz Rabello


Pipoca, dança, quentão, pra Santo Antônio, promessa... Festa Junina é emoção! Moça solteira tem pressa.
Liz Rabello


Teço cores do meu dia,
em tempestades de arco-íris,
pinto telas
de alegria,
tra
go a luz para tua íris.
Liz Rabello


Eu me sinto abençoada vendo o Sol que aqui cintila, secar a relva molhada, fim de chuva e a gota oscila.
Liz Rabello


No ardente fogão a lenha, fumaça doce saudade... Para o coração é senha, que me traz felicidade.
Liz Rabello


Sou uma eterna aprendiz,
pensando na sociedade,
que me ensina a ser feliz,
procurando a irmandade.
Liz Rabello


Celebrando um sentimento
no jazigo de granito,
uma flor sela o momento:
horas mortas no infinito!
Liz Rabello


Partiu sem nada dizer,
só me deixou a saudade,
abismos de bem querer,
nunca mais felicidade.
Liz Rabello


Namorar é irresistível,
diz o velho coração, e ninguém é infalível de viver nova paixão.
Liz Rabello


Dentro do amor, absorvida, celebro meu caminhar. Todos meus dias de vida são flores pra perfumar.
Liz Rabello


No jejum da Lua cheia, quem emagrece é a luz. Sombras numa grande teia, o vento, ao barco, conduz.
Liz Rabello


De férias do meu amor,
resolvi me libertar... Sentimento feito flor, fez questão de me algemar!
Liz Rabello


Escapou-me pelos dedos, a borboleta alegria, voaram os meus segredos, em mim pousou harmonia.
Liz Rabello


Quero asas de Cora... linda,
ser criativa na poesia,
envelhecer na surdina,
bem feliz, em harmonia.
Liz Rabello


Espelho não mostra a essência, esconde o que semeamos, colheita de experiência:
somos aquilo que amamos...
Liz Rabello


Instigante e bem ligeiro,
Correio Elegante no ar:
“Larga o mocinho faceiro,
vem comigo namorar...”
Liz Rabello


Capelinha de melão...
Um junino relicário
de cravo e manjericão,
mote de festa precário.
Liz Rabello


Branco, anil, verde, amarelo,
sobre o povo e sua dor,
une o último farelo...
Sobe a rampa só amor.
Liz Rabello


Entre véus, a vida passa... Fumaça ardente! Desejos! Ofertas de amor de graça, namorados em gracejos.
Liz Rabello


Ser feliz é desapego,
flor em muro se enfeitando,
se curvando ao aconchego,
em amor se debruçando.
Liz Rabello


Na vida é tudo emprestado,
não vale a pena viver;
amarrado e apegado
aos bens: não fazem crescer!
Liz Rabello


Nos oceanos de mim, transbordam ondas prateadas: outrora, as águas doces; hoje, lágrimas salgadas.
Liz Rabello


Vou recolhendo os pedaços, esquecidos nos caminhos, momentos estilhaçados, por ausências de carinhos.
Liz Rabello


Face a face, bico à flor,
passa, passa, passarinho,
transmuta dor em amor,
beija a flor bem de mansinho.
Liz Rabello


O sonho da bela flor é ser rosa sem espinho, beijada por beija-flor, ser doada com carinho.
Liz Rabello


Confiante e sem pudor, me retiro do contrato, apago sem dissabor meu semblante do retrato.
Liz Rabello


Olvidar o que vivi... Tudo o que preciso em mim: espaços vazios de ti para eu preencher-me, enfim!
Liz Rabello


No carro, o retrovisor mostra a ternura infinita: andorinha beija-flor, ingenuidade bonita!
Liz Rabello

Numa chuva que não veio,
uma flor desabrochou,
esperança, leve anseio,
em gotas d’água apostou.
Liz Rabello


Eu trago, no meu semblante, desejo bem aguçado:
fome a nenhum semelhante, também sou de barro doado.
Liz Rabello


Meu coração tão frio
aprendeu a se aquecer,
num mundo tão sombrio,
há razões para viver.
Liz Rabello


No topo de uma montanha,
a linda estrela farol,
é luz que indica artimanha,
achar Jesus no arrebol.
Liz Rabello


No horizonte, aquela escada,
feita de nuvens ao léu,
era só uma emboscada,
para se perder no céu.
Liz Rabello


Enquanto não existir pra todos pão, moradia, não conseguirei sorrir, ter natal com alegria. 
Liz Rabello


Onde navega a saudade, Há a prova do bem viver, pois toda a felicidade, tem chave de bem querer.
Liz Rabello


Vem, meu amor, ser
o meu cobertor de orelha,
noite fria nunca ter!
Eu serei seu mel de abelha.
Liz Rabello


Forte pedaço de vento
passou pertinho de mim, carregou meu pensamento, trouxe saudades sem fim.
Liz Rabello


Onde o amor seja fecundo,
alegre e bom companheiro,
cabe ali um bem profundo:
meu desejo pro ano inteiro.
Liz Rabello


A minha força fingida,
por vezes me escapa e sai,
entre os dentes derretida,
em lágrimas sobressai.
Liz Rabello


Sinto-me tão incompleta,
que ter a vã esperança
de incertezas tão repleta,
traz à vida insegurança.
Liz Rabello


Com fé, esperança e luz, lustro paredes da vida, a força que me conduz ao equilíbrio convida. Liz Rabello


Numa linha imperceptível, num muro de divergências, num diálogo impossível, nascem novas experiências.
Liz Rabello


Passa o tempo tão depressa,
que nas horas de descuido,
abraço o que me interessa:
este amor que agora cuido.
Liz Rabello


Reluzir a própria luz,
sua sombra dividir,
expandir o que reluz,
mostrar origens, sorrir.
Liz Rabello


No final me magoei,
mas se deixar eu te conto:
o que na vida doei,
me fez bem feliz e ponto.
Liz Rabello


Minha verdade é o amor...
O perdão é o sentimento,
que semeia aquela flor,
lá no meio do cimento.

Viver feito uma criança, que existe dentro de mim, requer amor, confiança, beijo azedim de alecrim.
Liz Rabello


Passa tudo e tudo passa,
um passado se desfaz;
um presente em uva passa:
infância da neta em paz.
Liz Rabello


A brincar de comidinhas,
óleo mil vezes usado,
lambuzei as torradinhas,
passei mal com meu assado.
Liz Rabello

Em prol da vida do filho, mãe se doa com louvor... Numa rosa com fitilho, mãe tem aroma de flor.
Liz Rabello


Numa árvore, livre cela
do meu livro, está inscrito:
voa lavra, frase bela,
vai para o céu do infinito.
Liz Rabello


Ser a doce namorada,
sonho de toda mulher,
vi
da inteira ser amada,
pelo mesmo amor que quer.
Liz Rabello


Foi numa noite estrelada que te beijei, meu amor... Desde então, bem perfumada, desejo ser tua flor.
Liz Rabello


Conjugando o verbo amar,
sigo meu feliz caminho...
Nós dois a comemorar:
alianças, taças de vinho.
Liz Rabello


A passarada outonal voa triscando a mangueira, refúgio angelical, paraíso sem cegueira.
Liz Rabello


Fazendo-nos ir além,
no horizonte, águas marinhas, beleza há, lá também, migração das andorinhas.
Liz Rabello


Brasileiro de verdade
quer conquista do ato falho,
dar valor à liberdade:
Tiradentes, teu trabalho.
Liz Rabello


Numa latrina da História,
morrem os sonhos de outrora;
revivem minha memória
os Tiradentes de agora.
Liz Rabello


No coração sofredor,
não resta senão a fresta da janela aberta à flor, um perfume que lhe resta.
Liz Rabello


Em prol da paz contra a guerra, relevo a dor... Sofrimento espalhará pela Terra, o leve soprar do vento.
Liz Rabello


Cicatriz de amor não sara,
volta a doer outra vez, quando nova dor dispara lágrimas, com acidez.
Liz Rabello


Envelhecer mais saudável,
não é coisa de utopia,
escrever é agradável,
viver com muita poesia.
Liz Rabello


De mãos dadas nós estamos, buscando a fraternidade, num abraço nos juntamos, com muita serenidade.
Liz Rabello


Ao juntar as nossas mãos,
de joelhos, em humildade,
peço a Deus pelos irmãos,
que exista mais igualdade.
Liz Rabello


A neve e o gelo lá fora,
roubam calor da lareira,
intrusos que mando embora,
acendendo a churrasqueira.
Liz Rabello


Os bons trovadores agem com sentimento profundo: fazer da trova mensagem, de bem-estar para o mundo. Liz Rabello


Orvalho em manhãs geladas,
translúcidas transparências,
são mandalas congeladas,
embelezam existências.
Liz Rabello


Minha alma é oculta orquestra,
não sei que instrumentos range,
tímbales, tambores mestra,
em mim sinfonia tange.
Liz Rabello


A esperança se renova
ao amanhecer de luz;
Deus me ampara em minha alcova
de alegria me seduz.
Liz Rabello


Perdida estou sem caminho,
floresta de desencanto,
aguardo o Sol passarinho,
sou girassol sem seu canto.
Liz Rabello


Pedi ao vento ligeiro,
que preservasse o castelo,
até que o mar, tão faceiro,
beijasse a areia... Que belo!
Liz Rabello


Fotos em águas rolou,
te guardo no coração!
Enchente não carregou
a luz de constelação.
Liz Rabello


E partem do coração
os sentimentos, que embalam
vidas, que vêm e que vão,
as quatro estações exalam.
Liz Rabello


Doce amor em peito anelo,
um arco-íris de improviso.
Entre as cores, um terno elo:
vislumbro meu paraíso.
Correta, mas o terceiro verso merece uma atenção porque, apesar de estar metricamente certo, tem um som ruim (terno elo). Tente substituir. (Arlindo Tadeu)
Doce amor em peito anelo,
um arco-íris de improviso.
Entre as cores, anel belo:
vislumbro meu paraíso.
Liz Rabello


Não se usa, não se come, Chapéu de Bruxa tem vida, na selva, não mata a fome, só pra beleza convida. Liz Rabello


Sob os céus alagoanos, pés no chão, muita saudade! Ainda que viva mil anos, sentirei felicidade.
Liz Rabello


Todo o enroscado passado vem à tona num divã: no meu presente ignorado, arranha dor na maçã. Liz Rabello


Luzes, flores, animais, em comum: bom cuidador! Aparências são leais, mesma mão do criador.
Liz Rabello


Só para ti guardo a chave
do imenso amor e saudade; voo livre feito uma ave, buscando a cumplicidade.
Liz Rabello


O tempo não volta atrás,
por mais que eu vire a ampulheta,
prenda a memória voraz,
fotos na velha maleta.
Liz Rabello


Minha janela é um quadro,
um quadrado sem poesia,
uma frágil luz que enquadro,
para fingir alegria.
Liz Rabello


Passa borracha no obstáculo,
viva transpondo penhascos,
colha da vida espetáculo
de transitar por teus cascos!
Liz Rabello


Com o tempo a gente aprende a ter paciência e esperar, por vezes Deus não atende ao que a pressa quer nos dar.
Liz Rabello


No amanhecer orvalhado,
brumas me embaçam visão;
mas com Deus o combinado
é ver luz do coração.
Liz Rabello


Céu que se parte em apuro,
faz tremer o chão da vida.
Buscar abrigo seguro,
vulcão em ação convida.
Liz Rabello


Vou cuidando dos idosos, num trabalho voluntário. Nestes meus dias formosos, ganho pontos no inventário. Liz Rabello


Sou girassol solitário
na viagem desta vida... 
Mas também sou missionário
de uma esperança perdida.
Liz Rabello


Só se nota no outro a luz,
se a luz própria é apagada,
forte chama que reluz,
é troca nunca forjada.
Liz Rabello

Linda Trova Liz! Parabéns! O sentido da trova é que não concordo. Acho que é necessário ter luz pra ver a luz do outro. Mas claro, o sentido que você deu é outro. (José Garcia)

Obrigada por ler e me dar retorno. Sim, dei um sentido diferente. Pensei em egos inflados. Pessoas incapazes de ver a luz do outro, por só enxergarem a si próprios. Não é o seu caso, José Garcia, você valoriza a luz do outro. (Liz Rabello)


Há quem diga que não lê,
mas fecha o olho e se encanta,
ouvindo o que o outro crê,
carregando a alheia manta.

Mestres, tenho dúvidas quanto às elisões. Estão certas? ( Liz Rabello)
Versos 2 e 3 com 6 sons, sugestão:
*"mas fecha os olhos, se encanta"*
*"ouvindo o que um outro crê"*
Mas é uma bela trova...
Explico: podem até dizer que elisão de 3 vogais é facultativo, mas como você fez a elisão de 3 vogais no último verso, os versos 2 e 3 têm que seguir o mesmo padrão de elisão. A isso chamamos de coerência... ( Elias Pescador)
Há quem diga que não lê,
mas fecha os olhos, se encanta,
ouvindo o que um outro crê,
carregando a alheia manta.
Liz Rabello


Escrevo poemas no ar
e nas ondulações da água...
Não preciso registrar,
a poesia em mim deságua.
Liz Rabello

Certinha! Nossa, amei esta imagem. Creio até que é um bom achado... (Elias Pescador)


Pé de página é a vala,
onde os jornais brasileiros
preservam papéis e fala,
e enterram índios guerreiros.


