Giverny é uma minúscula
cidadezinha na França, a 75km de Paris. Com ruazinhas tranquilas e uma igreja
da Idade Média, possui pouco mais de 500 habitantes. Em 1883 esta cidadezinha,
bem em estilo rural, foi “descoberta” por Claude Monet, que passeando pela
região se apaixonou.
Monet então, alugou uma vila na
região de Giverny, e transformou todo o local em um maravilhoso jardim, onde se
inspirava diariamente. Em 1890, Monet comprou esta vila e viveu ali até a sua
morte, em 1926. A vila de Claude Monet foi doada por seu filho para a Académie
des Beaux-Arts em 1966, e hoje é mantida pela Fundação Claude Monet. O lugar
tornou-se um museu a céu aberto para visitação pública em 1980, depois de uma
incrível reforma.
Começando pela casa de Monet, que
é linda na cor rosa com venezianas nas janelas na cor verde. Dentro, a casa
conserva a decoração, quartos, o estúdio de Monet e alguns dos seus quadros.
Fora, seus jardins são mágicos, e
foram programados para serem bonitos e vivos do início da primavera até o final
do outono.
Apaixonado tanto pela pintura
quanto pela jardinagem, Monet concebeu sua casa como uma verdadeira obra prima.
Aqueles que visitam sua casa e seu jardim sentem a atmosfera que reinava na
época em que o mestre e sua família viviam ali e todos ficam maravilhados
diante do lago e dos nenúfares que foram a sua mais fecunda fonte de
inspiração.
Muitos dos quadros de Monet foram
pintados neste cenário de sonhos, como a ponte japonesa e as Ninféias (que
estão no Musée L’ Orangerie em Paris).
No final de sua vida, Monet havia
plantado mais de 1.800 espécies de flores e plantas, que conviviam em harmonia
singular. Raros bambus japoneses, macieiras, azaleias, framboesas, íris,
tulipas, rosas, limoeiros, rosas chinesas, miosótis, dálias, girassóis e
hortênsias – para citar algumas – em suas cores variadas e cada qual com
floração em data específica e planejada, faziam com que o jardim se mantivesse
belo e colorido durante todos os dias do ano.
segunda-feira, 9 de março de 2020
ESTAMOS PARTICIPANDO DA ANTOLOGIA MULHERIO DAS LETRAS EM PORTUGAL
Liz
Rabello - São Paulo/Brasil
LIZ POR
LIZ
Sou de São Paulo, Capital.
Escritora por acaso. Professora por opção. Lecionei durante muitos anos e lia
para meus alunos obras dos famosos e dos não tão famosos assim. Ao me aposentar
já estava escrevendo. Pertenço a duas Academias: ALPAS/RGS e ANLPPB/Campinas/
SP. Escrevo como quem salga páginas de tinta com lágrimas. Escrevo memórias,
fatos reais ou fictícios quando a fantasia se une à realidade. Escrevo utopias,
esperanças inatingíveis que só me servem para caminhar. Escrevo lutas, para me
dar mais forças para guerrear. Uso armas palavras. — Em Lisboa.
