terça-feira, 25 de março de 2014



DEVOLVER À NATUREZA  SUAS VITÓRIAS

Olhar o rio
Água correndo leve
Solta, imponente!
Translúcida manhã
Primaveril

Olhar Vitórias régias
Rainhas da beleza
Rosa escarlate
Roubar suas riquezas
Pra  tua mesa ornamentar!

Olhar o céu
Anil azul
Nuvens bailando
Roubar o vento
Pra teus cabelos acariciar!

Olhar a planície
Esperanças vivas
Luzes e cores
Roubar o verde
Pra teus olhos enfeitar!
  
Apenas Olhar
Desejar e agir: Devolver
Ternuras e beijos
À mãe natureza
Suas vitórias e riquezas!

(Liz Rabello - In Mil Pedaços, Editora Beco dos Poetas, 2012 - SP)

segunda-feira, 24 de março de 2014


PERDIDA NO VAZIO DAS HORAS... RASGO FOTOS MINHAS...

 QUEIMO FANTASIAS... CHORO A SOLIDÃO!

Perdida no vazio das horas
Angústia de quem ama em vão
Cristais de sangue estilhaçados

rosas murchas em solidão
Meu coração se fez em mil pedaços

E em cada corte se transmuta inteiro
porque você rasga os nós dos laços
costura estrelas, brilhas nos espaços!

Liz Rabello


HÁ MALHAS QUE NOS UNEM... OUTRAS, SIMPLESMENTE, NOS PRENDEM!


"Tudo que amo, deixo livre!
 Sem malhas, sem amarras
Sem grilhões, sem anéis
Livres para voar e voltar ou não!

Livres para seguir seu próprio rumo ou canção!" 



Liz Rabello







sexta-feira, 21 de março de 2014


SILÊNCIOS

Silêncios são palavras
Dizem tudo
Dizem nada
Nos vazios estão desejos
Loucuras impensáveis
Insatisfações
Desistências
Feridas
Cicatrizes...

Vem, volta... Amor!
Diz qualquer coisa
Que eu te sinta!

(Liz Rabello / 2012)

quinta-feira, 20 de março de 2014


QUERO O NOVO!

 “Aceitar a mudança é fundamental.
 Sem ela, a gente não cresce,
 fica estagnada no mesmo local.
 Fica rodando em círculos
Fernão Capelo Gaivota sabia disto e alçou voo alto,
em busca do infinito.
Não era águia, simplesmente uma gaivota,
 de voo raso rasteiro, de orla de praia.
 Mas para imitá-lo, primeiro é preciso rasgar o medo,
 ser gigante mesmo não passando de anãzinha.
 É necessário o sonho, sem medidas, sem limites!
Eu não tenho receio do desconhecido.
 Muito mais medo me apetece a mesmice, a rotina.
Quero eu viver assim, a vida toda que ainda me resta?

 Não... Quero o novo!”

Liz Rabello (2012)

quarta-feira, 19 de março de 2014


"Dentro da tela, um presente embrulhado, lindo pacote colorido de luz amarela, paisagens brilhando, luzindo... Cores fustigadas de amanhecer... Coração pulsante, meu ser inteira naquele gesto sutil de amor, de carinho, gratidão pela vida, que tenho nas mãos!"

(Liz Rabello, in FLIP PARATY - Feira Literária)


SOB O VÉU DA CORTINA

Nesta rua virtual
Os caminhos se cruzam
Palavras se trocam
Fotos se mostram
Corações disparam
Beijos jogados ao vento
Juras de amor eterno
De amor loucura
De amor delírio
 Insanidades!

Telinha embaçada...
Horas raiam na luz contínua
Brilha novo caminho
Passos na escada
Rastros na esquina
Folhas amassadas
Flores estilhaçadas...

Caminhos...
A gente se encontra,
A gente se perde...
Os caminhos continuam...

Liz Rabello in POR DETRÁS DA CORTINA,  Beco dos Poetas, 2012

terça-feira, 18 de março de 2014


ENGOLINDO PALAVRAS

Vou cuspir em versos palavras que engoli
Desejos reprimidos que escondi
Frases feitas que roubei
Cenas da vida que inventei
Porque não as vivi!

Vou empanar em versos
Sonhos que fiz reais
Mistérios que desvendei
Em noites mal dormidas
Com corações que troquei!

Vou engolir em versos
O que não posso ter
O que quero e não vou esquecer
O que reclamo e não vou tecer
O que busco e jamais encontrei!

(Liz Rabello / 2012)

Teu amor é pra mim
como o ar que respiro
Inalo, devagar, deixo fluir
E não prescindo...