O crepúsculo acontece
em qualquer parte do mundo,
mas há quem dele se esquece,
não o sente tão profundo.
Liz Rabello


Seres em ebulição cruzam metas e caminhos, todos são, na evolução, uns dos outros, passarinhos...
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO
BANCO DE PALAVRAS: paz, amizade, fraternidade, amor, perdão, carinho, coração, esperança, oração, irmão. Componha a sua trova incluindo, pelo menos, três palavras deste banco.
É uma bênção a *amizade*,
no *coração* de quem sente,
mas sempre existe a maldade,
pra acabar com a *paz* da gente.
Liz Rabello


O teu riso me persegue, feito sombra ou farol, num momento ele me segue, noutro pisca: sou teu Sol.
Liz Rabello


Por tê-los eu sou feliz,
netos me dão alegria;
um deles até me diz:
"Teu perfume me inebria".
Liz Rabello


Homem perde com machado, vence na rua a semente... Até o muro rachado, Tem samambaia pendente.
Liz Rabello


Procurar um novo amor é meu novo sentimento... Enquanto não brota flor, vejo as folhagens ao vento.
Liz Rabello


Perco-me em Terra de Versos,
overdose de alegria...
Nos encontros, "eus" dispersos,
há sempre mais euforia.
Liz Rabello


Na distância, longe, o Sol,
na insistente escuridão,
brilha ofegante farol,
quer lumiar novo chão.
Liz Rabello


Andar ao lado de alguém,
ser voluntário no amor,
puro altruísmo também,
só quem tem alma de flor.
Liz Rabello


Astros não regem poder, Às vezes a meu favor ou se contra mim vencer, provém da fé e valor.
Liz Rabello


COLAR DE ROSAS (EXCERTOS)

01
Dedilhando os violões,
cantadores pela rua,
arrebatam corações,
na seresta à luz da lua!
Glória Marson SJC/SP
02
*Na seresta, à luz da Lua,*
encontrei o seu olhar.
Daí, se perdeu, na rua
todo o meu triste penar!
Janilce- Campos-RJ
03
*Todo o meu triste penar*,
de seresteiro de rua,
eu deixei ao contemplar
os olhos claros da lua.
Arlindo Tadeu Hagen
04
*Os olhos claros da lua*
iluminaram os seus,
ali no meio da rua
senti presença de Deus.
Suelizinha - Itanhaém (SP)
05
*Sinto a presença de Deus*,
bem distante dos altares.
Pra pastores, disse adeus,
alguns falsos e vulgares.
Jessé Ojuara -SSA/Ba.
06
*Alguns falsos e vulgares*
que blasfemam, fariseus,
usam por todos lugares,
"falsas" mensagens de Deus!
Geraldo Cardoso UBT-Aperibé-RJ
07
*"Falsas mensagens de Deus*
as pessoas, de alma torta,
enganam amigis seus,
pois só a mentira importa.
Ledinha
08
*Não só a mentira importa...*
Verdade. Com alegria
a seresta bate à porta
e nos enche de magia.
(Dodora Galinari)
09
*Só nos enche de magia,*
bela seresta ao luar.
Nas notas, a poesia
do seresteiro a cantar.
Célia Mendonça/JF MG
10
"O seresteiro a cantar*
sob a janela da amada,
embola amor ao luar,
solta a voz meio encantada.
Liz Rabello - São Paulo/ SP

11
Solta a voz meio encantada,
pra seresta acompanhar...
E na lua iluminada,
seresteiros a cantar!
*Vitória França* *Campos RJ*
12
*Seresteiros a cantar,*
no portão ou na sacada,
inspiram-se no luar,
na noite toda estrelada.
Rosinéa Siqueira - Campos dos Goytacazes/RJ
13
*Em noite toda estrelada*
a seresta é genuína
com a lua iluminada
pela perfeição divina.
(Regina Rinaldi - P.Açu SP)
14
*Pela perfeição divina*
no seu amor, devo crer;
seresta e a flor pequenina,
não tenho como esquecer...
Malu Bontorin
15
*Não tenho como esquecer*
seresta em Conservatória
lá deixei de padecer
escrevendo nova história.
(Ester Figueiredo)
(...)


COLAR DE TROVAS (EXCERTOS)

(...)
11 Regada como uma flor me sentindo inebriante, me afogando em nosso amor como mar exuberante!!! @terezinhapantaneira 12 Feito mar exuberante, deixo-me ao sabor do vento, e me entrego confiante, sem lenço e sem documento! Janilce-Campos-RJ
13 Sem lenço e sem documento, porta aberta ao coração, sigo a vida em sentimento, amor semente na mão. Liz Rabello - SP/SP 14 Amor semente na mão, que espalho ao meu redor… Germina e traz emoção, aos corações derredor. Zilnete Moraes Campos dos Goytacazes/RJ
(...)*


COLAR DE ROSAS*
01
Para ter de volta um dia
o meu tempo de menino,
com certeza, eu pagaria
qualquer resgate ao destino.
Jerson Brito
02
*Qualquer resgate ao destino,*
mesmo de muito valor,
seria ele pequenino
comparado ao meu amor.
Malu Bontorin
03
*Comparado ao meu amor,*
não há, nas estrelas, brilho...
Onde há rastro de esplendor,
há o amor que compartilho.
Rosinéa Siqueira
04
*Há o amor que compartilho,*
pra que nunca tenha fim...
tão extenso por um filho,
que nem cabe mais em mim.
Luzimagda
05
*Se não cabe mais em mim*
as nuanças do destino,
eu insisto mesmo assim
no meu sonho de menino...
Elias Pescador
06
No meu sonho de menino,
eu via campos e estrelas
e por conta do desrino,
hoje eu vivo a descrevê-las.
Caterina Balsano Gaioski
07
*Hoje eu vivo a descrevê-las*
na poesia que se mima.
Meus versos tem nas estrelas
principal matéria prima.
Arlindo Tadeu Hagen
08
*Principal matéria prima,*
estrelas em minha lida,
em prosa, poesia e rima,
marcam andanças na vida.
Liz Rabello
09
*Marcam andanças na vida*
pois sou velho viajor,
eu vou curando a ferida,
pelas estradas do amor!
Vitória França
10
*Pelas estradas do amor*
ressurjo dentre os escombros...
O ser sempre trovador
alivia o fardo aos ombros.
Henrique Eduardo
11
*Alivia o fardo aos ombros*
torna leve a sua cruz
aquele, que entre os escombros,
mira-se na própria luz.
Silvia
(...)

Pobres, dormindo ao relento,
é tudo o que me consome, não me sai do pensamento: Fraternidade na fome!
Liz Rabello


Ensinamentos de Cristo
precisam ser reinventados.
Dubiedades de anticristo,
malefícios são pregados.
Liz Rabello


Eu morro no meu combate,
passado está bem lá atrás,
nasço em luta, no resgate...
Futuro, que a vida traz.
Liz Rabello


Uma árvore preservada...
Tudo de bom! Não a corte.
Regularmente podada,
cresce cada vez mais forte.
Liz Rabello


Dos abraços que sonhei, sobrou o que não senti... Por toda vida esperei emoções que não vivi.
Liz Rabello


O que precisa é ão pouco, cabe na palma da mão, o mendigo de olhar louco, pede um pedaço de pão.
Liz Rabello


A ternura está no gesto, no olhar brilhante, melado, não importa qual modesto seja o pranto do outro ao lado.
Liz Rabello


O instante inaugura o dia,
suave brisa me convida: desatar nós da poesia inspirar a minha lida.
Liz Rabello


Passado cabe a lembrança,
o perdão e a dor levando. Futuro cabe esperança... No presente, amor chegando.
Liz Rabello


Para Deus um estatuto
de vigor, que desabrocha,
é ser um rei absoluto
no topo daquela rocha.
Liz Rabello


Persegue-me a solidão, quer me fazer de refém; disfarço na contramão, pois comigo estou de bem.
Liz Rabello


Setembro, mês de magia,
primavera sempre traz
sinais vitais de alegria,
mensagens de muita paz.
Liz Rabello


Nesta vida abençoada, quis do bolo uma cereja, mas consegui magoada, raspa que não se deseja.
Liz Rabello


Bêbado de sentimento,
Carlos Gomes, indagava: "Onde irá teu pensamento?" às teclas que tanto amava.
Liz Rabello


Tu viraste uma estrelinha na primavera da vida, criei filhos tão sozinha! Mas fui feliz nesta lida.
Liz Rabello


Lua ocupa Sol luar,
beija a boca do infinito, tão erótico brilhar, nada há de mais bonito.
Liz Rabello


Seres em ebulição
cruzam metas e caminhos, todos são, na evolução, uns dos outros, passarinhos...
Liz Rabello


TROVA DE FECHAMENTO

*Belas flores da amizade*
germinadas pelos grãos,
mostram com sinceridade
*o que dizem essas mãos.*
Liz Rabello


Lágrima é água corrente,
desce, rola sem parar,
lava a dor que a gente sente
e conjuga o verbo amar.
Liz Rabello


Vejo a jornada florida,
juntando nossas vontades;
ao todo, união convida:
eu e tu, duas metades.
Liz Rabello


É deveras surpreendente:
em teu peito um camafeu!
En
tre os seios o pingente
a bordar este amor meu.
Liz Rabello


Duzentos anos de grito, fome ronca na barriga, meu Brasil, que é tão bonito, não tem a justiça amiga.
Liz Rabello


Passo a limpo o meu passado,

condição primordial,

perdoar meu eu rasgado,

desenhar um  ideal.
Liz Rabello


São grãos de areia invasores, que jazem em mexilhões, atritos aos defensores, pérolas, valem milhões!
Liz Rabello


Amarelo, azul anil,
Lua branca bem no centro, verdes cores do Brasil, tão colorido por dentro!
Liz Rabello


Em fiapos de nostalgia, num eterno esconde-esconde, frágil Lua despe o dia Sol procura a noite... Onde?
Liz Rabello


É afago com alegria
abrir janela da vida,
receber esta harmonia
que em plena paz me convida.
Liz Rabello


Um poema é um girassol, 
girando em busca da essência,
uma estrela guia: Sol,
lavra em luz sua vivência.
Liz Rabello


Tão menina era, Zezinho,
ainda tua ausência choro,
cuida de mim, meu, paizinho,
clamo em oração, te imploro!
Liz Rabello


Faço viagem por rima,
Laço palavras ao vento,
Sonho criar obra-prima
Vertigens em pensamento.
Liz Rabello


Se quiser falar com Deus,
desfrute da caridade...
Jamais feche os olhos teus,
te
nha empatia e bondade.
Liz Rabello


Choveu chuva abençoada,
foi ela quem nos uniu,
ao meu amor abraçada,
um guarda-chuva reuniu.
Liz Rabello


A lua brilha no céu,
pisca, pisca, um vaga-lume,
na Terra, voando ao léu,
rastro vadio de ciúme.
Liz Rabello


Embarco na solidão,
louca aventura de amar,
viver a dois a paixão
e sempre só acabar.
Liz Rabello


No embalo morno dos ventos, dedilhando o coração, música dos sentimentos segue em ritmo de canção.
Liz Rabello


O senhor aposentado, sem hora pra ser feliz, deixa o relógio parado... O tempo é seu chamariz.
Liz Rabello


Com lavras, Gonçalves Dias,
luta renhida, combate
poder que mata harmonias,
e povo da Terra abate.
Liz Rabello


E muita história se apaga,
quando o vento leva embora,
coração solto divaga,
nova poesia de agora.
Liz Rabello


Peguei garupa na cauda
de um sonho, entre as frágeis flores,
despetalei a grinalda,
até só sobrarem dores.
Grinalda não rima com cauda. É o mesmo caso de mel/céu, fuzil/abriu, mal/mau, etc.. Cauda rima com frauda, lauda, defrauda, aplauda... (Arlindo Tadeu)
TROVA CORRIGIDA
Abracei caules de sonhos,
galopei frágeis amores,
esqueci dias tristonhos,
até se apagarem dores.
Liz Rabello


Assusta-me o infinito,
encanta-me a estrela Sol,
não há nada mais bonito
que o giro de um girassol.
Liz Rabello


Passa rápido, é sagaz,
a ampulheta que se vira
logo que se satisfaz,
sem ligar para sua ira.
Liz Rabello


O pequeno bem-te-vi corta o silêncio da mata. Eu escuto bem daqui a orquestra que desata.
Liz Rabello


