quarta-feira, 18 de setembro de 2024

 SARAU DE SEGUNDA

 VEM VIVER CONOSCO MAIS UM DIA INESQUECÍVEL


SEGUNDO SARAU DE SEGUNDA... Uma delícia rever amigos queridos!

É tão bom encontrar novos e velhos amigos. Cada sorriso me faz viver um tempo bom, um tempo de alegria e de amor incondicional. Dia 14/10 estaremos de volta a enfeitar a noite de poemas e canções. Não esqueçam: toda segunda segunda do mês nos encontraremos outra vez.
Aline Romariz e Liz Rabello



TERCEIRO SARAU DE SEGUNDA- OUTUBRO DE 2024
APRESENTAÇÃO DO MEU NOVO LIVRO INFANTIL XIMBINHA LIGEIRINHA



segunda-feira, 9 de setembro de 2024

 DNAS ENTRELAÇADOS

Tia Cláudia, noventa anos... Caçulinha da família... Irmã da minha mãe. Se minha mãe estivesse viva, estaria completando noventa e oito... Entrei no salão de festas e fui cumprimentando o meu passado... Entre rugas, rusgas e abraços, DNAs entrelaçados... Sorrisos e afagos: " Ei, é você, a filha da tia Nair?" Minha mãe era muito querida por todos... Um elo entre os irmãos. Quando pequenos, era ela quem os ajudava a se deitar, tirar a roupa, ir ao banheiro... "Nair, apaga a luz, Nair, acende a luz!" É só falar estas frases pras irmãs sorrirem e voltarem no tempo... Oitenta anos atrás... Tia Elza, minha madrinha, está com noventa e quatro. Lucidez e alegrias perfeitas... Começou o revoar de memórias: "Lembra de quando ganhei a viola e não queria, porque pensava ser um pernil de natal?" Renato grita exultante! E aquela viagem à Aparecida do Norte... cumprir promessas pela saúde do meu pai? Éramos dezenove dentro de uma Kombi.

Formamos um círculo ao redor de uma tela. Fotos girando numa retrospectiva de vida e eu me vi, me reencontrei comigo menina. Acendi as luzes do castelo do bolo de oitenta anos da festa do meu nono! Foi magia pura... 


Viajei pelas risadas nas danças de tarantelas e fandangos na festa de oitenta anos da vovó Adélia... Eduardo dizendo: "Como a gente era feliz!" E mais recente: a festa de casamento do Leandro, estilo caipira, no sítio do Pedro... 

Passei o domingo procurando fotos, principalmente de minha mãe... Uma saudade enorme!!!!!!!!!!! Encontrei a minha irmã, o meu pai, chorei, ri, por um mundo que não existe nas redes virtuais, saindo de álbuns de faz de conta continua tudo sendo verdade!!!!!!!! E jamais me esquecerei! 








Liz Rabello

MEDO
Até bem seus três aninhos, Juju se agarrava em minhas mãos ao passar pelas muretas de pingo de ouro da trilha para a lavanderia, puxadinho do churrasco, escada acima. Lá se soltava para se deliciar na cadeira de balanço. Enfrentava o medo novamente, descia as escadas e passava pelas muretas. Esquecia o sentimento e se soltava para colher jabuticabas e delas se enfastiar até se lembrar da última dor de barriga. Olhava para ela e me via dentro do meu próprio medo, na idade dela, até um pouco mais velha, quando andava, ou melhor, corria de pavor pelo corredor estreito, no meio dos chifres de boi, matéria prima dos cabos de guarda-chuva, fábrica dos meus ancestrais italianos, os Bonellos, na General Flores, Bom Retiro.
Da festa de oitenta anos do nono, duas coisas nunca saíram de minha memória: Primeiro, a magia do acender e apagar das luzes do castelo, um bolo, cujas janelas iluminadas, povoaram minha imaginação de encantos! E, segundo, meu pavor: meu primo mais velho me levou para o inferno da fábrica e me largou lá na escuridão, entre os chifres de boi...


Na foto, sou uma emburrada de bracinhos cruzados... Adivinha por que estava zangada? É que este primo maior me levou para a fábrica. A certa altura, apagou todas as luzes. Na escuridão, não encontrava a saída... Naquele corredor comprido, a saída era a mesma da entrada e eu seguia ao contrário, num beco que não tinha fim. A minha sorte foi uma voz ter me avisado. Penso que foi minha prima Margarete.
Liz Rabello