É como o vento
Que despenteia meus cabelos
Sopra beijos silenciosos
Aos meus ouvidos atentos!

É como o sol
Que me aquece as entranhas
Quando penso em tuas mãos
A simplesmente me tocar!

É como as estrelas
Cuja luz cintila
E lindamente brilha
A iluminar meu verde olhar!

Teu amor é para mim
O TUDO ou o NADA!
Na imensidão do infinito...
Sem ti... Eu não existo!

Liz Rabello in MIL PEDAÇOS, Beco dos Poetas, 2012

segunda-feira, 17 de março de 2014

  
Quero ver um campo de girassóis
Voando em todas as direções
Em busca do amanhecer e do crepúsculo
E se fechando à noite
para dormir meus sonhos.



" Hoje lendo uma mensagem de uma amiga, lembrei que um dia de manhãzinha, ao nascer do sol, saí sem destino chorando pelas ruas do meu bairro... Trazia no coração uma tristeza profunda por um motivo que acabara de saber... Algo que não aceitava, de modo algum! Era 6/9/1996... E eu só queria descobrir uma forma de me suicidar, para não sofrer mais... Vinha de olhos marejados e cabisbaixos, olhando para o chão, vendo um tapete de flores coloridas sendo levadas pelo vento... Foi quando olhei para o alto e pedi ajuda aos céus... A resposta veio no meio do clarão de uma árvore... uma primavera cor de maravilha florindo ao redor de um ipê amarelo e o sol fustigando as folhas e as flores... Foi a imagem mais linda que já observei na natureza... Eu vi a luz divina e jamais, em momento algum... pensei novamente em terminar com minha vida... De lá pra cá... Aceito tudo com serenidade... Ajudo ao meu bom Deus, que é o senhor da Natureza, a cuidar das flores, dos meus amores... da minha vida! "

Liz Rabello

sexta-feira, 14 de março de 2014


MÃOS SUJAS DE TERRA... LIMPAS DE PAZ!

"Cabelo ao vento, sol, suor, mãos sujas de terra, cansaço. Tempo que foge sem percebermos, erva daninha que insiste e persiste em ficar. Cuidados que nunca terminam e treinam nosso olhar. O rústico se converte em belo, o frágil em força, o simples em complexo, sem o singelo abandonar. Trabalho que se converte em prêmio e que ninguém pode roubar. Imagens gravadas na memória que só um poeta é capaz de interpretar. O cheiro de terra molhada; o perfume das tão diversas flores; a visita, mesmo que por alguns instantes, das mais belas borboletas. Somos capturados por sentimentos de orgulho e satisfação. Valeu a pena tanta dedicação! É a natureza dando seu espetáculo de vida! E olhamos nossas mãos, protagonistas a esperar; mais um processo de luta, terra a lhe sujar, para no final magnificamente, contemplar. "
(Andrea Bergamascki)


Meu Eu... Casulo amordaçado
Fios de sonhos perdidos
Atados a noites escuras
Gélidos invernos de dor
Lápides frias de cemitérios!
Meu eu... Casulo cinzento
Semente de amor escondida
À procura de terra fértil
Água límpida de nascentes
Manhãs de sol primaveril!


ENTRE A METAMORFOSE E O VOO
 É POSSÍVEL SER FELIZ

Meu eu... Fruto maduro
Macieira perfumada
Outono esquecido no tempo
Preso às malhas do destino
Sem razão para existir!
Esquece teus finais
Hora de recomeçar
Borboletas frágeis,
Em margaridas a dançar
Sangra arestas, cria pontes!
Voa, Voa, Voa!
Livre... Solto
Liberdade Conquistar!

quinta-feira, 13 de março de 2014




EU TE PROMETO

Se em teu coração
Eu puder morar
Lá vou enraizar

Alegrias mil a bailar
Beleza a iluminar
Cores a saltitar
Dádivas
Experiências deliciosas
Favos de mel
Girassóis girando girando
Hoje, ontem, amanhã!
Inusitados beijos
Júbilos a pecar em você!
Lábios em mel!
Melodias em ritmo de paz
Nuvens de alegrias!
Opulentas paixões!
Pecados... Corpos
Quentes!
Risos fáceis
Sentimentos fortes
Ternuras insistentes
União fiel para sempre!
Vento a roçar o tempo!

EU TE PROMETO

Um dicionário inteiro de

PALAVRAS DE AMOR!

♪ Legião Urbana - Monte Castelo ♫ (com letra)



I CORINTIOS 13, DE 1 a 8

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.

SONETO DE CAMÕES


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?