Sem saída, um labirinto...
Entrei; nesta livre opção,
cruzei, traindo o que sinto,
limites do coração.
Liz Rabello


Sinto o adeus do entardecer,
por doces asas de Deus,
prontas a me proteger,
ao redor dos braços meus.
Liz Rabello


Do banco da praça, vejo
tempo passar devagar...
E mesmo assim eu desejo
sonhos para divagar...
Liz Rabello


Além da curva, sentir inevitável destino, inusitado porvir, tudo que não procrastino.
Liz Rabello


Entristecer nem se atreve,
pois no poeta a dor que aflora
é só floquinho de neve...
Com o tempo, foi-se embora.
Liz Rabello


Pai, seus braços, meu abrigo,
a proteção contra o medo,
na solidão, sem amigo,
lembro meu pai, em segredo.
Liz Rabello


Recebe, agora, uma prece,
quem nas estrelas já mora,
oração a quem merece,
reviver amor de outrora.
Liz Rabello


Se conselho fosse bom,
promoveria concórdia.
Sabedo
ria é o dom
de se calar na discórdia.
Liz Rabello


Ontem a dor que eu sentia, já não tem espaço em mim. Junto ao Sol, vem alegria, um dia após outro, enfim!
Liz Rabello


Mendigo por um amor, toques de corpos febris, mel e suor, muito olor, prazer, ilusão feliz.
Liz Rabello


Os toques suaves da alma
preenchem meu coração, trazem colorida calma, luz, harmonia e emoção.
Liz Rabello


Emite os mais tristes ais, passarinho entristecido! Perdeu pontos cardeais numa prisão, deprimido.
Liz Rabello


O melhor pra ser feliz:
não ser cego ao que se queira,
dar voz ao sonho que diz:
meu coração é fogueira.
Liz Rabello


Símbolo do Pantanal
Tuiuiú é uma grande ave,
beleza sensacional,
com bela plumagem suave.
Liz Rabello

Contigo fico morrendo de fome, sem alimento! Nossos encontros correndo, quero amor, mais sentimento.
Liz Rabello


Praticar o que faz bem
é uma meta em construção... Ter persistência também, faz parte da evolução.
Liz Rabello


Ao luar, as belas rosas,
perfumando nosso amor,
são ainda mais formosas,
após beijos com ardor.
Liz Rabello


Na real sou amadora, rimas e versos converso, busco ser a trovadora, que encanta todo o universo.
Liz Rabello


Dos escravos defensor,
fiel guardião dos pobres,
lutou para arrancar dor
de negros nas mãos dos nobres.
Liz Rabello


TROVA PARA ENDURANCE (Um navio encontrado um século após o seu naufrágio)

Cem anos de solidão...
Tempo, sal, blocos de gelo, em profunda profusão! Um desgaste sem apelo.
Liz Rabello

Tenho janela entreaberta,
que vive a se escancarar;
o passado, em descoberta,
jorra memórias de amar.
Trabalhando melhor a trova, começando por essa da Liz. Como melhorar essa rima berta/berta sem repetir o b? Como tirar uma mensagem mais direta para refletir, por exemplo, que a janela que fica entreaberta, às vezes se escancara e por ela voa o passado, jorrando as memórias do amar? Vá trabalhando nas quatro linhas que a trova está saindo. (Adilson Gonçalves)
Minha janela entreaberta,
por vezes se abre, escancara,
traz passado, que me aperta,
traz saudade, que não sara.
Ficou bem melhor! Veja como é importante trabalhar a trova para dar a forma da mensagem completa. Aprimorou a rima também. Se tirar as vírgulas depois de passado e saudade muda um pouco o sentido. Avalie se não fica melhor. Mas vá relendo e repensando a trova para cada vez mais melhorá-la. Trova é processo. (Adilson Gonçalves)
Minha janela entreaberta,
por vezes se abre, escancara,
traz passado que me aperta,
traz saudade que não sara.
Liz Rabello

COLAR DE TROVAS - TEMA "LUAR" - EXCERTOS
(...)
14
*O amor que eu tenho guardado*
costuma se revelar
num luar abandonado
no fundo do meu olhar.
Arlindo Tadeu Hagen
15
*No fundo do meu olhar*,
pela sutil transparência,
que se assemelha ao luar,
vejo a minha consciência!
Janilce- Campos-RJ
16
*Vejo a minha consciência*
em paz e descansada
meu lema é ter paciência
não julgar nem ser julgada.
Ester Figueiredo
17
*Não julgar nem ser julgada*,
tenho segredos também!
Só conto pra lua amada,
ela fala pra ninguém.
Maria Lúcia Monteiro Xavier
Campos dos Goytacazes -RJ
18
*Ela fala pra ninguém,*
por isso não tenho medo
que revele para alguém
o nosso grande segredo.
Olympio Coutinho
19
*O nosso grande segredo*
confidenciado ao luar
abraçados, no vinhedo
com bom vinho a degustar!!
@terezinhapantaneira
20
*Com bom vinho a degustar*
fronhas, lençóis de cetim,
beijos, flores ao luar...
Meu amor, te sinto em mim.
Liz Rabello - São Paulo-SP
21
*Meu amor, te sinto em mim*
no desabor do esquecer:
nessa noite de arlequim...
- Ao Sol irei renascer.
Poeta Adriano de Alvarenga
(...)


COLAR DE ROSAS

01

Quem na palavra se adestra,
imenso poder transporta,
que a leitura é chave mestra
capaz de abrir qualquer porta!
Juraci Siqueira - Belém /PA

02
Capaz de abrir qualquer porta,
instiga a imaginação
e meu coração conforta...
Leitura é minha paixão.
Solange - São Paulo/SP

03
Leitura é minha paixão,
a qual quero dividir,
quero um livro em cada mão,
isso sim, é construir!
Janilce- Campos /RJ

04
Isso, sim, é construir:
empolgar a juventude
para o livro descobrir
e mudar sua atitude.
Suelizinha- Itanhaém /SP

05
E mudar sua atitude
é dever fundamental,
leitura faz de um ser rude,
um homem bom, ideal.
Liz Rabello - São Paulo/ SP


06
Um homem bom, ideal
imerso em sociedade
Resgata o bem, traz moral
Incentivando a verdade
Ana Paula Bernardi - Itanhaém/SP

07
Incentivando a verdade,
mesmo sem acreditar.
na tola realidade,
construída num altar.
Jessé Ojuara - Salvador/Ba.

(...)minhas malas estão prontas,
passado com contas pagas,
mesmo assim, vivo às tontas,
no meio das horas vagas.


Linda trova. Gostei.
Mas o terceiro verso está com seis sílabas :
mes/moas/sim/ vi/ voàs/ ton ( Magda Helena)

TROVA CORRIGIDA

Minhas malas estão prontas,
passado com contas pagas,
e mesmo assim, vivo às tontas,
no meio das horas vagas.

"Bo/ a" sei que não elide. Está elidindo porque a tônica é no "vi" e o "vo" é átono? (Liz Rabello)

O motivo exato não sei, eu vou mais pela lógica e pelo som, o a craseado pode elidir. Mas acho que é também o que você disse que a tônica é "vi" . (Magda Helena)










Luz da Lua rasga nuvem,
fitilho do Criador;
às vezes cor de ferrugem,
outras tantas, cor de amor.
Liz Rabello

Sorriso preso no espelho;
se apago a luz, ele dorme...
No escuro, Deus dá um conselho:
"Conserve um sorriso enorme!"
Liz Rabello
MINHAS TROVAS INFANTIS

Fazer da Lua peteca
era o sonho do cãozinho,
mas não é que o tal sapeca,
se encantou com seu carinho?



DECATROVA

Eu quis escrever com a pena de ouro, as riquezas que vi no mês de abril... Por trás da íris, guardei o tesouro; na queimada de agosto, olho se abriu.
Liz Rabello


Na formosa trepadeira, há abelhinhas
voando, mel e sonhos transportando...
Tem alegria em versos: andorinhas,
beija-flor, encantos alimentando.
Liz Rabello


GLOSA



EXERCÍCIO POÉTICO GLOSA
*TROVA MOTE*
Não há criança vadia.
Esta que esmola aos teus pés
é um anjo que Deus envia
para saber quem tu és.
Roberto Medeiros
01
*Não há criança vadia,*
mas sim a desocupada;
não aprendeu a magia,
de viver bem a jornada.
Mifori
02
É criança maltratada,
*esta que esmola a seus pés.*
Pelos pais é obrigada
trazer cheios os seus bonés.
Jacyra Carneiro Montanari
03
Embrulhado na alegria,
um pacotinho de gente,
*é um anjo que Deus envia*
pra semear amor somente.
Liz Rabello
04
De joelhos, procure a guia,
não faz cansados teus pés,
use da sabedoria,
*para saber quem tu és* .
Ledinha

EXERCÍCIO POÉTICO
TROVA MOTE
Eu, meus pedaços, doendo,
na nossa foto rasgada...
Sou a vassoura varrendo
meu vendaval na calçada.
Liz Rabello
01
*Eu, meus pedaços doendo*,
não me queixo, vou seguindo,
sou planta convalescendo
ao ver o inverno partindo!
Janilce
02
Chorava sempre pensando
*na nossa foto rasgada,*
e não mais me lamentando...
varro a mesma com risada!
Vitória França
03
Antes vivia morrendo,
atrás de um carinho seu.
*Sou a vassoura varrendo,*
que hoje, este fora lhe deu.
Jacyra Carneiro Montanari
04
Hoje não existe mais
a foto despedaçada
e nem haverá, jamais...
*meu vendaval na calçada.*
Mifori

EXERCÍCIO POÉTICO
TROVA MOTE
Numa lágrima furtiva
rolando no travesseiro,
vi a saudade, cativa,
fugindo do cativeiro...
Waldir Neves
01
*Numa lágrima furtiva*
de um desejo ora negado,
na atividade esportiva,
sofri, quando fui trocado.
Mifori
02
Passo noites a sofrer,
*rolando no travesseiro...*
Não consigo mais viver
distante do meu guerreiro!
Neiva Fernandes
03
Numa lágrima festiva
que a emoção fez brotar,
*vi a saudade cativa*
conjugando o verbo amar.
Liz Rabello
04
Na história da minha vida,
casei-me com trapaceiro.
Hoje eu me vejo aturdida,
*fugindo do cativeiro.*
Jacyra Carneiro


524⁰ EXERCÍCIO POÉTICO
TROVA MOTE
De todo lado jogado,
desde os tempos de menino,
eu acho até engraçado
meu destino sem destino.
Luiz Otávio
01
*De todo lado jogado*
vou crescendo numa boa...
Todo conflito driblado,
faz de mim, boa pessoa!
Mifori
02
Tenho minha devoção
*desde os tempos de menino!...*
Eu faço minha oração
com as bênçãos do Divino.
Neiva Fernandes
03
Se tem destino traçado
no coração de um menino,
*eu acho até engraçado*
se ele escapa do destino.
Malu Bontorin
04
Meu presente e meu passado
deixo nas mãos do Divino,
meu futuro em voo alado,
*meu destino sem destino.*
Liz Rabello


522⁰ EXERCÍCIO POÉTICO
TROVA MOTE
O que seria de mim
sem a saga da Poesia
que chega e transforma em sim
os nãos que a vida anuncia?!
Carolina Ramos
01
*O que seria de mim*...
Se a poesia me habita,
sem ela, vejo o meu fim,
meu coração não palpita!
Danusa Almeida
02
Não poderia viver
*sem a saga da Poesia*
que sempre foi meu lazer,
minha vida em alegria.
Mifori
03
Num presente triste assim,
um "não", pelas mãos de Deus,
*que chega e transforma em "sim",*
traz futuro aos filhos teus!
Liz Rabello
04
É com palavras de amor,
que o poeta pronuncia
e vai trocando por flor,
*os nãos que a vida anuncia.*
Lu Anjos

532⁰ EXERCÍCIO POÉTICO
TROVA MOTE
Voltaste!... E é tal a emoção
do fim da angustiante espera
que surges, dando a impressão
de vir junto a Primavera!
Cléber Roberto de Oliveira
01
*Voltaste!... E é tal a emoção*
que meu coração dispara,
sentimento em comoção...
Contradição, corpo para!
Liz Rabello
02
Era fogo de paixão...
*do fim da angustiante espera,*
pude ver toda ilusão
dos meus sonhos de quimera!
Dáguima Verônica
03
Alimentei a ilusão,
que beleza ver agora,
*que surges, dando a impressão,*
de que não fostes embora.
Luzi De Martin
04
Nasceu tão lindo, qual flor,
depois de uma breve espera,
coincidiu meu novo amor
*de vir junto à primavera!*
Janilce


EXERCÍCIO POÉTICO*
*TROVA MOTE*
A esperança envelheceu
de tanto ser renovada,
meu coração percebeu
que a ela vivo atrelada.
Caterina Balsano Gaioski
01
*A esperança envelheceu**
quebrou versos da canção,
mas logo se convenceu:
na vida existe emoção.
Liz Rabello
02
Tenho sempre inspiração,
*de tanto ser renovada*,
para essa minha missão:
ser trovadora abençoada!
Janilce
03
Esta é a fé que Deus me deu:
depois do dia mais triste,
*meu coração percebeu*
que a confiança persiste.
Suelizinha
04
Pelas bênçãos de Jesus,
serei sempre abençoada,
carregando a minha cruz,
*que a ela vivo atrelada.*
Neiva Fernandes


EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
*TROVA MOTE*
Se a fortuna não te alcança,
não desesperes jamais,
pois quem não perde a esperança
já tem riqueza demais.
Maria Nascimento Santos Carvalho
01
*Se a fortuna não te alcança*,
bem sabes... que não é tudo;
renova tua esperança,
porque Deus é teu escudo!
Glória Tabet Marson
02
Deixe a tristeza de lado,
*não desesperes jamais*,
pois Deus controla calado,
ele é amigo demais.
Joseni Saad
03
Eduque bem a criança,
pra não torná-la incapaz,
*Pois quem não perde a esperança...*
torna-se sempre capaz.
Luzimagda
04
Faça orações na saída
e não se esqueça jamais:
quem tem saúde na vida,
*já tem riqueza demais.*
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
*TROVA MOTE*

Eu sou pequeno, seu moço,
mas quando tiro o chapéu,
minha alma estica o pescoço
e enxerga Deus lá no céu
José Messias Braz.