BONDE DO PASSADO
Juju passou o dia comigo. Pegamos um bonde novo, ou melhor, velho... Ela começou a me entrevistar:
- Vovó, você tem medo de barata?
- Hummmmm, claro que sim, mas enfrento, porque não consigo ficar em paz se não a mato. Para conseguir aplacar o medo, fico lembrando de quando era mocinha. Trabalhava nas Empresas José Giorgi. Era recepcionista. Tinha só treze anos de idade. Era tão criança que brincava de me segurar com as mãos uma em cada mesa do escritório e levantar o corpo balançando os pés. Numa destas brincadeiras, fui pega em flagrante pelo chefe. Gritei: "Uma barata!"... Até ele fugiu e eu caí na gargalhada.
Juju adorou a minha travessura e quis ver uma foto minha daquela época. Passamos a tarde vendo fotos antigas.
Liz Rabello





quinta-feira, 25 de janeiro de 2024


     COLAR DE ROSAS E UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES

HOMENAGEANDO

Liz Rabello 🌟 25/01/2024 🌟

01

Abraços a Liz Rabello,

minha irmã na poesia;

somos da trova e, ao sê-lo,

quero alegrar o seu dia!

Janilce- Campos- RJ


02

Liz Rabello, minha amiga,

neste dia tão feliz

vou dizer-lhe à moda antiga:

parabéns, querida Liz!

Cipriano F. Gomes - São Paulo/SP


03

Liz Rabello, a trovadora,

e que hoje aniversaria,

é da trova uma tutora!...

Nossas palmas e alegria.

Mifori - São José dos Campos, SP


04

Liz, feliz aniversário.

Desejo-te no teu dia:

guardes no teu relicário

muito amor, paz e alegria.

Lu Anjos


05

Liz, feliz aniversário,

muita paz e muita flor;

um coração milionário

repleto de muito amor!!!

(Regina Rinaldi - P.Açu SP)


06

Liz, me emociono, confesso,

ao te parabenizar;

a Nosso Senhor eu peço

tua vida abençoar.

Suelizinha - Itanhaém (SP)


07

LIZ, que também é RABELLO:

hoje o mundo é todo seu;

que o amor seja seu selo.

Grande abraço todo meu.

Joseni Saad -Campos, R/J.


08

Liz Rabello, parabéns

neste teu aniversário.

É a alegria que tens

neste teu lindo rosário.

Marcos Coelho-Dourados-MS


09

Com dedicação e zelo,

Liz escreve a sua trova!

Hoje nossa Liz Rabello,

comemora idade nova!

Lucy Almeida Maceió


10

Parabéns pra Liz Rabello,

por esse importante dia;

jogue fora o pesadelo,

troque por sabedoria.

Prof. Maia/Caicó-RN


11

Liz Rabello, trovadora,

hoje estás de parabéns!

Deus te faça vencedora,

pelos dotes que tu tens.

Márcia Jaber- JFMG


12

Meus parabéns, Liz Rabello,

pelo seu aniversário.

Que a alegria seja o selo

do dia extraordinário.

Jacyra Carneiro Montanari - São Paulo SP


13

Liz Rabello trovadora,

que no seu aniversário,

de Deus a mão redentora

trace o seu itinerário!

Juraci Siqueira/Belém-PA


14

Parabéns, ó Liz Rabello,

neste dia especial!

Tu fazes por merecê-lo,

entre trovas, seu Natal!

Elyzabeth Tavares/Campos dos Goytacazes-RJ


15

Poetisa Liz Rabello,

nossa musa inspiradora,

cujos versos têm o selo

de uma grande trovadora!

Dáguima Verônica


16

Meus parabéns. Ao dizê-lo,

meu coração faz o bis:

meus parabéns, Liz Rabello,

que você seja feliz!

 Henrique Eduardo - Ocara-CE


17

Parabéns, amiga Liz,

a nossa aniversariante;

tenha um dia bem feliz,

hoje, amanhã, doravante...

Glória Tabet Marson


18

Nesta data tão feliz

há muita poesia e amor...

pra você, amiga Liz,

sob as bênçãos do Senhor!

Rosinéa Siqueira - Campos dos Goytacazes/RJ


19

Liz, amiga trovadora,

desejo felicidade;

que continue vencedora

com a criatividade!

Thaís Souza.Campos-RJ19


20

Singelo nome de flor...

Liz, hoje aniversaria.

Celebremos com amor,

para alegrar o seu dia!

Dodora Galinari- Belo Horizonte/MG


21

A Liz é pura bondade,

nas trovas traz emoções;

com toda simplicidade

leva amor aos corações.

Maria Lúcia Monteiro Xavier- Campos dos Goytacazes- RJ


22

Trovadora positiva

e que sempre nos agrada!...

A manhã está festiva,

Liz Rabello é muito amada!

 Janete Sales/São Paulo-SP


23

Meus parabéns, Liz Rabello,

e muita felicidade!

A Deus, eu faço um apelo:

– Que tenha prosperidade!

Zilnete Moraes - Campos dos Goytacazes/RJ


24

Vamos cantar parabéns

à nossa querida Liz;

que Jesus a encha de bens,

que seja sempre feliz.