Nascido no dia 4 de julho de 1807
na atual Nice, França, o italiano Giuseppe Garibaldi dedicou a vida a
revoluções por independência na Itália e na América do Sul. Por isso, ficou
conhecido como “herói de dois mundos”. Pouco se sabe da infância de Garibaldi,
mas há relatos de que não era muito chegado aos estudos e afirmava que “era
mais amigo da diversão do que do estudo”. Seus pais queriam que fosse advogado,
médico ou sacerdote, mas ele queria uma vida no mar. Já mais velho, Garibaldi
passou dez anos de sua vida navegando em navios mercantes e chegou a obter a
licença de capitão. As aventuras no mar, porém, não saciaram seu desejo por
adrenalina. Em 1833, no comando de uma escuna que levava um carregamento de
laranjas para a Rússia, entrou em contato com a sociedade secreta Jovem Itália
e ingressou na luta. Fundada em 1831 por Giuseppe Mazzini, a associação Jovem
Itália tinha como objetivo transformar a Itália em uma república democrática e
unificada, promovendo uma revolução para unir as cidades-Estados independentes
que surgiram após a queda do Império Romano e recuperar terras dominadas pelo
Império Austríaco. As palavras de ordem eram direito dos homens, progresso,
igualdade jurídica e fraternidade. Em 1834, por sua participação na guerrilha e
na causa de Mazzini, foi condenado à morte e forçado a deixar o país. Acabou no
Brasil, onde conheceu Bento Gonçalves, líder da Revolução Farroupilha do Rio
Grande do Sul, que estava preso. Se na Itália Garibaldi buscava a unificação do
país, ironicamente na Revolução Farroupilha o objetivo era o contrário — ainda
que as causas fossem parecidas, com a luta por independência e o fim da
dominação de um império. Em 1838, Garibaldi foi nomeado comandante da marinha
farroupilha e colaborou para tomar o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde
foi proclamada a República Juliana. Foi lá que conheceu e casou com Ana Maria
de Jesus Ribeiro, Anita Garibaldi.
Pouco antes do fim da Guerra dos Farrapos,
foi dispensado por Bento Gonçalves e seguiu para o Uruguai. Lá, foi nomeado capitão
da frota na luta contra o ditador argentino Juan Manoel Rosas. Em 1843,
colaborou com a defesa de Montevidéu para impedir que a cidade fosse dominada
pelos argentinos. Em 1848, no início da primeira fase da revolução na Itália
que recebeu o nome de Risorgimento, Garibaldi voltou à terra natal para
participar da luta pela expulsão dos austríacos na região norte do país.
Conseguiu avançar com os revolucionários para Roma, mas logo a cidade foi
cercada por exércitos franceses e napolitanos, obrigando-o a se retirar. Na
fuga, Anita Garibaldi foi morta. Foi novamente condenado ao exílio, desta vez
passando pelos Estados Unidos, mas voltou à Itália em 1854 para uma nova
tentativa de independência.
Finalmente, com o apoio de Vítor Emanuel II, rei da
Sardenha, e do Conde de Cavour, conseguiu avançar para o sul e conquistar a
Sicília e o reino de Nápoles. Faltava, porém, conquistar Roma, que permanecia
sob domínio papal apoiada pelos franceses. Com a queda do império Francês, em
1871, Roma foi anexada à Itália e se tornou a capital do país unificado.
Garibaldi atuou no parlamento italiano em 1874 e continuou apoiando causas
democráticas. Em 1879, por exemplo, fundou a Liga da Democracia, que propunha
sufrágio universal, abolição da propriedade eclesiástica e emancipação
feminina. Recusou o título de nobreza e pensão vitalícia oferecidos pelo novo
rei da Itália Vítor Emanuel, e se retirou para sua casa na ilha de Caprera, ao
norte da Sardenha, onde viveu até o dia 2 de junho de 1882. Seu legado
permanece vivo especialmente na Itália, que tem mais de cinco mil praças e ruas
com seu nome, e no Brasil, que tem um município chamado Garibaldi no Rio Grande
do Sul em sua homenagem. Que história de vida bonita!!!!
Vicente Belmonte
Foto de Cristian Bergamin
NO BRASIL ESTA SÉRIE TRAZ A HISTÓRIA DE GARIBALDI
SINOPSE
No sul do Brasil de 1835, ocorre
a Revolução Farroupilha. É nesse cenário que a trama se desenvolve contemplando
as perspectivas e vidas de sete mulheres da família do líder dos farrapos,
Bento Gonçalves (Werner Schunemann).
Dona Caetana (Eliane Giardini) é
a esposa de Bento Gonçalves. É uma mulher corajosa e inteligente, que passa a
sofrer com os assédios e a obsessão de Bento Manuel (Luís Melo), que jurou
conquistá-la, recorrendo as forças ocultas de Teiniaguá (Juliana Paes) para
isso. A tensão e o relacionamento desse triângulo amoroso em muitos momentos
definem o rumo da guerra no país.