01
*Eu sou pequeno seu moço,*
mas, com grande coração!...
Sacrifico meu pescoço,
pra proteger um irmão.
Neiva Fernandes

02
Sou difícil de agradar,
*mas quando tiro o chapéu,*
para um estranho admirar,
eu solto elogios ao léu.
Liz Rabello


03
Coração em alvoroço
mãos postas em oração,
*minha alma estica o pescoço*
para pedir salvação!...
Regina Rinaldi

04
nesse corpo, só destroço,
e mesmo vivendo ao léu,
minha alma estica o pescoço,
*E enxerga Deus lá no céu*
Anchieta Dantas Jati Ceará


EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
*TROVA MOTE*

Nesta vida que nos cansa,
tanta maldade se vê,
que a gente tem esperança
mas já nem sabe de quê.
José Maria Machado de Araújo
01 *Nesta vida que nos cansa*, e nossos sonhos embaça, não quero viver lembrança, quero viver sem ameaça... Ledinha 02 Nas calçadas da cidade, *tanta maldade se vê,* que penso, na realidade, se vem ao mundo pra quê? Márcia Jaber 03 Minha vida de criança era linda... era, sorrir! *Que a gente tem esperança,* se acredita no porvir. Dodora Galinari 04 A rotina me enlouquece, colho as horas em buquê, a surpresa até se aquece, *mas já nem sabe de quê.*
Liz Rabello


EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA

TROVA MOTE
A vida, que importa a vida?
Cante a vida quem quiser,
que eu tenho a vida envolvida
na vida de uma mulher.
Junquilho Lourival

01
*A vida, que importa a vida*?...
Se estamos aqui de passagem!...
O que importa é ser querida,
com fé, amor e coragem!
Neiva Fernandes

02
Louve a Deus tua existência,
*cante a vida quem quiser*
colecione experiência,
faz feliz a quem puder.
Liz Rabello


03
Tenho vida bem vivida
e por ter cumplicidade,
*que eu tenho a vida envolvida.*
com muito amor e verdade.
Zilnete Moraes

04
Mulher é paz e é amor
venha tudo o que vier,
nada há de tirar valor
*na vida de uma mulher*
Danusa Almeida

E
XERCÍCIO POÉTICO "GLOSA"
TROVA MOTE
Enquanto a vida oferece
doces migalhas de sonho,
nunca é tarde... a noite desce,
mas o Sol nasce risonho!
Carolina Ramos
01
*Enquanto a vida oferece*
aquilo que é enfadonho,
lembre que o dia escurece,
mas o Sol surge risonho!
Glória Marson
02
Os retalhos de lembrança,
*doces migalhas de sonho*
de meu tempo de criança,
tornaram meu Sol risonho!
Mifori
03
O sofrimento só cresce
e segue firme o caminho,
*nunca é tarde... a noite desce,*
acompanhado ou sozinho!
Lucy Almeida
04
A dor que dorme comigo,
que me deixa tão tristonho,
não foi embora contigo,
*mas o Sol nasce risonho!*
Liz Rabello

EXERCÍCIO POÉTICO GLOSA
*TROVA MOTE*

Na pressa de te deixar,
temendo mais um adeus,
esqueço e deixo ficar
meus olhos dentro dos teus.
Izo Goldman.

01
*Na pressa de te deixar*
nem um beijo te ofertei,
e hoje vivo a lamentar
e até confesso: Chorei!
Ester Figueiredo

02
Na hora da despedida,
*temendo mais um adeus*,
todo o caminho da vida,
fechei nos dedos de Deus.
Liz Rabello


03
Já não quero mais chorar,
nesta triste despedida;
*esqueço e deixo ficar,*
as alegrias da vida!
Mifori

04
Sempre assim na despedida,
num encontro que valeu.
eu verei por toda a vida
*meus olhos dentro dos teus.*
Lu Anjos

EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
TROVA TEMA

Haverá sempre esperança
onde houver cheiro de flores,
inocência de criança
e sonho de trovadores!
Neiva Fernandes

01
*Haverá sempre esperanca*,
no sonhar dos trovadores,
nosso Deus que é só bonança,
desenhou-nos sonhadores.
Joseni Saad 

02
Onde houver voz de criança,
*onde houver cheiro de flores*,
é onde mora a esperança
é onde crescem amores!
Janilce

03
Um casal faz aliança,
ter filhos de amor profundo,
*inocência de criança*,
melhor pureza do mundo.
Liz Rabello 

04
Nesta vida passageira
vou regando meus amores
com perfumes da floreira
e sonho de trovadores.
Regina Rinaldi 

EXERCÍCIO POÉTICO
TROVA MOTE
Partiste, mas na saudade,
eu só peço ao Criador
que a tua felicidade
seja igual à minha dor.
Olympio Coutinho

01
*Partiste, mas na saudade,*
feriste meu coração...
mas Deus com sua bondade,
me dá paz e proteção.
Neiva Fernandes
02
Coração despedaçado,
*eu só peço ao Criador*
que eu possa ainda ser amado,
florescer a flor do amor.
Liz Rabello
03
Fiquei livre da saudade
ao curar meu coração,
*que a tua felicidade*
seja bela, meu irmão.
Mifori
04
Saíste da minha vida
tão depressa, meu amor...
e, que a saudade, querida,
*seja igual à minha dor.*
Dodora Galinari

EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
*TROVA MOTE*
São quase uma eternidade
minhas noites de abandono
porque, em meu quarto a saudade
se deita mas não tem sono.
João Freire Filho
01
*São quase uma eternidade*
horas que eu passo acordada,
vivendo a minha verdade
muito só na minha estrada.
Jacyra Carneiro Montanari
02
Difícil a realidade:
*minhas noites de abandono*,
repletas dessa saudade,
que tanto impede o meu sono.
Liz Rabello
03
Vivo dura realidade,
e não consigo fingir,
*porque, em meu quarto a saudade,*
já não me deixa dormir.
Luzimagda
04
Que triste realidade,
esta vida de abandono!...
Pois até minha saudade...
*se deita, mas não tem sono!*
Neiva Fernandes


EXERCÍCIO POÉTICO* GLOSA
*TROVA MOTE*

Para vida transformar,
coloque em seu coração:
nunca é tarde para amar,
nem para pedir perdão!
Wadad Naief Kattar

01
*Para a vida transformar*,
modifiquei meu viver,
comecei a desejar,
perdoar... mudar meu ser.
Joseni Saad

02
Se quer viver bem contente,
*coloque em seu coração:*
muito equilíbrio na mente
e use a prática do perdão.
Ester Figueiredo 

03
Viver, sorrir e cantar,
animar seu coração,
*nunca é tarde para amar,*
só o amor é a solução.
Luzimagda 

04
Na longa estrada da vida,
não se agarre à solidão,
não há tempo em despedida,
*nem para pedir perdão.*
Liz Rabello

EXERCÍCIO POÉTICO" - GLOSA
TROVA MOTE
Passa o tempo....E eu não me oponho
sentir a idade avançar.
Nunca é tarde para o sonho...
nem tarde para sonhar!

01
*Passa o tempo...E eu não me oponho*
a desistir deste amor,
que sufocou o meu sonho,
fez de mim um sofredor!
Neiva Fernandes
02
Viver com tranquilidade,
*sentir a idade avançar,*
crendo que a eternidade...
É derradeiro lugar.
Luzimagda
03
Vivo esta vida risonho,
pois aprendi desde cedo,
*nunca é tarde para o sonho!*
Que bom se despir do medo.
Liz Rabello
04
Você chegou em segredo
e o amor me fez notar
que na vida nunca é cedo
*nem tarde para sonhar!*
Arlindo Tadeu Hagen


EXERCÍCIO POÉTICO GLOSA
*TROVA MOTE*
Só é feliz quem supera
o conflito da esperança
entre o muito que se espera
e o pouco que a gente alcança.
Maria Nascimento.
01
*Só é feliz quem supera*
o fantasma do passado.
Um confronto é que se espera,
pra torná-lo inanimado.
Jacyra Carneiro Montanari
02
Sempre alcança quem espera
*o conflito da esperança*,
um final que desespera
ou um sonho de criança.
Liz Rabello
03
Sempre existe uma quimera
que nos aviva e esperança,
*entre o muito que se espera*
quando a gente ainda é criança.
Cipriano F.Gomes
04
Seguir forte pela vida,
mantendo fé, esperança.
Sendo sempre destemida,
e o pouco que a gente alcança.
Luzimagda


EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
TROVA MOTE
Infância - um reino encantado
onde reside a esperança.
E o tempo acaba o reinado...
E a vida muda a criança...
Aparício Fernandes
01
*Infância- um reino encantado*
que o tempo impiedoso arrasta
para as plagas do passado
onde a imagem se desgasta.
Cipriano F.Gomes - São Paulo / SP
02
Existe um mundo encantado,
*onde reside a esperança*,
é um jardim bem perfumado,
que vou te deixar de herança.
Liz Rabello - São Paulo/SP
03
O amanhã inesperado
chega, mas ninguém o nota...
*O tempo acaba o reinado,*
quando a vida nos sabota.
Glória Marson
04
Evite-se o desamor,
sempre com muita esperança...
Pois, mesmo com todo amor,
*a vida muda a criança!*
Mifori - SJCSP


EXERCÍCIO POÉTICO - *GLOSA*
*TROVA MOTE*

Entre esperas e demoras
que a solidão descompassa,
já nem sei quantas auroras
vi chegar pela vidraça!
Vasques Filho.

01
*Entre esperas e demoras*
finalmente a vida flui...
Sinto que em meio aos agoras
sou bem melhor do que fui!
Janilce-Campos-RJ

02
Os raios do Sol são visagens,
*que a solidão descompassa*,
são apenas as vertigens,
pela vidraça que passa.
Liz Rabello - São Paulo/ SP


03
É noite...passam as horas
em que bate a solidão,
*já nem sei quantas auroras*
maltratei meu coração.
Regina Rinaldi - P.Açu SP

04
Não voltaste de surpresa
e, em minha vida sem graça,
apenas dor e tristeza
*vi chegar pela vidraça.*
Arlindo Tadeu Hagen 


EXERCÍCIO POÉTICO - GLOSA
TROVA MOTE
Sou, nos mares desta vida,
a imagem do peregrino:
tenho porto de partida
e nunca eu chego ao destino.
Carlos Cardoso
01
*Sou nos mares desta vida*,
alguém que vive a sonhar...
canto na vida sofrida,
vivendo para te amar!
Leila Alves - Castelo -ES
02
Tem muita fé e esperança
*a imagem do peregrino,*
que complementa em bonança
tem na vida um destino.
Lucy Almeida Maceió
03
Pequena nau atrevida,
do mundo desapegada,
*tenho porto de partida*
mas não tenho de chegada!
Janilce- Campos- RJ
04
De incertezas tão coberto,
sou da nau um clandestino,
navegando em mar aberto,
*e nunca eu chego ao destino.*
Liz Rabello - São Paulo/ SP

EXERCÍCIO POÉTICO

ESCOLHER ATÉ TRÊS FRASES PARA COMPOR TRÊS TROVAS , TENDO POR UM VERSO, UMA DAS FRASES ABAIXO:
1 - *desço dessa solidão*
2 - *coisas sobre um chão de giz*
3 - *pano de guardar confete*
4 - *uma camisa de força*
5 - *violetas sem colibri*
6 - *fotografia em jornais*
7 - *gastando assim meu batom*
8 - *na lona, vou a nocaute*
9 - *sempre fui acorrentado*
10 - *já passou meu Carnaval*
11 - *sexo é assunto popular*
12 - *no mais, estou indo embora*

Não apaguei meu passado,
escrito em lousa feliz,
de um professor muito amado,
*coisas sobre um chão de giz.*
Liz Rabello
EXERCÍCIO POÉTICO

ESCOLHER ATÉ TRÊS FRASES PARA COMPOR TRÊS TROVAS , TENDO POR UM VERSO, UMA DAS FRASES ABAIXO:

1 - *desço dessa solidão*
2 - *coisas sobre um chão de giz*
3 - *pano de guardar confete*
4 - *uma camisa de força*
5 - *violetas sem colibri*
6 - *fotografia em jornais*
7 - *gastando assim meu batom*
8 - *na lona, vou a nocaute*
9 - *sempre fui acorrentado*
10 - *já passou meu Carnaval*
11 - *sexo é assunto popular*
12 - *no mais, estou indo embora*

Uma chuva que não veio,
mata flor que não sorri,
fel e tristeza em centeio,
*violetas sem colibri*.