Ubiraci Conceição-Belém-Pa


25

Liz Rabello, companheira,

neste dia tão feliz

quero que fique festeira

com seus amigos gentis.

Melanialudwig - Rio Preto - SP


26

Liz Rabello, mui querida:

Parabéns, logo perceba:

- Abençoada é na vida;

felicidades, receba!!!

Limaflor 🌸 JFor


27

Liz Rabello, trovadora,

hoje estás de parabéns!

Deus te faça vencedora,

pelos dotes que tu tens.

Márcia Jaber JFMG


28

Minha amiga Liz Rabello,

Deus te abençoe todo dia

com amor e muito zelo,

cubra-te com alegria!

Marleide Canedo/BH


29

Meus parabéns. Ao dizê-lo,

meu coração faz o bis:

meus parabéns, Liz Rabello,

que você seja feliz!

Henrique Eduardo


30

Parabéns, ó Liz Rabello,

neste dia especial!

Tu fazes por merecê-lo,

entre trovas, teu Natal!

Elyzabeth Tavares/Campos dos Goytacazes-RJ


31

A Liz, todo o meu carinho

nesse dia especial;

muita luz em seu caminho

e bênção celestial!

Claudia Suheth- Campos dos Goytacazes


32

Liz Rabello, parabéns,

nesta data tão querida.

Paz, amor e muitos bens,

mil venturas pela vida.

Caterina Irati PR


33

À querida Liz Rabello:

- Seja feliz no seu dia!

A Deus faço meu apelo:

- Dê-lhe bênçãos e alegria!

Danusa Almeida- Ponte Nova-MG


34

Para Liz o meu abraço!

Hoje é seu aniversário.

Para ela fiz um laço,

neste lindo relicário!

Leila Alves - Castelo – ES


35

Parabéns, data feliz,

tenha muita alegria,

que a paz esteja com Liz,

que ela faça poesia.

Luzimagda - J F M G


36

Liz Rabello, parabéns,

na data que se renova.

a minha amizade tens,

através de cada trova!

Silvia Irati PR


ORGANIZADORA: NEIVA FERNANDES

REVISORA: DODORA GALINARI

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

PROJETO DA ANLPPB TROCA DE OLHARES APÓS LEITURA DE UMA OBRA LITERÁRIA

CARTA A MEU PAI

Estamos diante de duas pessoas. Um pai, completo, forte, realizado fisicamente, intelectual e monetariamente. Outro, uma criança, em total despreparo. Influenciado, sem se influenciar, cresce à revelia. Agora já adulto, só tem um sentimento para com seu pai: MEDO. Enfrenta o pavor e escreve uma carta.

Conta fatos do passado, tempestuosamente. Esta narrativa segue um tempo psicológico, onde tudo acontece nas malhas da memória. Um filho, que não deseja se eximir de suas culpas e escolhas, mas que ao longo da narrativa, culpa o pai o tempo todo. É um filho, que vivia em culpa, pela surra que nunca levou, graças à clemência do pai, pelos carinhos da mãe, que o socorria. De todos os lados ele desembocava na sua própria culpa.

Na VERDADE, um pai e um filho, nascem juntos, tiram diploma no mesmo dia. Cabe ao adulto, permitir- se, começar do zero, descer ao nível da criança e com ela crescer. Pensar: "Como é que a criança se sente e o que realmente aprende com minhas atitudes de adulto?"

Um momento marcante de minha leitura, foi o episódio da sede da criança (manha, vista pelo pai), e sua consequência, durma com sede ao relento. Com este ato, o pai ensinou o filho a ser obediente, a calar- se para o resto da vida. "A criança se cala, o adulto que ali mora, adquire um modo de falar entrecortado, gaguejante. E, finalmente silencia, a princípio talvez por teimosia, mais tarde, porque já não podia pensar nem falar."

Outro momento, seriam as refeições, "Façam o que eu mando e não o que eu faço".  O pai subestimava a inteligência do filho. Agia como se o mesmo só tivesse capacidade de ouvir e obedecer. Criança pensa, analisa, faz reflexão crítica.

Um pai que se utiliza da ironia, sem nenhuma afetividade. Eram tão poucos os momentos de afeto que o filho se lembra quando na sua última doença, o pai veio em silêncio vê-lo no quarto e ficou parado na soleira da porta, apenas esticou o pescoço para lhe avistar na cama e por consideração só fez um cumprimento com a mão. Naquele momento, filho chorou de felicidade, e chorava ainda, enquanto escrevia. 

De qualquer forma, não só pais, como também educadores precisam ler estas cartas, trazem relatos importantes sobre a educação dos jovens. O que mais educa? O exemplo ou o que se ensina. Quando era Coordenadora Pedagógica eu perguntava aos professores: O que você está ensinando, quando ensina o que quer ensinar

Liz Rabello