terça-feira, 23 de janeiro de 2018


No topo da pedra
Solitária esfinge
Última possibilidade
Verde esperança no ar
Refúgio de verdades
Colheita de mentiras
Sou eu na escuridão das trevas

Liz Rabello

Praia de Fortaleza - Ubatuba-SP (Verão/2018)- Foto de Nicholas Betoni

Aqui onde a lua
Respira sal
Estrelas dançam
Nas ondas do mar
Colho paz
Imensidão
Tal qual areia
Que o vento leva
Pra qualquer parte
Ou pro fundo do mar

Liz Rabello

Praia de Fortaleza - Ubatuba - SP-Foto de Nicholas Betoni (Verão/2018)

PERGUNTAS SOLTAS

Eis-me aqui com meus botões a mergulhar
Ondas gigantes de mar a enfrentar
Traição, ingratidão, insuportável pensar
Perguntas soltas ao mar
Por que não sou merecedora de amor?
Por que cargas d'água
Minha existência solitária vegeta em dor?
Até quando vou falar de amor com tanta dor?

Liz Rabello

Praia Brava, Ubatuba - SP (Verão/2018) - Foto de Nicholas Betoni

domingo, 14 de janeiro de 2018

ENTRE AS RENDAS DO SILÊNCIO


Tempestade de ventos
Folhas, flores, galhos, fios
Se entrelaçavam em direções opostas
Chocavam-se em vertigens de agonia
Um estouro e tudo se apagou
A luz da telinha virou breu
Horas passam vagarosas
E eu serena, em orações
O fôlego retorna
Milagre no meu jardim leproso
Minh’alma em rasgos de silêncio
Faz da dor um jardim de alvorecer

A tempestade de ventos chegou farta hoje à tarde. Tufadas de folhas, flores, fios elétricos se entrelaçavam, em direções opostas, como se as golfadas quisessem se abraçar. Portas batiam sem cessar. Vareta se escondeu em minhas pernas com o coração saltitando de pavor. Deu um estouro e tudo se apagou. Na telinha do computador a luz tornou-se breu. As horas passaram mansas, serenas, a tempestade não vingou. Cedo demais para dormir. Comecei a fazer orações. Entre palavras me perdi e o sono venceu a tarde. Acordei com todas as luzes acesas, às três e meia da manhã. Liguei o computador e eis que ao recarregá-lo, esta mensagem surge, escrita em meu blog, por um autor anônimo: "O tempo passa... O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega".
Liz Rabello

sábado, 13 de janeiro de 2018


PORTAS FECHADAS

Meus restos mortais
Por trás de portas fechadas vão estar
Eu sei, um dia, isto vai acontecer
Do outro lado, nada sei
Minha esperança, fé
Me faz pensar que é
Aqui, agora, meu penar
Mas que talvez o que eu
Quero seja estar
Na única porta aberta
Que meu Deus há de me dar 

Liz Rabello


AGRADEÇA A DEUS AS PORTAS FECHADAS

Portas se fecham porque Deus tem planos bons que desconhecemos.
Portas se fecham porque Deus está nos preservando de dores.
Portas se fecham porque Deus deseja tratar nosso egoísmo e nossas reações de ira.
Portas se fecham porque elas abertas nos destruiriam.
Portas se fecham porque fizemos semeaduras equivocadas e colhemos tais consequências.
Portas se fecham porque Deus tem algo melhor.
Portas se fecham e ficam fechadas porque estamos batendo nas Portas erradas.
Eu não sei por que o Senhor diz SIM para algumas orações e diz NÃO para outras orações.
Uma coisa sei o seu amor e sua bondade para comigo é inefável.

Pastor Jeremias Pereira

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

AUSÊNCIA

Dias curtos demais para sonhar
Noites longas demais para dormir
Vida, oh vida, que se esvai de mim

Liz Rabello


SERÁ QUE UM DIA VOU CONSEGUIR FALAR DE AMOR SEM TANTA DOR?