Liz Rabello 
EXERCÍCIO POÉTICO

ESCOLHER ATÉ TRÊS FRASES PARA COMPOR TRÊS TROVAS , TENDO POR UM VERSO, UMA DAS FRASES ABAIXO:

1 - *desço dessa solidão*
2 - *coisas sobre um chão de giz*
3 - *pano de guardar confete*
4 - *uma camisa de força*
5 - *violetas sem colibri*
6 - *fotografia em jornais*
7 - *gastando assim meu batom*
8 - *na lona, vou a nocaute*
9 - *sempre fui acorrentado*
10 - *já passou meu Carnaval*
11 - *sexo é assunto popular*
12 - *no mais, estou indo embora*

Pé de página é a vala
de pobres vidas fatais,
enterra papéis e fala,
*fotografia em jornais*.
Liz Rabello

PANTUM

O Pantum foi introduzido na Europa por Victor Hugo. As regras do poema (pantum) consistem em intercalar os versos de uma trova ou seja, o 2º e 4º verso de cada estrofe, passam a ser o 1º e 3º verso da estrofe seguinte; valendo a ressalva que o último verso do poema tem que ser o mesmo que iniciou o Pantum.

PANTUM PARA UM CAFEZINHO

Nada como um bom café para começar o dia, cafeína líquida é minha fonte de alegria. Adilson Gonçalves. Para começar o dia, abrir cortina e janela, minha fonte de alegria, descobrir que a vida é bela. Abrir cortina e janela, sorrir para o Sol e a flor, descobrir que a vida é bela, é questão de muito amor Sorrir para o Sol e a flor, sentir o aroma no ar... É questão de muito amor garantir o paladar
Sentir o aroma no ar...
Cafeína é cafuné
garantir o paladar,
Nada como um bom café.
Liz Rabello


PANTUM
O Pantum foi introduzido na Europa por Victor Hugo. As regras do poema (pantum) consistem em intercalar os versos de uma trova ou seja, o 2º e 4º verso de cada estrofe, passam a ser o 1º e 3º verso da estrofe seguinte; valendo a ressalva que o último verso do poema tem que ser o mesmo que iniciou o Pantum.
PANTUM PARA UM FINAL DE MISSIVA
Minha querida, um abraço, assim encerro estas linhas, pois não sei mais o que faço com tantas ausências minhas. Adilson Gonçalves Assim encerro estas linhas desta carta pueril, com tantas ausências minhas, triste céu se fez anil. Desta carta pueril, caneta desliza e escreve triste céu se fez anil, nosso encontro ela descreve. Caneta desliza e escreve enfatiza o meu desejo, nosso encontro ela descreve, com beijos que agora ensejo. Enfatiza o meu desejo,
pois perdido estou no laço
com beijos que agora ensejo,
minha querida, um abraço.

Liz Rabello


PANTUM
O Pantum foi introduzido na Europa por Victor Hugo. As regras do poema (pantum) consistem em intercalar os versos de uma trova ou seja, o 2º e 4º verso de cada estrofe, passam a ser o 1º e 3º verso da estrofe seguinte; valendo a ressalva que o último verso do poema tem que ser o mesmo que iniciou o Pantum.


PANTUM PARA UM ADEUS IMINENTE
Eu te imploro, por favor,
não insistas neste adeus.
Se não for por meu amor,
fica pelo amor de Deus.
(Arlindo Tadeu Hagen)
Não insistas neste adeus,
sem ti não me sobra nada,
fica pelo amor de Deus,
faz de mim mulher amada.

Sem ti não me sobra nada,
só saudades do bem-me-quer,
faz de mim mulher amada,
pois malmequer ninguém quer.

Só saudades do bem-me-quer,
já tenho no coração,
pois malmequer ninguém quer,
na impossível solidão.

Já tenho no coração
sofrimento e muita dor...
na impossível solidão
eu te imploro, por favor!
Liz Rabello

PROSIMETRUM
"Buda, o tal homem sábio e bom, achou que faltava alegria ao ar. Então colheu uma mão cheia de flores e lançou-as ao vento e disse: “Voem!” E foi assim que surgiram as primeiras borboletas. A beleza das borboletas é para ser vista no ar, entendes? É uma beleza para ser voada.”
Jose Agualusa
Uma linda flor que voa
o meu olhar encantou!
Tão belo ver que se doa
borboleta que virou.
Liz Rabello

PROSIMETROM
Na mágica Floresta de Bambu de Arashiyama, em Kyoto, Japão, cada passo pela trilha é um mergulho na tranquilidade, onde o som do vento entre os bambus altos conecta a alma à serenidade da cultura japonesa.
Viajar em fotografia
Namastê
Cada passo do caminho,
entre bambus farfalhando,
em sonho manso de ninho,
a paz eu vou germinando.
Liz Rabello


PROSIMETRUM
De setembro a Novembro de 2024, a Terra ganhará uma nova "Lua" temporária: o asteroide 2024 PT5. Atraído pela gravidade do nosso planeta. Esse pequeno corpo celeste passará a orbitar a Terra por um breve período de cinquenta e três dias, até o dia vinte e cinco de novembro. Não será possível vê-la a olho nu, pois é muito pequena.
Liz Rabello
Uma lua temporária,
asteróide que gravita,
breve período operária
da Lua que é tão bonita!
Liz Rabello

PROSIMETRUM
A descoberta de um esqueleto de 4.800 anos de uma mãe segurando seu filho em Taichung, Taiwan, ocorreu em 2016, durante uma escavação arqueológica realizada no sítio pré-histórico de An-ho. Esse achado emocionou pesquisadores, pois revelava um momento íntimo e trágico congelado no tempo, no qual a mãe parecia estar protegendo seu bebê. Esses restos pertencem à cultura de Dapenkeng, que é uma das neolíticas mais antigas conhecidas em Taiwan. Os arqueólogos acreditam que a preservação dessa cena específica pode ser o resultado de um soterramento rápido, possivelmente causado por um evento natural, como um deslizamento de terra ou inundação, que rapidamente cobriu os corpos e permitiu que se mantivessem em posição.
Morte eternizou instante
de amor semente, encantado!
E nem a vida inconstante
fugiu a este chamado.
Liz Rabello


PROSIMETRUM
CICLO INFINDÁVEL
Quando uma árvore é cortada, ela não morre completamente. Árvores próximas na floresta podem ajudá-la a sobreviver enviando nutrientes através de suas raízes, conectadas por uma rede subterrânea de fungos chamada micorriza. Essa rede permite que as árvores compartilhem água, minerais e açúcares, mantendo as raízes da árvore cortada vivas. Assim, a floresta age como um organismo coletivo, onde as árvores se apoiam mutuamente para sobreviver.
Diléia Saldanha
Uma rede subterrânea,
água, açúcar, minerais,
mantém, de forma espontânea,
árvores! Vida ideais...
Liz Rabello


DANÇA DAS NUVENS

O vento foi um pássaro e fugiu para fora de si mesmo quando os homens o quiseram capturar. Deixou de ter corpo, fez ninho nas nuvens e viaja com elas para pousar quando se cansa. É por isto que o vento canta.

Mia Couto (O Bebedor de Horizontes)

Dançam nuvens lá no céu,
belos sons de vendavais,
formam paisagens ao léu,
que vejo dos milharais.
Liz Rabello


PRAIA COLORIDA

Na ilha de Creta, na Grécia, existe uma praia, só de pedras coloridas. Imagine uma energia vital, , pura!É lá que mora esta essência!

Quisera sobrevoar
sobre pedras coloridas...
Só contemplação e olhar
pros mistérios destas vidas!
Liz Rabello


SIMPATIA E EMPATIA

São dois conceitos relacionados, mas distintos. A diferença entre eles é que o primeiro é um sentimento de preocupação, pena ou compaixão por alguém que se deseja ver melhor ou mais feliz, enquanto a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e compreender seus sentimentos e perspectivas. A simpatia é uma resposta intelectual e a empatia é uma fusão emotiva. A simpatia visa a aproximação e a empatia visa o conhecimento. Só se conhece uma situaão de fato quando a vivenciamos emocionalmente. Na empatia há uma capacidade de realmente sentir o que a outra pessoa está sentindo, literalmente: "caminhar nos sapatos do outro..."

Por empatia se entende
não só um gesto de amor;
da simpatia se estende
um abraço consolador.
Liz Rabello


No tempo de Cora Coralina, as doceiras, ela era uma delas, colocavam os doces perto da janela, para secarem. Os meninos aproveitavam para roubar alguns e elas, ao perceberem, gritavam das janelas: "Pede, moleque!" E isso deu nome ao doce famoso.
Therezinha Dieguez Brizolla

Pede, moleque travesso!
Rouba e come em movimento,
dá nome ao sonho do avesso:
Gostoso é comer bem lento...
Liz Rabello


Você sabia que as borboletas não conseguem ver suas próprias asas? Por isso elas não têm noção do quanto são bonitas. Talvez você seja uma borboleta, uma pessoa maravilhosa, apenas não consegue ver isso.
Mary Souza
Sou uma simples borboleta,
sem espelhos para olhar,
não vejo a asa violeta,
não consigo me admirar.
Liz Rabello


PROSIMETRUM

“Somos assim: sonhamos o voo mas tememos a altura . Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio, porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.”
Fiodor Dostoievski,
Os Irmãos Karamazov

Abro portas da gaiola...
num vazio de incerteza,
ao som da minha viola,
viajo em sonhos com firmeza.
Liz Rabello

MINHA CENTÉSIMA VIGÉSIMA SEXTA PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS...




JEITO DE OLHAR A VIDA, organizado pela futura Presidente da UBT SP, em 2024, Vania Figueiredo, uma coletânea de textos gratuitos, publicados pelo Clube do Livro. São minicontos finalizados por uma trova. Uma criação inovadora: Na esteira de um HAIBUN, pequeno texto em prosa, que é motivador de um HAIKAI, Vânia nos orientou a criar um PROSIMETRUM, nome que se dá a um texto em prosa, misturado com um poema, no caso uma TROVA. ESTOU AO LADO DE NOMES MUITO AMADOS, como Lu Narbot, Magda Helena, Catarina Santos, Luis Antonio Cardoso, Domitila Beltrame, Lucília Decarelli, entre outros.

Liz Rabello


CARTROVA: TEMA DANTE E BEATRICE

Moras num jardim florido,
Beatrice, minha amada,
meu arco-íris colorido,
És a borboleta alada.

Doente estou, minha flor
por tanto te desejar,
mulher de grande valor,
cura-me, vens me cuidar!

Sejas cápsula verdinha,
esperança de alegria,
num rosto de menininha,
teu sorriso de harmonia!

Vens num frasco transparente,
num remédio cura dor,
para o mal incandescente
da falta do teu amor!
Liz Rabello




Filho meu, aqui no Porto
eclode a revolução,
roubaram o meu conforto,
querem a Constituição.
Tens o poder da nação.
Deves retornar Brasil
à colônia condição,
de Portugal ser servil.
E vens tu, com esta nova,
que vais ficar no Brasil?
Não vês que com esta cova
Portugal vai pro funil?
Tua vaidade te fala,
bem dentro do coração...
Dia do Fico, me cala,
é teu tiro em traição.
Liz Rabello


De Arlindo Tadeu Hagen... Nem bem chegou e já me apaixonei... Olha esta trova que linda: (página 67)

Ao vê-lo de forma branda,
beijando a areia, ao chegar,
sinto que a praia é varanda
para os encontros do mar!