Dona Ana Joaquina (Bete Mendes) e
Dona María (Nívea Maria) são as irmãs de Bento Gonçalves. Dona Ana Joaquina é
bondosa e é quem acolhe Bento Gonçalves e sua família na Estância. Já Dona
María é rude, e fará suas três filhas sofrerem muito por conta de sua rigidez.
As filhas de Dona Maria são
Manuela (Camila Morgado), Rosário (Mariana Ximenes) e Mariana (Samara Felippo),
que junto com a filha mais velha de Dona Caetana e Bento Gonçalves, Perpétua
(Daniela Escobar), formam um quarteto de amigas inseparáveis.
Rosário se apaixonará por Estevão
(Thiago Fragoso), um soldado das tropas inimigas de seu tio Bento Gonçalves,
despertando ciúmes no seu prometido, Afonso Corte Real (Murilo Rosa). Nem com a
morte de Estevão, Rosário deixará de amá-lo.
Mariana (Samara Felippo), a filha
caçula de Dona Maria, se apaixonará pelo índio João Gutiérrez (Heitor
Martinez), tendo sua mãe como sua maior rival, pois essa fará de tudo para
impedir que sua filha fique junto de João, por considerá-lo inferior.
A filha de Dona Caetana e Bento Gonçalves,
Perpétua (Daniela Escobar) se apaixonará por Inácio (Marcello Novaes), um homem
casado com uma mulher enferma, Teresa (Sabrina Greve) que esta a beira da
morte. Perpétua terá o desafio de vencer o remorso para ser feliz.
Já Manuela, a filha mais velha de
Dona Maria, se apaixonará por Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), um guerreiro
revolucionário que luta contra a Tirania no mundo e é um dos principais aliados
de Bento Gonçalves. Garibaldi pede a mão de Manuela em casamento, mas o pedido
lhe é negado pela família da moça que estava prometida a Joaquim, filho de
Bento Gonçalves. Convencido pela família de Manuela que isto era o melhor para
ela, Garibaldi parte sozinho.
Vendo que sem Garibaldi seus dias
são todos tristes e sem sentido, Manuela embarca em uma viagem rumo a Laguna
para reencontrar seu grande amor, fazendo muito mais que uma simples viagem,
mas uma jornada de auto-descoberta, amadurecendo e se tornando uma mulher
independente.
Infelizmente a essa altura
Garibaldi já havia encontrado conforto e o amor nos braços de outra mulher,
Anita (Giovanna Antonelli), que é o oposto de Manuela, uma mulher
revolucionária e guerreira, como ele. Manuela terá que lidar com a desilusão e
a rejeição por toda uma vida.
As vidas de Manuela, Caetana,
Rosário, Mariana, María, Perpétua e Ana Joaquina se entrelaçam na dor e no
tempo que vivem. Cada uma dessas sete mulheres conheceu e viveu o amor e a dor
de maneiras e formas distintas, possuindo em comum o fato de compartilharem da
mesma fé e da mesma esperança de dias melhores e felizes a todos.
Juju passou o dia comigo. Pegamos
um bonde novo, ou melhor, velho...Ela
começou a me entrevistar:
-Vovó, você tem medo de barata?
-Hummmmm, claro que sim, mas
enfrento, porque não consigo ficar em paz se não a mato.Para conseguir aplacar o medo, fico lembrando
de quando era mocinha. Trabalhava nas Empresas José Giorgi. Era recepcionista.
Tinha só treze anos de idade. Era tão criança que brincava de me segurar com as
mãos uma em cada mesa do escritório e levantar o corpo balançando os pés. Numa
destas brincadeiras, fui pega em flagrante pelo chefe. Gritei:"Uma barata!"...Até ele fugiu e eu caí na gargalhada.
Juju adorou a minha travessura e quis ver uma foto minha daquela época.
Passamos a tarde vendo fotos antigas.