Grande presente o livro do Hagen. Veja que a trova escolhida pela Liz tem areia junto com o ditongo ou. Notem a contagem de sílabas e a poética que ele traz à trova. Linda. Dá uma olhada na separação do segundo verso:

ao/ vê/ lo/ de/ for/ ma/ bran-da -> (7 sílabas [7 = 8-1])
bei/ jan/ doaa/ rei/ aa-o/ che/ gar -> (7 sílabas)
sin/ to/ quea/ prai/ aé/ va/ ran-da -> (7 sílabas [7 = 8 -1])
pa/ raos/ en/ con/ tros/ do/ mar -> (7 sílabas)

No segundo me lembrei da lição de um de seus ensinamentos: a presença do artigo "a" - beijando a areia. (Liz Rabello)

É um belo exercício de múltiplos encontros vocálicos. Note que todas as elisões não enroscam no ritmo do poema. Ele abusa disso e deixa a trova leve. O artigo a é fundamental para localizar o ato de estar beijando, mas não conta sílaba a mais. Uma perfeição. (Adilson Gonçalves)

praia, areia, são tritongos que podem ser separados como dois ditongos, repetindo-se o i: prai-ia / a-rei-ia. Eu conto assim para ficar mais fácil a contagem . Ou, secamente: pra-ia /

ADILSON ROBERTO GONÇALVES










ELISÕES

*Nunca Fazer Elisão*
★Quando com ditongo decrescente no final:
*ou*
*eu*
Exemplo com *final ou:*
✨ *Acordou e, logo saiu*
✨ *A/cor/dou /e, /lo/go/ sa/iu*
Exemplo com *final eu:*
✨ *Meu amor é verdadeiro*
✨ *Meu/ a/mor/ é /ver/da/dei/ro*
✨✨✨✨
★ tônica com tônica:
*Exemplo*
✨ *só é*
✨ *só / é*
★tônica com átona que forme nova palavra :
*Exemplo*
✨ *vi a lua*
✨vi/ a /lu/a

ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS

Filho de Pedro Gomes de Assis e Maria Ângela Guimarães de Assis, nascido em São Fidélis-RJ em 07 de abril de 1933 e há muitos anos radicado em Maringá-PR, é um brilhante remanescente da escola "luizotaviana". Trovador no mais amplo sentido, seja como autor de belas trovas, seja como batalhador incansável pelo Movimento. Pratica todas as modalidades poéticas. É autor da célebre "Missa em Trovas". Nessa mesma "Biblioteca" há vários livros virtuais de sua lavra.
01
Sinto os meus sonhos murchando,
perdendo a cor e a fragrância...
- Meu Deus, estou precisando
de uma transfusão de infância!

02
Amai-vos, e as derradeiras
muralhas hão de cair.
-- Havendo amor, as fronteiras
não têm razão de existir!
03
Na biblioteca há mil sábios
a nosso inteiro dispor.
- Sem sequer mover os lábios,
cada livro é um professor.
04
O grande tenor se cala
ante o pássaro silvestre:
- é o discípulo de gala
querendo escutar o mestre!
05
Lembranças, velhas lembranças,
quantas lembranças cultivo...
Na falta de outras heranças,
é delas que eu sobrevivo!
06
A vida jamais se encerra...
e é bom sermos imortais.
- Amar você só na Terra
seria pouco demais!
07
Nas costas leva a criança
seus livros numa sacola;
nos olhos, leva a esperança
como colega de escola!
08
O livro é o portão de acesso
à liberdade e ao saber.
E nem sequer cobra ingresso:
basta abri-lo, entrar... e ler!
09
Na porta da eternidade,
documento não tem vez.
- O cartão de identidade
é o bem que em vida se fez!
10
Benditas sejam as vidas
que, alegres, serenas, santas,
vivem a vida envolvidas
em levar vida a outras tantas!

Usar advérbios para rimar é uma ferramenta poderosa. Não os terminados em mente, considerados rima pobre, quando junto a outro semelhante.(Adilson Gonçalves)


RICA QUE TE QUERO RIMA!

Trovas com rimas ricas, isto é, quando feitas entre vocabulos de categoria gramatical diferente e palavras homógrafas, aquelas que possuem a mesma grafia com sentido diferente)

Da minha dor ninguém
manga
pois quando a tristeza vem,
me vingo chupando manga
pelas ruas de Belém!
***

Antes, doce feito lima,
meu sofrido coração
hoje é ferreiro que lima
as arestas da ilusão.
***
Teu amor não vale a pena,
é fruto da hipocrisia
e tem o valor da pena
de uma caneta vazia.
***
Esta saudade que trago
enrodilhada em meu peito,
é um vinho azedo que trago
gota a gota, contrafeito.
***
Por caridade, não traga
à vida consumição
que o fumo que você traga,
estraga, sim, seu pulmão!
***
Livre que te quero livro,
porto e porta da alegria!
É no livro que me livro
das garras da nostalgia.
***
Após teu adeus tristonho,
foi, enfim, que me dei conta
que o meu rosário de sonho
perdeu sua última conta...
***
Lentamente a morte pinga
silenciosa, escondida...
E em casa pingo de pinga,
perde-se um pingo da vida!
Antonio Juraci Siqueira/Belém-PA

LU NARBOT

Por uma triste surpresa
fui magoada pela vida.
Mas pus um café na mesa,
vivi lembrança querida.
Lu Narbot





Lentamente sopra o vento,
traz perfume de saudade,
arrasta meu pensamento
e retorno à mocidade.
Lu Narbot
Suavemente, a melodia
me preenche de emoção,
transmite tanta alegria
que refaz meu coração.
Lu Narbot
Docemente toca o sino,
lembrando que é hora da prece;
sensível desde menino,
meu coração obedece.
Lu Narbot
Lindas trovas, mostrando como usar Advérbios terminados em mente, considerados rimas pobres, sem precisar que sejam na rima.



Na caminhada que eu faço,
benefícios vou ganhando,
vencendo sono e cansaço,
a saúde já vem chegando...
Magda Helena
Sugestão/correção: vencendo o sono e o cansaço,
a saúde vem chegando...
Do decálogo: item 8 § único - Há neste grupo, excepcionalmente, encontros vocálicos que não aceitam a sinérese. Geralmente, são formados pela vogal "a" seguida das vogais "a", ou "e" ou "o" (como em: Sa/ara, a/éreo, a/orta, etc.) ou, alguns casos, do mesma vogal "a" seguida das semi-vogais "i" ou "u" tônicas, como em: "Para/íso, "ba/ú", etc. (Adilson Gonçalves)

Adolescente brejeira,
muito charme e maquilagem,
se produz toda faceira
para a próxima viagem.
Magda Helena

A maquiagem esconde
a tristeza do palhaço,
quieto, às vezes responde,
pois não quer estardalhaço.
Magda Helena
Lembrando a opção por hiatos finais. É bom ver como os grandes trovadores lidam com essas palavras - quieto, maquiagem - pois, apesar de facultativo, vai criando uma cultura de uso. Tenho visto quieto mais como ditongo do que hiato. (Adilson Gonçalves)

Caminhando pelo parque,
no claro sol da manhã ,
espero a hora que demarque
a esperança no amanhã!
Magda Helena
Apesar de, em três vogais, a elisão ser opcional, eu conto 8 em V3 porque o *o* de hora é muito forte. (Arlindo Tadeu)






APRENDIZAGENS DURANTE AS AULAS DO GRUPOS DE WHATSAPP

TROVA É FRASE ÚNICA

Ser nocauteado em pé.
Cair sem chegar ao chão.
Bater... apanhar... até
perder a força na mão.
São Luís, Nicolau Fahd

Tecnicamente correta mas sem sentido completo. A trova tem que ser lida e entendida automaticamente. (Arlindo Tadeu)

RIMAS COM PALAVRAS IGUAIS


Um beijo de Deus na flor,
anjo alado de criança,
é o amor de um beija-flor
trazendo luz e esperança!
Liz, a trova está bonita. Mas, em um concurso, não seriam aceitas as rimas iguais dos V 1 e 3. São aceitas rimas iguais quando a categoria gramatical é diferente... e mesmo assim são raríssimas em concursos. Seria Mata... verbo matar e Mata... floresta, substantivo (Therezinha Diegues Brisolla)
Não sabia desta possibilidade. Obrigada por esclarecer. Na minha concepção, o critério estaria na semântica flor (vegetal) e beija-flor (animal) e não na categoria gramatical, onde ambos são substantivos. Gratidão. (Liz Rabello)
Um beijo de Deus na flor,
sonho alado de criança,
é de um beija-flor, o amor,
trazendo luz e esperança.
Liz Rabello
MULHER RIMA COM COLHER, MAS NÃO RIMA COM NASCER
Professores, tirem uma dúvida aqui: viVER - aprenDER - neste caso a rima não estaria correta, por conta do V em viver e do D em aprender ou posso considerar a terminação ER (vivER) e ER (aprendER)? (Joseani)
Tenho notado essa dúvida em muitas pessoas. Mas é simples. A rima não conta da sílaba tônica e sim da VOGAL. Aprender, viver, nascer ter, morrer, etc. rimam, pois o que conta é o ER. Outra coisa: Atenção para o som se é aberto ou fechado. Mulher rima com colher mas não rima com nascer. Ér não rima com êr.
Essa muita gente erra. Potra não rima com outra e muito menos com gota. A partir da vogal tônica, o som tem que ser o mesmo.
Eu disse o SOM. Possa rima com carroça, pois a partir da vogal tônica o som é o mesmo. Mas atenção: A UBT não aceita rima de Brasil com caiu, por exemplo, porque em algumas regiões pronuncia-se o lL de Brasil linguadental. (Zema Luz)
FAMÍLIA NÃO RIMA COM TRILHA

São Pedro era um pescador,
que sustentava a família,
seguiu Jesus por amor,
respeitando a sua trilha.
Flávia Cunha
FamÍLIA não rima com trILHA (Arlindo Tadeu)
São Pedro era um pescador,
e a família sustentava,
seguiu Jesus por amor,
e Suas lições pregava
Flávia Cunha

COBRA NÃO RIMA COM SOGRA

É por certo a minha sogra
muito diferenciada,
pois não quer nada com cobra,
à perereca é chegada!
Janilce- Campos-RJ
Tadeu Trovas: sOGRA não rima com cOBRA.
C *obra*/ S *ogra*
👆Rima precisa a partir da 7ª sílaba tônica ter o mesmo *som*
Deus, como é muito bondoso,
usando o poder divino
deu-me um coração de idoso,
que pula como menino.
Zema Luz (Maceió-AL)

Tadeu Trovas: Sugiro trocar o *como* do último verso por *feito*.
RIMAS PRECIOSAS

São as rimas artiificiais feitas, forjadas, com palavras combinadas, tais como:

múmia / resume-a
vence-a / sonolência
pântanos / quebranta-nos
águia / alague-a
Elêusis / deuses
apodrece / fazendo um s

*Buscar a felicidade?*
De tanto, fiquei nervoso,
que preciso agora já de
*um cafezinho gostoso!*
Fernando Antônio Belino

EMBAÇA E PASSA RIMAM

Os sons são iguais, embora com grafias diferentes: embaça e passa.

CONFRONTO NÃO RIMA COM ENCONTRO

São palavras distintas. Vejam: confRONTO e encONTRO
AstrAL. não rima com mAU
O sorriso é bom remédio,
sempre cura baixo astral,
dá um pontapé no tédio,
afasta o estresse, tão mau!
Liz Rabello
Sua trova está com o V3 com 6 sílabas. .... dáum pon. tá. pe no té dio.
AstrAL. não rima com mAU
(Therezinha Brisolla)
O sorriso é bom remédio,
sempre cura baixo astral,
bom pontapé dá no tédio,
traz a alegria triunfal.
Liz Rabello
MEL NÃO RIMA COM CÉU

A mais linda praia eu vi,
a água doce como mel…
algo igual nunca vivi:
um pedacinho do céu!
Maria Leice

A UBT não aceita esta rima mEL/cÉU. Assim como não aceita bOCA/lOUCA, fusIL/caIU , etc... (Arlindo Tadeu)

Quando juntos, sem duelo,
feito feijão com arroz,
o mundo fica mais belo
tendo consenso entre dois!
Juraci Siqueira/ Belém-Pa


O COM PODE ELIDIR COM OS ARTIGOS "O" E "A"

Quando ainda era criança
muitas árvores plantei.
Hoje, que a idade avança
com o fim delas me espantei!!!!
Terezinhapantaneira

O *com* pode elidir com os artigos *o* e *a*. (Arlindo Tadeu)



RIMAS IGUAIS
-Bola fora, hein, seu porqueira!
No céu, perde as estribeiras,
o meu pai (não por besteira!):
se perde um gol o Palmeiras!
Geraldo Trombin
A trova com rimas iguais, apenas no singular e no plural, eu chamo de trovas coloquiais, do nosso cotidiano... para consumo próprio. Em um concurso de trovas não seriam aceitas. Mas as rimas e a métrica estão corretas. (Therezinha Brizola)

COMO SE SEPARA POESIA?

*Traz paz a todo momento,*
relembrar que nesta lida,
a poesia é um acalento
nas primaveras da vida.
Karla Cristiane Bitencourt

A /poe/si/a é um/ a/ca/*len*/to
Para mim está com 7, pois poesia é opcional (eu prefiro separar). (Regina Rinaldi)

CONTAGEM DE SÍLABAS MÉTRICAS
As variações aceitas para as palavras citadas a seguir são:
• po/e/si/a
• poe/si/a
• po/e/ta
• poe/ta
• po/e/ma
• poe/ ma
São essas as variações... ciú me. ou ci ú me....fiel ou fi.el. Mas para o uso de uma variação, em um verso da trova, tem uma regra.
Digamos que o verso seja.... Tem ciúme que eu vá ao teatro. Nas variações da contagem de sílabas seria:
Tem ciú. me que. eu. vá. ao tea. tro. Se a separação for. Tem ci. ú. me que eu vá ao te. a. tro.Na mesma trova a separação deve ser feita igualmente.

Discordo que uma DIVISÃO SILÁBICA seja OPCIONAL... Na elisão tudo bem, mas a palavra é PO-E-SI-A... (Geraldo Cardoso)

Não se trata de discordar. Poesia pode ser contada como po-e-si-a ou poe-si-a. Assim como criança, poente, moinho, etc... É regra de metrificação. Isto não é regra da UBT. A UBT segue as regras dos Tratados de Versificação. Serve pra soneto, haicai ou qualquer outra forma de poesia metrificada. (Arlindo Tadeu)


COMO SE SEPARA OBSTÁCULO

A palavra obstáculo pode ser separada o/bs/tá/cu/lo? É opcional essa separação na trova? Porque, sinceramente, nunca vi separar consoantes mudas.
Não. Esta é uma regra de metrificação. Não podemos ter mais sílabas poéticas do que gramaticais. (Arlindo Tadeu)
ISRAEL NÃO RIMA COM CÉU
Em viagem a Israel,
meu coração se renova,
sinto-me perto do céu,
Jesus me deu vida nova.
Maria Leice - Petrolândia/PE
ARROZ NÃO RIMA COM DOIS (Arlindo Tadeu)

"Nóis aqui in Minas fala é arrôis.
Nóis escreve certo mais fala errado!"

Esta discussão tem que ir longe. A UBT não pode impor esta questão de rima perfeita. As rimas sonoras são comuns em todos os idiomas falados no mundo. Temos que parar com estas "bobiças". (Messias)

Estas rimas (luz/azuis, louca/boca, desejo/beijo) eram aceitas nos primórdios dos concursos. Depois foram perdendo espaço em busca de uma excelência, para o aprimoramento da Trova literária. Na Conaprest foi aberta a possibilidade de voltarmos a aceitá-las, mas foi rechaçada pela maioria dos presentes. Cada um pode escrever como quiser, mas em concursos literários é bom evitar, sob pena de desclassificação. (Arlindo Tadeu)
agresTE e rupesTRE NÃO RIMAM
Gravuras de um sítio agreste
que preservado é vitória...
Rochedos de arte rupestre,
nosso PEMA é a nossa história!
Elias Pescador
As rimas que enganam os ouvidos mais atentos. Não rimam agresTE e rupesTRE... Essas rimas são traiçoeiras. (Therezinha Diegues)
SONS DESAGRADÁVEIS E COM DUPLICIDADE DE SENTIDO

Quando chamo a Deus de Pai,
é sinal de gratidão.
Sempre para o céu olhai,
com amor no coração!
Magda Helena
Tire.. a...antes de Deus, porque quando disser a trova dará a impressão de *adeus*. (Therezinha Brisolla)



DÚVIDAS: APÓS RETICÊNCIAS, USAMOS OU NÃO LETRA MAIÚSCULA?

Um exemplo em que você pode usar minúscula:
Busco viver... sempre busco!
Outros:
Somente eu vejo... e é você!
Nossa honradez... silencia!!!
Por tudo e todos... por Deus!
*Versos do Magnífico Trovador João Freire Filho.*

A trovadora Vanda Queiroz, de Curitiba, dizia que, na dúvida, devemos usar maiúscula. Quando for uma continuidade ou complementação do que estava dizendo, pode usar minúscula, mas se for apenas pausa para reflexão , então, aconselha-se usar maiúscula a seguir.
DITONGO
Márcia Fernandes (Professora licenciada em Letras)

Ditongo é o encontro vocálico de uma vogal e uma semivogal (V + SV) ou de uma semivogal e uma vogal (SV + V) na mesma sílaba. Exemplos:
cai-xa (V + SV)
de-grau (V + SV)
sé-rie (SV + V)

Nos exemplos acima, vemos que quando dividimos as palavras caixa, degrau e série, em cada uma delas uma vogal e uma semivogal ficam juntas. Se elas se separassem não eram ditongos. Leia devagar em voz alta e veja a diferença: cai-xa (não dizemos ca-i-xa), de-grau (não dizemos de-gra-u) e sé-rie (não dizemos sé-ri-e).

Quanto a sua classificação, os ditongos podem ser Crescentes ou Decrescentes, de acordo com a sua localização, e em Orais ou Nasais, de acordo com a sua pronúncia.

DITONGO CRESCENTE

Ditongo crescente é aquele em que a semivogal vem antes da vogal (SV + V). Neste caso, o som aumenta (cresce) do menos para o mais forte. Exemplos:
gló-ria
má-goa
pin-guim

DITONGO DECRESCENTE

Ditongo decrescente é aquele em que a vogal vem antes da semivogal (V + SV). Aqui acontece o contrário, ou seja, o som diminui (decresce) do mais para o menos forte. Exemplos:
vai-dade
pai-sagem
lei-te
céu

DITONGO ORAL

Ditongo oral é aquele que é emitido pela boca, tais como ai, ei, ie, oi, ui. Exemplos:
cha-péu
or-quí-dea
pau

DITONGO NASAL

Os ditongos nasais, por sua vez, são emitidos pela boca e pelas fossas nasais, tais como ão, ãe, õe. Exemplos:
mão
mãe
põe
EXEMPLOS DE DITONGOS

Ditongos / Classificação quanto à localização/ Classificação quanto à pronúncia
a-le-mães / decrescente / nasal
cai / decrescente / oral
cei-a / decrescente / oral
frou-xo / decrescente / oral
his-tó-ria / crescente / oral
mei-a / decrescente / oral
mói / decrescente / oral
moi-ta / decrescente / oral
mui-to / decrescente / oral
Neu-sa / decrescente / oral
noi-te / decrescente / oral
pai / decrescente / oral
pão / decrescente / nasal
pa-pai-a /crescente / oral
pá-tria / crescente / oral
pei-xe / decrescente / oral
qua-dra-do / crescente / oral
qual / crescente / oral
quei-jo / decrescente / oral
quei-xa / decrescente / oral
sa-bão/ decrescente / nasal
sai-a / decrescente / oral
sau-da-de / decrescente / oral
sé-rio /crescente /oral
tei-a /decrescente /oral


PEDAGOGIA DA TROVA
Suas características:
1. Uma única estrofe, com apenas 4 versos
2. Cada verso contém 7 sílabas “*poéticas”
(todas trovas têm 28 sílabas poéticas)
3. Sempre a sétima sílaba, necessariamente deverá ser tônica.
4. O 1º verso rima com o 3º; e o 2º com o 4º verso
5. Musicalidade entre sílabas “átonas e tônicas”
6. A trova não tem título
7. Deverá ter um único sentido – completo
8. *Observar as “elisões” para o caso da métrica
9. A trova tem um grande poder de síntese
Um conceito que se enquadra,
e que a tradição aprova,
é que toda trova é quadra,
mas nem toda quadra é trova.
Neil Garcez

Exemplo:
“Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão.
A menina quando dorme
põe a mão no coração!”

Esse exemplo trata-se de uma “quadra” (ou quadrinha) popular, contudo, apesar de estar dentro da métrica, já dentro dos atuais parâmetros da trova, o primeiro verso não rima com o terceiro verso. Ademais, os dois primeiros versos têm sentido completamente diverso dos dois últimos. Não tem um único sentido. Contudo, trata-se de uma “quadra” composta há muitos e muitos anos, e não deverá ser esquecida, jamais, mesmo porque faz parte da nossa inesquecível infância, daquela cultura de outrora. Mas se fosse o caso em adaptá-la para os conceitos modernos, poderemos ‘consertá-la’ assim:

Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão...
Misturada com alface
dá uma boa refeição!

Além de arte poética e cultural, a trova também é uma grande distração se a entendermos assim:
Quem a trova está escrevendo
- com palavras procuradas -
sem saber, já está preenchendo
‘caça-palavras-cruzadas’.
NeiL Garcez

CONSELHOS PARA FAZER UMA BOA TROVA 

 Dizem que se conselho tivesse realmente valor, a gente não dava, vendia. No entanto, dada a escassez de literatura de ensino sobre a confecção da poesia, especificamente de trova, me aventurei a contrariar o refrão popular e a alinhavar estes, dedicados especialmente aos novos trovadores. Não há novidade nenhuma nestes conselhos. Alguns são até bem óbvios. Também, evidentemente, a grande maioria deles não se limita só à trova, são comuns para a poesia e para a literatura em geral. Vamos a eles:

     1 – Estude português. Conheça ou procure conhecer bem a língua, o vocabulário e seu funcionamento (ou seja, a gramática). O poema é feito de palavras em ação, transmitindo pensamentos e sons. Como o pintor precisa conhecer as tintas e suas maneiras de se ligarem, como o músico necessita saber tudo sobre as notas musicais e os instrumentos que utiliza, o poeta precisa conhecer bem sua matéria prima, ou seja, os vocábulos da língua, como eles interagem uns com os outros. Portanto, se você não sabe português, procure saber.

     2 – Leia os bons autores. Estude a maneira como trabalharam a palavra, a frase, o verso. Procure descobrir como é que eles chegaram a certas soluções, a certos efeitos de que você gostou.

      3 – Aprenda bem a metrificação. Procure inteirar-se dos segredos da contagem silábica fônica. O ideal é você procurar quem conheça a técnica e estudar com ele.

       4 – Não tenha preguiça de fazer, mesmo sozinho, exercícios poéticos de metrificação. Nestes exercícios, procure imitar as trovas ou os trechos dos quais você gosta, variando ou modificando os temas originais. Lembre-se: qualidade e não quantidade é o que se quer da obra de arte.

      5 – Valorize-se.  Não publique qualquer besteira. Só se permita publicar aquilo de que realmente goste. Exerça rigorosa autocensura de qualidade. Lembre-se que seu nome está em julgamento cada vez que alguém lê algo assinado por você.

     6 – Não tenha medo de emendar obras já terminadas ou até publicadas. A comunicação é difícil e há sempre uma melhor maneira de dizer alguma coisa. Vale a pena modificar trechos para alcançar ou aproximar-se, pelo menos, da perfeição.

      7 – Por outro lado, há um momento em que se deve parar. Muitas vezes – e isto se dá frequentemente com a trova, que é composição quase que instantânea – o melhor a fazer é abandonar aquele caminho, jogar tudo fora e começar tudo de novo.

     8 – Uma boa maneira de exercitar sua criatividade é, mesmo tendo alcançado a comunicação, e feito uma trova que considera boa, recomeçar e tentar comunicar a mesma coisa com outra trova de maneira diferente. Às vezes o resultado disto é tão bom que as duas trovas resultantes podem ser aproveitadas.

     9 – A trova exige ser pensada antes de ser escrita. É importante que ela diga alguma coisa, tenha um achado, algo que lhe dê um quê especial, que a torne única entre as outras trovas, ou seja, personalidade. Aproveite bem aquele exíguo espaço de 28 sílabas poéticas. Todas as palavras devem ter função, e não deve faltar nenhuma palavra. Este é um dos grandes segredos da boa trova.

    10 – O trabalho final deve estar limpo e completo. Os versos devem ser fáceis de ser lidos e entendidos, as palavras em sua ordem certa, sem mutilações ou inversões. As dificuldades de composição não devem transparecer no resultado final. Tire os andaimes do edifício antes de apresenta-lo ao público.

     11 – Na composição do verso da trova, você deve tomar cuidado com a sonoridade, particularmente com a distribuição das vogais pelas sete sílabas, especialmente as tônicas. Será interessante, para evitar a monotonia e aumentar o efeito estético, que as vogais de apoio das tônicas das palavras do verso sejam todas diferentes no mesmo verso. Esclareço com exemplo: “Amada e adorada fada” é um verso onde todas as sílabas tônicas (a 2ª, a 5ª e a 7ª) possuem a vogal de apoio “a”. Resultado: monotonia. No verso “Passarinho, tuas penas”, já as sílabas fortes são todas diferentes: a terceira sílaba tem vogal de apoio “i”, a quinta “u” e a sétima “e”. Note-se que o colorido já é outra coisa!

     12 – Você deve aprender o uso inteligente das vogais, especialmente na transmissão de sentimentos, tanto nas rimas como nas vogais de apoio das sílabas tônicas do verso. Não chego ao exagero de dizer (como diziam os parnasianos) que a cada vogal corresponde uma cor – mas, indubitavelmente, as cores claras, a alegria, a leveza, estão nas vogais mais abertas – a – é e ó. A tristeza, a gravidade, o luto, a morte, o pesadume são domínio das vogais ê, ô e u. O “i” tem algo tem algo de elétrico, subitâneo, cortante, gritante, frio... O ê, êm, on (ou õ) e o na (ou ã) transmitem volúpia, langor, preguiça, paragem...

     13 – Não use clavilhas, ou palavras colocadas ali sem necessidade, apenas para completar as sete sílabas do verso. Procure utilizar todas as sílabas para reforçar a mensagem.

     14 – Por outro lado, não use palavras mutiladas pelo apóstrofo. A língua portuguesa é riquíssima de sinônimos e de recursos, e as chamadas “licenças poéticas” não cabem mais na trova moderna. Não se escreve mais “minh’alma” e copo d’água”; a elisão se dá na pronúncia, normalmente.

     15 – Não inverta a ordem natural das palavras, a não ser quando permissível na linguagem comum. Tais inversões, muito usadas na poesia do passado, perturbam a fluência natural do entendimento do verso.

     16 – Não utilize frases vazias, apenas para “encher linguiça”. Trovas a gente às vezes vê onde a mensagem está concentrada em apenas um ou dois versos – sendo os outros constituídos de umas bobaginhas com rima, só para completar a trova. Não faça isso. Deve usar os quatro versos para dizer algo em todos eles – e com todos eles.

     17 – Tome cuidado com os cacófatos. Leia sua trova em voz alta para ver se não entrou nela alguma “palavra pirata”, roubando o sentido da frase e destruindo qualquer efeito poético que você quis dar, formada, por exemplo, com sílabas de palavras contíguas: “o álbum da moça”, “pouca galinha”, “não há sapatos” (que pode ser entendido por “não assa patos”), “que belos versos compus” (versos doentes, pois estão com pus...).

     18 – Não use palavras dissonantes, malsoantes, com “encontros” ou “esbarrões” de sílabas tônicas, como: “nesta data tão querida”. Evite coisas como a preposição “como”, que pode transformar-se em tempo verbal de “comer”: “como a poeira dos anos”, ou “desabrocha” – que pode significar “diz a brocha”...

     19 – Não use expressões batidas, lugares comuns. Procure sempre ser original, combinar as palavras de maneira nova. Afinal a arte poética é isso: a procura incessante de novas maneiras de expressão.

     20 – Os adjetivos devem ser usados com parcimônia. Os substantivos e os verbos são a essência da comunicação verbal. Os adjetivos devem aparecer pouco, apenas para colorir, perfumar, temperar.

     21 – E a rima? Importantíssimo elemento da trova, que só possui no máximo duas, ou seja, dois pares de versos com rimas iguais. E essas duas rimas devem ser escolhidas com cuidado e critério. Como disse Banville, as rimas devem parecer surpresas de se encontrar, mas ao mesmo tempo contentes com o encontro.

     22 – Evitar que os dois pares de rimas fiquem parecidos entre si, ou seja, tenham sons idênticos. Para isso, não devem ter as vogais de apoio iguais: para isso, não devem ter as vogais de apoio iguais: óde/ófa; une/ula; ado/ave – ou serem homófonos: ente/ezes; uva/lua; ora/oda.

     23 – Não rimar timbres diferentes de “e” e de “o”. Chapéus não rima com Deus, nem festa com cesta, nem foi com herói, etc.

  24 – Evitar rimas muito fáceis. Mesmos tempos de verbo: amaram/voltaram; serão/amarão. Ou diminutivos: amorzinho/cachorrinho. Ou advérbios em mente: somente/constantemente. Quando aparecer uma rima em diminutivo, rimar com outra palavra de mesma terminação: cachorrinho com vinho, vizinho, ninho... Constantemente com gente, ausente, etc.

     25 – Evitar rimas evidentes, já muito batidas: noivo/goivo; noite/açoite; olhos/abrolhos; água/mágoa; Brasil/gentil/varonil.

     26 – Evitar as cavilhas de rima – por exemplo: inventar nomes próprios, às vezes pouco usuais ou inexistentes, e introduzi-los na trova só para resolver um problema de rima. Tal recurso é muito usado em concursos de trovas humorísticas, mas não convence.

    27 – Recurso antigo, mas eficaz, é procurar rimar categorias gramaticais diferentes. Substantivos com verbos, adjetivos com pronomes, etc. Exemplos: verdes/terdes; foi/boi; assim/vim; nada/adorada...

     28 – Importante auxiliar da composição é o dicionário de rimas – um livro onde aparecem, listadas de acordo com as suas rimas, as palavras da língua. Existem diversos no mercado.

      29 – Também o dicionário da língua é importante auxiliar de composição. Você deve conhecer o significado profundo e inequívoco de cada palavra que emprega.

     30 – Para escrever uma trova não há fórmula ou receita de bolo. Começa-se escrevendo um dos quatro versos da trova. Este será o núcleo inicial, do qual nascerão os outros, já determinando um dos dois pares de rima, e não é, necessariamente, o que ficará no início da trova. O verso seguinte complementará o pensamento ou rimará com ele. Será interessante ir numerando de 1 a 4, a provável posição final dos versos que vão nascendo. A necessidade da rima ou da fluência verbal podem, depois, modificar tal posição.

     Prossegue-se a composição, tentando, mudando a disposição das palavras, brincando com elas, descobrindo sua música e seus significados, tendo em vista, naturalmente, a ideia, a mensagem a transmitir, o sentimento a comunicar – e um efeito final especial, o “achado” que, para ser achado, precisa ser procurado...

     Na dúvida de qual verso ou maneira de expressão adotar, vá escrevendo as diversas soluções (com sinônimos, palavras de mesma rima, etc), na folha em branco, embaixo da outra. Assim você não esquecerá delas e as terá à disposição para o caso, por exemplo, de ter de interromper o trabalho ali para fazer outra coisa. Tal listagem de alternativas do mesmo verso facilitará a escolha final – que, por sua vez, pode ser até uma solução híbrida entre duas alternativas da lista.

     É isso aí. Divirta-se!

NOTA: esse texto faz parte do livro “TROVADORES 88”, 1º volume, antologia de trovas organizada por Antônio Soares, ocupando as páginas  18/22. Embora alguns trechos pareçam defasados, pois o texto foi escrito em 1988, considero-o extremamente útil, principalmente aos que se iniciam na Trova.
O autor do mesmo é o grande historiador da Trova, o pontagrossense.
ENO TEODORO WANKE.

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DA UBT
AUTORIA: LUIZ OTÁVIO - acróstico: SÃO FRANCISCO

*S - Simplicidade* - Sendo a trova a expressão mais simples da poesia e, pois, um reflexo da alma do trovador, devemos agir sempre com simplicidade na arte, nas palavras e nas ações.
*A - Amor*– Nosso padroeiro São Francisco de Assis - pregou o amor total. Assim, não nos devemos afastar deste ensinamento. Amor ao próximo, à nossa arte, mas também à UBT. Em outras palavras, fidelidade à nossa agremiação.
*O - Ordem* - Sem ordem, disciplina, responsabilidade – de dirigentes e sócios- não poderá haver progresso, segurança e paz. Faremos tudo para manter esta ordem, a fim de que possamos atingir nossos objetivos, elevando culturalmente o meio social em que vivemos.
*F - Fraternidade* - Todas as religiões pregam a fraternidade. O “pobrezinho do Assis”, ao fundar a sua Ordem, denominou seus companheiros de “Irmãos”. *Nós que recebemos de Deus o dom da Poesia, mais do que ninguém, devemos ser, verdadeiramente, Irmãos Trovadores. Mas sem esquecer que a Bondade deve ser justa, o Perdão sem humilhações e a Tolerância sem fraqueza.*
*R -Renúncia* – A Renúncia pode ser resumida em não querer tirar proveito da Associação para si, mas ao contrário, em dar algo de si para a mesma. Autenticidade - Se desejamos fazer parte de uma comunidade devemos ser autênticos. E autenticidade exige lealdade, cooperação e trabalho.
*N - Neutralidade* - A U.B.T. tem finalidades definidas. Dentro de nossa Associação, os sócios devem abster-se de *debates políticos e religiosos.* A neutralidade deve ser compreendida, também, no sentido de isenção e imparcialidade, em nossos trabalhos de direção e julgamento.
*C - Comunicabilidade* Se a Trova é o gênero mais comunicativo, nós, Trovadores devemos cultivar a comunicabilidade não só entre nós da U.B.T., mas também, com a sociedade que nos cerca.

Idealismo – Temos um Ideal em comum. Ideal simples de espiritualidade e de beleza. Na conquista deste Ideal devemos trabalhar com fé e, também, com dinamismo e perseverança.
*S -Sinceridade* – Se a todos os empreendimentos elevados é indispensável a sinceridade, nós, como artistas e trovadores, em nossas atividades repudiamos a mentira, a deslealdade, a intriga e a má fé.
*C -Controle* – Os dirigentes devem saber controlar, com habilidade e segurança, o setor que lhes foi dado para dirigir, zelando pela disciplina, pois dessa atuação, é que decorrem a uniformidade, a unidade e força de nossa Agremiação.
*O -Obediência* - Obedecer não é humilhante. Há na vida de nosso Padroeiro a lição:- ”Quem sabe obedecer, aprendeu a vencer-se e a triunfar”. A liberdade não afasta os princípios de ordem, disciplina e obediência. Aquele que sabe obedecer, que possui espírito de equipe, que acredita realmente na Lei, é o que poderá, com maior êxito, ser bom dirigente. A obediência aos nossos Estatutos, Regimentos e Declaração de Princípios é o que traz a ordem, a paz, a união, e faz a grandeza de nossa UBT- União Brasileira de Trovadores.
ENSINAMENTOS
A trova abaixo tem elisões bem interessantes:
Eu ouço o outono falando
nas folhas secas caídas...
E o vento sopra acordando
minhas saudades dormidas.
Thalma Tavares
*LEMBRETE PARA OS DITONGOS DECRESCENTES*
Podemos juntar uma vogal átona a um ditongo decrescente, desde que a vogal esteja posicionada *ANTES* do referido ditongo. Em posição contrária, ou seja, *DEPOIS DO DITONGO,* não podemos juntar.
REGRA BÁSICA
Vogal átona + vogal átona = juntar
V. átona + v. tônica = juntar
V. tônica + v. tônica = separar
V. tônica + v. átona = juntar *ou não*( opcional)
LEMBRETE SOBRE OS *HIATOS*
Quando a *VOGAL FORTE* vier posicionada *ANTES*, obrigatoriamente temos que separar. Exemplos: tu/a, ri/o, vo/o, ru/a, ti/a.
Mas, se a *VOGAL FORTE* vier *DEPOIS*, podemos separar ou não *OPCIONAL*.
Exemplos: po/e/ta *ou* poe/ ta; cri/ an/ ça *ou* crian/ ça.
*E eu:* juntar;
*Eu e:* separar.
Nos outros casos de vogais unidas, a junção é opcional . Exemplos: realidade ( rea/ li / da/ de *ou* re/ a/…
dia/ man/te *ou* di/ a/…
No último caso eu me refiro a duas vogais unidas e não a ditongos, porque ditongos não se separam.
🌹
Exemplo: pai, saudade, vaidade… Esses ditongos jamais se separam…
Lucília Decarli


PARTICIPAÇÕES EM EVENTOS DE TROVADORES


TAUTOGRAMA
Poema que mantém a mesma letra inicial em todas as palavras,quase um brinquedo verbal! o caso da trova, foram usadas as letras iniciais "EX" apenas nas palavras chaves, deixando livre as palavras de ligação (artigos, preposições, pronomes...). Mas é possível se fazer um TAUTOGRAMA PURO, com todas as palavras (sem exceção) evidenciando uma determinada letra.
Um exemplo exorbitante
de excessiva exaltação,
é se expor extenuante…
Extremada exibição!
Elvira Drummond
CURIOSIDADES EM TROVAS" DE CORRÊA JUNIOR, EDIÇÕES MERIDIANA 1932 - Para os amantes das trovas, um prato cheio - Primeira edição 1932

Rima Toante limitada à repetição de vogais a partir da sílaba tônica. Utilizada pelos poetas trovadores, foi rapidamente vencida pela rima consoante, que passa a ser uma rima comum das línguas modernas. Em algumas trovas só dois versos rimavam.


Corrêa Junior usava as rimas tonantes, ex:
Criança / infância
Louca/boca

Tin Tin Alves, Cordelista

MINHAS PUBLICAÇÕES NO JCP DA ALPAS